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ELETROTERAPIA DE MÉDIA FREQÜÊNCIA Consiste na aplicação de correntes elétricas com freqüências maiores que 1.000 Hz (1 kHz). Low and Reed, p. 68, 2001 Características das Correntes de Média Freqüência Correntes Alternadas Pulso bifásico balanceado Forma do pulso Ausência do efeito polar. Senoidal ou Retangular Características das Correntes de Média Freqüência 1. Menor resistência capacitativa dos tecidos Resistência Capacitativa = 1 2 x x F x C F = frequência da corrente C = capacitância do tecido (0,00001) Exemplo: 1) Frequência da Corrente = 50 Hz 318 (ohms) 2) Frequência da Corrente = 4.000 Hz 3,9 (ohms) CONCLUSÃO Maior penetração da corrente. Portanto as correntes de média frequência são mais eficazes no tratamento de tecidos mais profundos. A resistência capacitativa dos tecidos é MENOR para as correntes de média frequência. 2. Pulso Bifásico Simétrico Balanceado Ausência de Efeito Polar • Não há risco de queimaduras • Maior tolerância à corrente pelo paciente • Ajuste de intensidades mais elevadas Considerando a resistência capacitativa dos tecidos e as características do pulso das correntes de média frequência: Quais as vantagens da CORRENTE DE MÉDIA FREQUÊNCIA DESPOLARIZADA EM RELAÇÃO CORRENTE DE BAIXA FREQUÊNCIA POLARIZADA • Não há risco de queimaduras • Maior tolerância à corrente pelo paciente • Ajuste de intensidades mais elevadas • Atinge tecidos mais profundos Correntes de Média Frequência x Potencial de Ação das Fibras Nervosas. Fibras Grossas (mielínicas): freqüência de despolarização (800 - 1.000 Hz ) Fibras Finas (amielínicas): freqüência de despolarização (80 – 150 Hz) Corrente de Baixa Frequência: despolarização sincronizada das fibras nervosas. Corrente de Média Frequência: despolarização assincronizada das fibras nervosas. 1. Efeito Gildemeister: É a despolarização de uma fibra nervosa de acordo com o princípio de somação de pulsos elétricos de corrente elétrica alternada de média freqüência. Quais as implicações da despolarização assincronizada? 2. Inibição Wedenski e/ou fadiga da placa motora: Inibição ou um bloqueio da reação de uma fibra nervosa em resposta a um estímulo elétrico Como evitar a Inibição Wedenski ou fadiga da placa motora? As correntes de média frequência devem ser moduladas. O que vem a ser Modulação? Modulação: é a interrupção do estimulo elétrico (modulação em frequência) ou diminuição da intensidade da corrente (modulação em intensidade ou amplitude) após a despolarização do nervo. A freqüência da Modulação (freqüência de tratamento) determina a freqüência da despolarização da fibra nervosa Permitir a repolarização da fibra nervosa e com isso evitar e inibição Wedenski e/ou fadiga da placa motora. Qual o efeito no potencial de ação do nervo? CORRENTE INTERFERENCIAL É fenômeno que ocorre quando se aplicam duas ou mais correntes com frequências diferentes, simultaneamente no mesmo ponto ou série de pontos de um determinado meio. TERAPIA INTERFERENCIAL É A EMPREGO DE DUAS CORRENTES ALTERNADAS DE MÉDIA FREQÜÊNCIA, COM FREQÜÊNCIA DIFERENTES, QUE SE INTERAGEM ENTRE SI. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO 1. Bipolar Necessário dois eletrodos (1 canal) O equipamento libera duas correntes alternadas moduladas. A máxima modulação (100%) ocorre em os dois eletrodos. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO 2. Tetrapolar Manual ou Fixa Necessário quartos eletrodos (dois canais) O equipamento libera duas correntes alternadas NÃO moduladas em circuítos separados. A máxima modulação (100%) ocorre em um ângulo a 45˚ entre os eletrodos. Tetrapolar Manual ou Fixa TÉCNICAS DE APLICAÇÃO 3. Tetrapolar Vetorial (vetor automático) Necessário quatro eletrodos (dois canais) O equipamento libera duas correntes alternadas NÃO moduladas em circuítos separados. A máxima modulação (100%) ocorre em um ângulo a 45˚ entre os eletrodos. Vantagem: Aumenta a área útil de estimulação Tetrapolar Vetorial (vetor automático) 1. DIMINUIÇÃO DA DOR Estimulação seletiva de fibras nervosas aferentes mielinizadas (fibras Abeta) e liberação opióides endógenos (endorfinas). 2. MELHORA DA CIRCULAÇÃO ESTIMULAÇÃO DE FIBRA NERVOSA AUTÔNOMA 3. RELAXAMENT0 MUSCULAR EFEITOS FISIOLÓGICOS • ALÍVIO A DOR • RELAXAMENTO MUSCULAR • CONTROLE DO PROCESSO INFLAMATÓRIO • ESTIMULAR O PROCESSO DE REPARO • ESTIMULAÇÃO MUSCULAR INDICAÇÕES • TROMBOSE VENOSA • REGIÕES DO ÚTERO GRAVÍDICO • MARCAPASSOS CARDÍACOS • PROCESSOS INFECCIOSOS • REGIÃO GLOSSO FARÍNGEA CONTRA INDICAÇÕES Paciente com 20 anos de idade foi encaminhado para uma Clínica de Fisioterapia com o diagnóstico clínico de menisectomia parcial do menisco medial do joelho direito, via artroscopia realizada há 2 dias. Na avaliação cinético-funcional apresenta os seguintes comprometimentos: aumento de temperatura, tumefação difusa no joelho (derrame articular), dor difusa sendo mais acentuada na interlinha articular medial, limitação do movimento de flexão e dificuldade para deambulação sem apoio. Em face desse quadro clínico, qual a programação mais adequada para uma aplicação da Corrente Interferencial. 1. FREQÜÊNCIA PORTADORA Determina a freqüência da corrente a ser empregada no tratamento MANUSEIO DO EQUIPAMENTO Freqüência Portadora: 2 000 Hertz ou 4 000 Hertz 2 000 Hertz: Estimulação neuromuscular 4 000 Hertz: Processos dolorosos e inflamatórios. 2. A.M.F (freqüência modulada de amplitude) Depende da fase de evolução da lesão AMF: 100 - 150 Hertz (sensação mais agradável) Fase inflamatória AGUDA E SUBAGUDA Pacientes com medo de estímulo elétrico AMF: 50 - 100 Hertz (sensação mais forte da corrente) Fase CRÔNICA • Freqüências que serão acrescidas a AMF com a finalidade de evitar a acomodação da corrente. • Variações de freqüência de 1 a 100 Hz e o valor do espectro varia conforme a AMF escolhida, geralmente deve ser 50% ou acima do estipulado na AMF 3. ESPECTRO DE FREQÜÊNCIA (ΔF) 4. SLOPE Programas para introduzir a variação do espectro de freqüências (delta F) na AMF. • Slope 1/1 1 2 3 4 5 AMF • Efeito agressivo • Indicado para estágios crônicos • Slope 1/5/1 AMF • Efeito menos agressivo • Indicado para estágios subagudos 5 6 11 12 17 • Slope 6/6 6 12 • Efeito mais suave • Indicado para estágios agudos Mínima Sensação perceptível da corrente Normal Sensação nítida da corrente Forte Sensação nítida porém no limite tolerável INTENSIDADE DA CORRENTE • 15 minutos (MÉDIA) • Quando deseja-se a liberação de endorfinas é indicado tempos de 30 - 40 minutos TEMPO DE APLICAÇÃO PROCESSO INFLAMATÓRIO DE NATUREZA AGUDO Portadora= 4 000 Hz AMF= 130 á 150 Hz Delta F= 70 á 100 Hz Slope= 6/6 Intensidade= mínima ou normal Tempo= 15 minutos PROTOCOLO DE TRATAMENTO (SUGESTÃO) PROCESSO INFLAMATÓRIO DE NATUREZA SUBAGUDO Portadora= 4 000 Hz AMF= 70 á 120 Hz Delta F= 40 á 70 Hz Slope= 1/5/1 Intensidade= normal Tempo= 15 minutos Portadora= 4 000 Hz AMF= 20 á 60 Hz Delta F= 10 á 30 Hz Slope= 1/1 Intensidade= Normal ou Forte Tempo= 15- 20 minutos PROCESSO INFLAMATÓRIO DE NATUREZA CRÔNICO P.O LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR P.O MENISCO SINOVITE TRAUMÁTICA LESÃO DO LIGAMENTO MEDIAL MIALGIA DE PARAVERTEBRAIS LOMBARESLigamentos e articulações da coluna BIPOLAR TETRAPOLAR BIPOLAR BIPOLAR TRAJETO NERVOSO TETRAPOLAR BIPOLAR BIPOLAR TETRAPOLAR
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