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caso concreto 2 ep

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ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 
Título 
Caso Concreto 2 
Descrição 
1) Numa análise tradicional do Objetivo da Firma, o empresário busca: 
a) reduzir a possibilidade de crescimento da concorrência. 
b) ampliar sempre o tamanho de sua firma. 
c) maximizar o lucro total. 
d) explorar novos mercados. 
e) atingir a maior eficiência possível. 
2) Na hipótese em que a quantidade ofertada se encontrar abaixo daquela de equilíbrio, 
encontramos em uma situação de: 
a) escassez. 
b) excedente. 
c) excesso. 
d) deficiência. 
e) competitividade. 
3) Numa situação em que a quantidade ofertada estiver acima do ponto de equilíbrio, irá 
conduzir: 
a) a um aumento dos preços ou redução na quantidade ofertada. 
b) a uma redução dos preços ou aumento na quantidade ofertada. 
c) a um aumento de preços ou na quantidade ofertada. 
d) a uma redução dos preços ou na quantidade ofertada. 
e) a uma situação inflacionária. 
Desenvolvimento 
 
 Nenhuma análise sobre os fundamentos de oferta e demanda do agronegócio 
internacional considera a China como uma variável irrelevante. Com 10% de 
participação no valor das importações globais do setor, qualquer movimento da 
nação asiática assume um papel determinante na formação de preços e na definição 
das estratégias de produção e venda dos produtos agropecuários. Isso ajuda a 
explicar oscilações como a ocorrida há duas semanas, quando as cotações da soja 
despencaram ao pior patamar em mais de seis anos devido à instabilidade no 
mercado financeiro chinês. 
 
 O agronegócio pegou carona nesse processo, em um cenário que ajudou a dinamizar 
economias emergentes como a do Brasil. Hoje mais de 70% da renda brasileira 
obtida com a exportação de soja provêm daquela porção do globo. Com domínio 
menor, algodão (24,5%), açúcar (9,3%) e carne de frango (7,5%) também 
consolidaram faturamento vinculado ao país no ano passado. 
 
 Acostumado a lidar com um mercado de demanda crescente, o agro é forçado agora 
a se adaptar à nova realidade chinesa. O governo está conduzindo a economia 
nacional para um modelo de crescimento que prioriza o mercado interno em 
detrimento a exportação. A mudança custa caro: o Produto Interno Bruto (PIB) 
chinês crescerá menos e os investimentos tendem a esfriar, afetando a demanda por 
importações. A correção de rumo gera incerteza, em um movimento potencializado 
pela atual bolha acionária que assola o país, intensificando a pressão nos mercados 
internacionais. 
 
 Para os analistas, a redução do apetite chinês tem suas consequências, mas não 
representa o fim da linha para o agronegócio. “É óbvio que a economia chinesa vai 
crescer menos daqui para a frente, mas não é todo mundo que vai sair perdendo 
nesse processo. 
 
 Com aumento na renda da população e no consumo doméstico, tende a crescer 
junto a demanda por alimentos, em um movimento que favorece o campo. “A 
realidade das commodities agrícolas é diferente em relação a produtos como 
petróleo e ferro, que estão mais ligados ao investimento”. A 
recente habilitação de frigoríficos brasileiros para a exportação de carne bovina, 
suína e de aves ao país é apontada como um dos sinais de que a transição pode ser 
benéfica. 
Nem mesmo a crise financeira do país é considerada um entrave. O diagnóstico é de 
que uma parcela pequena da população ficou exposta aos riscos do mercado 
acionário. No caso das empresas, a maioria ainda recorre a outras fontes de 
financiamento em detrimento ao mercado de capitais. Isso reduz o risco de 
endividamento e desemprego. “É uma transição difícil, mas enquanto ela for suave, 
com o PIB chinês crescendo acima de 5%, não haverá grandes problemas no longo 
prazo” . 
Assim, o desafio vai se concentrar na administração dos preços. Considera que a 
demanda para o agro tende a continuar crescendo, mas de forma mais controlada do 
que o setor estava acostumado, então a regulação terá que ser feita pelo lado da 
oferta. “Está nas mãos do produtor, só é preciso fazer as contas. Essa história de 
bater recorde atrás de recorde na produção pode acabar saindo pela culatra a partir 
de agora”. 
US$ 16,6 bilhões 
Esse foi o faturamento do Brasil só com a exportação de soja para a China em 
2014, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior (MDIC). Isso representa 71,4% do total arrecadado pelo país com os 
embarques da oleaginosa. 
78,8 milhões de toneladas 
Devem ser importadas pela China na temporada 2015/16, conforme o Departamento 
de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Uma década atrás as aquisições não 
chegavam a um terço desse volume. Demanda tende a continuar firme nos próximos 
anos. 
4,2 milhões de toneladas 
De milho foram importadas pela China em 2014, conforme o USDA. Até 2008/09 
,nação asiática era exportadora do cereal. Mesmo com estoques internos elevados, 
país pode comprar mais 3 milhões de toneladas do grão neste ano, dando 
sustentação à demanda. 
US$ 518 milhões 
Foram faturados pelo Brasil somente com a exportação de carne de frango para a 
China em 2014. Maior taxa de urbanização e aumento da renda tendem a favorecer 
consumo de proteína, motivando avicultura a crescimento do mercado asiático nos 
próximos anos, os feitos serão difusos entre os mercados. A nova realidade da 
economia chinesa tende a impactar de forma distinta os principais mercados do 
agronegócio. Se para produtos como a soja a perspectiva é de crescimento 
sequencial, mesmo que em menor ritmo, mercados como o de milho podem seguir 
trajetória mais sinuosa. 
Rumores de que o país asiático estaria prestes a desregular o mercado do cereal, 
liquidando seus estoques e extinguindo as cotas de importação, causam 
preocupação no curto prazo. Analistas avaliam que, caso resolvesse desovar no 
mercado doméstico as mais de 80 milhões de toneladas que mantém em armazéns 
estatais, Pequim faria com que o país ficasse fora do mercado internacional – não só 
de milho, mas também de substitutos como o sorgo ou o DDG – no curto prazo. 
Especulações de que a política de regulação seria derrubada em breve surgiram em 
julho, depois que o governo divulgou um documento sinalizando que somente 
“alimentos básicos como o arroz e o trigo” precisariam de uma política de preço 
mínimo para manter a produção estável. “Milho, soja, algodão e canola têm grandes 
elasticidade da procura, cadeias de processamento longas e maior correlação com o 
mercado internacional. O governo deve permitir que o mercado determine o preço e 
a relação de oferta e demanda irá se ajustar. Isto levará a um mercado saudável”, diz 
a nota oficial. 
Caso resolva abrir o mercado de milho, Pequim seguiria o roteiro traçado 20 anos 
atrás para a soja e que fez as importações chinesas da oleaginosa saltarem de quase 
zero mais de 70 milhões de toneladas. O efeito no milho viria no médio e longo 
prazo, depois que os estoques governamentais forem totalmente absorvidos. 
Outros mercados 
Com 5,9% de participação no mercado importador de açúcar, o pouso chinês 
também tende a ter efeitos limitados para o alimento. “Pode haver uma pressão 
baixista, mas tende a ser menor do que em outras commodities. Já o setor de 
proteína animal aposta que a habilitação de novos frigoríficos é um prenúncio de 
crescimento na demanda. Os chineses comem em média 46,2 quilos do alimento por 
ano – quase o dobro da média mundial apurada pela Organização das Nações Unidas 
para Alimentação e Agricultura (FAO) –, sendo que a maior parte deste volume é de 
carne de porco (31,1 kg/habitante/ano).

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