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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE JALES
FORO DE JALES
5ª VARA
RUA NOVE, 2231, Jales - SP - CEP 15700-018
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min
 
1008908-55.2016.8.26.0297 - lauda 1
CONCLUSOS
Em 18 de abril de 2017, faço estes autos conclusos ao Excelentíssimo Senhor Doutor ADILSON 
VAGNER BALLOTTI – MM. Juiz de Direito da 5ª Vara Judicial da Comarca de Jales-SP. Eu, 
Marcos Antonio de Almeida Barbosa, Assistente Judiciário, digitei.
SENTENÇA
Processo Digital nº: 1008908-55.2016.8.26.0297
Classe - Assunto Cumprimento de Sentença - Liquidação / Cumprimento / Execução
Exeqüente: João Dimas Buzzatto e outro
Executado: Banco do Brasil S/A.
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Adílson Vagner Ballotti
Vistos.
BANCO DO BRASIL S/A, qualificado nos autos, apresentou IMPUGNAÇÃO à 
execução de título judicial que lhe move JOÃO DIMAS BUZZATTO e JOSÉ LUIZ BUZZATTO, 
igualmente qualificado nos autos (fls. 128/151). Juntou documentos (fls. 258/262).
Intimados, os exequentes manifestaram-se nos autos rechaçando os pontos 
suscitados na impugnação (fls. 157/180). 
 Dispensa-se maior relatório por se tratar de simples decisão interlocutória.
FUNDAMENTO.
Inicialmente, constato que a petição inicial do processo de cumprimento de 
sentença foi regularmente instruída com os documentos necessários à sua propositura. Convém 
ressaltar que se trata de obrigação decorrente de cédula rural hipotecária, de modo que a existência 
da ação não está condicionada à juntada de “extratos de movimentação” respectivos.
Além disso, a pretensão apresenta pedido e causa de pedir, há pedido certo e 
determinado, da narrativa dos fatos decorre conclusão lógica e não se vislumbra a existência de 
pretensões incompatíveis entre si. Ausentes, pois, as hipóteses de inépcia expressamente previstas 
no artigo 330, § 1º e seus incisos, do Código de Processo Civil.
Outrossim, o impugnante é parte legítima para a ação, tendo em vista a relação de 
direito material decorrente do contrato celebrado com os impugnados (fls. 28/30) e que dá origem 
à pretensão.
Rejeito, assim, as questões processuais arguidas pelo impugnante, 
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE JALES
FORO DE JALES
5ª VARA
RUA NOVE, 2231, Jales - SP - CEP 15700-018
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min
 
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Quanto ao mais, não há se falar na hipótese de litisconsórcio passivo necessário, 
porquanto se trata de obrigação solidária, de maneira que se revela perfeitamente lícito à parte 
credora exigir de todos os devedores, ou de apenas um deles, a satisfação da obrigação. Por esse 
motivo ainda (desnecessidade de formação de litisconsórcio) não há que se falar em deslocamento 
da competência para a Justiça Federal.
Quanto ao mais, o título judicial, ora executado, consiste em sentença judicial 
proferida na ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal e Sociedade Rural 
Brasileira em face do Banco do Brasil S/A, Banco Central do Brasil BACEN e a União (Proc. 
94.00.08514-1 3ª Vara da Justiça Federal da Primeira Região ou 0008465-28.1994.4.01.3400), 
na qual foi reconhecida a obrigatoriedade do Banco do Brasil S/A em corrigir os índices utilizados 
para correção dos saldos devedores das cédulas rurais, no percentual de 41,28% no mês de março 
de 1990.
O interesse de agir decorre do fato de que o exequente, no mês de março de 1990, 
mantinha cédula de crédito rural junto ao banco impugnante, não tendo sido aplicado pelo banco o 
índice devido de correção para apuração do saldo devedor, conforme reconhecido na ação civil 
pública (41,28%). 
Trata-se, o caso, de interesse individual homogêneo, visto que os devedores desses 
contratos, na época, compartilharam prejuízos divisíveis e de origem comum (oriundos das 
mesmas circunstâncias fáticas) tratados na ação civil pública, a qual fora julgada procedente para 
o fim de se fixar como percentual devido o índice de 41,28% para correção dos saldos devedores 
das cédulas rurais, para o mês de março de 1990. 
Por oportuno, é de se consignar que a decisão em comento ainda não transitou em 
julgado, motivo pelo qual a presente ação retrata cumprimento provisório de sentença (art. 520 e 
seguintes, do CPC). 
Referida decisão, dado seu conteúdo, tem efeito erga omnes para além dos limites 
da competência territorial do órgão julgador, abrangendo todos aqueles detentores de situação 
fática idêntica à tratada na ação civil pública, razão porque não há que se falar em ausência e/ou 
deficiência do título executivo. 
Tratando-se de execução individual, fundada em título executivo coletivo, o foro 
competente tanto pode ser o domicílio do credor individual quanto o da localidade em que foi 
processada a ação de conhecimento. Desse modo, correto o ajuizamento da presente execução 
nesta comarca. 
Desnecessária a prévia liquidação prevista no artigo 509, II, do Código de 
Processo Civil, bem como, não há se falar na realização de perícia, já que a apuração do quantum 
devido depende tão somente cálculo aritmético. 
Os honorários advocatícios para a fase de cumprimento de sentença (hipótese dos 
autos) são devidos, nos termos do artigo 523, § 1º, do CPC.
Considerando que a presente execução tramita pela Justiça Estadual, deverá ser 
observado para correção do débito os índices de atualização da Tabela do TJ/SP e não o da Justiça 
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Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min
 
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Federal como pretende o impugnante. Também não prospera a pretensão do(a) exequente de 
correção pelo índice IGPM. Enfim, tratando-se de processo judicial e em curso pela Justiça 
Estadual de São Paulo, o índice de correção a ser utilizado é o da Tabela do TJ/SP.
O percentual e forma de cálculo dos juros moratórios foi devidamente explicitado 
no título executivo. Por oportuno, esclareço que o termo inicial de referidos juros deve coincidir 
com a citação na ação civil pública e não a citação na presente ação de cumprimento de julgado, 
visto que a mora da executado está presente desde aquela data, e não somente agora.
A alegação do impugnante quanto a juros remuneratórios é impertinente, visto que 
não se verifica a aplicação deles nos cálculos trazidos pela parte exequente. O mesmo se digaem 
relação ao pleito de compensação. Com efeito, a eventual "compensação", pleiteada pelo 
impugnante, decorre da própria lei, cujo reconhecimento independe de consentimento da parte 
autora ou determinação judicial. De acordo com o art. 368 do Código Civil: “Art. 368. Se duas ou 
mais pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações 
extinguem-se, até onde se compensarem.”
DISPOSITIVO:
 Posto isto, e considerando o mais que dos autos consta, ACOLHO em parte a 
impugnação à execução de título judicial apresentada por BANCO DO BRASIL S/A em face de 
JOÃO DIMAS BUZZATTO e JOSÉ LUIZ BUZZATTO, e o faço para determinar que para a 
correção do débito se observe os índices da Tabela do TJ/SP, prevalecendo quanto ao mais o 
cálculo da parte exequente.
Considerando que os impugnados decaíram de parte mínima do pedido, arcará o 
impugnante, vencido, com o pagamento das custas e despesas processuais, porventura existentes, e 
verba honorária da parte contrária, já fixada no despacho inicial dessa execução de sentença (10% 
sobre o montante atualizado da execução). 
Desde logo consigno que eventual levantamento de numerário somente 
poderá ocorrer após a execução se tornar definitiva.
Prossiga-se o cumprimento de sentença.
Jales, 09 de junho de 2017.
Juiz de Direito: Dr. Adilson Vagner Ballotti
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, 
CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
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