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LIBRAS: Identidade Surda, Tipos de Surdez, LEI 12.319/2010

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IDENTIDADE E CULTURA SURDA
Historicamente, o povo surdo foi marcado por vários conceitos em relação a sua identidade e sua cultura. Existem vários conceitos sobre cultura e aqui apontamos o jeito de ser e estar no mundo de um povo surdo. Alguns conceitos não mostravam com nitidez o ser surdo já que várias dessas opiniões sobre o sujeito surdo eram formadas por ouvintes (que era maioria), ou seja, que não conviviam e nem conheciam profundamente o sujeito surdo. Assim ficando difícil fazer uma reflexão sobre a cultura surda.
As identidades surdas, segundo PERLIN (2008), podem ser classificadas em:
a) Identidades Surdas Flutuantes: esses surdos não tem contato com a comunidade surda, seguem a cultura ouvinte/identidade de ouvintes, buscam a oralidade, não se identificam como surdos e utilizam a tecnologia da reabilitação.
b) Identidades Surdas Híbridas: são os surdos que nasceram ouvintes e, por algum motivo ou doença, ficaram sem audição. Usam a língua oral ou língua de sinais, aceitam-se como surdos, a escrita segue a estrutura da Libras, usam tecnologia diferenciada.
c) Identidades Surdas Embaçadas: é a representação estereotipada da surdez ou desconhecimento da surdez como questão cultural. Não usam a língua de sinais, não conseguem compreender a fala, são tratados como deficientes, muitos são 'aprisionados' pela família e há um desconhecimento da cultura surda.
d) Identidades Surdas de Transição: esses surdos viveram em ambientes onde se afastaram da comunidade surda, ficaram sem contato com os demais. Vivem essa transição de uma identidade ouvinte para uma surda, há uma 'desouvintização'. É a transição da comunicação visual/oral para a visual/sinalizada.
e) Identidades Surdas de Diáspora: divergem das identidades de transição, que passam de um estado para o outro, de um grupo surdo para outro. São surdos que vivem a mudança de um País para outro, de um Estado para o outro.
f) Identidades Surdas Intermediárias: apresentam surdez leve à moderada, valorizam o uso do aparelho auditivo, procuram treinamentos de fala e não aceitam intérpretes da LSB. Buscam a tecnologia para treinos de fala, não aceitam intérpretes da língua de sinais, identificam-se com os ouvintes e não participam da comunidade surda.
Cada surdo possui uma identidade e cultura própria. Gesser (2009) afirma que mais importante que enfatizarmos no termo “uma” devemos fortalecer a palavra “própria”, no sentido de que essa afirmação seja percebida pela maioria ouvinte para que o surdo não seja excluído. Não existe uma batalha para saber qual identidade e cultura que se destaca, mas sim o reconhecimento de um povo. Ainda citando Gesser (2009) “... tem de mudar as visões usuais para reconhecerem a existência de várias culturas, de compreenderem os diferentes espaços culturais obtidos pelos povos diferentes.” (p.53). Todo e qualquer indivíduo possui características que marcam sua presença em uma cultura. Os surdos mostram isso quando compartilham suas vivências. Por exemplo, quando um surdo pinta um quadro e ali ele deposita seu sentimento ou o seu conhecimento de mundo, ele divulga o que foi construído em seu ser, o que foi infiltrado na sua identidade. Identidade que, encontra-se constantemente em um processo de construção.
O povo surdo possui sua própria língua, a LIBRAS. Uma língua de modalidade visual-espacial, com base nas experiências visuais da comunidade surda. 
Hoje, os surdos se reconhecem pela sua própria identidade e cultura. É uma comunidade organizada âmbito político e social, não vive isolada, pois tem contato com outras culturas, portanto evolui e se desenvolvem como qualquer outra comunidade. A comunidade surda está inserida em diversas áreas da sociedade, desempenhado suas habilidades e exercendo seu papel como cidadão. 
http://www.uern.br/controledepaginas/edicao-atual-/arquivos/367817_artigo_identidade_e_cultura_surda_acaca%C2%AD_jozilene_e_mifra_(1).pdf
Na fase ‘isolamento cultural‟, a língua de sinais esteve proibida por mais de 100 anos, mas sempre esteve viva na mente dos povos surdos até hoje; no entanto, o desafio é mudar a história dos surdos.
Na fase de ‘revelação cultural‟, antes do Milão, houve muitos professores surdos, escritores surdos, artistas surdos, líderes e militantes das comunidades surdas que é de extrema importância pesquisarmos e registrarmos.
Ferdinando Berthier
http://www.libras.ufsc.br/colecaoLetrasLibras/eixoFormacaoEspecifica/historiaDaEducacaoDeSurdos/assets/258/TextoBase_HistoriaEducacaoSurdos.pdf
https://core.ac.uk/download/pdf/42098408.pdf
https://oglobo.globo.com/economia/thomas-piketty-se-recusa-receber-legiao-de-honra-mais-alta-distincao-da-franca-14946988
A cultura surda é constituída de significantes e significados, tal como é contada nas narrativas surdas. Vejamos alguns aspectos da cultura surda contidos nas narrativas surdas. Primeiramente temos narrativas pedagógicas onde enfatiza o jeito surdo de ensinar, onde apela por estratégias de ensino visuais, transmissão de conhecimentos em língua de sinais, com presença de professores surdos; as narrativas da política pedem outras considerações em ralação às leis, métodos de educação, saúde; as narrativas lingüísticas que apelam pela diferença e autenticidade de nossa língua de sinais; as narrativas da identidade remetem a que o sujeito subjetiva e simplesmente se reconheça surdo; as narrativas das artes como literatura, teatro, piadas, bem como na poesia, que, como disse Raquel Sutton Spencer (2005), enfatizam e celebram a beleza e a complexidade de nossa língua de sinais, pedem respeito a nossa diferença enquanto surdos, constroem relacionamentos sociais e nos defendem das ameaças à nossa identidade, transmitem valores culturais motivando a troca de experiências sobre o ser surdos, celebram o sucesso do surdo e do povo surdo. Estas narrativas, sem pretender esgotar sobre o assunto remetem para a riqueza e expressividade da cultura surda. 
http://www.libras.ufsc.br/colecaoLetrasLibras/eixoFormacaoEspecifica/fundamentosDaEducacaoDeSurdos/assets/279/TEXTO_BASE-Fundamentos_Educ_Surdos.pdf
TIPOS DE FRASES NA LIBRAS
As línguas de sinais utilizam as expressões faciais e corporais para estabelecer tipos de frases, como as entonações na língua portuguesa, por isso para perceber se uma frase em LIBRAS está na forma afirmativa, exclamativa, interrogativa, negativa ou imperativa, precisa-se estar atento às expressões facial e corporal que são feitas simultaneamente com certos sinais ou com toda a frase, exemplos: 
• FORMA AFIRMATIVA: a expressão facial é neutra. 
• NOME ME@ M-A-R-C-O-S 
• EI@ PROFESSOR. 
• FORMA INTERROGATIVA: sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da cabeça inclinando-se para cima. 
interrog 
• NOME QUAL? (expressão facial interrogativa feita simultaneamente ao sinal QUAL). 
interrog 
• NOME? (expressão facial feita simultaneamente com o sinal NOME) 
• VOCÊ CASAD@? 
• FORMA EXCLAMATIVA: sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento da cabeça inclinando-se para cima e para baixo. Pode ainda vir também com um intensificador representado pela boca fechada com um movimento para baixo. 
• EU VIAJAR RECIFE, BO@I BONIT@ LÁ! CONHECER MUII@ SURD@ 
• CARRO BONIT@! 
• FORMA NEGATIVA: a negação pode ser feita através de três processos: 
A- com o acréscimo do sinal NÃO à frase afirmativa: 
negação 
• BLUSA FEI@ COMPRAR NÃO, 
• EU OUVIR NÃO 
B- com a incorporação de um movimento contrário ou diferente ao do sinal negado: 
•GOSTAR / GOSTAR-NÃO 
• GOSTAR-NÃO CARNE, PREFERIR FRANGO, PEIXE;
C- com um aceno de cabeça que pode ser feito simultaneamente com a ação que 
está sendo negada ou juntamente com os processos acima: 
•PODER / PODER-NÃO 
•EU VIAJAR PODER-NÃO
FORMA NEGATIVA/INTERROGATIVA:
Sobrancelhas franzidas e aceno da cabeça negando. 
•CASAD@ EU NÃO? 
• FORMA EXCLAMATIVA/INTERROGATIVA: 
• VOCÊ CASAR?! 
http://www.faberj.edu.br/downloads/biblioteca/libras/LIBRAS.pdf
DECRETO 5.626/2005
Comentários do Decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
EsteDecreto regulamenta a Lei 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de sinais e o artigo 18 da Lei 10.098 de 10 de dezembro de 2000.
O referido Decreto, regulamenta sobre a inclusão de Libras como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições públicas e privadas e como disciplina opcional nos demais cursos de educação superior e na educação profissional.
Especifica também, o uso e a difusão da Libras e da Língua Portuguesa para o acesso das pessoas surdas à educação, como deve ser a formação do professor e do instrutor de Libras, para que os mesmos possam atuar em cursos e eventos; ressalta que as instituições educacionais devem garantir às pessoas surdas acesso a comunicação, à informação, nos processos seletivos e na educação desde a educação infantil até a superior, dando-lhes condições de atuar na sociedade.
O mesmo fala também da garantia do direito à saúde das pessoas surdas ou 
com deficiência auditiva, tais como ações de prevenção e desenvolvimento de programas de saúde auditiva, realização de diagnósticos, tratamentos clínicos, acompanhamento médico, reabilitação, entre outros. E ainda, dispõe sobre o papel do poder público e das empresas concessionárias de serviço público que deverão capacitar uma parcela de seus funcionários para usar e interpretar Libras, proporcionando um atendimento diferenciado aos portadores de necessidades especiais, no caso, a surdez.
O Decreto acima mencionado é de suma importância, pois evidencia alguns direitos das pessoas com necessidades especiais auditivas e podemos perceber que a verdadeira inclusão acontece. Fica evidenciado a preocupação do poder público com as pessoas que apresentam parcial ou totalmente deficiência auditiva e legislar alguns direitos em prol dessas pessoas.
A conquista deste direito traz impactos significativos na vida social e política da nação brasileira. O provimento das condições básicas e fundamentais de acesso à Libras se faz indispensável. Requer o seu ensino, a formação de instrutores e intérpretes, a presença de intérpretes nos locais públicos e a sua inserção nas políticas de saúde, educação, trabalho, esporte e lazer, turismo e finalmente o uso da Libras pelos meios de comunicação e nas relações cotidianas entre pessoas surdas e não-surdas.
http://www.unifenas.br/extensao/cartilha/CartilhaLibras.pdf
LEI 10.436/2002
Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002, sancionada pelo então presidente da República Fernando Henrique Cardoso, estabeleceu a obrigatoriedade do ensino de Libras nos cursos de licenciaturas e saúde, significando um grande avanço - ainda que tardio -para a sociedade, especialmente para a comunidade surda.
A lei reconhece e legitima a Libras como meio legal de comunicação e de expressão das comunidades surdas e de todos os sujeitos que dela fazem uso para expressarem suas ideias, pensamentos, conhecimentos e sentimentos. Em seu parágrafo único, a lei enfatiza que a LBS consiste em um sistema linguístico visual - motor, isto é, que se utiliza de recursos imagéticos para a efetiva comunicação entre os sujeitos – locutor > interlocutor – com estrutura gramatical própria, dando a entender que trata - se de uma língua.
O segundo e o terceiro artigos dispõem sobre as obrigações do poder público, de forma geral, quanto ao apoio no uso e na difusão da Libras, atendimento e tratamento à comunidade usuária da LBS. Notamos que, apesar do tardio reconhecimento, o poder público legitima a LBS como meio de comunicação das comunidades surdas do Brasil, e por força de lei garante apoio ao uso e à disseminação da mesma como tal. Para que tais direitos sejam garantidos, o Estado vem investindo na criação de cursos de licenciaturas e bacharelados em Libras e ainda tem ofertado cursos de capacitação para o funcionalismo público afim de garantir que as disposições destes artigos sejam de fato efetivos.
artigo 4 Fica evidente a obrigatoriedade do ensino de Libras na educação especial (termo do qual discordo, pois vejo toda e qualquer forma de educação – sendo ela dirigida a pessoas com limitações físicas, intelectuais, níveis médio e superior, sendo que esta não deverá substituir a manifestação escrita da língua portuguesa. Isso quer dizer que a pessoa surda deve aprender a Língua Portuguesa, e a avaliação escrita dos conhecimentos do usuário da LBS deve ser em português.
No entanto, a referida lei não fixa carga horária mínima para a disciplina de Libras nos cursos de licenciaturas, ficando a cargo do colegiado de curso a sua definição. Observa-se que a carga horária das disciplinas de Libras tem variado entre trinta e sessenta horas e em raras exceções uma carga horária igual ou superior que cem horas. 
O quinto e último parágrafo coloca em vigor a referida lei a partir da data de sua publicação. 
http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/viewFile/2851/1972
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
Camacho (1998 apud Sordi-Ichikawa, 2003, p.44) diz que há quatro modalidades, mais usuais, de variação: variação histórica, que revela a transformação da língua acompanhada com as mudanças sociais, alguns padrões são deixados e outros e criados, em que gerações mais velhas e mais novas entram em conflitos; Variação geográfica, que se explica pelas diferentes formas que uma expressão é tomada em determinada região onde é falada; Variação social, que diz respeito às expressões diferentes atribuídas a um referente, por pessoas de uma mesma sociedade, e fatores como o grau de escolaridade, o nível socioeconômico, idade, sexo são determinantes para distinguir grupos distintos em fala verbal dentro de uma classe, em que uns gozam de uma língua de maior ‘prestígio’ e outros não; e Variação estilística, que se apresenta quando uma mesma pessoa utiliza várias formas da língua, que se configura de acordo com o contexto de fala.
Cabe, então, classificar as variantes em diatópicas, diastráticas, diafásicas e diacrônicas, segundo a tradição.
As variantes diatópicas são as que se apresentam de uma região para outra; por exemplo, os falares dos cariocas diferem dos falares dos paraenses. As diastráticas se referem a grupos sociais, como no caso do jargão e da gíria. As diafásicas são as que variam de acordo a situação que a pessoa vivencia: se precisa usar uma fala mais formal ou não. E, as diacrônicas, que são relacionadas ao tempo, ao reconhecer arcaísmos e neologismos na fala.
A variação linguística é um conceito fundamental no estudo das línguas e não poderia ser diferente em relação à LSB. Quase não existem pesquisas sobre as variantes na LSB, exceto as de ordem regionais, no entanto, já há base empírica para os estudiosos arriscarem configurações.
Na construção de estudos da variação linguística, a variação não é vista como um desviante, mas como um processo linguístico e um fenômeno com toda a sua complexidade, que faz parte da organização da gramática de uma língua.
As variantes terminológicas linguísticas são determinadas pelo fenômeno propriamente linguístico, e podem ser: fonológicas, quando a escrita é decalcada da ala; morfológicas, quando há variação na estrutura morfológica do termo, sem implicar alteração do conceito, sintáticas; quando há variação entre duas construções sintagmáticas de uma unidade terminológica complexa, sem implicar alteração do conceito; lexicais quando algum elemento da unidade terminológica complexa sofre apagamento ou movimento de posição, sem implicar alteração de conceito e gráficas, quando há variação de grafia conforme as convenções da língua.
Já as variantes terminológicas de registro decorrem do ambiente de concorrência, no plano horizontal, no plano vertical e no plano temporal em que se realizam os usos linguísticos, e podem ser geográficas, porque ocorrem no plano horizontal de diferentes regiões em que se fala a mesma língua; temporais, quando duas variantes concorrem durante determinado período de tempo, atéque uma forma se fixe como preferida, e de discurso, quando a variação decorre da “sintonia comunicativa” entre elaborador e usuários de textos científicos e técnicos.
http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/8859/1/2011_GI%C3%A1uciodeCastroJ%C3%BAnior.pdf
ASPECTOS ESTRUTURAIS DA LIBRAS
A estrutura da Língua Brasileira de Sinais é constituída de parâmetros básicos que se combinamos elementos da formação dos sinais de Libras que é diferente da língua oral.
1.Configuração das mãos (CM): Para Ferreiro-Brito, “a Língua Brasileira de Sinais apresenta 46 configurações das mãos”. Fazem parte de nível fonético, encontradas na Língua Brasileira de Sinais.
Exemplos, como SUBIR CM [U] , IR CM [1], BISCOITO CM [1].
2.Movimento (M): Para Ursula Berllugi e pesquisadores do Instituto Salk, certas variações no movimento são significativas na gramática da língua dos sinais. Se o movimento altera e acontece a mudança no significado do sinal. Ferreira-Brito (1990) menciona que o movimento pode estar nas mãos, pulsos e antebraços; os movimentos direcionais (unidirecionais, bidirecionais ou multidirecionais) ou não direcional; a maneira é a categoria que descreve a qualidade, a tensão e a velocidade do movimento (continuo, de retenção e refreado); freqüência refere-se ao número de repetições de um movimento( simples e repetido). Exemplos, os sinais de IR, BISCOITO, e PERIGOS@.
3.Locação (L):é o espaço de realização dos sinais que tem quadro regiões principais de articulação dos sinais como cabeça (topo da cabeça, testa, rosto, parte superior do rosto, parte inferior do rosto, orelha, olhos, nariz, boca, bochechas e queixo), mão passiva (palma, costas das mãos, lado do indicador, lado do dedo mínimo, dedos, ponta dos dedos, dedo mínimo, anular, dedo médio, indicador e polegador), tronco (pescoço, ombro, busto, estômago, cintura, braços, braço, antebraço, cotovelo e pulso) e o espaço neutro Ferreira-Brito e Langevin, 1995). Exemplos, o sinal de IR fina no espaço neutro, BISCOITO, o local da articulação que fica na cabeça onde funciona com a localização de nariz.
4.Orientação da mão(Or): apresenta a orientação é a direção para a qual a palma da mão aponta na produção do sinal. Ferreira-Brito (1995, p.41), na língua de sinais brasileira, e Marentette (1995, p.204), na ASL, enumeram seis tipos de orientações da palma da mão na língua de sinais brasileira: para cima, para baixo, para o corpo, para a frente, para a direita ou para a esquerda. Exemplos, os sinais de IR à direção pra frente, VIR à direção de volta.
5.Expressões faciais e corporais: Segundo Quadros e Pimenta (2006) “As expressões faciais fazem parte da língua de sinais brasileira.”
É necessário diferenciar dois tipos: as efetivas (traduzindo os sentimentos) e as gramaticais (sentenças afirmativas, interrogativas, exclamativas e negativas).Exemplos, o sinal de PERIGOS@ tem expressão de assustado/ 
http://www.ufpa.br/soure/Documents/LIBRAS_II.pdf
TIPOS DE SURDEZ
Independente da causa e graus da perda auditiva, ela se enquadra a um dos quatro tipos de deficiência auditiva conhecidas: Condutiva, Sensorioneural, Mista e Neural.
Vamos falar um pouquinho sobre cada uma delas e como elas afetam as pessoas:
Perda Auditiva Condutiva – Ocorre quando há alguma interferência na transmissão do som do ouvido externo até o interno. O acúmulo de cera, perfuração no tímpano, infecções no canal do ouvido interno, entre outros fatores podem desencadear o problema. Geralmente, a perda auditiva condutiva é temporária, mas de qualquer forma precisa de atendimento médico especialista para avaliar o melhor tratamento e evitar que se torne irreversível.
Perda auditiva Sensorioneural – Nossos ouvidos também possuem cílios, conhecidos como células ciliadas da cóclea, estas são células nervosas. No decorrer da vida, perdemos parte destes cílios, o que deixa a nossa audição mais fragilizada. Entretanto, não é apenas a idade que desencadeia a perda auditiva sensorioneural, ficar exposto a sons e ruídos muito altos por longos períodos de tempo, além de doenças, como caxumba, meningite, doença de ménière, uso constante de alguns medicamentos e até fatores genéticos podem desencadear o problema. Inclusive as gestantes precisam tomar cuidado com algumas doenças, como a rubéola, por exemplo, que pode ocasionar em perda auditiva do bebê ainda na barriga da mamãe.
Infelizmente, este tipo de perda auditiva não tem cura. Entretanto, o uso de aparelhos auditivos é uma solução para quem sofre com o problema.
Perda Auditiva Mista – Como o próprio nome diz é uma combinação dos dois tipos de perda auditiva citadas anteriormente. Suas causas também estão relacionadas às perdas auditivas condutivas ou sensorioneural. Ela afeta o ouvido, interno e externo ou médio. O tratamento varia de acordo com a origem e grau do problema, podendo ser medicamentoso, cirúrgico ou com uso de aparelhos auditivos ou implantes cocleares.
Perda Auditiva Neural – Este tipo de perda auditiva atinge especificamente o nervo auditivo. Ela é percebida na dificuldade da compreensão das informações sonoras e ocorre por conta de uma alteração no mecanismo de processamento de informações no tronco cerebral, ou seja, envolve o Sistema Nervoso Central.  Além de irreversível, nestes casos os aparelhos e implantes cocleares  podem ter um benefício limitado, porque as informações sonoras do nervo não conseguem ser transmitidas até o cérebro. Uma solução, mas que deve ser avaliada caso a caso, é um procedimento cirúrgico para a colocação do Implante Auditivo de Tronco Cerebral (ABI), que se trata do primeiro equipamento feito para que o som chegue ao tronco cerebral sem ter que utilizar da cóclea e do nervo auditivo.
http://deficienciaauditiva.com.br/voce-conhece-todos-os-tipos-de-perda-auditiva/
A surdez pode ser: 
• Leve: as pessoas podem não se dar conta que ouvem menos: somente um teste de audição (ãudiometria) vai revelar a deficiência. E a perda acima de 25 a 40 decibéis (D.B.); 
• Moderada: É a perda de 41 a 55 (D.B.). Os sons podem ficar distorcidos e na conversação as palavras se tornam abafadas e mais difíceis para entender, particularmente quando têm várias pessoas conversando em locais com ruído ambiental ou salas onde existe eco. A pessoa só consegue escutar os sons muito altos como o som ambiente de urna sala de trabalho e tem dificuldade para falar ao telefone. 
• Severa: a perda de 71 a 90 (D.B.). Para ouvir, a pessoa precisa de um som tão alto quanto o barulho de uma impressora rotativa (até 80 decibéis). 
• Surdez profunda: É a perda Acima de 91 (D.B.). A pessoa só ouve ruídos como os provocados por uma turbina de avião (120 decibéis) disparo de revolver (150 decibéis) e tiro de canhão (200 decibéis). 
LEI 12.319/2010
LEI Nº 12.319, DE 1º DE SETEMBRO DE 2010.
	Mensagem de veto
	Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1o  Esta Lei regulamenta o exercício da profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. 
Art. 2o  O tradutor e intérprete terá competência para realizar interpretação das 2 (duas) línguas de maneira simultânea ou consecutiva e proficiência em tradução e interpretação da Libras e da Língua Portuguesa. 
           Art. 3o  (VETADO) 
Art. 4o  A formação profissional do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de: 
I - cursos de educação profissional reconhecidos pelo Sistema que os credenciou; 
II - cursos de extensão universitária; e 
III - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior e instituições credenciadas por Secretarias de Educação. 
Parágrafo único.  A formação de tradutor e intérprete de Libras pode ser realizada por organizações da sociedade civil representativas da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado por uma das instituições referidas no incisoIII.
Art. 5o  Até o dia 22 de dezembro de 2015, a União, diretamente ou por intermédio de credenciadas, promoverá, anualmente, exame nacional de proficiência em Tradução e Interpretação de Libras - Língua Portuguesa. 
Parágrafo único.  O exame de proficiência em Tradução e Interpretação de Libras - Língua Portuguesa deve ser realizado por banca examinadora de amplo conhecimento dessa função, constituída por docentes surdos, linguistas e tradutores e intérpretes de Libras de instituições de educação superior. 
Art. 6o  São atribuições do tradutor e intérprete, no exercício de suas competências: 
I - efetuar comunicação entre surdos e ouvintes, surdos e surdos, surdos e surdos-cegos, surdos-cegos e ouvintes, por meio da Libras para a língua oral e vice-versa; 
II - interpretar, em Língua Brasileira de Sinais - Língua Portuguesa, as atividades didático-pedagógicas e culturais desenvolvidas nas instituições de ensino nos níveis fundamental, médio e superior, de forma a viabilizar o acesso aos conteúdos curriculares; 
III - atuar nos processos seletivos para cursos na instituição de ensino e nos concursos públicos; 
IV - atuar no apoio à acessibilidade aos serviços e às atividades-fim das instituições de ensino e repartições públicas; e 
V - prestar seus serviços em depoimentos em juízo, em órgãos administrativos ou policiais. 
Art. 7o  O intérprete deve exercer sua profissão com rigor técnico, zelando pelos valores éticos a ela inerentes, pelo respeito à pessoa humana e à cultura do surdo e, em especial: 
I - pela honestidade e discrição, protegendo o direito de sigilo da informação recebida; 
II - pela atuação livre de preconceito de origem, raça, credo religioso, idade, sexo ou orientação sexual ou gênero; 
III - pela imparcialidade e fidelidade aos conteúdos que lhe couber traduzir; 
IV - pelas postura e conduta adequadas aos ambientes que frequentar por causa do exercício profissional; 
V - pela solidariedade e consciência de que o direito de expressão é um direito social, independentemente da condição social e econômica daqueles que dele necessitem; 
VI - pelo conhecimento das especificidades da comunidade surda. 
Art. 8o  (VETADO) 
Art. 9o  (VETADO) 
Art. 10.  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12319.htm

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