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1 SOCIEDADE PORVIR CIENTÍFICO COLÉGIO AGRÍCOLA LA SALLE - XANXERÊ RAFAEL MACIEL DA SILVA RELATÓRIO DE ESTÁGIO NAS ÁREAS DE: CULTURAS ANUAIS, MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA E BOVINOCULTURA DE LEITE. XANXERÊ, 2018 2 RAFAEL MACIEL DA SILVA RELATÓRIO DE ESTÁGIO NAS ÁREAS DE: CULTURAS ANUAIS, MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA E BOVINOCULTURA DE LEITE. Relatório de estágio apresentado ao Curso Técnico de Agropecuária como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Agropecuária pelo Colégio Agrícola La Salle - Xanxerê. Orientador: Prof. Gerson Batistella Coorientador: Prof. Mauro Porto Colli XANXERÊ, 2018 3 Dedico este trabalho a todos que direta ou indiretamente me auxiliaram na busca pelo conhecimento. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade que me foi dada, após agradeço aos meus familiares por todo amor, esforço e incentivo que me foi passado durante esse tempo que estive estagiando. Agradeço aos meus amigos que não mediram esforços para prestar auxílio sempre que precisei. Agradeço a todos os meus professores do ensino médio e técnico pelo incentivo e ajuda e pela insistência e confiança que me foi passada durante o tempo de estágio, sempre na busca pelo conhecimento e crescimento profissional. 5 LISTA DE ILUSTRAÇÃOES Figura 1 - A) Temperaturas máxima, mínima, média e Umidade relativa do ar, URA. B) Precipitação e radiação, ocorridas durante o período de avaliação ........................................................................ 12 Figura 2 - Segadora de barra .............................................................................................................. 19 Figura 3 - Segadora rotativa ............................................................................................................... 19 Figura 4 - Ancinho rotativo vertical ................................................................................................... 20 Figura 5 - Ancinho horizontal ............................................................................................................ 20 Figura 6 - Ancinho de entrega lateral................................................................................................. 21 Figura 7 - Enfardadora de fardos prismáticos .................................................................................... 21 Figura 8 - Enfardadora de fardos prismáticos .................................................................................... 22 Figura 9 - Enfardadoura de fardos cilindricos ................................................................................... 22 Figura 10 - Amarração Twin Step...................................................................................................... 23 Figura 11 - Amarração dupla ............................................................................................................. 23 Figura 12 - Sistema de acondicionamento ......................................................................................... 24 Figura 13 - Altura de corte 45cm ....................................................................................................... 25 Figura 14 - Altura de corte 45cm ....................................................................................................... 25 Figura 15 - Enleiramento ................................................................................................................... 26 Figura 16 - Armazenamento em galpão ............................................................................................. 27 Figura 17 - Armazenamento em silo .................................................................................................. 27 Figura 18 - Segadora rotativa ............................................................................................................. 28 Figura 19 - Ancinho horizontal .......................................................................................................... 28 Figura 20 - Enfardadora fardos prismáticos ....................................................................................... 28 Figura 21 - Sistema de amarração ...................................................................................................... 29 Figura 22- Fornecimento de leite através de sonda ............................................................................ 38 Figura 23 - Teste da caneca de fundo preto, Mastite clinica.............................................................. 40 Figura 24 - Teste CMT (Califórnia Mastite Teste), Mastite subclínica ............................................. 40 Figura 25 - Animais diagnosticados com Podridão de casco ............................................................. 41 Figura 26 - Ferida causada pela larva da mosca ochliomyia hominivorax ........................................ 42 Figura 27 - Aplicação de carrapaticida via pulverização ................................................................... 42 Figura 28 - Marcação com ferro quente para confirmação da vacina de Brucelose .......................... 43 6 LISTA DE TABELA Tabela 1 - Parâmetros de dados utilizados no experimento. .............................................................. 13 Tabela 2 - Análise de variância para tempo de emergência (DASe), número de plantas emergidas (PE m-1) e tempo para a floração (DASf) de genótipos de canola semeados em diferentes épocas. Xanxerê - SC, 2017. ......................................................................................................................................... 14 Tabela 3 - Média do número de plantas emergidas (PE, plantas m-1), tempo para emergência (DASe – dias) e tempo para início da floração (DASf - dias) de genótipos de canola semeados em diferentes épocas. Xanxerê, SC, 2017. ............................................................................................................... 15 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO GERAL ............................................................................................................10 CAPITULO I – CULTURAS ANUAIS ........................................................................................11 1.1 Resumo ......................................................................................................................................11 1.2 Introdução .................................................................................................................................11 1.3 Materiais e métodos .................................................................................................................12 1.4 Resultados e discussão .............................................................................................................14 1.5 Considerações ...........................................................................................................................16 CAPITULO II – MECANIZAÇÃO AGRICOLA ......................................................................17 2.1 Resumo ......................................................................................................................................17 2.2 Introdução.................................................................................................................................172.3 Fundamentação teórica ...........................................................................................................18 2.3.1 Maquinas e produção de feno .................................................................................................18 2.3.2 Corte........................................................................................................................................18 2.3.3 Secagem ..................................................................................................................................18 2.3.4 Enleiramento ...........................................................................................................................18 2.3.5 Armazenamento .......................................................................................................................19 2.3.6 Maquinas no mercado para produção de feno .......................................................................19 2.3.7 Sistemas de amarração ...........................................................................................................22 2.3.8 Acondicionamento ...................................................................................................................24 2.3.9 Revolvimento ...........................................................................................................................24 2.4 Apresentação do local de estágio ............................................................................................24 2.4.1 Dados de identificação do local de estágio ............................................................................24 2.4.2 Caracterização do local de estágio ........................................................................................24 2.5 Desenvolvimento de estagio .....................................................................................................25 2.5.1 Corte........................................................................................................................................25 2.5.2 Secagem ..................................................................................................................................26 2.5.3 Enleiramento ...........................................................................................................................26 8 2.5.4 Armazenamento .......................................................................................................................26 2.5.5 Tipos de maquinas utilizadas na escola para produção de feno ............................................27 2.5.6 Sistema de Amarração ............................................................................................................29 2.5.7 Revolvimento ...........................................................................................................................29 2.6 Considerações ...........................................................................................................................29 CAPITULO III – BOVINOCULTURA LEITEIRA ..................................................................30 3.1 Resumo ......................................................................................................................................30 3.2 Introdução.................................................................................................................................30 3.3.1 Bovinocultura leiteira .............................................................................................................30 3.3.2 Curral ......................................................................................................................................31 3.3.3 Bezerreiro................................................................................................................................31 3.3.4 Ordenha ..................................................................................................................................31 3.3.5 Silo de silagem ........................................................................................................................32 3.3.6 Bezerros ..................................................................................................................................32 3.3.7 Vacas .......................................................................................................................................32 3.3.8 Alimentação ............................................................................................................................32 3.3.9 Doenças ...................................................................................................................................33 3.3.10 Inseminação ..........................................................................................................................35 3.4 Apresentação do local de estágio ............................................................................................35 3.4.1 Dados de identificação do local de estágio ............................................................................35 3.4.2 Caracterização do local de estágio ........................................................................................35 3.5 Desenvolvimento de estágio .....................................................................................................35 3.5.1 Piquetes ...................................................................................................................................36 3.5.2 Curral ......................................................................................................................................36 3.5.3 Bezerreiro................................................................................................................................36 3.5.4 Ordenha ..................................................................................................................................36 3.5.5 Silo de silagem ........................................................................................................................37 3.5.6 Armazenagem de feno .............................................................................................................37 9 3.5.7 Maquinários ............................................................................................................................37 3.5.8 Bezerros ..................................................................................................................................37 3.5.9 Vacas .......................................................................................................................................37 3.5.10 Vacas secas ...........................................................................................................................37 3.5.11 Alimentação ..........................................................................................................................38 3.5.12 Doenças .................................................................................................................................39 3.5.13 Inseminação ..........................................................................................................................43 3.6 Considerações ...........................................................................................................................44 4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................45 5.0 REFERENCIAS .......................................................................................................................46 10 1 INTRODUÇÃOGERAL A canola (Brassica napus L. var. oleífera) é o resultado do melhoramento da colza. Seu óleo é usado para consumo humano e produção de biodiesel, e o subproduto desta extração (farelo), na composição de rações. A União europeia é a maior produtora e consumidora do mundo, com uma produção prevista para a próxima safra 2016/17 em 20,0 milhões de toneladas, com consumo previsto de 24,2 milhões de toneladas, queda no consumo da ordem de 4,0%. (USDA, 2017). O feno é uma forragem desidratada, em que se procura manter o valor nutritivo da planta de origem. A desidratação permite que a forragem seja armazenada por muito tempo, sem comprometimento da qualidade, se confeccionada e armazenada corretamente. No Brasil, o sistema de produção de feno a campo é o mais empregado e difundido, utilizando energia solar e do vento para o processo de desidratação do material vegetal, o que exige menores investimentos em instalações e equipamentos (EVANGELISTA, A. R. et al; ROCHA, G. P.). A criação de gado leiteiro e a domesticação iniciou-se aproximadamente a 5000 anos atrás, atualmente a atividade leiteira adquiriu uma grande posição no agronegócio brasileiro, tanto na geração de novos empregos como no desempenho econômico. De acordo com o último levantamento da Anualpec em 2017, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de produção de leite (Fonte: CNA Brasil, Boletim VBP, julho de 2017). 11 CAPITULO I – CULTURAS ANUAIS 1.1 Resumo O cultivo de canola vem se expandindo nos estados vizinhos, Rio Grande do Sul e Paraná, enquanto esta oportunidade de diversificação da produção não esteja sendo usufruída em regiões produtoras de grãos assemelhadas de Santa Catarina (SC). Uma das retomadas de esforços para desenvolver este cultivo na região de Xanxerê, iniciou pela difusão de indicações tecnológicas e informações sobre canola, no X FORUM DE APERFEIÇOAMENTO AGROPECUÁRIO, em 24/11/2016, no La Salle Agro, e seguem pela condução de atividades de ensino e experimentação. Além de familiarizar os futuros técnicos, visa ao aperfeiçoamento das indicações de cultivares e épocas de semeadura. Estes são alguns dos aspectos cruciais do cultivo de canola tendo em vista a importância da ocorrência de geadas e períodos de excesso e déficit hídrico os quais causam grande impacto na produtividade da canola. Ademais, informações sobre o início e a extensão do período floração são de grande utilidade à apicultura na região. Palavras-chave: Canola em Santa Catarina, ensino agrotécnico, difusão de tecnologia. 1.2 Introdução A Canola (Brassica napus L. var. oleífera) pertence à família das crucíferas, ao gênero Brassica, foi desenvolvida a partir do melhoramento genético da colza. É o cultivo de inverno que possui o maior potencial para integrar milhões de hectares dos sistemas de produção de grãos do Brasil, em rotação com os cultivos de soja e milho. Sua expansão requer a familiarização dos produtores e técnicos com este “novo” cultivo desde a fase de sua formação profissional. A União europeia é a maior produtora e consumidora do mundo. O segundo maior produtor de grãos é o Canadá, com uma produção de 18,5 milhões de toneladas, e um consumo previsto de 9,4 milhões de toneladas em 2016/17. (USDA, 2017). De acordo com a CONAB (2017) no Brasil, o Rio Grande do Sul, é o estado com maior volume de produção, cerca de 62,3 milhões de toneladas na safra 2016/2017. A região Oeste de Santa Catarina apresenta potencial para o cultivo da canola, porém, os trabalhos de pesquisa sobre a cultura no estado foram incipientes. Por isto são limitadas as informações técnica e áreas de cultivo comercial no estado. Tomm et al., (2009) destacam que a necessidade de conhecimentos para ajuste de tecnologias da espécie na região e a disponibilidade de recursos do ambiente são fatores de destacada importância na escolha de híbridos e da época de semeadura. Dessa forma, a geração de resultados sobre os possíveis riscos associados às culturas devem ser quantificados, permitindo indicações dos melhores cultivares e épocas de semeadura 12 visando a diminuir as perdas de produtividade. A canola tem sua florada no inverno, justamente no período que as abelhas têm mais dificuldade para encontrar alimento. Prefeituras, como a de São Bento do Sul, SC vem incentivando a produção de mel e incentivando o cultivo de canola, como fonte de pasto apícola (MACHADO, 2011). O objetivo do presente trabalho foi avaliar o tempo de emergência, densidade de plantas e tempo decorrente da semeadura ao início da floração, de genótipos de canola, em diferentes épocas de semeadura. 1.3 Materiais e métodos O experimento foi conduzido na Escola Agrícola La Salle, localizada no município de Xanxerê, região oeste de Santa Catarina, com coordenadas geográficas de 26º52'37"S e 52º24'15"W e altitude média de 800 metros. O solo é classificado como Latossolo Vermelho, textura média (SANTOS et al., 2006). A análise química do solo da área experimental apresentou os seguintes dados para a profundidade de 0 a 20 cm: argila % (m/v) = 45; pH-Água (1:1) = 5,5; Índice SMP = 5,9; P (mg dm- 3) = 10,3; K (mg dm-3) = 160; % M.O (m/v) = 4,8; Ca (cmolc dm-3) = 6,7; Mg (cmolc dm-3) = 4,47; H+Al (cmolc dm-3) = 4,89; TpH 7,0 (cmolc dm -3) = 13,5 e V (%) = 63,77. Os dados meteorológicos utilizados para a elaboração dos gráficos (Figura 1) foram obtidos da Estação Xanxerê A858, Código OMM 86940, Registro 10 UTC, Latitude 26.938666º e Longitude 52.398090º com altitude de 879 m (INMET, 2017). Figura 1 - A) Temperaturas máxima, mínima, média e Umidade relativa do ar, URA. B) Precipitação e radiação, ocorridas durante o período de avaliação . Fonte: INMET, 2017 13 O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com parcelas subdivididas, em esquema fatorial 2 x 5 (duas épocas de semeadura, nas parcelas e cinco genótipos nas sub parcelas), com três repetições. A semeadura da primeira e segunda época foi realizada, respectivamente nos dias 13/04 e 27/04/17 manualmente, com densidade de 10 sementes m-1, perfazendo 59 sementes/m2. As sub-parcelas foram constituídas de 17 fileiras de plantas, espaçadas 0,17 m entre si e 2,89 m de largura da semeadora. Perfazendo a área total de 14,5 m2 por parcela (Tabela 1). Tabela 1 - Parâmetros de dados utilizados no experimento. Genótipos Ciclo PMS (g) PG (%) Hyola 50 Médio 5,3 95 Hyola 433 Precoce 5,3 97 Hyola 571CL Precoce 4,3 94 Hyola 61 Médio 4,2 84 Hyola 575CL Precoce 4,8 80 Fonte: Júlio Cezar, 2017 PMS= Peso de mil sementes; PG= Poder germinativo; Esp. (m)= Espaçamento entre linhas; Nº Se m-1= Número de sementes por metro linear; E1= Primeira época de semeadura; E2= Segunda época de semeadura; AP (m2)= Área da parcela. A adubação foi definida com base na análise de solo, conforme Manual... (2016), para expectativa de rendimento de 2,5 toneladas de grãos ha-1. A adubação de base consistiu de 298 kg ha-1superfosfato triplo (46% de P2O5) 25 kg ha -1 uréia (46% de N) e 70 kg ha-1 KCl (58% K2O). Em cobertura foram aplicados 35 kg ha -1 de uréia (46% N) quando as plantas apresentavam 3 folhas verdadeiras desenvolvidas. Para o manejo de insetos-praga, especialmente a Diabrotica speciosa, foram realizadas três aplicações sequenciais de Lambda- Cialotrina com dose de 7,5 g de i. a. ha-1. O controle de plantas daninhas consistiu apenas da dessecação 30 dias antes da semeadura, com glifosato, na dose de 1.347 g i. a. ha-1. Não houve aplicações de fungicidas. Foi avaliado o tempo até a emergência (dias), a densidade de plantas (plantas m-1) e tempo decorrido entre a semeadura e o início da floração (dias). Os dados obtidos foramcoletados em 16 metros lineares de cada sub - parcela. A análise de variância dos dados foi realizada. Quando o efeito dos tratamentos foi significativo. A comparação das médias foi realizada pelo teste de Tukey (p = 0,05). Estas análises foram realizadas empregando o programa R. 14 1.4 Resultados e discussão A análise de variância foi significativa para épocas e para genótipos, no entanto, sem interação entre ambos (Tabela 2). Os valores foram significativos para as épocas de semeadura ao se avaliar as variáveis de tempo de emergência (DASe – Dias após a semeadura para emergência), plantas emergidas (PE – plantas emergidas m-1) e tempo para floração (DASf – Dias após a semeadura até a floração). Para os genótipos, apenas o DASe e o ADSf foram significativos. Tabela 2 - Análise de variância para tempo de emergência (DASe), número de plantas emergidas (PE m-1) e tempo para a floração (DASf) de genótipos de canola semeados em diferentes épocas. Xanxerê - SC, 2017. Fonte de variação GL Quadrado médio DASe PE m-1 DASf Época (E) 1 58,80* 64,24* 410,70* Bloco 2 1,43ns 0,217ns 01,63ns Erro a 2 1,3 0,342 0,7 Genótipo (G) 4 5,61* 1,486ns 29,22* E x G 4 0,217ns 0,380 ns 0,78ns Erro b 16 0,11 0,752 0,38 Total 29 - - - Média - 8,13 5,85 63,43 CV (%) Parcela - 14,01 10 1,31 CV (%) Sub-parcela - 4,19 14,82 0,96 Fonte: Júlio Cezar, 2017 ns Não significativo; *Significativo a 5 % de probabilidade de erro pelo teste F. CV. Coeficiente de variação; GL. Graus de liberdade. As épocas apresentaram diferenças estatísticas entre si em relação às variáveis DASe, PEm-1 e ADSf, possivelmente por serem influenciadas por dois fatores principais: a) Ciclos diferenciados dos híbridos e, b) Déficit hídrico que ocorreu no período pré e pós semeadura da época 1(figura 1B). A época 2, não sofreu com falta de chuva. Tomm (2007) indica para a produção de canola no norte e noroeste do Rio Grande Sul, que o período de semeadura entre 14 de abril a 20 de junho, densidade de 40 plantas m2, aproximadamente 6,8 plantas m-1, espaçamento de 17 cm entre linhas. As datas de semeadura usadas no presente trabalho e as densidades de plantas obtidas foram respectivamente para a época 1 e época 2, de 13 e 15 27 de abril e, 4,3 e 7,3 plantas m-1, aproximadamente 25,3 plantas m2 na época 1 e 43 plantas m2 na época 2, sendo a segunda, a mais adequada de acordo com as recomendações. Os genótipos apresentaram diferenças significativas apenas para o DASe e o DASf. As diferenças de DASf possivelmente são a esperada expressão das diferentes características dos híbridos, sendo o Hyola 433, Hyola 571CL e Hyola 575CL de ciclo precoce, e o Hyola 61 e Hyola 50 híbridos de ciclo médio. As diferença de PG (Poder germinativo) das sementes entre os híbridos (Tabela 01) não determinou diferença significativa entre o PE m-1 dos genótipos Ao estudar o efeito de diferentes épocas de semeadura nas características fenométricas de híbridos de canola, no município de Dois Vizinhos/PR, Hrchorovitch et.al. (2014) também verificaram diferença significativa no tempo decorrido entre a semeadura e o início da floração, adequadamente associado a diferença de ciclo dos genótipos. Essas diferenças entre genótipos e épocas de semeadura ficam ainda mais evidentes quando comparadas as médias apresentadas na tabela 3. Tabela 3 - Média do número de plantas emergidas (PE, plantas m-1), tempo para emergência (DASe – dias) e tempo para início da floração (DASf - dias) de genótipos de canola semeados em diferentes épocas. Xanxerê, SC, 2017. Épocas DASe PE m-1 DASf Época 1 09,53a 04,38a 67,13a Época 2 06,73b 07,31b 59,73b Genótipos DASe PEm-1 DASf Hyola 50 09,66a 6,51a 66,83a Hyola 433 08,50b 6,08a 64,50b Hyola 571CL 07,66c 5,83a 62,16c Hyola 575CL 07,50c 5,63a 62,00c Hyola 61 07,33c 5,18a 61,66c Fonte: Júlio Cezar, 2017 *Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade de erro. As épocas 1 e época 2 diferiram estatisticamente entre si nas três variáveis: a) o DASe apresenta uma diferença de praticamente três dias a mais para a época 1 e para o PE m-1 a diferença é de três plantas por metro linear a menos para a época 1 sendo para o ADSf a diferença de praticamente oito dias a mais do início da floração para a época 1. Os genótipos Hyola 50 e Hyola 61 não diferiram 16 entre si, mas são diferentes estatisticamente dos genótipos Hyola 433, Hyola 571CL e Hyola 575CL quando comparados para as variáveis DASe e DASf. A PE m-1 dos genótipos não diferiu. 1.5 Considerações No mercado brasileiro existem vários genótipos de canola disponíveis e a cultura está em expansão devido à qualidade do óleo. Desde que bem manejada ela se adapta as diversas condições de cultivo mostrando-se uma alternativa de renda ao produtor. Não houve interação significativa entre genótipos e época de semeadura. Entretanto, o comportamento dos genótipos diferiu entre as épocas para as três variáveis analisadas: número de plantas emergidas (PE, plantas m-1), tempo para emergência (DASe – dias) e tempo para início da floração (DASf - dias) de genótipos de canola semeados em diferentes épocas. 17 CAPITULO II MECANIZAÇÃO AGRICOLA 2.1 Resumo O feno é uma mistura de plantas ceifadas e secas, geralmente gramíneas e leguminosas, usada como forragem para o gado, mediante a desidratação que retira a água, mas mantendo o valor nutritivo e permitindo sua armazenagem por muito tempo sem se estragar. Em quantidades pequenas o feno pode ser feito manualmente utilizando ferramentas como alfanje, garfo, enfardadeira manual, ou ainda estocar a produção a granel. Em larga escala existem implementos que mecanizam o processo de fenação possibilitando a obtenção de um produto de boa qualidade e de custo baixo. No Brasil utiliza-se para a desidratação somente a energia do sol e vento, sem necessidade de galpões ou máquinas secadoras. Os melhores fenos são obtidos dos capins que têm mais folhas do que talos, tais como o jaraguá, pangola, quicuio, estrela, coast-cross, tifton 85 e rodes. Qualquer que seja o capim a ser fenado, a ceifa deve ocorrer quando a planta apresente o maior teor de nutrientes, com 35 a 45 dias de vegetação. Antes a planta tem umidade demais e depois fica excessivamente fibrosa, perdendo valor nutritivo. Palavras-Chave: Tifton 85. Forragem. Umidade. Desidratação 2.2 Introdução O feno é uma forragem desidratada, em que se procura manter o valor nutritivo da planta de origem. A desidratação permite que a forragem seja armazenada por muito tempo, sem comprometimento da qualidade, se confeccionada e armazenada corretamente. O processo de fenação se apresenta um importante alternativa para solução do problema da estacionalidade das plantas forrageiras, permitindo que o excedente produzido em pastagens ou em áreas exclusivas de cultivo possa ser armazenado e empregado na alimentação dos animais em épocas de escassez, constituindo uma fonte constante de alimento, além de se caracterizar como uma nova oportunidade agrícola. A fenação tem por objetivo proporcionar a perda rápida de água na planta forrageira, conservando ao máximo seu valor nutritivo, pois quanto mais rápido for o processo de desidratação, mais rapidamente se detém a respiração das plantas, bem como a dos microrganismos, obtendo-se um produto final de melhor qualidade. No Brasil, o sistema de produção de feno a campo é o mais empregado e difundido, utilizando energia solar e do vento para o processo de desidratação do material vegetal, o que exige menores investimentos eminstalações e equipamentos, mas isso torna esse sistema extremamente dependente 18 dos fatores climáticos, uma vez que o processo de secagem no campo envolve perda e absorção de água e restringe as horas de aptidão ao trabalho (EVANGELISTA, A. R. et al; ROCHA, G. P.). 2.3 Fundamentação teórica 2.3.1 Maquinas e produção de feno O feno é um alimento desidratado, onde você busca manter os mesmos valores nutritivos da planta em seu formato original. O processo de desidratação permite que a forragem possa ser armazenada por mais tempo, se for armazenada de forma correta não haverá um comprometimento de qualidade da forragem. O processo de fenação tem-se o objetivo de acelerar o processo de perca de água conservando no máximo o seu valor nutritivo. No Brasil o processo de produção de feno e um dos mais utilizados no campo, pois como pode haver um armazenamento assim durando o alimento por mais tempo e empregado em épocas de escassez (CAMURÇA et al., 2002; LIMA; MACIEL, 1996). 2.3.2 Corte Plantas forrageiras têm suas características morfológicas diferentes umas das outras em seu ponto de corte. Os capins com crescimento prostrado (gramíneas que apresentam seu crescimento deitado), como as dos gêneros Brachiaria, Cynodon e Digitaria que podem ser cortadas numa altura de 10 a 15 cm, já plantas com crescimento ereto como a Avena, Hyparrheria e Panicum tem uma altura de corte de 20 a 30 cm. As leguminosas relacionam-se a preservação da coroa, onde utiliza-se de 8 a 10 cm da altura do solo. As forragens também podem ser cortadas quando atingem um porcentual de 70 a 80% de umidade. (RAYMOND et al., 1991; ROTZ, 1995). 2.3.3 Secagem A desidratação consiste na remoção de umidade da forragem, num teor de 70 a 80% para uma faixa aproximadamente de 15 a 20% de umidade, assim permite que possa ser feito o armazenamento dos fardos de feno com mais segurança, também tendo um baixo nível de perdas. (HARRIS e TULLBERG, 1980). 2.3.4 Enleiramento O enleiramento consiste basicamente no ato de se amontoar a forragem no final do dia para evitar maior contato com o orvalho durante a noite, podendo assim aumentar o teor de umidade, levando mais tempo para se ter uma desidratação. (ARCURI et al. 2003). 19 2.3.5 Armazenamento Os fardos retangulares são armazenados em galpões com bastante ventilação, já os fardos redondos com grande peso geralmente são armazenados a céu aberto ou deixados no campo mesmo. Na hora do armazenamento em galpões deve se tomar algumas medidas de segurança, evitando algum dano com a forragem e também com as pessoas manipulam o sistema. Alguns riscos que podem ocorrer e a aparição de alguma ocorrência de fogo no galpão. O incêndio pode estar relacionado com o aquecimento do feno, que ocorre com os fardos com um alto teor de umidade superior a 20%. Quando se tem fardos com um teor maior que 20% deve se armazenar em locais arejados e secos. (REIS e RODRIGUES, 1992, 1998, SOLLENBERGER et al., 2004, ROTZ e SHINNERS, 2007). 2.3.6 Maquinas no mercado para produção de feno 2.3.6.1 Máquinas utilizadas para corte Segadoras: São maquinas utilizadas para se fazer o corte da forragem. Segadora de barra: Ela utiliza um mecanismo semelhante as barras de corte das colhedeiras de cereais. (Figura 2). Fonte: CNPT. Embrapa, 2005 Segadora rotativa: São maquinas que utilizam movimento rotativo de facas para realizar o corte. (Figura 3). Fonte: CNPT. Embrapa, 2005 Figura 2 - Segadora de barra Figura 3 - Segadora rotativa 20 2.3.6.2 Máquinas para manipulação Ancinho rotativo vertical: são os mesmos utilizados no enleiramento de resíduos de colheita de cana-de-açúcar. (Figura 4) Figura 4 - Ancinho rotativo vertical Fonte: CNPT. Embrapa, 2005 Ancinho horizontal: Máquinas especiais para a manipulação de feno, com várias combinações de mecanismos e diversas possibilidades de regulagem, o que as tornam mais interessantes para tal atividade. (Figura 5) Figura 5 - Ancinho horizontal Fonte: CNPT. Embrapa, 2005 21 Ancinhos de entrega lateral. (Figura 6) Figura 6 - Ancinho de entrega lateral Fonte: CNPT. Embrapa, 2005 2.3.6.3 Máquinas para enfardamento Enfardadoras: São máquinas que coletam o feno e embalam em diversos formatos dependendo da máquina que o operador esteja utilizando, podendo proporcionar maior eficiência no manuseio para o transporte e armazenamento. Enfardadora de fardos prismáticos. (Figura 7) (Figura 8) Figura 7 - Enfardadora de fardos prismáticos Fonte: CNPT. Embrapa, 2005 22 Figura 8 - Enfardadora de fardos prismáticos Fonte: CNPT. Embrapa, 2005 Enfardadora de Fardos Cilíndricos. (Figura 09) Figura 9 - Enfardadoura de fardos cilindricos Fonte: CNPT. Embrapa, 2005 2.3.7 Sistemas de amarração Amarração tipo nó: Quando o fardo atinge um tamanho ideal ocorre a amarração, onde as agulhas conduzem o barbante, que acompanham o fardo durante sua formação, ao atingir o tamanho ideal as agulhas impulsionam o barbante para o atador , onde e enrolado e dado o nó e em seguida sendo liberado. Amarração Twin Step: Esse e um tipo de amarração inteligente que alivia a tenção da corda durante o processo de amarração. Durante o enfardamento os amaradores estao desligado, onde acorda e conduzida por uma alavanca de alivio que retem toda tensão obtida pela corda. Quando o fardo atinge um tamanho ideal as agulhas são ligadas e levam a corda para a direção do amarador 23 onde e dado o nó e a lavanca de alivio e desligada, assim danodo uma amarração com maior segurança. (Figura 10) Figura 10 - Amarração Twin Step Fonte: KUHNMETASA, 2015 Amarração Dupla: Tem um sistema eletronico onde o operador tem toda as informações nescessarias sobre o processo de amarração, em caso de algum defeito o operador recebe um sinal de alerta. Funciona da seguinte maneira, ao redor do fardo são colocados duas cordas uma do lado esquerdo e outra do lado direito, nesse processo de amarração em nenhum momento e colocado uma tensão sobre a corda durante a formação do fardo. Quando o fardo atinge o seu tamanho ideal, as agulhas se ativam e e movimentão-se em direção do amarrador onde inicia-se o primeiro nó, na segnda etapa e dado um segundo nó onde esses nós são ligado entré sí, dando uma amarração perfeita evitando qualquer tipo de tensão que possa ocasionar o rompimento da corda. (Figura 11) Figura 11 - Amarração dupla Fonte: kuhnmetasa, 2015 24 2.3.8 Acondicionamento Acondicionamento e o prcesso de se produzir um efeito de esmagamento ou dobramento da forragem onde faz-se esse processo para acelerar na remoção de água quem a forragem contenha, acelerando o processo de desidratação. (Figura 12) Figura 12 - Sistema de acondicionamento Fonte: CNPT. Embrapa, 2005 2.3.9 Revolvimento O revolvimento e adotado para acelerar o processo de desidratação onde-se possibilta uma melhor ventilação e entrada de raios solares no meio das leiras, sempre deve-se revolver bem e deixar bem destribuida a forragem para se acelerar o processo e ter uma desidratação mais uniformica. Este manejo deve ser realizado de 4 a 5 vezes por dia, principalmente nas primeiras horas onde a forragem tem uma maior perda de água. (LADEIRA et al. 2002). 2.4 Apresentação do local de estágio 2.4.1 Dados de identificação do local de estágio O estágio foi realizado no Colégio Agrícola La Salle, na linha Santa Terezinha, sob CNPJ: 92.741.990/0014-51; Endereço: Rodovia SC 480 Km 85: Cx. Postal: 16; Cidade: Xanxerê, SC; CEP: 89820-000; Coordenador: Eng. –agr. Mauro Porto Colli e Orientador de estágio: Tec.-agr. André Luiz Menin. 2.4.2 Caracterização do local de estágio O colégio agrícola La Salle onde foi realizado o estágio a diversos setores. Podemos citar como exemplo avicultura de corte, avicultura de postura, mecanização agrícola, nutrição geral, irrigação, ovinocultura, bovinocultura de corte, bovinocultura de leite, suinocultura piscicultura entre outros setores. A realização do presente estagio foi realizado do setor de mecanização agrícola com tema principal de estagio foram as maquinas, produção de feno. Onde busca informar os processos que são feitos para a realizar o manejo de fenação e as maquinas que são utilizadas para manejo do sistema de fenação. 25 2.5 Desenvolvimento de estagio O estágio de prática profissional foi realizado no período de 13 de fevereiro de 2017 a 12 de maio de 2017. 2.5.1 Corte O corte foi realizado com a forrageira numa altura de 45 centímetro (Figura 13), com a segadora rotativa deixando uma altura de 5 centímetro para rebrotamento da forragem. Trabalhado em 4 horas e 10 minutos para fazer o corte numa área de 3Ha-1. (Figura 14) Figura 13 - Altura de corte 45cm Fonte: Acervo do autor, 2017 Figura 14 - Altura de corte 45cm Fonte: Acervo do autor, 2017 26 2.5.2 Secagem A secagem da forrageira foi num periodo de 1 dia onde a temperatura favoreceu bastante para a desidrataçao da planta chegando num ponto entre 15 a 20% de umidade. Para se saber se esta num ponto ideal, pega-se um punhado de feno e dobra vereficando se tem agua ou se esta muito seco. 2.5.3 Enleiramento O enleiramento consiste em amontoar a forragem cortada para diminuir o contato com o orvalho no fim do dia, no inicio do outro dia faz-se a espalhaçao da forragem para diminuir a quantidade de agua na planta, tambem e realizado para ajudar no processo deenfardamento, onde se faz as linhas amontoando a forragen com o ancinho e assim facilitando na hora de enfardar. (Figura 15) Figura 15 - Enleiramento Fonte: Acervo do autor, 2017 2.5.4 Armazenamento Os fardos forram armazenados em dois locais diferentes. Um lote foi armazenado em um galpão (Figura 16), onde os fardos foram epmpilhado um em cima do outro e um do lado do outro. O segundo lote foi armazenado em um silo (Figura 17), da mesma maneira que no galpão. Foram produzidos 3078 fardos de fenos. 27 Figura 16 - Armazenamento em galpão Fonte: Acervo do autor, 2017 Figura 17 - Armazenamento em silo Fonte: Acervo do autor, 2017 2.5.5 Tipos de maquinas utilizadas na escola para produção de feno Na propriedade da escola foram utilizados três tipos de maquinas, para o corte da forrageira foi utilizada a segadora rotativas (Figura 18). Para efetuar o revolvimento e montar as leiras foi utilizado o ancinho horizontal (Figura 19). A enfardadeira utilizada para montar os fardos foi enfardadora de fardos prismáticos (Figura 20). 28 Figura 18 - Segadora rotativa Fonte: Acervo do autor, 2017 Figura 19 - Ancinho horizontal Fonte: Acervo do autor, 2017 Figura 20 - Enfardadora fardos prismáticos Fonte: Acervo do autor, 2017 29 2.5.6 Sistema de Amarração A enfardadeira da existente na propriedade da escola tem um sistema de amarração do tipo nó, que quando o fardo atinge um tamanho ideal as agulhas conduzem o barbante para formando o nó, ao atingir o tamanho ideal do fardo as agulhas impulsionam o barbante e assim dado o nó. A enfardadeira da escola tem um problema quanto a isso, na hora em que o barbante está sendo insossado acaba-se soltando e o barbante estourando. (Figura 21) Figura 21 - Sistema de amarração Fonte: Acervo do autor, 2017 2.5.7 Revolvimento O revolvimento foi realizado para acelerar o processo de secagem da forragem, assim diminuindo o tempo de espera. Maquina utilizada para a realização do revolvimento foi um ancinho horizontal. 2.6 Considerações Esse trabalho de estágio tem como finalidade mostrar sobre algumas maquinas que são utilizadas no processo de fenação e suas funções, também mostrando os passos que devem ser feitos para a produção de um feno de qualidade, tendo todos os cuidados para uma produção de qualidade. O estágio mostro um pouco da dificuldade que temos na produção, mostrando que os procedimentos que fazemos nem sempre são os melhores por falta de estruturas ou maquinas que estejam com uma má regulagem, mas mesmo com as dificuldades sempre damos um jeito de fazer um alimento com uma boa qualidade e mantendo seguir os manejos corretos para melhor produção. 30 CAPITULO III – BOVINOCULTURA LEITEIRA 3.1 Resumo A atividade leiteira e uma das principais atividades desenvolvidas, que apresenta um grande aumento na área do agronegócio brasileiro e na geração de novos empregos. O trabalho de estagio foi realizado na fazenda Mano Júlio, no período de 08 de janeiro até dia 30 de abril de 2018, na área de bovinocultura leiteira, com ênfase em manejo geral, mostrando os procedimentos que são realizado dês do nascimento do bezerro até o início de sua vida na produção de leite, com as dificuldades encontras no caminho pelo motivo de algumas doenças, a alimentação fornecida para cada fase de vida, as instalações da propriedade e o sistema de reprodução que e realizado. O estágio tem como objetivo mostrar um pouco os manejos que são realizados no dia a dia dos produtores para a realização de seu trabalho. Palavras-Chave: Produção. Bezerros. Vacas. Doenças. Alimentação 3.2 Introdução A criação de gado leiteiro e a domesticação iniciou-se aproximadamente a 5000 anos atrás, atualmente a atividade leiteira adquiriu uma grande posição no agronegócio brasileiro, tanto na geração de novos empregos como no desempenho econômico. De acordo com o último levantamento da Anualpec em 2017, o Brasil ocupa a sexta posição no ranking mundial de produção de leite, com uma estimativa de produção de 26.249.120 mil/Litros, somados os animais secos e lactantes conta com um plantel de 39.023.695 cabeças, com uma média de produção de 0,67 litros/cabeça (Anualpec, 2017), no ano de 2017 no mês de julho fechando sua produção com um valor bruto de 46,3 bilhões de reais. (Fonte: CNA Brasil, Boletim VBP, julho de 2017). A cadeia de produção leiteira apresenta uma grande importância na economia do cenário agronegócio nacional, aonde o leite e consumido por quase toda a população de forma natural ou por seus derivados, aonde apresenta características nutricionais importantes o que o torna um alimento essencial ao dia-a-dia. (NUNES et al., 2010). Este trabalho tem o objetivo de trazer informações de como e realizado o manejo geral em bovinocultura leiteira, trazendo os manejos realizados para tratamento de algumas doenças, as instalações presentes no local do estágio, a alimentação e os manejo que são realizados com os animais de acordo a sua fase de vida3.3 Fundamentação Teórica 3.3.1 Bovinocultura leiteira O sistema agronegócio leiteiro tem uma enorme importância para o país, já que a atividade e praticada por todo o território nacional, gerando empregos e um grande aumento no desempenho econômico. (FAO, 2016). 31 3.3.2 Curral Na criação pecuária, a construção de currais para manejos dos animais e uma instalação quase que obrigatório nas fazendas. Existem várias alternativas para a construção desde os mais simples como os de madeiras e arame até os mais sofisticados, de vários formatos e tamanhos. O curral e uma das principais instalações, sendo para oferecer maior segurança nas horas de manejo com os animais e facilitando a mão-de-obra. Os currais normalmente são formados porremangas, seringa, corredor coletivo, tronco individual com ou sem a presença de balança, apartadoro e um embarcadouro. (MATEUS J. R et al., 2014). 3.3.3 Bezerreiro Existem várias opções para se realizar a instalações de bezerras, existem as instalações fechadas e coletivas, abrigos individuais com diferentes tamanhos e diversos materiais. Ao se pensar em instalações para bezerras, deve-se lembrar de que essas instalações serão voltadas para animais que estão em uma fase muito delicada, onde estão sendo desafiados constantemente por motivos de clima, ambiente e o lugar que foi escolhido para a instalação. Não se pode dizer que existe a melhor instalação para bezerras ou que exista uma única forma de se alojar os animais, pois cada lugar e diferente um do outro e assim cada instalação se adaptara melhor a cada propriedade. O mais importante e garantir as melhores condições de conforto e uma ótima instalação que se adapte melhor a sua propriedade. (CAMPOS et al., 2004; CAMPOS et al., 2012). 3.3.4 Ordenha A ordenha pode ser de forma mecânica ou manual. A escolha do modelo de ordenha que se quer e definida de acordo vários fatores, como número de vacas em lactação, capacidade de investimento do produtor, mão-de-obra e a genética das vacas. A ordenha manual e um sistema mais antigo que ainda existem pessoas que utilizam desse método. Suas características, baixo custo com equipamentos, mas exige maior esforço do ordenhador, pode ser realizada a ordenha do animal no curral, galpão ou no meio do pasto mesmo. (ROSA et al., 2009). A ordenha mecanizada é atualmente a mais usada, pois possibilita uma maior rapidez na extração do leite e com menor risco de contaminação. Têm mais vantagens como realização da ordenha mais rápida, menor mão-de-obra e uma melhor qualidade do leite. Existem vários modelos de ordenha automática como sistemas de espinha de peixe, sistema lado a lado e modelos com maiores valores de investimentos como os de carrossel e as ordenhadeiras robóticas. (CAMPOS, 2007; CRIAR E PLANTAR, 2013). 32 3.3.5 Silo de silagem Existem vários modelos de silos, cada um com sua vantagem e desvantagem, uns com maiores mão-de-obra outros com pouca, outros com maior facilidade em descarregar outros com maior dificuldade e uns com maior eficiência na conservação da silagem. Alguns modelos de silos são os silos de superfície, silo tipo trincheira e silo cilíndrico. (ATAÍDE Jr., 2007). 3.3.6 Bezerros A criação de bezerros e considerado a fase mais importante para a bovinocultura leiteira, pois desta fase que irão surgir as novas produtoras de leite, mas muitas vezes essa fase e vista como uma perca de dinheiro pelo motivo dos bezerros só apresentarem gastos para os produtores e assim como não são tratados de formas apropriadas não conseguem mostrar seu potencial de produtividade. As primeiras semanas de vida dos bezerros são as mais críticas por motivos da alta taxa de mortalidade, por isso e realizado a aplicação de práticas adequadas de manejo, higienização e alimentação adequada, assim permitirá que o animal possa demostrar seu valor de produtividade no futuro. (LEE, 1997 e CARVALHO et al., 2002). 3.3.7 Vacas Existem várias opções de raças bovinas para produção de leite, aonde a escolha para a melhor raça dependera de vários fatores como Sistema de Produção, Clima e localização da propriedade. As raças bovinas para produção leiteiras mais conhecidas são Jersey, holandesa, Gir e alguns cruzamentos como Jersey e holandesa gerando Jersolanda e cruzamento entre holandesa e Gir gerando Gersolando (KINGHORN, 2006). 3.3.8 Alimentação 3.3.8.1 Alimentação na fase de cria A primeira alimentação do bezerro é o primeiro leite da vaca denominado de colostro, que é o alimento mais importante por possuir um efeito laxativo para a liberação das primeiras vezes do bezerro o mecônio, possuir alto valor nutritivo e também por transmitir anticorpos necessários para a sua proteção. Deve ser fornecido o mais rápido possível ao bezerro, aonde 70% dos bezerros que não consomem o colostro tem grande chance de não sobreviverem (Wattiaux, 2011). A alimentação nos primeiros messes de vida e o fornecimento de leite, com o tempo o animal vai se adaptando com volumosos e concentrados. O tipo de alimentação que o bezerro será submetido tem grande influência no processo de transição do estado de monogástrico para poligástrico, aonde o fornecimento de concentrado e volumosos tem um papel fundamental para o desenvolvimento do rúmen. (ROCHA et al., 1999 e MARTUSCELLO et al., 2004). 33 3.3.8.2 Alimentação na fase de produção O leite produzido por uma vaca leiteira é considerado como um subproduto de sua função reprodutiva e ambos são dependentes de uma dieta controlada. Desta dieta, os bovinos utilizam nutrientes para mantença, crescimento, reprodução e produção, quer seja na forma de leite ou carne. Manter uma alimentação adequada é de fundamental importância, tanto do ponto de vista nutricional quanto econômico. Para que os animais tenham suas funções produtivas e reprodutivas bem desempenhadas e necessário que aja fornecimento de nutrientes em quantidade e qualidade compatíveis com seu peso, nível de produção e outros fatores. Entre os ruminantes as vacas de leite em lactação são um dos animais que tem maior exigência nutricional. (EMBRAPA, 2003). 3.3.9 Doenças 3.3.9.1 Mastite De acordo com Bressan (2000) é uma das mais frequentes infecção existentes na bovinocultura leiteira, levando a perdas econômicas pelo motivo de diminuição na produção e na qualidade do leite, aumento no custo de mão-de-obra pelo motivo do leite não pode ser misturado ao leite normal, medicamentos e em casos mais graves levando ao descarte do animal. Existem dois tipos de mastite que podem acometer nos animais. Mastite clínica e caracterizada pela aparição de edemas, aumento da temperatura do animal, endurecimento e dor na região do úbere e aparecimento de grumos no leite (MONARDES, 1995). Mastite subclínica e caracterizado por não apresentar sinais visíveis e passa despercebida no meio de outras vacas. A mastite subclínica promove algumas alterações no leite como o aumento de CCS e menor rendimento na produção. Como não existem sinais de evidencia da doença para se diagnosticar e realizado teste California Mastitis Test (CMT), um teste rápido e que pode ser realizado no momento em que da ordenha, o teste e feito da seguinte forma, são retirados os primeiros jatos de cada teto sendo colocados em uma raquete com 4 compartimento, a seguir e realizado a aplicação do reagente especifico para inicia o teste, em seguida e mexido e caso comece a ficar numa consistência gelatinosa significa a presença da infecção. (FONSECA & SANTOS, 2000; DIAS, 2007). 3.3.9.2 Podridão de casco Também conhecida como Foot Rot. É uma doença causada por agentes infecciosos que causam grande desconforto ao animal, tem como base para o início da enfermidade a umidade, acumulo de fezes e urina que favorecem para o desenvolvimento de algumas bactérias, como a Escherichia coli. 34 A doença acontece principalmente no verão, onde as bactérias penetram em feridas abertas no casco, alguns sinais do início da doença e a manqueira frequente, inchaço na região do casco e separação das unhas por motivos do inchaço (DIAS E MARQUES JUNIOR 2003, p. 33). 3.3.9.3 Bicheira Também denominada de Miiase. É o nome dado à infestação pela larva da mosca Cochliomyia hominivorax, a enfermidade ocorre no Brasil inteiro e tem maior aparecimento nos períodos mais quentes e úmidos que favorecem o desenvolvimento da mosca. As larvas da mosca Cochliomyia hominivorax se hospedam normalmente em feridasabertas, os prejuízos causados pela bicheira vão desde a diminuição de produtividade de leite, perca de peso e em casos mais graves levando o animal a morte (ANZIANI et al. 2000). 3.3.9.4 Carrapato Seu nome cientifico Boophilus microplus, um parasita existente no Brasil inteiro, as fêmeas são os principais problemas pelo motivo da grande quantidade de sangue que ingerem, ao extrair o sangue dos animais os carrapatos inoculam substancias pela saliva que causam coceira e a diminuição do apetite, carrapato também leva a outras doenças como a anemia e tristeza parasitaria bovina. O ciclo de vida dos carrapatos e dividido em duas fases, a fase parasitaria e a fase não parasitaria. Macho e fêmea acasalam sobre o bovino, onde a partir daí a fêmea começa a ingerir uma grande quantidade de sangue, depois na média de 21 dias se desprende do couro do bovino e inicia sua vida não parasitaria, uma fêmea coloca em torno de 3000 ovos, após o nascimento das larvas elas ficam no chão por um período de 2 a 3 dias até estarem pronta para iniciar sua vida parasitaria (PINHEIRO, 1998). 3.3.9.5 Pneumonia E uma doença respiratória que é provocada por vários fatores principalmente pelo ambiente onde o animal está alojado e suas condições de saúde. A pneumonia causa problemas econômicos pelo custo para se realizar o tratamento e por comprometer com o desenvolvimento de produção futura, a pneumonia e caracterizada pela inflamação nos brônquios e no parênquima pulmonar, sendo visível os sintomas de respiração com dificuldade, rápida, tosse com frequência e secreção nasal (REBHUN, 2000; ANDREWS E WINDSOR, 2008). 3.3.9.6 Brucelose É uma zoonose, isto é, uma doença que se transmite dos animais ao homem, e causada por uma bactéria pertencente ao gênero Brucella, também denominada de aborto infecciosa pelo motivo das vacas com a doença perderem a fertilidade e apresentarem aborto, a doença acomete nos animais de 35 todas as idades. Para se saber se os animais estão com brucelose e realizado um teste de laboratório com o sangue do animal, e caso o exame e positivo o animal deve ser descartado. A vacinação dos animais é realizada dos 3 a 8 meses de vida (COSTA,1998; RADOSTIS et al., 2002). 3.3.10 Inseminação 3.3.10.1 IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) É sem dúvidas uma das ferramentas mais importantes no processo de melhoramento genético. Com o IATF o processo de reprodução do rebanho fica sobre a conta do produtor, onde o produtor tem opção de escolha de horário e data marcada para a realização da inseminação, sem a necessidade de observação de cios nos animais. A Inseminação artificial em tempo fixo conta com um período de tempo de 10 dias até a inseminação (MALUF, 2002). 3.4 Apresentação do local de estágio 3.4.1 Dados de identificação do local de estágio O estágio foi realizado na Fazenda Mano Júlio, no município de Tapurah, sob CPF: 715.724.739-91; Endereço: MT010 – zona rural; Cidade: Ipiranga do Norte, MT; CEP: 78573-000; Coordenador: Médico Veterinário João Carlos Pozzatti Winckler. 3.4.2 Caracterização do local de estágio A Fazenda Mano Júlio onde foi realizado o estágio conta com várias atividades como, bovinocultura de leite, bovinocultura de corte, agricultura, suinocultura e avicultura. O estágio foi realizado na área de bovinocultura leiteira, que conta com um plantel de 80 vacas leiteiras com uma produtividade média de 10 litros por vaca/dia, instalações conta com um curral para manejos, bezerreiro e uma ordenha automática para capacidade de ordenhar 12 animais por vez em sistema espinha de peixe com um fosso, consiste com uma área total de 183 hectares. Tem como tema principal de estágio manejo geral bovinocultura leiteira, que busca mostrar sobre os manejos em bovinocultura leiteira que são realizados na fazenda. 3.5 Desenvolvimento de estágio O estágio de prática profissional foi realizado no período de 08 de janeiro de 2018 a 30 de abril de 2018, com coordenador e supervisor de estagio médico veterinário João Carlos Pozzatti Winckler. Atividades realizadas no período de estágio de acordo o plano de atividades proposto: a) Instalações b) Alimentação c) Doenças d) Inseminação por IATF. 36 3.5.1 Piquetes A fazenda conta com uma área total de 183 hectares, aonde dessa área 160 hectares são direcionados para área de pastagem dividida em piquetes, esta área 62 hectares estão divididos em 30 piquetes em formato de pizza que conta com sistemas de irrigação com pivô e 98 hectares divididos em 24 piquetes que conta com um sistema de fertilização por dejetos líquidos de suínos por sistema de irrigação, com o auxílio de um Aspersor para Irrigação. 3.5.2 Curral E utilizado para fazer serviços de manejo curativos e manejos preventivos. A instalação conta com uma sala de espera, 6 remangas posicionadas ao redor do curral, um embute, uma seringa, um corredor coletivo, um tronco de contenção com uma balança instalada, um apartadouro com 5 portas de saídas onde 4 destas portas direcionadas as remangas e uma porta levando ao embarcadouro. A instalação desde o embute até o embarcadouro conta com sua estrutura coberta. 3.5.3 Bezerreiro Sistema de instalação de bezerreiro e do tipo argentino aonde contém uma instalação coberta sobre a área de alimentação, tem uma capacidade total para 105 bezerros, mas atualmente conta com 10 animais. Os animais ficam preso por uma corda amarrada no pescoço ligando uma corrente com um arrame esticado no chão ligando os bebedouros até a área de alimentação, cada animal tem uma área de 6m2 para movimentação. 3.5.4 Ordenha Consiste em um sistema de ordenha com fosso com formato de espinha de peixe tem a capacidade para 24 animais, 12 em cada lado, com 12 teteiras disponíveis com um sistema de ordenha inteligente integrada a cada teteira, onde as teteiras são extraídas manualmente ou automaticamente dos tetos dos animais. Nas instalações da ordenha há um grande problema com a extração do leite pelo motivo da regulagem de vácuo, que está desregulada, aonde para ser feito a realização da ordenha de forma correta foi encontrado uma saída, que seria a colocação de peso sobre as teteiras, assim forçando os tetos e sendo realizado a ordenha, mas a realização deste manejo tem algumas consequências com o passar do tempo caso for esquecido de colocar o peso sobre as teteiras as vacas não liberam totalmente o leite, assim causando problemas como mastite, outro problema também visto com a colocação de pesos foi se diagnosticando o aparecimento de feridas nos tetos por causa da força que e exercido sobre eles. 37 3.5.5 Silo de silagem A fazenda conta com um modelo de silo de superfície, com a capacidade para 350m3 de silagem. 3.5.6 Armazenagem de feno O feno consumido na fazenda e produzido nas áreas de lavoura da propriedade, onde e realizado o armazenamento em um barracão, tem a capacidade de armazenamento com aproximadamente 4800 fardos de fenos, os fardos são de tipos prismáticos com uma média de peso de 19kg. 3.5.7 Maquinários A fazenda conta com um trator da marca john deere com uma concha acoplada, um carreto forrageiro para distribuição de silagem e uma máquina para produção de feno. 3.5.8 Bezerros Após o nascimento do bezerro ele e deixado num período de 12 a 24 horas com a mãe, após esse período o animal e retirado da vaca e colocado em um bezerreiro para os recém-nascido localizado no mesmo barracão de ordenha, aonde permanecem por 5 dias neste local, após o bezerro ser direcionado para a instalação e realizado a queima do umbigo com o produto iodofórmio, sendo aplicado direto no umbigo, aplicação de 1,5ml de Doramectin e a realização do processo debrincagem do animal. O número a ser colocado e definido de acordo a raça e o sexo do animal. Após o período de 5 dias de nascimento os bezerros são transferidos para o bezerreiro aonde são colocados em uma coleira e permanecem nesse local até atingirem a idade de 3 messes ou em caso de alguns animais que com 3 messes de vida não tenham uma condição corporal boa permanecem por mais tempos, após atingirem 3 messes de vida os animais são deslocados do bezerreiro para o pasto aonde permanecem até a idade de novilha e com 16 messes iniciando sua vida de reprodução. 3.5.9 Vacas A fazenda conta com um plantel de 80 vacas em lactação, numa produção média de 10 litros por vaca, o plantel de vacas conta com a maioria das vacas da raça Jersey e algumas cruzadas com holandesas. 3.5.10 Vacas secas Após a inseminação e a confirmação da prenhes, o animal continua com sua rotina normal até atingir o período de 7 messes de gestação, a partir desse período a vaca e marcada e retirada da ordenha e realizado um procedimento de secagem do animal, onde e seguido um método progressivo para secagem, como exemplo, hoje 1º dia e realizado a ordenha das vaca e após a ordenha os animais 38 são redirecionados para um piquete separado de outras vacas, após o período de três dias da última ordenha e realizado uma nova ordenha, no 4º dia, o leite retirado dessas vacas e separado e para não ter percas e direcionado para os bezerros, no 7º dia e realizado a última ordenha desses animais, aonde ficam separados até o nascimento do bezerro. 3.5.11 Alimentação 3.5.11.1 Alimentação na fase de cria e recria Após o nascimento do bezerro e verificado se ele se alimentou, onde sua primeira alimentação e a mais importante, o primeiro leite liberado da vaca após o período de gestação e denominado de colostro, o leite mais importante para o bezerro por conter sua função de laxativo, nutritivo e por transmitir anticorpos ao bezerro, em casos o bezerro não tomava o leite por motivos da vaca não aceitar o bezerro ou por fraqueza do animal, nesses problemas era encaminhado a vaca para a ordenha ou no local mesmo amarava a vaca realizava a ordenha manual para a retirada do leite para ser dado ao bezerro coma ajuda de uma mamadeira ou por sonda, como visto na imagem abaixo (Figura 1), o ideal e o bezerro tomar pelo menos 10% do seu peso vivo e o máximo e quanto ele conseguir tomar. A partir do nascimento do bezerro até os três messes de idade e fornecido somente o leite com uma quantidade de 2 litros para cada animal duas vezes ao dia, a partir dos 5 dias de vida quando o animal e transferido para o bezerreiro, aonde sua alimentação continua com o leite na quantidade de 2 litros por animal, fornecimento de 2kg de concentrado por animal, feno e agua disponível à vontade, o trato e realizado duas vezes ao dia. A partir dos 3 messes em que o animal permanece no bezerreiro e transferido para o pasto, nesse momento ocorre o desmame dos animais de forma bruta, no pasto sua alimentação e constituída de pasto a vontade, 20kg de concentrado distribuído para 15 bezerros, feno e água disponíveis a vontade para os animais. Figura 22- Fornecimento de leite através de sonda Fonte: Acervo do autor, 2018 39 3.5.11.2 Alimentação na fase de produção Alimentação das vacas e baseada em concentrado, silagem e pasto. O concentrado e distribuído sobre o coxo de alimentação, realizado 2 tratos por dia de concentrado após cada ordenha que é realizada no período da manhã e no período da tarde, feito a distribuição de 40kg de concentrado para 40 animais, dando 1kg para cada animal. A silagem e fornecida somente no período da manhã após ordenha, onde e feito o trato e é disponível a vontade para os animais num período de 7 horas. A pós a realização da ordenha os animais são encaminhados para os piquetes, no período da manhã os animais são encaminhados aos piquetes próximo a instalação, no período de tarde os animais são direcionados para os piquetes localizados no sistema de pivô, onde são levados para a pastagem que esteja mais adequada para a permanência até no outro dia. 3.5.12 Doenças 3.5.12.1 Mastite Antes de iniciar a ordenha e realizado a lavagem dos tetos das vacas com água corrente, em seguida e realizado o teste de mastite com um caneco de fundo preto, para observação se á mastite clínica ou seja que pode ser observados os grumos, como visto na imagem abaixo (Figura 02), se o leite estiver numa coloração mais amarelada e caso saia pouco grumos e realizado o teste da raquete CMT (Califórnia Mastite Teste). A realização do teste de CMT (Califórnia Mastite Teste) é somente para mastite subclínica que e a aparência da infecção mas que não pode ser observada a olho nu, como visto na imagem abaixo (Figura 03), quando observado o animal com a infecção este é marcado com bastão de marcação e retirada das demais, onde seu leite e retirado e separado, para não ter uma perca econômica e fornecido aos bezerros este leite contaminado com a infecção, a vaca que apresentou infecção e realizado um tratamento com duração de 4 dias ou caso a vaca ainda esteja apresentando sinal da infecção nesse período e continuado o tratamento. O tratamento para a infeção e realizado com a aplicação de 20g de pasta Cefalexina, realizado a aplicação direto no teto que apresentou a infecção, realizando essa aplicação no final de cada ordenha, esse procedimento e realizado num período de três dias, no quarto dia e apenas realizado a ordenha para fazer a retirada dos resíduos que o produto deixa no local. E realizado a aplicação de 20ml de Tilosina aonde a aplicação e realizada no primeiro e no terceiro dia de tratamento. O tratamento preventivo e feito através da realização da secagem do leite e pela aplicação de pós-diping após a realização da ordenha. 40 Figura 24 - Teste CMT (Califórnia Mastite Teste), Mastite subclínica Fonte: Acervo do autor, 2018 3.5.12.2 Foot Rot (Podridão dos cascos) O período de realização de estágio foi na época das águas aonde o problema de podridão aumenta muito pelos motivos da elevação de umidade e o clima muito quente, a fazenda conta com um plantel de 80 vacas em lactação e dessas 8 vacas foram diagnosticadas com podridão de casco, aonde 2 dessas vaca o caso foi tão grave que o único método para não haver o descartar deste animal foi através da realização de uma cirurgia em uma pata, como visto na imagem abaixo (Figura 04), realizando a retirada de uma das unhas. Figura 23 - Teste da caneca de fundo preto, Mastite clinica Fonte: Acervo do autor, 2018 41 Para tratamento dessa infecção e realizado a passagem das vacas em um pedilúvio com uma mistura de 4kg de sulfato de cobre e 3 litros de formol diluídos em 200 litros de água, onde e realizado a passagem das vacas a pôs a ordenha sendo repetido esse tratamento por 3 dias seguidos. Figura 25 - Animais diagnosticados com Podridão de casco Fonte: Acervo do autor, 2018 3.5.12.3 Bicheira (Miíase) E causado pela larva da mosca ochliomyia hominivorax, que é depositada em feridas abertas, já que a larva se alimenta de tecidos vivos. Na fazenda a bicheira e uma das enfermidades mais comuns que são vistas, um dos fatores que essa doença e bem frequente e pelo clima bastante quente e úmido, as larvas são depositadas em feridas abertas como os causados por cercas, chifradas de outras vacas e as vezes ferimentos causados por varas as vezes utilizadas por funcionários para acelerar os animais, como mostra a imagem abaixo (Figura 05). O tratamento e realizado a retirada das larvas do local com larvicida liquido Cialotrina e Propoxur, deixando o mais limpo possível, emseguida e feito a aplicação de Pasta Cialotrina, também realizada a aplicação de 10ml Doramectin para as vacas, para bezerros e aplicado 3ml, após feito esse procedimento nos dias seguintes e realizado a cicatrização da ferida, onde e utilizado apenas a Pasta Cialotrina, até a ferida causada pela larva da mosca se cicatrizar. 42 Figura 26 - Ferida causada pela larva da mosca ochliomyia hominivorax Fonte: Acervo do autor, 2018 3.5.12.4 Carrapato (Rhipicephalus microplus) Uma das doenças mais comuns na fazenda aonde quase todos os animais continham o parasita presente em seu corpo. O tratamento e realizado com a aplicação de 10ml para as vacas e 3ml para os bezerros de Doramectin, 5ml de um complexo vitamínicos com vitaminas A, D3 e E, 100ml dissolvidos em 20L de água de Amitraz, aplicação realizada via pulverização com uma bomba costal encharcando o corpo do animal, como mostra a imagem abaixo (Figura 06). Figura 27 - Aplicação de carrapaticida via pulverização Fonte: Acervo do autor, 2018 3.5.12.5 Tristeza parasitaria bovina A doença e acometida pelo carrapato por ele ser um parasita e se alimentar do sangue do animal, nos casos em que era visto o animal com anemia o estado de saúde já estava péssimo com a cor do globo ocular esbranquiçadas, era realizado o tratamento com 5ml de Diaceturato, 5ml de ferro para ajudar a produção de sangue e vitamina B12. 43 3.5.12.6 Pneumonia A doença e agravado por vários fatores e também por motivos ambientais, os animais que foram encontrados com esse problema normalmente vinham com anemia e com muito carrapato no corpo, onde mostravam os sinais de focinho e as articulações geladas, para o tratamento era realizado a aplicação de 5ml de ferro para ajudar a produção de sangue e vitamina B12 e 5ml de Enrofloxacina. 3.5.12.7 Brucelose A vacinação e realizada nos animais de 3 a 8 messes de idade, para a realização do tratamento preventivo e feito a aplicação de 2ml de Brucelina produzida através de amostras de Brucella abortus, cepa B-19, após a aplicação e realizado a marcação de ferro no animal como uma forma de demostrar que o animal foi marcado, como mostra a imagem abaixo (Figura 07), a marcação realizada no lote e V7, assim podendo ser confirmado e a cada lote e mudado o número da marcação. Figura 28 - Marcação com ferro quente para confirmação da vacina de Brucelose Fonte: Acervo do autor, 2018 3.5.13 Inseminação 3.5.13.1 IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) O manejo de reprodução utilizado nas vacas e de IATF, onde e realizado 10 dias antes da inseminação para se ter uma sincronização do ciclo estral e a ovulação da vaca, podendo ser agendado o dia da inseminação. O procedimento e realizado da seguinte forma, no dia 1º dia e realizado a colocação dos implantes de P4 (Progesterona) e a aplicação de 2ml de Benzoato de estradiol, realizando o procedimento pelo período da manhã, no 8º dia e realizado a retirada dos implantes e realizado a aplicação de 2ml de D-Cloprostenol e 1,5ml de Cloprostenol sódico, realizando o procedimento pelo período da manhã, no 9º dia e realizado a aplicação de 1ml de Benzoato de 44 estradiol aplicação, realizando o procedimento pelo período da manhã, no 10º dia e realizado a inseminação da vaca, sendo realizado pelo período da tarde. A realização do método de IATF foi realizada uma vez no período de estagio, foi feito em 80 vacas com o intuito de vender os animais prenhas, destas 80 apenas 14 vacas entraram em gestação. O número de vacas que entraram em gestação foi baixo por motivos de muitas vacas perderam o implante e também por motivos de estres 3.6 Considerações O trabalho realizado no período de estagio traz de uma forma simplificada os manejos que são realizados na área de bovinocultura leiteira com a finalidade de demostrar os manejos de alimentação de acordo cada fase de vida, os manejos realizados para o tratamento de algumas doenças, o sistema de reprodução utilizado e o manejo com os animais. Alguns problemas encontrados mais agravantes para manejo dos animais estava situado com a regulagem de vácuo da ordenha, aonde o leite não era extraído totalmente de forma correta por não existir força adequada para a fase de sucção, tendo outros problemas subsequentes como a mastite, uma alternativa encontrada foi a colocação de pesos sobre as teteiras, mas com o tempo começou a se observar que os pesos começaram a ocasionar feridas nos tetos. Os principais problemas com a sanidade dos animais se obtiveram pela grande infestação de carrapato, trazendo grandes prejuízos como problemas que causava aos demais animais por ser uma porta de entrada para outras doenças como anemia e tristeza parasitária bovina, perca econômica por motivos de alto custos dos medicamentos e nos casos mais graves levando o animal a morte. O parasita era encontrado em quase todos os animais da fazenda, para a prevenção era realizado manejos preventivos em todos os animais da fazenda e manejos curativos nos casos mais agravantes. Os manejos realizados no período de estagio traz um pouco das dificuldades e dos procedimentos que são encarados nos dia-a-dia de vários produtores. 45 4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS Não houve interação significativa entre genótipos e época de semeadura. Entretanto, o comportamento dos genótipos diferiu entre as épocas para as três variáveis analisadas: número de plantas emergidas (PE, plantas m-1), tempo para emergência (DASe – dias) e tempo para início da floração (DASf - dias) de genótipos de canola semeados em diferentes épocas. O estágio mostro um pouco da dificuldade que temos na produção, mostrando que os procedimentos que fazemos nem sempre são os melhores por falta de estruturas ou maquinas que estejam com uma má regulagem, mas mesmo com as dificuldades sempre damos um jeito de fazer um alimento com uma boa qualidade e mantendo seguir os manejos corretos para melhor produção. Os principais problemas com a sanidade dos animais se obtiveram pela grande infestação de carrapato, trazendo grandes prejuízos como problemas que causava aos demais animais por ser uma porta de entrada para outras doenças como anemia e tristeza parasitária bovina, perca econômica por motivos de alto custos dos medicamentos e nos casos mais graves levando o animal a morte. O parasita era encontrado em quase todos os animais da fazenda, para a prevenção era realizado manejos preventivos em todos os animais da fazenda e manejos curativos nos casos mais agravantes. Os manejos realizados no período de estagio traz um pouco das dificuldades e dos procedimentos que são encarados nos dia-a-dia de vários produtores. 46 5.0 REFERENCIAS ANDREWS, A. H.; WINDSOR, R. S. Doenças respiratórias. In: BLOWEY, R.W.; BOYD, H.; EDDY, R.G. Medicina bovina. São Paulo: Roca, 2008. ANZIANI, O.S.; LOREFICE, C. Prevention of cutaneous myiasis caused by screw worm larvae (Cochliomyia hominivorax) using ivermectin. Journal of Veterinay Medicine, v.40, p.287-290, 1993 ARCURI, P.A., CARNEIRO, J.C., LOPES, F.C.F. 2003. Microrganismos indesejáveis em forragens conservadas: Efeito sobre o metabolismo de ruminantes. In: Volumosos na produção de ruminantes: Valor alimentício de forragens. REIS, R., A., BERNARDES, T. F., SIQUEIRA, G., R., MOREIRA, A. L. Jaboticabal: Editora FUNEP, 2003. v. 01. p. 51.69. ATAÍDE JR., J. Produção de silagem. Viçosa: Centro de Produções Técnicas, CPT. 234p. 2007. Boas Práticas de Manejo: Curral Projeto e Construção / Murilo Henrique Quintiliano, Adriano Gomes Pascoa, Mateus J. R. Paranhos da Costa. - Jaboticabal: Funep, 2014 BRESSAN, M. Práticas de manejo sanitário em bovinos de leite. Juiz
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