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Geografia da População Mundial

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NÚCLEO PEDAGÓGICO SUL DE MINAS
Apostila
GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO MUNDIAL
	
INTRODUÇÃO
Geografia populacional é o campo da Geografia Humana que estuda os meios nos quais as variações espaciais na distribuição, composição, migração e crescimento das populações são relacionadas à natureza dos lugares. A geografia populacional envolve demografia em uma perspectiva geográfica. Foca-se nas características da distribuição populacional que mudam em um contexto espacial. Exemplos podem ser vistos em mapas de densidade populacional. Alguns tipos de recursos para mostrar a distribuição espacial da população em mapas são as cores, curvas de nível e pontos. A geografia populacional estuda os seguintes tópicos, observados através do tempo e do espaço:
- Fenômenos demográficos (natalidade, mortalidade, taxas de crescimento, etc) através do espaço e do tempo
- Crescimento ou diminuição dos números da população
- Os movimentos e a mobilidade das populações
- Estrutura ocupacional
- Agrupamentos humanos em assentamentos
- A caracterização geográfica dos lugares (por exemplo, padrões de assentamento)
- O modo como os lugares reagem a fenômenos populacionais (por exemplo, imigração)
É importante observar que a fronteira entre a geografia populacional, a demografia e a Ecologia de Populações e Metapopulações vem se tornando cada vez mais tênue, ou seja, vem ocorrendo uma análise cada vez mais conjunta e global.
A Demografia é uma área da Ciências Sociais que estuda a dinâmica populacional humana. O seu objeto de estudo engloba as dimensões, estatísticas, estrutura e distribuição das diversas populações humanas. Estas não são estáticas, variando devido à natalidade, mortalidade, migrações e envelhecimento. A análise demográfica centra-se também nas características de toda uma sociedade ou um grupo específico, definido por critérios como a Educação, a nacionalidade, religião e grupo étnico.
No século XIX, mais precisamente no ano de 1855, Achille Guillard, em seu livro Eléments de Statistique Humaine ou Démographie Comparée (Elementos de Estatística Humana ou Demografia Comparada), usou pela primeira vez o termo demografia.
A demografia estendeu-se além do campo da antropologia. Principalmente na segunda metade do século XX, muitos estudos voltaram-se ao estudo da demografia de animais e de plantas.
POLÍTICAS DEMOGRÁFICAS NO MUNDO
Significado: demo- povo; grafia- estudo, ou seja, Demografia é o estudo do povo/população. A demografia é um estudo que engloba desde estudos individuais e dependentes, até projetos do governo em relação à população, como o IDH. Ao definir sua política (governo) tem duas opções: estimular ou dificultar novos nascimentos. Medidas como complementação salarial para auxílio aos pais que têm mais filhos, ou aumento de impostos para os jovens de uma certa idade que ainda não tenham filhos, podem ser chamadas natalistas, pois estimulam o aumento da taxa de natalidade. Por outro lado, quando o governo sobretaxa o imposto para pais que têm mais filhos, ou desenvolve políticas diretas de controle da natalidade como liberação do aborto ou distribuição de anticoncepcionais, está optando por uma política antinatalista.
No caso do governo brasileiro, as políticas demográficas sempre foram bastante ambíguas. Oficialmente nenhum governo adotou uma política antinatalista, o que pode ser explicado pela intensa influência dos valores católicos e pela ideia, que por muito tempo dominou o governo e a opinião pública, de que era necessário ocupar o vazio demográfico do interior do país. No entanto, a postura natalista, na prática, nunca foi eficiente no Brasil. O que na realidade vem ocorrendo é que a própria realidade social brasileira vem funcionando como um excelente método antinatalista. Ao encontrarem grande dificuldade na criação dos filhos devido à falta de creches e escolas públicas de qualidade; ao se depararem com o alto índice de desemprego e os salários baixos; ao se sentirem encurralados pelos altos gastos com habitação, transporte, segurança e alimentação nas grandes cidades; os brasileiros se encarregam de diminuir drasticamente sua quantidade de filhos.
Para se ter uma ideia, a velocidade com que ocorreu a diminuição das taxas de natalidade no Brasil só é comparável a de países que adotaram rígidos programas de controle demográfico, como a China, por exemplo. O problema fica por conta da falta de educação quanto ao método anticoncepcional a ser adotado e, sobretudo, pela falta de educação sexual.
Outros fatores se referem aos métodos naturais contraceptivos, como por exemplo a lavagem vaginal após o coito, coisa que é pouco conhecida, pouco divulgada e/ou realizada após as relações sexuais na maioria dos mais necessitados. Falta de informações sobre períodos mais férteis das mulheres também é coisa só para as pessoas das classes média ou classe alta. As classes sociais mais desprivilegiadas são as que mais se reproduzem, e as que mais se utilizam dos recursos públicos para a fazer os partos, alimentar as crianças lactentes, alimentar as crianças em idade escolar (merendas escolares), consumo de remédios e consultas médicas gratuitas, creches populares dos estados e prefeituras, enfim o descontrole da natalidade ocorre praticamente apenas nas classes mais baixas e pobres da população, e não existe uma política de esclarecimento devido à forte interferência dos conceitos religiosos muito presentes em tudo o que se refere ao controle da natalidade humana.
1 a 2 bilhões de pessoas entre 1804 a 1927 - 123 anos se passaram.
2 a 3 bilhões de pessoas entre 1927 a 1960 - 33 anos se passaram.
3 a 4 bilhões de pessoas entre 1960 a 1975 - 15 anos se passaram.
4 a 5 bilhões de pessoas entre 1975 a 1987 - 12 anos se passaram.
5 a 6 bilhões de pessoas entre 1987 a 1999 - 12 anos se passaram.
6 a 7 bilhões de pessoas entre 1999 a 2011 - 12 anos se passaram.
A análise da progressão da população humana indica que esta está crescendo cada vez mais lentamente (atualmente 1.14% ao ano), e prevê-se que estabilize nos 10 bilhões por volta do ano 2100.
A população está em explosão demográfica desde a revolução industrial que começou na Inglaterra no século XIX, na primeira metade desse mesmo século. Apresenta-se de seguida a evolução da população mundial.
Metodologia
Estimativa da População - Metodologia utilizada no Popclock
Nota metodológica: as projeções populacionais mensais, com data de referência nos primeiros dias de cada mês, foram inicialmente obtidas através de um ajuste geométrico aos valores projetados pelo método das componentes demográficas que cobrem o período 1989-2012. A função ajustante tem a seguinte expressão analítica:
POP(t) = A X tB
onde: t = data de referência ⇒ 01/07/t, POP (t) = população projetada para a data t, A e B são parâmetros a determinar, Mediante o método de estimação de mínimos quadrados os parâmetros resultaram em: A = 190.250 e B = 1,4756, com R² = 0,9999. De posse da função determinada foi possível interpolar mensalmente as populações projetadas entre os respectivos anos. As taxas médias de crescimento populacional mensal foram reduzidas à escala de minutos utilizando-se a expressão D*H*M como variável de tempo, onde D= número de dias no mês, H= número de horas por dia e M= número de minutos por hora. Essas taxas foram, então, empregadas na obtenção das estimativas populacionais a cada minuto.
Taxa de Fecundidade: É a média de quantos filhos em média uma mulher tem no seu período fértil. No Brasil, por exemplo, a taxa de fecundidade é de 1,8 filhos por mulher.
Taxa de Natalidade: É a quantidade de crianças que nascem.
Taxa de Mortalidade: É a quantidade de pessoas que morrem. As mulheres em média vivem mais que os homens
A POPULAÇÃO MUNDIAL
A população mundial atingiu uma marca de 7,2 bilhões de habitantes, número que tem apresentadouma redução a cada ano.
A população mundial consiste no número total de habitantes do planeta Terra, quantidade essa que atingiu, em 2013, a marca de 7,2 bilhões de habitantes, conforme dados divulgados pelo Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP).
O ritmo de crescimento populacional tem apresentado redução a cada ano. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), a Terra terá pouco mais de 9 bilhões de habitantes em 2050, crescendo a um ritmo anual de apenas 0,33% ao ano, considerado inferior à taxa atual (2,02%).
A distribuição da população mundial ocorre de forma desigual, havendo grande diferença no contingente populacional dos continentes. Veja a população referente a cada um deles (dados referentes ao ano de 2013):
África: 1,111 bilhão de habitantes
América: 953,7 milhões de habitantes
Ásia: 4,427 bilhões de habitantes
Europa: 742,5 milhões de habitantes
Oceania: 40 milhões de habitantes
Portanto, o continente com maior concentração populacional é a Ásia (4,1 bilhões de habitantes), correspondendo cerca de 65% da população mundial.
A África é o segundo continente mais populoso, tal fato se deve ao alto índice de crescimento populacional dos países que a integram (2,1% ao ano). Sua população só não é maior em virtude da baixa expectativa de vida, caracterizada como a menor do planeta. De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 21% da população mundial habitará a África em 2050.
A Europa, que já representou 21% dos habitantes da Terra, atualmente, possui apenas 10,7%, sendo que a tendência é diminuir a cada ano, pois o continente já apresenta taxa de crescimento populacional negativo.
A América, por sua vez, apresenta crescimento populacional de 1% ao ano, sendo que essa taxa é maior se considerarmos apenas os países latino-americanos. Os Estados Unidos e o Canadá possuem crescimento populacional de 0,9%.
O continente asiático é mais populoso por possuir três dos quatro países mais populosos do planeta. Veja o ranking dos dez países mais populosos:
1° - China (Ásia): 1.357.380.000 habitantes.
2° - Índia (Ásia): 1.252.139.596 habitantes
3° - Estados Unidos (América): 316.128.839 habitantes
4° - Indonésia (Ásia): 249.865.631 habitantes
5° - Brasil (América): 202.409.273 habitantes
6° - Paquistão (Ásia): 182.142.594 habitantes
7° - Bangladesh (Ásia): 156.594.962 habitantes
8° - Nigéria (África): 173.615.345 habitantes
9° - Rússia (Europa): 143.499.861 habitantes
10° - Japão (Ásia): 127.338.621 habitantes
De acordo com pesquisas demográficas, estima-se que neste início do século XXI a Terra receberá mais 80 milhões de habitantes a cada ano, sendo que a maioria viverá na Ásia, América Latina e, principalmente, na África. Esses continentes apresentam os países de maior crescimento demográfico do mundo.
Os países ricos tendem a diminuir suas médias de crescimento demográfico, fato já constatado em 2010, cuja média está em torno de 0,2% ao ano. No entanto, eles têm aumentado a expectativa de vida de forma considerável, cujos principais fatores responsáveis por esse aspecto são: desenvolvimento tecnológico ligado à medicina, maiores cuidados com a saúde, saneamento básico, entre outros.
Crescimento populacional
O crescimento populacional ou crescimento demográfico é a mudança positiva do número de indivíduos de uma população. O termo população pode ser aplicado a qualquer espécie viva, mas aqui refere-se aos humanos.
A população mundial em 1950 era de 2,5 bilhões de pessoas. Em 2000 já havia mais de 6 bilhões de humanos no planeta.
Para um estudo da população, é essencial a análise estatística acompanhada das características históricas e geográficas das sociedades existentes no planeta. Alguns locais que apresentam elevadas taxas de densidades demográficas são: Sudeste Brasileiro, nordeste dos Estados Unidos da América, leste da China e sul da África. Cada umas dessas regiões tem as suas particularidades socioeconômicas, culturais e ambientais.
De acordo com os dados obtidos junto à Organização das Nações Unidas (ONU), no nosso planeta vivem mais de 7 bilhões de pessoas. Dessas, mais de 75% vivem em países subdesenvolvidos e com menos de dois dólares por dia, 22% são analfabetos, metade nunca utilizou um telefone e apenas 25% têm acesso à internet.
Fases do aumento populacional
Atualmente, a taxa de crescimento populacional mundial, inferior a 1,2% ao ano, está em constante declínio. Porém, a expectativa de vida está em ascensão em virtude dos avanços na medicina, saneamento ambiental, maiores preocupações com a saúde, entre outros fatores. Sendo assim, o número de habitantes no mundo continua aumentando.
De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Fundo de População das Nações Unidas (Fnuap), a população mundial é de 6,908 bilhões de habitantes. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), o contingente populacional do planeta atingirá a marca de 9 bilhões de habitantes em 2050, ou seja, um acréscimo de aproximadamente 2,1 milhões de habitantes, sendo a taxa de crescimento de 0,33% ao ano.
Estima-se que, há cerca de 2000 anos atrás, a população global era de cerca de 300 milhões de habitantes. Por um longo período a população mundial não cresceu significativamente, com períodos de crescimento seguidos de períodos de declínio. Decorreram mais de 1600 anos para que a população do mundo dobrasse para 600 milhões. O contingente populacional estimado para o ano de 1750, era de 791 milhões de pessoas, das quais 64% viviam na Ásia, 21% na Europa e 13% em África.
A humanidade demorou, portanto, dezenas de milhares de anos para alcançar o primeiro milhar de milhão de habitantes, por volta de 1802. Em seguida, foram necessários mais 125 anos para dobrar a população, alcançando assim o planeta, por volta de 1927, 2 milhares de milhões de habitantes. O terceiro milhar de milhões foi atingido 34 anos depois, em 1961, e assim por diante.
Durante este período, o homem abandonou o modo de vida que criara há cerca de 10 mil anos, com o advento da agricultura, e passou a multiplicar-se nas cidades, um mundo à parte da natureza. Em 1900, nove em cada dez homens, mulheres e crianças, que somavam uma população de 1,65 milhares de milhão, ainda viviam no campo. Calcula-se que nos primeiros anos do século XXI quase metade dos seis milhares de milhões de pessoas habita cidades; dessa população urbana, estima-se que uma proporção de três para vinte pessoas se encontre nas cerca de meia centena de metrópoles e megalópoles (população igual ou maior que 5 milhões de habitantes).
A ONU estima que no ano 2000 a população mundial crescia então a um ritmo de 1,2 % (77 milhões de pessoas) por ano. Isto representa um decréscimo da taxa de crescimento em relação ao seu nível em 1990, sobretudo devido à quebra das taxas de natalidade.
A China era, nessa altura, o país mais populoso do mundo com 1300 milhões de habitantes, porém, devido à baixa taxa de natalidade poderá ser superada em 2050 pela Índia que, se mantiver a taxa de natalidade de 2000, atingirá os 1600 milhões.
Causas do rápido aumento da população mundial
Foram várias as causas desta fase de rápido crescimento da população mundial. Os índices de mortalidade nos países em desenvolvimento tiveram uma queda significativamente grande após a Segunda Guerra Mundial. Campanhas de saúde pública e de vacinação reduziram espetacularmente as doenças e a mortalidade infantil.
Nos países desenvolvidos, esses declínios na mortalidade tinham levado séculos para ocorrer, à medida que a própria sociedade gradualmente se transformava, tornando-se mais urbanizada e menos dependente de grandes famílias. Como resultado, as taxas de natalidade e mortalidade tendiam a decrescer proporcionalmente e as taxas de crescimento populacional nunca atingiram o nível que atingiriam mais tarde, nos países em desenvolvimento. Na década de sessenta, as mulheres nos países em desenvolvimento estavam a ter, em média, seis filhos.Consequências do aumento populacional
O contínuo aumento populacional pode ter várias consequências negativas. A mais falada é a questão da escassez de alimentos.
Com o aumento da população e desenvolvimento dos países aumenta também a poluição produzida, e se já com a população atual os problemas ambientais relacionados com a poluição são bastantes, então deduz-se que serão muito piores com uma população ainda maior e a produzir cada vez mais desperdícios; este aumento da poluição poderá implicar também a degradação de muitos ecossistemas naturais.
Na sociedade globalizada em que vivemos outro grave problema é a propagação de epidemias, que agora o fazem com muito mais facilidade devido ao contacto entre indivíduos de todos os pontos do mundo uns com os outros, provocado pelos avanços dos meios de transporte. O fato de haver cada vez mais gente, para menos área habitável faz também com que comecem a surgir populações que habitam áreas perigosas do planeta, facilmente susceptíveis a catástrofes (ex.: áreas de grande atividade vulcânica). Têm também preocupado as autoridades governamentais os problemas associados à criação de empregos, meios de habitação, transportes, educação e saúde.
Medidas a tomar para conter tal aumento
Para tentar conter o elevado aumento populacional já estão sendo tomadas e estudadas certas medidas. É necessária a expansão de serviços de alta qualidade de planeamento familiar e saúde reprodutiva. As gestações indesejadas ocorrem quando os casais que não querem ter uma gravidez não utilizam nenhum método para regular eficazmente a fertilidade. Uma das prioridades de vários governos dos países em via de desenvolvimento é oferecer aos casais e a pessoas individuais serviços apropriados para evitar a gravidez.
Deve-se também divulgar mais informação sobre planeamento familiar e aumentar as alternativas de métodos anticoncepcionais, nos casos em que tal seja legal.
É também muito importante a conscientização do público sobre os meios existentes para a regulação da fertilidade e o seu valor, da importância da responsabilidade e da segurança na prática de relações sexuais e a localização dos serviços. Deverão ser criadas condições favoráveis para várias famílias pequenas.
Importa também aumentar a escolaridade, especialmente entre as adolescentes. Melhorias na situação econômica, social e jurídica das jovens e das mulheres poderão contribuir para aumentar o seu poder de negociação, conferindo-lhes uma voz mais forte nas decisões relacionadas com os aspectos reprodutivos e produtivos da família.
Fatores de queda
Em todos os países do mundo, ocorreu, durante as últimas décadas, uma redução no ritmo de crescimento populacional, envolvendo taxa de mortalidade, de fecundidade e aumento da vida média dos indivíduos. Essas tendências mundiais podem ser igualmente verificadas no Brasil.
Nas décadas de 1960 e 1970, as taxas de crescimento da população brasileira estavam em torno de 3,2% ao ano; no período de 1991 a 1996, em torno de 1,38%.
Processo de urbanização - O principal fator responsável pela redução das taxas de natalidade e de mortalidade foi o intenso processo de urbanização ocorrido nos últimos cinqüenta anos, acompanhado pela melhoria das condições de vida. Nas cidades, apesar das enormes carências sociais (falta de hospitais e de infra-estrutura básica para a coleta de lixo e precariedade no sistema de esgoto), há um atendimento médico-sanitário melhor do que o da zona rural.
Fatores de queda – A queda das taxas de fecundidade e de natalidade pode também ser explicada pelos fatores seguintes:
a) Mudança de vida das populações que vieram do campo para a cidade.
b) Crescente participação da mulher na composição da população economicamente ativa.
c) Difusão de métodos anticoncepcionais.
d) Esterilização de mulheres férteis.
Em 1995, 66% das mulheres entre 30 e 39 anos e 63% das que tinham entre 40 e 49 anos exerciam atividades remuneradas.
O trabalho externo feminino ajuda a complementar a renda familiar. Mas as mulheres também buscam uma remuneração por dois fatores básicos:
a) Anseiam por melhores condições de vida.
b) São estimuladas, pelos meios de comunicação e pelo modo urbano de vida, a consumir mais.
Número de filhos – As mulheres possuem uma escolaridade mais elevada que a dos homens, criam uma nova identidade e alteram as relações familiares (há um grande número de mulheres chefes de família). Todas essas mudanças refletem-se num menor número de filhos. Em 1960, a taxa de fecundidade era de 6,2 filhos por mulher; em 1996, caiu para 2,32.
Esterilização – A queda da taxa de fecundidade também pode ser explicada pela difusão dos métodos anticoncepcionais (pílula e camisinha), mas, principalmente, pela esterilização. O índice de mulheres em idade fértil (de 15 a 49 anos) esterilizadas é de 40,1%.
A taxa de mortalidade bruta é pouco significativa para a análise demográfica. Assim, o importante é estudar a evolução das taxas por sexo e idade. A taxa de mortalidade infantil é um dado que se relaciona diretamente com aspectos de saneamento básico, assistência médica, alimentação e renda familiar. No Brasil, essa taxa ainda é muito alta: 57 mortes por mil (contra 7 por mil na Europa). A taxa de mortalidade entre os jovens do sexo masculino é igualmente muito elevada, tendo por primeira causa o assassinato. Esse índice denuncia a violência que impera nas grandes cidades brasileiras, principalmente as da Região Sudeste.
Expectativa de vida – A expectativa de vida do brasileiro, hoje, já ultrapassou os 70 anos de idade (IBGE, dezembro de 2003), o que corresponde à média mundial. Contudo, se analisarmos essa taxa por região, verificaremos que no Nordeste a expectativa de vida é de 64 anos.
MIGRAÇÃO, IMIGRAÇÃO E EMIGRAÇÃO – FLUXOS MIGRATÓRIOS
Migração é o deslocamento de pessoas de uma determinada cidade, estado ou país (migração internacional) para outro local. Essa mudança pode ser definitiva ou temporária, voluntária ou forçada, individual ou em grandes fluxos.
As pessoas migram pelos mais distintos motivos, desde guerras, perseguição religiosa, conflitos étnicos, perseguição política e ideológica ou simplesmente porque buscam condições melhores de vida em outra localidade. Essas condições podem estar relacionadas com trabalho, estudo, saúde, bem-estar, entre outros fatores, e são os maiores motivadores para as migrações na atualidade
Migrações na História 
A evolução migratória do Homo sapiens, ocorreu na África Oriental entre 190.000 e 160.000 anos atrás, onde, tudo leva a crer, se desenvolveu a primeira anatomia humana moderna. É também provável que o Homo sapiens, depois se espalhou para o leste do Mediterrâneo em torno de 100.000 a 60.000 anos atrás, e pode ter chegado na China 80.000 anos atrás, e daí para a Austrália e, posteriormente, chegou as Américas. Atualmente os seres humanos estão distribuídos em toda a Terra, principalmente nos continentes e ilhas do planeta.
Migração indo-europeia
Em comparação com alturas mais recentes, pouco se sabe sobre os habitantes pré-indo-europeus da Europa Antiga. A língua basca teve origem nessa época, assim como a língua georgiana. Os povos que trouxeram as línguas indo-europeias parecem ter sido originários das estepes a norte do mar Cáspio, penetrando na Europa, pela bacia do Mar Egeu e pelo planalto iraniano, em várias e diferentes investidas. Os citas e sármatas eram povos indo-europeus que tinham como terra natal as estepes.
Migrações recentes para a Europa
A migração é um fenómeno que afeta cada vez mais a União Europeia e o Parlamento Europeu é frequentemente chamado a pronunciar-se sobre diversas questões relacionadas com o assunto. Existem quatro a oito milhões de imigrantes ilegais na União Europeia, o que tem efeitos diversificados no mercado de trabalho, podendo distorcer os salários e a concorrência nos países de destino.
Migrações recentes para a América
A crise no continente europeuaumentou a migração para o continente americano. Entre todos os países da América o Estados unidos é o país que mais recebe imigrantes desde o século XVI até a metade do século XX. Após esse período a maioria dos imigrantes passou a ser de origem latina, principalmente do México. Em 1997 estimava-se haver 2,5 milhões de imigrantes nos EUA, atualmente existem mais de 5 milhões de imigrantes.
Apesar de os Estados Unidos serem o principal destino dos migrantes latino-americanos, hoje em dia é possível notar uma grande mudança, pois muitos latinos estão migrando mais para outros países da própria America Latina.
Tipos de migração
Migração pendular: é um fenômeno que não se trata propriamente de uma migração, pois é uma transferência momentânea, diária. É caracterizada pelo deslocamento diário de pessoas para estudar ou trabalhar em outra cidade, estado ou país. Ocorre comumente nas regiões metropolitanas.
Transumância: nesse tipo de migração, um grupo de pessoas muda de cidade, estado ou país por um determinado período, geralmente alguns meses, e continua tendo como referência de moradia o local de origem. É o caso de trabalhadores rurais que vão todos os anos para outros estados trabalhar no corte de cana-de-açúcar, por exemplo, e, encerrado o período de colheita, retornam para seus estados de origem.
Êxodo rural: é o deslocamento de pessoas do campo para as cidades. Essa mudança é permanente e, geralmente, ocorre porque os habitantes do campo buscam na cidade melhores condições de vida. Entretanto, essa migração pode ser involuntária, quando acontece, por exemplo, em decorrência da mecanização do trabalho no campo.
Êxodo urbano: é mais raro de acontecer, mas é o oposto do êxodo rural. Acontece quando pessoas que vivem na zona urbana (cidades) mudam para a zona rural (campo).
Nomadismo: apesar de ser muito rara na atualidade, essa modalidade de migração é caracterizada pela ausência de fixação permanente. As pessoas nômades mudam de lugar periodicamente e não estabelecem moradia fixa em nenhum lugar.
Diáspora: é a rápida dispersão de um grupo populacional de um território. Em geral, essa migração é involuntária ou forçada. Temos como exemplos mais expressivos a diáspora africana (ocorrida por força da escravidão colonial) e a diáspora judaica (expulsão dos judeus da Palestina pelo Império Romano).
As migrações, independentemente das classificações, possuem papel preponderante na organização do espaço, nas relações sociais e na construção da cultura. As pessoas, quando migram, carregam consigo todos os elementos que a constituíram, como sua história, memória e cultura. Ao chegar ao novo local de moradia, esses elementos interagem com a cultura e história locais e daí surgem novos e ricos tipos de relações entre as pessoas e das pessoas com o espaço vivido.
Imigração e emigração são palavras que descrevem o fluxo de indivíduos em um país. A imigração é o movimento de entrada de estrangeiros em um país de forma temporária ou permanente e a emigração é a saída de indivíduos do país.
A relação entre a imigração e a emigração resulta no “saldo migratório”, utilizado para ajudar na caracterização da população de um determinado território (país, continente, etc.). Se a imigração for maior que a emigração diz-se que o saldo migratório foi positivo (pois saíram menos indivíduos do país do que entraram), se ocorrer o contrário, o saldo migratório foi negativo. Ou ainda, o saldo migratório pode ser nulo, quando ambos os movimentos populacionais se igualam.
Os fenômenos de emigração e imigração estão sempre relacionados com as condições sociais dos locais nos quais se inserem a apresentam especificidades de acordo com estas condições. O emigrante é geralmente levado a deixar seu país por falta de condições que o permitam ascender socialmente e acaba se tornando o imigrante de algum outro país no qual ele deposita suas esperanças de melhoria de vida.
Mas existem outras motivações que podem levar um cidadão a se tornar emigrante, em seu país, e imigrante, no país de destino. Como os refugiados que abandonam seus países devido a conflitos civis, ou por causa de perseguições raciais/religiosas, ou ainda por causa de desastres naturais/ambientais.
De qualquer forma o imigrante enfrentará quase sempre as mesmas dificuldades de se estabelecer em um país de costumes diferentes dos seus e de língua desconhecida enfrentando, muitas vezes, a xenofobia, as restrições impostas aos estrangeiros pelas legislações, o trabalho escravo ou quando muito o subemprego.
Por outro lado, a mobilidade dos indivíduos sempre foi um fator importante e presente na história da civilização. Desde os tempos primitivos em que o nomadismo era prática comum até os tempos atuais em que a globalização tornou mais fácil (ou pelo menos, mais comum) os movimentos migratórios.
ESTRUTURA OCUPACIONAL
Do ponto de vista da estrutura ocupacional, a população de um país é dividida em dois grandes grupos: população ativa, constituída pelas pessoas que estão empregadas ou que estão à procura de emprego; e população inativa, representada pelas pessoas que não estão empregadas ou que não exercem atividade econômica remunerada (crianças, aposentados, inválidos, estudantes, donas de casa, etc.).
A expressão população ocupada diz respeito à parcela da população que está efetivamente trabalhando, isto é, exercendo atividade remunerada. Os percentuais de população ativa em relação à população total podem variar de aproximadamente 20 a 25% nos países de população exageradamente jovem (subdesenvolvidos) até cerca de 50% nos países desenvolvidos.
É importante destacar que os dados oficiais relativos aos percentuais de população ativa, principalmente nos países subdesenvolvidos, não condizem em geral com a realidade, visto que uma parcela considerável da população dedica-se a subempregos ou à economia informal (atividades não regulamentadas). Nesse caso, podemos incluir tanto as crianças com menos de 10 anos que ajudam os pais nas atividades rurais quanto as dos grandes cintos urbanos (comércio nos semáforos, por exemplo), além dos milhares de idosos aposentados e donas de casa.
População ativa e setores da atividade econômicas
Costumam-se classificar as atividades econômicas em três setores: setor primário, que compreende a agricultura, a pecuária e o extrativismo; setor secundário, que são as atividades industriais (indústrias de transformação); e setor terciário ou de prestação de serviços, que compreende o comércio, os bancos, o funcionalismo público, os transportes, a educação, etc.
O processo de colonização, iniciado a partir do século XVI, e o consequente surgimento da divisão internacional do trabalho política, mediante a qual caberia às colônias (atuais países subdesenvolvidos) fornecerem às metrópoles (atuais desenvolvidos) alimentos e matérias-primas, recebendo em troca produtos manufaturados explicam a atual distribuição da população ativa, de acordo com os setores entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos.
Enquanto os países subdesenvolvidos têm suas economias baseadas de modo geral na produção de alimentos (agropecuária) e de matérias-primas (minérios, madeiras, fibras, etc.), consequentemente apresentando elevados percentuais de população ativa no setor primário, os países desenvolvidos, que são normalmente industrializados e urbanizados, concentram a grande maioria da sua população ativa nos setores secundário e terciário.
É importante observar que diversos países subdesenvolvidos, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, experimentaram significativo processo de industrialização e de urbanização e relativa modernização das atividades rurais, o que resultou em expressivas alterações nos percentuais de população ativa nos vários setores.
No Brasil, por exemplo, a população ativa do setor primário diminuiu, de 70%, em 1940, para cerca de 25%, em 1990; e na Coreia do Sul diminuiu de 50%, em 1970, para 20%, em 1990. No entanto, esse rápido e intenso êxodo rural acarretou umexcepcional crescimento urbano, que resultou numa excessiva concentração de pessoas, principalmente no setor terciário, gerando, por exemplo, o subemprego e o empreguismo.
Esse fenômeno (aumento excessivo ou irreal do terciário), típico de países subdesenvolvidos, é chamado de “inchação” do terciário. O Brasil concentra quase 50% da sua população ativa no terciário. Sabemos, no entanto, que grande parte dessa população está empregada, mas não produz.
Participação feminina na população ativa
A participação feminina na estrutura ocupacional da população ativa é elevada nos países desenvolvidos capitalistas (45% nos EUA) e mais elevada ainda nos socialistas desenvolvidos (50% na URSS), mas muito baixa nos países subdesenvolvidos (19% no Paraguai, por exemplo). Porém, sofreu significativo aumento nas últimas décadas nos subdesenvolvidos industrializados, situando-se em tomo de 25 a 30% no Brasil, México e Argentina.
De fato, a participação da mulher no trabalho fora do lar tem aumentado gradativamente em nossa sociedade nos dias atuais. Entretanto, algumas considerações importantes devem ser levadas em conta: apesar de as mulheres representarem, na maior parte dos países, 50% ou mais da população total, sua participação na economia, na política e em outros setores é bastante desproporcional. Isso significa, por exemplo, que ainda existe uma carga muito grande de discriminação e de preconceitos da sociedade atual em relação ao trabalho da mulher fora do lar.
A questão salarial é um bom indicador da discriminação e da exploração do trabalho da mulher, pois, em regra, o salário feminino é bem inferior ao masculino, mesmo quando exercem cargos e tarefas iguais.
Isso mostra que a mulher que trabalha fora do lar é duplamente penalizada. Além de exercer duas atividades que resultam numa longa jornada de trabalho, é muito mal remunerada, pois, além de ganhar pouco ou menos que o homem no trabalho fora do lar, nada recebe pelo seu trabalho doméstico. Isso sem contar as demais formas de discriminações, preconceitos, limitações sociais e culturais, etc. de que a mulher ainda é vítima em muitas partes do mundo.
ASSENTAMENTO HUMANO
Assentamento humano é um termo genérico utilizado em arqueologia, geografia, urbanismo e em várias disciplinas que se ocupam do estudo de comunidades, temporárias ou permanentes, em que vivem pessoas, independentemente da sua dimensão ou importância populacional. Um povoamento pode assim albergar tanto um pequeno número de habitações agrupadas num reduzido espaço, lugares, aldeias ou vilas,como vastas áreas urbanizadas, as cidades. Num sentido tradicional, um povoamento inclui bens urbanos como caminhos, estradas, ruas, recintos, campos, lagos, poços, moinhos, igrejas, etc. Pode ainda ser ordenado por fatores definindo uma hierarquia de povoamento, como as megacidades ou as cidades globais. A história da paisagem ocupa-se com os estudos que a morfologia dos povoamentos, tanto em zonas dispersas como concentradas
A ONU e os assentamentos humanos
Quando a ONU foi fundada, em 1945, dois terços da população mundial viviam em zonas rurais. Em 2000, a distribuição da população havia mudado, com metade da população mundial vivendo nas cidades. Além disso, espera-se que em 2050 dois terços da população mundial – cerca de seis bilhões de pessoas – estarão vivendo nas cidades. E enquanto as cidades são o eixo central da produção e do consumo nacional – processos econômicos e sociais que geram riquezas e oportunidades – elas também geram doenças, crimes, poluição e pobreza.
Em muitas cidades, principalmente nos países em desenvolvimento, moradores de favelas constituem mais de metade da população urbana, com pouco ou nenhum acesso a abrigo, água e saneamento básico. O Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) foi estabelecido em 1978 para melhorar esta situação. Ele também trabalha para implementar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio que dizem respeito à melhoria das vidas de pelo menos 100 milhões de moradores de favelas – o equivalente a cerca de 10% da população dos moradores de favelas em todo o mundo – até 2020.
Em 2002, o ONU-Habitat teve seu mandato reforçado e seu status elevado ao de um programa do Sistema da ONU. Essa revitalização foi encaixada na principal agenda de desenvolvimento da ONU para a redução da pobreza, com uma estrutura mais ágil e eficaz de pessoal, bem como um conjunto de programas e prioridades mais relevante e direcionado.
O atual foco do ONU-HABITAT está na conquista de terras e moradias para todos; no planejamento participativo e na governança; nas infraestruturas e serviços que não agridam o meio ambiente; em habitações inovadoras e nas finanças urbanas. Estes esforços fazem parte de uma campanha global sobre urbanização sustentável.
Além de uma ampla variedade de programas de apoio à população urbana, o ONU-HABITAT apoia o desenvolvimento de uma Rede de Desenvolvimento Urbano Sustentável – uma rede inovadora de parceiros globais. A Rede trabalha em níveis locais para desenvolver as capacidades dos governos nacionais, fortalecer o poder de decisão das autoridades locais e promover a inclusão da comunidade no processo decisório.
O Sistema das Nações Unidas estabeleceu a primeira segunda-feira de outubro como o Dia Mundial do Habitat.
“As cidades não são apenas tijolos e cimento: elas simbolizam os sonhos, as aspirações e as esperanças das sociedades. A gestão dos recursos humanos, culturais e intelectuais de uma cidade é, portanto, tão importante para o desenvolvimento harmonioso como a gestão de seus recursos físicos.”
CONCEITOS FUNDAMENTAIS: ESPAÇO, PAISAGEM, TERRITÓRIO, REGIÃO E LUGAR
ESPAÇO
CONCEITO
O espaço é um conjunto de objetos e um conjunto de ações. É ao mesmo tempo forma (como as estruturas de uma cidade) e função (o processo de ações humanas que constroem a paisagem). É indivisível dos seres humanos que o habitam e que o modificam todos os dias, através de sua tecnologia.
Composto de objetos naturais e artificiais (paisagem) e ações (uso).
O espaço seria o conjunto de objetos e relações que se realizam sobre esses objetos.
Objetos ajudam a concretizar uma série de relações, onde o espaço é o resultado da ação dos homens sobre o próprio espaço, intermediados pelos objetos naturais e artificiais. 
A expressão “espaço” aparece associada a uma porção específica da superfície terrestre, com métodos antrópicos ou pela simples localização.
A palavra tem seu uso relacionado a diferentes escalas (proporções), global, continental ou regional, da cidade, do bairro, da rua, da casa e de um cômodo interior.
CORRENTES E O CONCEITO DE ESPAÇO
Na geografia tradicional, o espaço aparece em Ratzel como base indispensável para a vida do homem, encerrando as condições de trabalho naturais ou socialmente produzidas.
Para Ratzel, território é uma porção do espaço apropriada por um determinado grupo, que, pelo “espaço vital”, necessita do território em função do desenvolvimento tecnológico.
O espaço transforma-se, através da política, em território, conceito-chave da geografia.
Na geografia crítica, o espaço é entendido como espaço social, em estreita correlação com a prática social.
O espaço é o lugar da reprodução das relações sociais de produção.
SELETIVIDADE ESPACIAL
No processo de organização espacial, o homem decide sobre um lugar de acordo com os atributos de seus interesses.
Por exemplo, a fertilidade do solo, um sítio defensivo, a proximidade da matéria-prima, o acesso ao mercado consumidor ou a presença de um porto.
REMEMBRAMENTO ESPACIAL
A fragmentação e o remembramento das porções territoriais controladas por determinadas classes sociais, organizações religiosas, empresas ou grupos, são uma prática corrente.
A fragmentação deriva da intensificação da atuação de empresas, por exemplo, que leva à implantação de novas unidades vinculadas.
O remembramento espacial deriva de uma política da empresavisando impor outra racionalidade ao seu espaço de atuação.
ANTECIPAÇÃO ESPACIAL
Constitui uma prática definida pela localização de uma atividade em um dado local antes que condições favoráveis tenham sido satisfeitas.
Trata-se da antecipação à criação de uma oferta significativa de matérias-primas ou de um mercado consumidor de dimensão igual ou superior ao limiar considerado satisfatório para a implantação da atividade. 
MARGANIZALIZAÇÃO ESPACIAL
O valor atribuído a um dado lugar pode variar ao longo do tempo por razões de ordem econômica, política ou cultural, marginalizando-o, isto é, deixando-o à margem da rede de lugares a que se vinculava.
PAISAGEM
CONCEITO
Paisagem (aparência) é a porção da configuração territorial que é possível abarcar com a visão. A paisagem é transtemporal, juntando objetos passos e presentes (refuncionalização), uma construção transversal.
É tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança. 
O domínio do visível, aquilo que a vista abarca, não sendo formada apenas de volumes, mas também de cores, movimentos, odores e sons.
PAISAGEM E ESPAÇO
Paisagem é o conjunto de formas que, num dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre homem e natureza (representam os sucessivos espaços geográficos).
Espaço, diferentemente, são as formas acrescidas da vida que as anima.
Podemos dizer que a paisagem é a aparência do espaço geográfico, isto é, a face visível do espaço geográfico.
Espaço, no entanto, é o conjunto de elementos naturais e artificiais, criações humanas, mas é também o uso que a sociedade faz desses elementos.
O espaço é dinâmico, pode revelar o passado e é característico de cada período da história.
PAISAGEM NATURAL E ARTIFICIAL
Paisagem artificial é aquela transformada pelo homem, enquanto natural é aquela que não sofreu ações antrópicas.
Hoje, a modalidade de paisagem natural praticamente não existe mais, visto que quase tudo é mudado pelo esforço humano.
Instrumentos imóveis são predominantes sobre os móveis, de como que estradas, edifícios, pontes, portos e depósitos são acréscimos à natureza, sem os quais a produção é impossível.
TERRITÓRIO
Porção do espaço definida pelas relações de poder, passando assim da delimitação natural e econômica para a de divisa social. O grupo que se apropria de um território ou se organiza sobre ele cria relação de territorialidade.
Relação de territorialidade: relação entre os agentes sociais, político e econômicos, interferindo na gestão do espaço.
Desterritorialização consiste em adotar um olhar estrangeiro para as coisas do nosso espaço, a ação de desterritorializar é a ação de desordem e fragmentação para buscar novos saberes, adotando uma noção diferenciada.
Reterritorializar consiste em um processo onde o homem vai se adaptar a novos territórios, tornando-se um agente ativo do novo território.
A delimitação do território é a delimitação das relações de poder, domínio e apropriação nele instaladas.
O território pode transcender uma unidade política e o mesmo acontecendo com o processo de territorialidade, sendo que este não se traduz por simples expressão cartográfica, mas se manifesta sob as relações variadas.
REGIÃO
Região é a organização do espaço em áreas concentradas, numa certa porção da superfície terrestre, formando uma identidade espacial fundada em elementos naturais e humanos.
LUGAR
Lugar é a dimensão da existência que se manifesta através de um cotidiano compartido entre as mais diversas pessoas, firmas, instituições-cooperação e conflito são a base da vida em comum. 
Trata-se de um conceito afetivo, estabelecido a partir das relações sociais entre si e com o espaço.
A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
a) Meio natural: o ser humano escolhe o que considera fundamental para seu dia-a-dia, valorizando culturas e lugares. Utilizava técnicas diretamente relacionadas a natureza e ao que necessitava para seu sustento.
As técnicas não estão territorializadas.
Espaços luminosos são áreas de grande fluidez, industrialização, dinamicidade e desenvolvimento tecnológico, locais onde a política obedecem às necessidades das grandes empresas.
Espaços opacos são áreas ausentes de desenvolvimento industrial, sem dinamismo e fluidez, locais onde poucas empresas se territorializaram. 
Espaços da rapidez são aqueles que se caracterizam por ter maior número de vias, veículos modernos e velozes, além do transporte público barato e eficiente.
Espaços da lentidão são aqueles caracterizados por vias mal cuidadas e ausência de um bom sistema de transporte.
b) Meio técnico: representa a emergência do espaço mecanizado, com a introdução de objetos e sistemas que provocaram a inserção de tecnologias no meio produtivo, exemplificado pelo surgimento de ferrovias.
Para Milton Santos, as ferrovias cafeeiras no Brasil criaram o meio técnico de mecanização incompleta.
c) Meio técnico-científico informacional: representa a atual etapa do sistema capitalismo de produção e transformação do espaço geográfico, a partir de 1970 no mundo, e pós 1990 no Brasil, estando relacionado aos novos aspectos da Revolução Industrial. Marcada pela união entre ciência e técnica, guiadas pelo mercado que se consolida no processo de globalização.
Marca a intencionalidade da ciência e o espaço geográfico cada vez mais artificial.
BIBLIOGRAFIA
WIKIPEDIA EN ESPAÑOL. Geografia física. Disponível em: <https://es.wikipedia.org/wiki/geograf%c3%ada_f%c3%adsica>. Acesso em: 20 jan. 2018.
UFBA. Geografia física. Disponível em: <http://www.geoambiente.ufba.br/arquivos%20extras/textos/a%20natureza%20da%20g%20f%20na%20geografia.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2018.
GOOGLE BOOKS. Climatologia: noções básicas e climas do brasil. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-br&lr=&id=cthndgaaqbaj&oi=fnd&pg=pt28&dq=climas&ots=s13ygvh7el&sig=wiujgbqlskzisbyztls6zhgptlc#v=onepage&q=climas&f=false>. Acesso em: 20 jan. 2018.

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