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Resumo P2 Economia- Tânia


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Resumo P2 – Introdução à Economia 
Introdução à Macroeconomia
Comércio externo
Reservas Internacionais
Reservas Brutas
- Soma de todas as reservas internacionais do país, incluindo os empréstimos do FMI, do BIRD e do BID.
Reservas Líquidas
- Excluem os recursos do FMI e os títulos da dívida externa brasileira, recomprados pelo BC, além de outros recursos com depósitos dos bancos no exterior, mas com sede no país.
Taxas de câmbio
- É a medida pela qual a moeda de um país qualquer pode ser convertida em moeda de outro país.
 Demanda por divisas
- Constituída pelos importadores e devedores que precisam de moeda estrangeira para comprar e saldar dívidas, respectivamente, em outras nações.
Ofertantes de divisas
- São os exportadores e as firmas que receberam e obtiveram empréstimos, em moedas estrangeiras e precisam ser convertidas em moeda nacional.
OBS.: 
Para exportações:
 
 Taxa de câmbio Exportações Oferta
Para importações:
 
 Taxa de câmbio Importações Demanda 
Gráfico
O
Taxa de câmbio
Quantidade de dividas
D
Fatores que influenciam a oferta e a demanda por divisas
- A curva de oferta e a de demanda por divisas dependem dos gostos e preferências das populações do país e do exportador.
- A renda do país importador também influencia a demanda por divisas
- A inflação diminui a oferta de divisas e aumenta a demanda por divisas, resultando num aumento da taxa de câmbio.
Taxa de câmbio fixa
As taxas são fixadas pelo governo.
Argumentos utilizados a favor da fixação das taxas de câmbio:
- Elasticidades da demanda e da oferta por divisas pequenas podem causar grandes alterações na taxa de câmbio.
- Especulação (tomada de decisões baseando-se em perspectivas sobre a evolução futura do mercado).
Ex: Ao acreditar que amanhã a taxa de câmbio será maior do que a de hoje, é conveniente comprar dólares hoje para vender amanhã. 
Vantagens do câmbio flutuante
- Criar uma espécie de escudo para amortecer os efeitos adversos decorrentes da globalização financeira.
- O Banco Central ganha liberdade em sua política monetária e passa a concentrar suas atenções em metas de inflação ou de desemprego, possibilitando um controle mais adequado sobre a economia interna.
OBS.: O Brasil adota a Taxa de câmbio flutuante desde 1999.
Flutuação suja
- A determinação da taxa de câmbio é dada no mercado, com intervenções do Banco Central que tentam diminuir a volatilidade da taxa de câmbio e garantir a liquidez das operações internacionais. 
- Esse regime é o que prevalece em geral.
Intervenção do Banco Central no mercado de câmbio
- Venda e compra de dólares à vista (das reservas).
- Leilão de linha externa (espécie de aluguel de dólares ao mercado).
- Venda de títulos cambiais.
- Leilão para oferecer linhas de credito à exportação (das reservas), como prazo de cinco dias úteis para que os bancos repassem o dinheiro aos exportadores.
Desvalorização cambial
- A desvalorização da moeda frente ao dólar torna mais caro o pagamento da dívida externa.
- A desvalorização aumenta a remuneração dos exportadores e torna o nosso produto mais barato no exterior.
- Com a entrada de dólares pela remuneração dos exportadores, a confiança do mercado externo na capacidade do país de pagar suas dívidas aumenta.
Taxa de câmbio nominal
- Preço de uma moeda em relação à outra
Taxa de câmbio real
- Corresponde ao relativo de preços entre o produto nacional e estrangeiro (ou vice-versa, conforme definição da taxa de câmbio nominal).
Ɛ= taxa de cambio real
E = taxa de cambio nominal
P* = preço do produto estrangeiro
P = preço do produto nacional
- Uma desvalorização da taxa de câmbio real significa que o produto nacional ficou relativamente mais barato que o estrangeiro, estimulando a demanda por esses produtos, tanto pelas exportações como pela diminuição das importações.
Determinantes da taxa de câmbio
- No curto prazo, o país pode equilibrar o balanço de pagamentos acumulando dívidas ou direitos em relação ao exterior, mas, no longo prazo as dívidas deverão ser pagas e os direitos realizados. Assim, o país deve, ao longo do tempo, apresentar equilíbrio nas transações.
-A taxa de câmbio é fixada no longo prazo de tal forma a possibilitar o equilíbrio da conta corrente do país, enquanto no curto prazo o movimento de capitais assume um papel primordial. 
-O saldo em conta corrente depende das exportações líquidas de bens e serviços.
- O volume de importações de um país depende do nível de atividade econômica, isto é, da renda nacional e da taxa de câmbio real, que reflete a competitividade da produção doméstica em relação à externa.
 Renda nacional Importações
 
 Valorização da taxa de câmbio real Preço dos importados em relação ao interno
- As exportações dependem basicamente da renda do resto do mundo e da taxa de câmbio real.
Repercussão positiva sobre as exportações do país
Necessidade de importados
Nível de atividade nos demais países
Competitividade dos produtos domésticos 
Ampliação das exportações
Desvalorização da taxa de câmbio real
- Paridade do poder de compra:
O saldo em conta corrente, pelo nível de renda interno e externo, depende da taxa de câmbio real.
Se em longo prazo o saldo em conta corrente do país deve estar equilibrado, a taxa de câmbio real deve se ajustar para este fim.
Como a taxa de câmbio real depende da taxa de câmbio nominal e do nível de preços do país e do resto do mundo, o comportamento da taxa de câmbio nominal está relacionado à evolução dos preços.
-Lei do preço único
Produtos homogêneos devem custar a mesma coisa nos diferentes mercados, quando expressos na mesma moeda.
- Se os preços nos respectivos países refletem as condições de custo e, portanto, de competitividade dos dois países, a taxa de câmbio será determinada de tal forma a igualar o preço dos dois países quando expressos na mesma moeda.
- Em longo prazo, a taxa de câmbio nominal deve ser corrigida pelo diferencial entre a inflação doméstica e internacional, de modo a manter a taxa de câmbio real constante.
∆E = variação da taxa de câmbio nominal 
π= inflação doméstica
π*= inflação externa
Linhas de crédito para a exportação
- Servem para financiar as empresas que exportam.
- A sua escassez prejudica as exportações e causa pressões no mercado de câmbio, pois os exportadores têm que comprar dólares para se financiar.
Risco Cambial nas transações internacionais a prazo
- Ganhos ou perdas envolvem juros internos, externos e desvalorizações cambiais.
Vulnerabilidade
- Mudanças de percepção e expectativas podem fazer com que o país ganhe ou perca grandes volumes de recursos externos.
- Índices de vulnerabilidade: Dívida, Conta Corrente e relação Poupança/PIB.
- Em 2011 o Brasil era o 8º país no ranking de vulnerabilidade.
-Soluções: subsídios e incentivos à exportação e restrições às importações, e adotar medidas mais severas e amplas para barrar a entrada de capitais.
Balanço de Pagamentos
- É o registro contábil de todas as transações de um país com outros países do mundo.
- Estão registradas todas as compras e vendas de moeda estrangeira.
- As compra de moedas estrangeiras são efetivadas para:
Importar mercadorias de outros países
Pagar serviços prestados por estrangeiros a brasileiros
Possibilitar que uma empresa estrangeira envie seus lucros aos países de origem
Pagar juros de empréstimos estrangeiros
Pagar royalties e patentes a outras nações do mundo
- As vendas de moedas estrangeiras são efetivadas por:
Exportadores que receberam suas receitas em dólares 
Firmas estrangeiras que estão montando filiais no Brasil e precisam de reais 
Entidades que receberam empréstimos de outros países e precisam convertê-los em reais para realizar seus pagamentos
Balanço comercial
- São lançadas as exportações e importações de mercadorias.
Balanço de serviços e rendas
- São lançadas as transações com serviços realizadasentre o país e os demais países, como:
Fretes
Seguros
Viagens internacionais
Juros
Lucros
Royalties
Assistência técnica
Outros
- É sempre negativo no Brasil, pois remetemos mais do que recebemos, rendas.
- Os royalties são uma porcentagem sobre a venda de um produto, marca, patente, processo de produção ou uma obra original pelos direitos de sua exploração comercial. São incluídos juntamente com o pagamento e recebimento de juros, remessas e recebimentos de lucros, na Renda Líquida Externa.
Balanço de transações correntes
- Registro contábil de todas as transações de um país com o resto do mundo.
- Envolve transações com mercadorias, serviços, rendas e transferências unilaterais.
Conta capital e financeira
- Registro de entrada e saída de investimentos em carteira, derivativos e outros investimentos.
- Exemplos:
Capital das firmas estrangeiras que ingressam no país
Capital estrangeiro que ingressa sob a forma de empréstimos
Empréstimos de outros governos ao Brasil
Empréstimos do FMI
Observações
- Não pode existir desequilíbrio no balanço de pagamentos, já que o montante de recebimentos é igual ao de pagamentos.
- Na prática 
Saldo devedor na balança de pagamentos = saldo devedor no balanço de transações correntes ou no balanço de capitais e financeiro.
- Se houver um saldo negativo no balanço de transações correntes, trata-se de uma transferência de poupanças do resto do mundo para o Brasil.
PIB
- Não são incluídos os itens que se referem à produção de bens e serviços ou de renda relativa a períodos anteriores.
- Só deve ser incluída a produção corrente de bens e serviços exportados.
- Empréstimos não devem ser incluídos no PIB, pois não se trata de produção.
- PIB = C + I + G + X – M
C = montante de bens CONSUMIDOS pelo setor privado;
I = montante de investimentos produtivos (máquinas, equipamentos e construções);
G = despesas governamentais;
X = exportações de bens e serviços
M = importações de bens e serviços
 - (X - M) é exatamente o saldo positivo ou negativo do balanço de transações correntes.
Setor Público
O crescimento da participação do setor público na atividade econômica
- O crescimento da participação do Estado na economia deve-se:
Desemprego – Para controlar o crescente desemprego nos anos 30, o governo realizou obras de infraestrutura para absorver a mão de obra;
Crescimento da renda per capita – o aumento da renda per capita gera um aumento da demanda por bens e serviços públicos;
 Mudanças tecnológicas – com a invenção do motor de combustão, a demanda por rodovias e infraestrutura cresceu, e passou a ser ofertada pelo estado;
Mudanças populacionais – alteração na taxa de crescimento da população conduziu a aumentos nos gastos do Estado, em virtude do crescimento de suas despesas em educação, saúde, etc.;
 Efeitos da guerra- durante o período de guerra, a participação do Estado na economia aumenta, portanto, aumenta o gasto público;
 Fatores políticos e sociais- novos grupos sociais passaram a ter maior presença política, demandando, assim, novos empreendimentos públicos;
Mudança na previdência social- a previdência passou a ser um instrumento de distribuição de renda, levando a uma maior participação do estado em um mecanismo previdenciário.
Funções Econômicas
 Função Alocativa
- Fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado.
- São de consumo coletivo e indivisível 
- São custeados pelos tributos e tem por principal característica a impossibilidade de excluir determinados indivíduos de seu consumo.
 Princípio da exclusão
- Ocorre quando o indivíduo A consome um certo bem tendo pago pelo mesmo. O indivíduo B, que não pagou por esse bem será excluído do consumo.
- Um bem é rival quando o consumo realizado por um agente diminui automaticamente o consumo de outro agente. 
- O mecanismo de exclusão é representado pelo sistema de preços, que seleciona os agentes que não consumiram o bem.
- O consumo de um bem é não rival quando o consumo de um indivíduo não diminui a quantidade que será consumida pelos demais indivíduos. 
Ex.: Serviço meteorológico. 
- No caso de bens públicos, o fato de uma agente utilizar o serviço que oferecido não significa reduzir fisicamente a oferta desse bem para os demais agentes.
 Bens de consumo coletivo
- O fato de um bem ou serviço ser de consumo não excludente só funciona quando a utilização do bem não está saturada. 
 Ex.: Praia.
- Bem público puro são aqueles que não saturam. 
Ex.: meteorologia, defesa nacional e serviços despoluição.
 Semipúblico ou meritório 
- Satisfazem o principio da exclusão, mas são produzidos pelo Estado.
Ex.: Serviços de saúde, saneamento e nutrição.
Função distributiva 
- A distribuição das rendas do trabalho depende da produtividade da mão de obra e da utilização dos demais fatores de produção no mercado.
- O governo funciona como um agente redistribuidor de renda, à medida que, por meio da tributação, retira recursos dos seguimentos mais ricos da sociedade (pessoas, setores ou regiões) e os transfere para os segmentos menos favorecidos.
- Em relação à distribuição pessoal de renda, a redistribuição pode ser implementada por meio de uma estrutura tarifária progressiva, em que os indivíduos mais ricos pagam uma alíquota maior de imposto.
- Quanto à distribuição setorial ou regional, um instrumento governamental mais adequado seria uma politica de gastos públicos e subsídios direcionados para as áreas mais pobres.
Função Estabilizadora
- Está relacionada com a intervenção do Estado na economia, para alterar o comportamento dos preços e empregos, pois o pleno emprego e a estabilidade de preços não acontecem de maneira automática.
Função de crescimento econômico
- Desrespeito às politicas que permitem aumentos na formação de capital, ou seja, a atuação do Estado, tanto no tocante aos investimentos públicos quanto aos incentivos e financiamentos para estimular os investimentos no setor privado, esta voltada para o crescimento econômico de longo prazo.
- A função de crescimento não seria diferente da função alocativa do setor público.
Estrutura tributária
Princípios da tributação
-Para que o Estado cumpra suas funções com a sociedade, ele obtém recursos por meio da arrecadação tributária, que compõe a sua receita fiscal.
Princípio da neutralidade
- Obtida quando não se alteram os preços relativos, minimizando sua interferência nas decisões econômicas dos agentes de mercado.
- Os tributos podem ser utilizados na correção de ineficiências observadas no setor privado.
Princípio da equidade
- Um imposto, além de ser neutro, deve ser equânime, no sentido de distribuir o seu ônus de maneira justa entre os indivíduos.
Princípio do benefício
- Um tributo justo é aquele em que cada contribuinte paga ao Estado um montante diretamente relacionado com os benefícios que dele recebe.
- Problemas na implementação:
Dificuldade na identificação dos benefícios que cada indivíduo atribui a diferentes quantidades do bem ou serviço público.
Como o consumo do bem público é coletivo, não haveria motivo para as pessoas revelarem suas preferências, pois isso poderia acarretar aumentos em sua contribuição.
Princípio da capacidade de pagamento
-Os agentes deveriam contribuir com impostos de acordo com sua capacidade de pagamento.
- O imposto de renda seria um típico exemplo.
- As medidas utilizadas para alcançar a capacidade de pagamento são:
Renda
Consumo
Patrimônio (fluxos de poupança acumulados no passado, ou seja, pela parte da renda que não foi dirigida ao consumo).
- Na prática, os impostos sobre a renda são aplicados de maneira diferenciada para cada agente (são utilizadas alíquotas diferenciadas e isenções), enquanto o imposto sobre consumo tem uma abrangência global (alíquotas constantes).
Os tributos e sua classificação
- São constituídos por impostos, taxas e contribuição de melhoria.
 Taxas
- São cobradas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviçospúblicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. 
 Contribuição de melhoria
- É cobrada quando uma determinada obra pública aumenta o valor patrimonial dos bens imóveis localizados em sua vizinhança.
 Impostos
Diretos
-Incide sobre a renda e riqueza (patrimônio)
-No importo sobre a riqueza, a base tributária constitui-se no estoque acumulado de riqueza do indivíduo.
- No imposto sobre a renda incide sobre os fluxos mensais auferidos, havendo ao final, uma declaração de ajuste sobre os valores anuais de rendimento.
Indiretos
- Incide sobre transações de mercadorias e serviços
- A firma que recolhe o imposto não necessariamente arca com o seu ônus, porque o recolhimento é feito de forma que se possa transferi-lo para terceiros.
-Imposto sobre vendas de mercadorias e serviços: a base tributária é o valor da compra e venda de mercadorias e serviços.
Ad valorem: Imposto indireto, com alíquota fixada e com valor, que varia de acordo com o preço da mercadoria.
Específico: imposto indireto, com valor fixado, independente do preço da mercadoria.
Regressivos
- São aqueles em que o aumento na contribuição é proporcionalmente menor que o incremento ocorrido na renda. 
- A relação entre carga tributária e renda decresce com o aumento do nível de renda, onerando os segmentos sociais de menor poder aquisitivo.
- Ex.: ICMS e IPI
Proporcionais ou neutros
- São aqueles em que o aumento na contribuição é proporcionalmente igual ao ocorrido na renda.
- A relação entre carga tributária e renda permanece constante com o aumento do nível de renda, onerando igualmente todos os segmentos sociais.
- Não há exemplos no Brasil.
Progressivos
- Ocorrem quando o aumento na contribuição é proporcionalmente maior que o aumento ocorrido na renda.
- A relação entre carga tributária e renda cresce com o aumento da renda, onerando os segmentos sociais de maior poder aquisitivo.
- Ex.: Imposto de renda da pessoa física e da pessoa jurídica.
Imposto sobre usos
-Tributam destinos específicos, como impostos sobre consumo.
Imposto sobre fontes
- Tributam a fonte de renda, como os impostos de renda de pessoas físicas e jurídicas.
Efeitos sobre a atividade econômica
Estabilizador automático
- A tributação progressiva tem efeito anticíclico sobre a renda disponível.
- Em um cenário inflacionário, a receita fiscal cresceria de maneira mais rápida que a renda nominal, freando os gastos com consumo.
- Em um cenário recessivo, o contribuinte que tivesse sua renda diminuída cairia para uma alíquota menor e, desse modo, seria beneficiado por uma redução da carga tributária.
Curva de Lafer
-Mostra que, após certo nível de alíquota do imposto, qualquer elevação da taxa, ao invés de aumentar a arrecadação total do governo, resultaria em uma redução devido à evasão fiscal (sonegação) e ao desestímulo provocado sobre os negócios em geral.
Efeito Oliveira-Tanzi
-Ocorre em períodos de aceleração inflacionária, pois como há uma defasagem entre o fato gerador do imposto e o momento de seu recolhimento, a inflação tende a corroer o valor, em termos reais, da arrecadação fiscal do governo.
Déficit público: diferentes conceitos e formas de financiamento
- Superávit: quando a arrecadação supera o total dos gastos
- Déficit: quando os gastos superam o montante da arrecadação
Conceitos de déficit público
Nominal ou total
-Déficit total do governo, incluindo juros e correções monetária e cambial da dívida passada, também chamado de necessidades de financiamento do setor público.
- Engloba: união, governos estaduais e municipais, empresas estatais e previdência social.
Primário ou fiscal
- É medido pelo déficit total, excluindo a correção monetária e cambial e os juros reais da dívida contraída anteriormente. 
- Diferença entre gastos públicos e arrecadação tributária no exercício.
Operacional
- Diferença entre os gastos públicos e a arrecadação tributária no exercício, somada aos juros reais da dívida passada.
- Não inclui a correção monetária e cambial da dívida.
-Necessidades de financiamento do setor público.
Déficit de caixa
- Omite as parcelas do financiamento do setor público externo e do resto do sistema bancário, como fornecedores e empreiteiros.
- É a parcela do déficit público financiada pelas autoridades monetárias.
Financiamento do déficit
- Principais fontes de recursos:
Emitir moeda: o Tesouro Nacional (União) pede emprestado ao BC 
-Monetização da dívida: uma forma eminentemente inflacionária (gera-se o imposto inflacionário), mas que não aumenta o endividamento com o setor público com o setor privado.
Vender títulos da dívida pública ao setor privado (interno e externo)
-O governo troca títulos por moeda que já está em circulação, o que, no início, não traria nenhuma pressão inflacionária.
-Provoca uma elevação da dívida pública, e o governo, necessitará oferecer taxas de juros mais atraentes, acarretando uma elevação adicional no endividamento.
Juros
- Quanto maior a necessidade do governo de tomar emprestado, interna e externamente, maiores as taxas de juros.
- Para reduzir os juros:
Privatizações criteriosas incentivadas
Arrocho na previdência
Revisão nas transferências a Estado e Municípios
Revisão dos privilégios no Legislativo e Judiciário 
Plano de securitização da dívida global, para começar a fazer uma renegociação do principal.
- COPOM: Comitê de Política Monetária
Estabelecer a taxa básica de juros da economia 
Dar a diretriz da política monetária do país
Taxa SELIC
-Taxa referencial de juros.
- Definida pelo BC.
- Sempre que o governo precisa de dinheiro, ele paga a taxa SELIC para captar recursos.
Taxa de juros reais
- i = taxa de juro nominal
- π= taxa de inflação
- e= taxa real de juros
Moeda
Definição
- Algo que é aceito pela coletividade, para desempenhar as funções de meio de troca, unidade de conta e reserva de valor.
Funções
Meio de Troca
-Sem a moeda, todas as trocas deveriam ser diretas.
-As trocas seriam feitas por escambo.
-Teria de ocorrer uma dupla coincidência de desejos e resolver as questões de quantidades e da divisibilidade.
Ex.: Quanto de roupas seria necessário para comprar uma galinha.
Unidade de conta
- A moeda serve para comparar o valor de diversas mercadorias.
- A unidade de conta pode ser usada contabilmente.
Reserva de valor
- Para que a moeda possa ser aceita em troca de mercadorias, é preciso que ela seja aceita na compra de outros bens e serviços.
-A moeda representa um direito que seu possuidor tem sobre as mercadorias.
- Pode ser guardada, ou seja, serve como reserva de valor.
Agregados monetários no Brasil
Quase moeda
- Ativos que, apesar de não serem considerados moeda em sentido escrito, apresentam algumas características da moeda em sentido amplo.
- Ativos de grande liquidez que, apesar de não serem aceitos normalmente em troca de bens e serviços, podem, rapidamente, ser convertido em moeda.
Moeda em poder público
- Moeda corrente ou manual
- É o estoque de moeda metálica e papel-moeda que fica em poder das pessoas ou firmas.
Moeda em poder do BC
- Depósitos voluntário e compulsório
Moeda em poder dos Bancos comerciais
-Encaixe técnico
Multiplicador de base
- m>1, pois “reservas” é uma percentagem dos depósitos (1>R>0).
Intermediários Financeiros
Intermediários Bancários
-As funções essenciais de um banco são:
Intermediação financeira
- Refere-se à tarefa de deslocar recursos de unidades superavitárias para unidades deficitárias, ou seja, de fazer a ponte entre poupadores e tomadores de recursos.
- Ex.: Compra e venda de valores mobiliários e divisas.
Transmutação de ativos
-Diz respeito à função de transformar ativos com determinadas características de vencimento, volume, risco de crédito, risco de preço e liquidez, em outros tipos de ativos com características diferentes.
Ex.: Depósitos à vista de alguns clientes podem ser transformados num financiamento de um equipamento para outros clientes.
Câmara de compensação- É a função de intermediar trocas de moeda ou de liquidez na economia.
Intermediários não bancários
-Não captam recursos por meio de depósitos à vista, e sim por meios que caracterizam a chamada quase moeda.
Ex.: depósitos a prazo, certificados e recibos de depósitos bancários, letras de câmbio.
 Bancos de investimento
-São instituições financeiras destinadas a canalizar recursos de médio e longo prazo para capital fixo ou de giro das firmas.
- Fontes de recursos: Emissão de Certificados de Depósitos Bancários e captação de recursos externos
Sociedade de crédito, financiamento e investimento (financeiras).
- Destinam-se a financiar a aquisição de bens de consumo duráveis, por meio de crédito direto ao consumidor, e o capital de giro para pequenas e médias firmas.
- Fontes de recursos: Letras de câmbio e empréstimos.
Sociedade de crédito imobiliário
- Têm finalidade de proporcionar financiamentos imobiliários diretamente ao mutuário final ou pela abertura de crédito a favor de empresários, para empreendimentos imobiliários. 
- Fontes de recursos: Letras imobiliárias, depósitos de poupança, repasses da Caixa Econômica Federal e empréstimos externos.
 Sociedade de arrendamento mercantil
-Destinam-se a financiar operações de locação de bens móveis e imóveis.
- Fontes de recursos: Debêntures e empréstimos
Sociedade corretoras e distribuidoras
-São instituições auxiliares do sistema financeiro operando com a compra e venda de derivativos e títulos mobiliários.
Banco Central
Funções do BC
Banco dos Bancos
-Recebe depósitos dos bancos comerciais e transfere fundos de um banco para outro.
Banco do Governo
Executor da política monetária
-Responsável pelo controle da oferta da moeda.
Política Monetária
- Processos de oferta de moeda, instrumentos utilizados e transmissão de seus efeitos.
Oferta de Moeda
- A oferta de moeda é realizada tanto pelas autoridades monetárias, pela emissão de notas e moedas metálicas, quanto pelos bancos comerciais.
- Haverá criação de moeda quando houver um aumento dessa soma, ou seja, quando aumentar o volume da soma de moeda manual e de moeda escritural.
- Haverá destruição de moeda quando se reduzir o volume de meios de pagamento.
- a oferta pode se dar pelo BC, que tem monopólio das emissões de moeda, e pelos bancos comerciais, por meio dos depósitos à vista.
- Reservas bancárias:
Encaixe técnico – reserva no caixa da agência
Depósito voluntário – Compensação interbancária
Depósito compulsório – depósito obrigatório
- Diminui a oferta de crédito no mercado e encarece os empréstimos aos consumidores, pois retira dinheiro de circulação e os bancos passam a ter menos dinheiro para emprestar.
- Permite ao BC aumentar ou diminuir a liquidez do sistema.
- O compulsório alto abafa o efeito da redução da SELIC.
Processo de multiplicação da moeda escritural
-Cada 1 real emitidos, que que chega aos bancos, é transformado em ) reais.
- O mesmo valor de 1 pertence a varias pessoas ao mesmo tempo.
Demanda por moeda
- Firmas e famílias
- Corresponde à quantidade de moeda que o setor privado não bancário retém.
- Motivos para retenção de moeda:
Demanda por moeda para transações
- Dinheiro para as transações do dia a dia, alimentação, transporte, etc.
Demanda por moeda por precaução
- Reserva monetária para fazer face a pagamentos imprevistos, atrasos, etc.
Demanda por moeda por especulação
- A moeda, embora não apresente rendimentos, tem a vantagem de ter liquidez imediata, e pode viabilizar novas aplicações.
Teoria quantitativa da moeda
- Relação entre o total dos meios de pagamentos num sistema econômico e o valor global dos bens e serviços transacionados
- Velocidade-renda da moeda: número de vezes que o estoque de moeda passa de mãos em mãos, num certo período de tempo, gerando produção e renda.
Y= Renda
V= velocidade-renda da moeda (constante no curto prazo) 
Q= PIB real
P=nível de preços
M= quantidade de moeda na economia
Instrumentos da política monetária
-Fornecer ao sistema econômico uma oferta de moeda suficiente para o desenvolvimento das atividades econômicas e manter a liquidez do sistema.
Reservas obrigatórias
- Atender ao movimento de caixa
Operações de mercado aberto
-Vendas ou compras, por parte do BC, de títulos governamentais no mercado de capitais.
- A compra de títulos governamentais, por parte do BC, acarreta aumento de depósitos nos bancos comerciais.
Política de redesconto
-À medida que adota uma política liberal de crédito, oferecendo empréstimos abundantes e a juros (taxa de redesconto) baixos, o BC fornece aos bancos comerciais uma fonte acessível de empréstimos, possibilitando que adotem uma política liberal de crédito com seus clientes. 
Mecanismos de transmissão da política monetária
Equilíbrio de carteira
-A composição de uma carteira depende da combinação de ativos com suas características e as preferências do detentor da carteira.
- A carteira está em equilíbrio se as características dos ativos e as preferências de seus detentores se mantêm constantes.
Riqueza
-Como alterações no estoque da moeda afetam a riqueza existente.
-Como alterações na riqueza afetam as variáveis econômicas.
Disponibilidade de crédito
- Disponibilidade de liquidez na economia
- As operações no mercado aberto alteram a oferta global de crédito
Expectativas
-Mudanças na oferta monetária afetam as expectativas da sociedade.
Inflação
-Causas da inflação
Excesso de emissão de moeda
Investimentos públicos improdutivos
Aumento de impostos
Excesso de crédito
Expectativas
Aumentos salariais reais
Aumento de gastos do governo
Insuficiência de oferta de produto básicoa
Desvalorização cambial
Dívida externa
Dívida interna
Dependência econômica externa
Altas taxas de juros
Poder dos monopólios e oligopólios
-Malefícios da inflação
Falências
Queda de investimento produtivo
Manipulação de preços
Perda de credibilidade no governo e na moeda
Concentração de renda
Substituição da moeda fraca
Perda da capacidade de previsão e planejamento