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NOCOES SOBRE FORCA

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NOÇÕES SOBRE 
FORÇA 
DISCIPLINA MECANOTERAPIA 
Profº. Marcelo Amaral 
 
INTRODUÇÃO 
 FORÇA: 
 É um daqueles conceitos que todos compreendem, 
mas dificilmente conseguem definir. 
 Para criar uma força, um objeto precisa atuar sobre o 
outro. 
 A força pode ser um empuxo, que cria uma 
compressão, ou uma tração, que cria uma tensão. 
 O movimento ocorre se um lado empurra (ou puxa) 
mais forte do que o outro. 
QUANTIDADE DE FORÇA 
 Há 2 quantidades que descrevem forças: 
 Escalar: descreve apenas a magnitude, sendo os 
termos mais comuns, comprimento, área, volume e 
peso (ex. 1,5 m, 4.000 m², 340 ml e 70 kg). 
 Vetorial: descreve tanto magnitude quanto a direção. 
Ex. Uma pessoa puxando uma carga pesada com 
uma corda. A tensão na corda representa a 
magnitude do vetor e a direção da corda representa a 
direção do vetor. 
 
REPRESENTAÇÃO DAS FORÇAS 
 O uso de um vetor é classicamente utilizado para 
representar uma força. 
 Características: 
 Ponto de aplicação (origem do vetor, inserção muscular, 
ponto de aplicação do movimento). 
 Intensidade (representado pelo comprimento do vetor). 
 Direção (Representado pelo segmento de reta que representa 
o vetor). 
 Sentido( representado pela extremidade do vetor indicando o 
sentido da força). 
EFEITOS PRODUZIDOS PELAS 
FORÇAS 
 FORÇA LINEAR: resulta quando duas ou mais 
forças estão ao longo da mesma linha ou plano. 
 Exemplos: 
 Duas pessoas puxando um barco com a mesma 
corda, na mesma direção, com a mesma força. 
 Duas pessoas empurrando a cama de um hospital 
na mesma direção com a mesma força. 
 Duas pessoas empurrando em lados opostos da 
cama com igual força, mas no mesmo plano. 
EFEITOS PRODUZIDOS PELAS 
FORÇAS 
 FORÇAS PARALELAS: ocorrem no mesmo 
plano e direção com uma força contrária no 
meio, mas na direção oposta. 
 Exemplos: 
 Duas crianças sentadas em uma gangorra. As forças 
são a duas crianças e a força contrária é a barra de 
apoio no meio, que permite um movimento de 
rotação quando uma força é maior do que a outra. 
 Colete ou braçadeira corporal. 
EFEITOS PRODUZIDOS PELAS 
FORÇAS 
 FORÇAS CONCORRENTES: duas ou mais 
forças atuam a partir de um ponto em comum, 
mas puxam em direções contrárias 
(divergentes).O efeito destas duas forças é 
chamado de FORÇA RESULTANTE, e se situa 
em algum lugar no meio. (Regra do 
Paralelogramo) 
 Exemplo: 
 Duas pessoas puxando uma caixa em direções 
contrárias. 
EFEITOS PRODUZIDOS PELAS 
FORÇAS 
 FORÇA CONJUGADA: ocorre quando duas 
forças atuam em uma mesma direção, porém 
opostas, resultando em um efeito rotatório. 
 Exemplo: 
 Os dedos da mão (força a) e o polegar (força b ) 
desapertando uma tampa. 
RESOLUÇÃO DE VETORES 
 Quando se realiza uma análise biomecânica é necessário 
ter o entendimento claro das forças que estão aplicadas 
ao segmento corporal. 
 Quando pensamos em sistemas de alavancas, devemos 
estabelecer uma resolução de vetores a partir de um 
vetor de força pré-estabelecido (do músculo ou da 
resistência). 
 Esta resolução é fator determinante dos componentes 
das forças atuantes de um músculo ou de uma 
resistência, dentro de um sistema de alavanca articular. 
CÁLCULO DOS COMPONENTES 
DE FORÇA 
 QUAIS OS OBJETIVOS? 
 
 Efeito de uma carga sobre o exercício. 
 
 
 Posição vantajosa para colocar uma parte do corpo 
de modo a obter uma resultado máximo. 
COMPOSIÇÃO DE FORÇAS 
 É utilizado para visualizar e simplificar melhor a 
magnitude e direção de forças múltiplas. 
 Forças situadas em mesma direção e sentido: 
 Soma-se as forças, e a direção e sentidos são 
mantidos. 
 Ex: os pesos da perna e do aparelho de exercício, 
que estão num sistema linear de forças, causam uma 
tração sobre a articulação do joelho. 
COMPOSIÇÃO DE FORÇAS 
 Forças situadas em mesma direção e sentidos 
opostos: 
 Soma-se as forças de mesmo sentido e subtrai-se as 
de sentido oposto, a resultante terá o sentido da 
somatória maior e a intensidade será o resultado da 
soma algébrica das forças componentes. 
 Forças concorrentes: 
 Deve ser usado o método do paralelogramo. 
 
COMPOSIÇÃO DE FORÇAS 
 MÉTODO DO PARALELOGRAMO: 
 Forças que agem em ângulos. 
 Se duas forças estão tracionando sobre o mesmo 
ponto, a força resultante pode ser encontrada 
graficamente. 
 Desenhe os vetores para as duas forças (linhas 
sólidas). Complete o paralelogramo usando linhas 
pontilhadas. Finalmente, desenhe na diagonal do 
paralelogramo (linha do meio e seta). Esta linha 
diagonal representa a força resultante. 
COMPOSIÇÃO DE FORÇAS 
 MÉTODO DO PARALELOGRAMO: 
 Exemplo 1: 
 Partes clavicular (anterior) e espinal (posterior) do 
músculo deltóide. Ambas as partes têm uma fixação 
comum (a inserção – tuberosidade deltóidea do úmero), 
mas puxam em direções diferentes. Quando ambas as 
forças paralelas são iguais, a força resultante abduz o 
ombro. Se a tração de duas forças não for igual, isto é, se a 
tração da parte anterior for maior que a posterior, a força 
resultante mostraria que o movimento seria mais na 
direção da parte anterior do deltóide, ocorrendo a flexão e 
abdução em uma direção diagonal para frente. 
COMPOSIÇÃO DE FORÇAS 
 MÉTODO DO PARALELOGRAMO: 
 Exemplo 2: 
 Tração sobre a perna, se o paciente se move em direção à 
cabeceira da cama, o ângulo entre as cordas se tornará 
menor, e a força de tração vai aumentar. Se o paciente se 
move na direção oposta, para os pés da cama, o ângulo 
entre elas se tornará maior, e a força de tração diminui. 
COMPONENTE ROTATÓRIO 
 Atua em ângulos retos sobre o osso e representa 
a força que tende a girar o osso ao redor de um 
ponto de apoio: EIXO. 
 Componente rotatório grande: 
 Maior velocidade, maior amplitude e menor 
estabilidade. 
 Componente rotatório pequeno: 
 Menor velocidade, menor amplitude e maior fixação 
(estabilidade). 
COMPONENTE DE ESTABILIZAÇÃO 
 Atua sobre o eixo longo do osso e tende a 
tracioná-lo no sentido da estabilização (fixação) 
articular (efeito positivo) ou no sentido 
desestabilizante (efeito negativo).

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