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Nacionalidade, direitos políticos, partidos políticos

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POR: QUEISE NICOLLI LIMA DE OLIVEIRA 
 
DIREITO DE NACIONALIDADE 
DIREITO DA NACIONALIDADE: Pode ser entendido como direitos políticos, um direito 
fundamental primário, um direito fundamental da primeira dimensão ou primeira geração. Ao 
longo da história foi se construindo uma gama de direitos fundamentais, principalmente no 
século 18, quando se deu o fenômeno do CONSTITUCIONALISMO. A partir da criação do livro 
“O que é o terceiro Estado”, o autor conseguiu diferenciar as normas constitucionais, das 
ordinárias. Existem normas jurídicas de caráter mais fundamental baseados na organização do 
ordenamento, seriam as normas constitucionais. A partir de então o Direito Constitucional 
levou um impulso muito grande, com a diferenciação entre as leis ordinárias e as leis 
constitucionais e neste contexto a teoria dos direitos fundamentais se desenvolveu e na sua 
primeira geração que foi relacionada principalmente a ideais de liberdade, foram criados 
dentro de uma ótica burguesa os: DIREITOS FUNDAMENTAIS NEGATIVOS (DIREITOS DE 
LIBERDADE) que são o direito de defesa do cidadão contra o Estado, nada mais são do que os 
direitos civis e políticos relacionados a esta liberdade. 
DIFERENÇA ENTRE POVO, POPULAÇÃO E NAÇÃO: 
-Povo: Conjunto de pessoas que guardam vínculos de identidade com o Estado, ou seja, é o 
elemento do Estado, como também, possui vínculos políticos com o Estado. O brasileiro será 
brasileiro em qualquer lugar do mundo, onde ele esteja. Por exemplo: Em outubro teremos 
eleições, mesmo não estando no Brasil, continua com a obrigação de votar, mesmo morando 
no exterior e caso não vote, terá que justificar. Este vínculo de identidade estabelece direitos 
fundamentais, deveres do Brasil com este indivíduo. Exemplo: Numa situação de guerra de 
perigo o Brasil tem que movimentar o corpo diplomático para proteger e resguardar a 
integridade física desse brasileiro é um vínculo de proteção mútua, além das fronteiras; 
O POVO É O ELEMENTO DO ESTADO E OS DIREITOS DE NACIONALIDADE SE REFEREM AO 
POVO; 
- População: É a soma de todas as pessoas que se encontram no território do Estado num 
determinado momento, devendo, portanto, obedecer às leis do Estado enquanto nele estiver. 
Dessa forma, a população guarda vínculos jurídicos com o país. A população então se conta os 
estrangeiros que estão dentro do Estado e exclui os nacionais que estiverem fora, estes não 
serão contados como população. 
 
PEGADINHA DE CONCURSO: Brasileiro em tempo de paz pode ser condenado à morte? Se ele 
estiver em um estado em que se admite a pena de morte, ele poderá ser condenado, pois 
está submetido às leis do país no qual está inserido no momento; 
 
 
- Nação: Comunidade de pessoas que guardam entre si vínculos culturais e semelhantes. Cada 
Estado exercendo soberania define quem é o seu povo, principalmente pela sua Constituição. 
CADA ESTADO NO EXERCICIO DE SUA SOBERANIA DEFINE QUEM É SEU POVO; ENTÃO É O 
ESTADO EXERCENDO SUA SOBERANIA PRINCIPALMENTE PELA SUA CONSTITUIÇÃO (CIRCULO 
MAIOR DESTA SOBERANIA), CADA ESTADO DETERMINA QUEM É O SEU POVO; NA 
DETERMINAÇÃO DE QUEM É O POVO ALGUNS CONCEITOS SÃO IMPORTANTES, ALGUNS 
CRITÉRIOS SÃO NECESSÁRIOS POR TODO E QUALQUER ESTADO: 
 
CRITÉRIOS PARA DETERMINAÇÃO DA NACIONALIDADE PRIMÁRIA: 
• Decorre do nascimento; 
• Condição que determina o brasileiro como “nato” 
• “Jus Solis”, pelo critério do “Jus Solis” é brasileiro aquele que nasce em território 
brasileiro; 
** A exceção ao critério do “Jus Solis” será quando ambos os pais estiverem a serviço de 
Estado estrangeiro, ou seja, o filho deste casal, mesmo nascido no Brasil não será considerado 
brasileiro; 
EX: Um Diplomata e sua esposa que tenham um filho no Brasil, mas estão aqui a serviço do 
Estado estrangeiro, a criança mesmo nascida no Brasil, terá nacionalidade brasileira, pois a 
mãe é brasileira. 
EX 2: Um Embaixador tem um “caso” com uma mulher brasileira e ela engravida. A criança 
terá nacionalidade brasileira, pois a mãe é brasileira. 
• “Jus sanguinis”, pelo critério do “jus sanguinis” será considerado brasileiro nato filho 
de brasileiro nascido no estrangeiro. Esta hipótese leva em consideração a relação 
sanguínea do individuo; 
• A Constituição de 1988 também diz que: É brasileiro NATO (nacionalidade primária, 
decorrente do nascimento) também aquele que nasce no exterior que são filhos de 
brasileiros. Pois a nacionalidade primária não é determinada apenas pelo JUS SOLIS, 
mas também pelo JUS SANGUINIS: O nascimento tanto pode ser interpretado como o 
nascimento em um lugar como também em UMA FAMILIA. 
• O Brasil adota os dois critérios; 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES PARA DIFERENCIAÇÃO: 
- Quando a criança nasce no exterior e um dos pais (pai OU a mãe) estão a serviço do Brasil, a 
criança não precisará nem ser registrado na Embaixada ou no Consulado, pois já será 
considerado brasileiro nato desde o dia em que nascer; 
- Quando a criança nasce no exterior e um dos pais (pai OU a mãe) estão a serviço do Brasil, e a 
criança é registrada na Embaixada ou no Consulado, terá todo o seu direito como brasileiro 
nato desde o dia do seu registro; 
- Quando brasileiros nascidos no exterior cujos pais não venham mais ao Brasil, por não 
gostarem mais, e quando adulto a criança descobre que os pais eram brasileiros e decide vir 
para o Brasil querendo ter a nacionalidade brasileira, ela não precisa se naturalizar. Apenas vai 
tirar todos os documentos e a partir do momento em que tirar os documentos será 
considerado brasileiro NATO. O que acontece é que ele só poderá exercer as prerrogativas 
brasileiras depois que tirar os documentos, diferente das duas outras situações, quando ele 
exerce desde que nasceu, mesmo não nascendo no Brasil. Nesta terceira hipótese que ele não 
foi registrado como brasileiro tem o direito de, em qualquer tempo chegar ao Brasil e tirar 
documentos como brasileiro nato, pois a nacionalidade brasileira não foi determinada no dia 
em que ele tirou os documentos, foi apenas DECLARADA neste dia. É o ato declaratório, não 
um ato constitutivo, pois o que constituiu o direito de ser brasileiro foi o fato do próprio pai ou 
a mãe ser brasileiro. 
 
CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO DA NACIONALIDADE SECUNDÁRIA: 
• Vontade: a vontade é o fator determinante, e deve ser dupla, ou seja, do indivíduo 
que requer e do Estado em conceder; 
 
** CONDIÇÃO PARA DETERMINAR O INDIVÍDUO COMO “NATURALIZADO” 
Naturalização Ordinária: Decorre de um ato de vontade, a naturalização. Esta vontade deve 
ser mútua, a vontade do individuo e a vontade do Estado. O estrangeiro que vive no Brasil há 
quatro anos tem boa conduta, goza de boa saúde, sabe a língua, tem capacidade financeira, 
emprego, propriedades, que demonstra que não será mendigo, pessoas cumprem esses 
requisitos pode pleitear a sua nacionalização, se fala pleitear, pois o individuo tem o direito 
subjetivo de se postular, mas o Brasil analisa caso a caso e defere ou não a naturalização (ato 
discricionário) sem maiores explicativas, mesmo o individuo cumprindo todos estes requisitos; 
Outra opção é que se encaixando nos requisitos e tendo visto de permanência este pode viver 
no Brasil e não querer se naturalizar, porém pode exercer direitos civis, etc. Ele poderá exercer 
o que chamamos de soberania sem ser naturalizado, basta ter residência; 
 
Código do estrangeiro traz algumas hipóteses sobre a naturalização ordinária: 
a) Radiação precose: estrangeiro que chegou ao Brasil com menos de 05 anos de idade, 
ao completar 18 anos pode requerer a naturalização; 
b) Colação de grau superior no Brasil: Estrangeiro que chegou ao Brasil menor de idade, 
ao colar grau de nível superior, dentro do prazo de 1 ano, poderá requerer anaturalização; 
c) Estrangeiro oriundo de países de língua portuguesa (Angola, Moçambique, Timor 
Leste, Macau, Guini Bissau) atestada à boa conduta, pode requerer após 01 ano de 
residência fixa no Brasil, a naturalização; 
d) Estrangeiro português: Pelo tratado de Amizade e Cooperação, consulta aos 
estrangeiros de Portugal, após comprovada residência permanente no Brasil, a partir 
de 04 anos, equipara-se ao brasileiro nacionalizado, possuindo inclusive, direitos 
políticos; 
Naturalização extraordinária ou Quinzenária: Qualquer estrangeiro, qualquer nacionalidade, 
que estiver há mais de 15 anos residindo no Brasil, atestado a boa conduta, pode pleitear a 
naturalização; 
Polipátrida: É o indivíduo que tem mais de uma nacionalidade. Pode ser mais de uma 
nacionalidade nata, pode ser também uma nata e uma secundária; 
Ex: Jogadores de futebol. Ronaldo fenômeno que é brasileiro nato e espanhol naturalizado. 
 
Apátrida (raro, mas pode acontecer): Pode acontecer por vários motivos, o individuo, por 
exemplo, nascer em um país que não adotam o jus solis e os pais deles de um país onde não 
adota o jus sanguinis. Outra situação é quando o indivíduo tem sua nacionalidade cassada, o 
que no Brasil é proibido. 
O brasileiro perde a naturalidade quando: por um ato de vontade, o brasileiro se naturaliza 
estrangeiro e quer renunciar a nacionalidade brasileira. Ou quando (específica do naturalizado) 
o brasileiro naturalizado é condenado a um cancelamento de naturalização, caso condenado, 
ele perde a naturalidade brasileira. Porém esta segunda opção é muito difícil de concretizar, 
pois só pode ajuizar esta ação em duas situações: primeiro quando este brasileiro é traficante 
internacional de drogas e se ele praticou crimes antes de se naturalizar; 
 
** DISTINÇÃO ENTRE BRASILEIROS NATOS E NATURALIZADOS; 
a) Quanto à titularidade de determinados cargos; 
São cargos privativos a brasileiros natos: 
 
• Presidente e Vice Presidente da República; 
• Presidente da Câmara de Deputados; 
• Presidente do Senado Federal; 
• Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
• Da carreira diplomática; 
• Oficial das Forças Armadas; 
• Ministro de Estado da Defesa; 
 
b) Quanto à composição do Conselho da República na vaga de cidadão; 
O conselho da República é o órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele 
participam os cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos, sendo 02 nomeados pelo 
Presidente da República, 02 eleitos pelo Senado Federal e 02 eleitos pela Câmara de 
Deputados, todos como mandatos de 03 anos, vedada recondução; 
c) Quanto à extradição; 
Nenhum brasileiro nato será extraditado, salvo o naturalizado em caso de crime comum, 
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de 
entorpecentes, drogas e afins; 
d) Quanto à propriedade de empresa jornalística e de radiofusão 
É privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos; 
PERDA DE NACIONALIDADE 
** Hipóteses: 
a) Tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade 
nociva ao interesse nacional, neste caso, a perda da nacionalidade incidirá somente 
sobre o brasileiro naturalizado; 
b) Adquirir outra nacionalidade. Assim, a perda incide tanto sobre a nacionalidade 
originária, como sobre a nacionalidade secundária. Portanto o brasileiro nato ou 
naturalizado perde sua nacionalidade quando adquire voluntária e espontaneamente 
outra, salvo nos casos: 
• De reconhecimento de nacionalidade originária pelo país estrangeiro; 
• De imposição de nacionalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro 
residente em estado estrangeiro, como condição para a permanência em seu 
território ou exercício de seus direitos civis; 
c) REAQUISIÇÃO DA NACIONALIDADE BRASILEIRA 
• Na hipótese de cancelamento de naturalização, a reaquisição é remota, pois só 
pode ocorrer através de ação rescisória da sentença que a cancelou; 
• Quando a perda de nacionalidade (originária ou secundária) foi motivada pela 
aquisição de outra, a própria lei prevê a possibilidade de reaquisição, por Decreto 
do Presidente da República, se o brasileiro estiver domiciliado no Brasil, cujo 
pedido será processado perante o Ministério da Justiça; 
• A reaquisição restabelecerá a nacionalidade na condição que era antes; 
DIREITOS POLÍTICOS 
a) Previsão Constitucional: Art. 14, 15, 16; 
PERDA, SUSPENSÃO E CASSAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 
a) Perda é a retirada definitiva dos poderes políticos, que geralmente, ocorre com a 
perda da nacionalidade; 
A única hipótese que o direito brasileiro admite de perda é quando o indivíduo deixa 
de ser brasileiro, quando é cancelada a naturalização por sentença transitada em 
julgado. Os direitos políticos são direitos inerentes ao povo e se ele deixou de ser 
brasileiro, deixou de ser povo; 
b) Suspensão é a retirada temporária, que implica dizer que o indivíduo perde sua 
capacidade passiva e ativa, ou seja, capacidade de votar e ser votado; 
Ele terá seus direitos políticos suspensos quando: 
• Condenação Criminal Transitada em julgado enquanto durarem seus efeitos, ou seja, 
não pode votar nem ser votado; 
• Incapacidade Civil Absoluta: O indivíduo incapaz absolutamente no direito civil fica 
com os direitos políticos suspensos, enquanto perdurar a incapacidade. Tem-se 
entendido no âmbito da Justiça Eleitoral que a incapacidade civil absoluta é aquela 
declarada em Juízo; 
• Improbidade administrativa se houver previsão na sentença; 
c) Cassação é um ato arbitrário, bem como é vedado à retirada abrupta dos direitos 
políticos; 
 
 
 
 
 
 
 
ALISTAMENTO ELEITORAL E AQUISIÇÃO DA CAPACIDADE POLÍTICA ATIVA 
 
DIFERENÇA ENTRE ALISTAMENTO ELEITORAL, TRANSFERÊNCIA, REVISÃO E 2ª VIA 
Alistamento: Pode ser considerada a primeira etapa do processo eleitoral da competência da 
justiça eleitoral e se encerra com a diplomação dos eleitos. O alistamento é a primeira etapa 
deste processo, pois através do alistamento que se defere ao cidadão a possibilidade do 
exercício da sua capacidade política (ativa e passiva); O alistamento por si só não garante ao 
indivíduo o exercício da capacidade política passiva (capacidade de ser votado), mas a ativa 
(capacidade de votar) sim, este já está garantido através do alistamento eleitoral; 
A Constituição de 1988 foi a Constituição Brasileira que tivemos que mais ampliou os direitos 
políticos, pois até a promulgação da Constituição de 1988, os analfabetos não eram aptos a 
exercer seus poderes políticos, como também os menores de idade a partir de 16 anos, em 
regra, exercer poderes políticos. No Brasil o voto é obrigatório para todos os brasileiros natos e 
naturalizados entre 18 e 70 anos para os alfabetizados, o alistamento eleitoral é obrigatório. E 
os brasileiros maiores de 16 e menores de 18 anos e os analfabetos, o voto é facultativo. 
O alistamento pode ser feito até 151 dias antes das eleições, pois depois deste período o 
cadastro estará fechado e o indivíduo não poderá mais se alistar, este prazo ocorre para que o 
seja possível ter um controle para saber quantos eleitores estarão habilitados, quantas urnas 
deverão ser preparadas, quantos locais de votação e quantos mesários deverão ser 
designados; 
** O indivíduo pode tirar o título de eleitor com 15 anos, contando que no dia das eleições ele 
já tenha completado 16 anos; 
Transferência e revisão: Tanto na transferência quanto na revisão o indivíduo já é eleitor, já 
tem título e irá manter o numero do título. A diferença entre eles é que na transferência se 
tem mudança de domicílio eleitoral, o individuo passa a ser eleitor de outro município. 
** Observação: É importante quando falamos deelegibilidade, pois é condição de 
elegibilidade ter domicilio eleitoral a pelo menos um ano na circunscrição eleitoral é a área 
territorial onde a eleição está se realizando. 
Já na revisão o indivíduo continua sendo eleitor do mesmo município, o que pode acontecer é 
a mudança na zona eleitoral, no caso das cidades que tenham mais de uma zona (área de 
jurisdição do Juiz Eleitoral). Quando acontece somente a revisão e não a transferência, o 
domicilio eleitoral continua o mesmo. 
2ª via: Apenas uma cópia do título, não se muda nada. Pode tirar até 10 dias antes da eleição; 
Correções eleitorais: São feitas anualmente pela Justiça Eleitoral, através das corregedorias 
eleitorais, levantando os dados de quantos eleitores cada município tem e se o TRE entender 
que existe algum indício de fraude, por exemplo, mais eleitores do que deveria naquele 
município, o TRE pode convocar uma revisão de título eleitoral, que é o recadastramento de 
todos os títulos para análise. 
MODALIDADE DE DIREITOS POLÍTICOS 
• Positivo 
Capacidade ativa (capacidade eleitoral de votar) e passiva (capacidade eleitoral de ser 
votado) 
• Negativo 
Inelegibilidade; 
Perda e suspensão direitos políticos; 
 
DIREITOS POLITICOS POSITIVOS: 
 
a) Ativos: 
• Capacidade eleitoral ativa: direito de votar; 
• Alistamento eleitoral: Pode ser considerada a primeira etapa do processo eleitoral 
consiste na qualificação e inserção nacional como eleitor junto à Justiça Eleitoral; 
• Voto: obrigatório para cidadão entre 18 e 70 anos e facultativo para analfabetos, 
menores de 18 anos e maiores de 16 (inclusive), e maiores de 70 anos. 
b) Passivos (condições de elegibilidade que são requisitos que devem ser atendidos para 
que o indivíduo tenha condições de sair candidato) 
• A NACIONALIDADE BRASILEIRA 
 Nato e naturalizado; 
 Exceção ao caso dos portugueses for equiparada; 
• O PLENO EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS: 
Para ser eleito não pode incorrer em nenhuma hipótese de perda ou suspensão 
dos direitos políticos. 
• ALISTAMENTO ELEITORAL 
Exceção para o caso dos estrangeiros que não podem alistar-se, bem como 
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos; Em suma, os que 
não se alistaram, não podem exercer a capacidade de ser eleito ou votado; 
• O DOMICÍLIO ELEITORAL NA CIRCUSCRIÇÃO: 
O domicílio eleitoral demarca o âmbito da candidatura e o exercício da capacidade 
eleitoral passiva; 
• FILIAÇÃO PARTIDÁRIA 
Para exercer a capacidade eleitoral passiva, é necessário que o indivíduo – cidadão 
esteja filiado a partido político de sua escolha. 
 
• TER IDADE MÍNIMA DE: 
I. 35 anos para Presidente da República e Vice-Presidente da República e 
Senador 
II. 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e Distrital; 
III. 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito e 
Juiz de paz; 
IV. 18 anos para vereador; 
V. ** A idade mínima é verificado na data da posse, e não na data da eleição; 
 
DIREITOS POLITICOS NEGATIVOS 
 
Tem por núcleo fundamental as inelegibilidades que são impedimentos para candidatura, e os 
casos de perda e suspensão dos direitos políticos: Inelegibilidade absoluta e relativa. 
 
a) ABSOLUTA: São aquelas que impedem a capacidade de ser eleito ou a inelegibilidade 
para qualquer mandato eletivo. A Constituição prevê como absolutamente inelegível: 
os inalistáveis e os analfabetos. 
b) RELATIVA: São aqueles que impedem a capacidade de ser eleito ou a elegibilidade 
apenas para alguns mandados eletivos, não para todos. 
� HIPÓTESES: 
a) Inelegibilidade para os mesmos cargos num terceiro mandato subsequente, do 
Presidente da República, dos Governadores do Estado e do Distrito Federal, 
dos Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído nos seis meses 
anteriores ao pleito; 
b) Inelegibilidade para concorrerem a outros cargos, do Presidente da República, 
dos Governadores de Estado e do Distrito Federal e dos Prefeitos, salvo se 
renunciarem os respectivos mandatos até seis meses antes do pleito; 
c) INEGILIBIDADE REFLEXA/POR MOTIVO DE PARENTESCO: São inelegíveis, no 
território de jurisprudência do titular, além do cônjuge e os parentes 
consangüíneos e afins, até segundo grau ou por adoção, do Presidente da 
República, Governadores, Prefeito, ou por quem haja substituído dentro de 
seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e 
candidato à reeleição; 
 
PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 
 
a) Causas de perda dos direitos políticos: 
� Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
� Perda da nacionalidade brasileira em razão da aquisição voluntária de outra 
nacionalidade; 
� A recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa; 
 
b) Causas de suspensão dos direitos políticos 
� A incapacidade civil absoluta; 
� A condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
� A improbilidade administrativa; 
 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
Conceito: Pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime 
demográfico, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais 
definidos pela Constituição Federal. 
 
 
DIREITOS: 
a) Direitos de recursos do Fundo Partidário; 
b) Direito ao acesso gratuito ao rádio e a televisão; 
 
SEPARAÇÃO DOS PODERES: 
 
1. Concepção de Locke: 
Baseava-se na bipartição dos poderes; 
Existência de Poder Executivo e Legislativo; 
O poder Legislativo com função legislativa e fiscalizadora; 
 
2. Concepção de Montesquieu 
Propunha a divisão de poderes em: Executivo, Legislativo e Judiciário 
(tripartição dos poderes); 
Atribuía ao Poder Legislativo à função Legislativa e fiscalizadora; 
Propunha a harmonia, independência e equilíbrio entre os países constituídos; 
 
3. Concepção de Constant 
Propunha a quatripartição dos poderes; 
Existência de poderes: Moderador, Executivo, Legislativo e Judiciário; 
Propunha a existência do Poder Moderador, para mediar possíveis conflitos 
entre os demais poderes constituídos; 
 
4. Sistema de Freios e Contrapesos 
Por este sistema, todos os poderes constituídos passam a exercer duas 
funções: uma típica e outra atípica, ou seja, cada poder passa a desempenhar 
funções, também de outros poderes. 
 
PODER LEGISLATIVO 
 
a) Atribuições 
Típicas: Legislativa e fiscalizadora; 
Atípica: Executivas e Jurisdicionais; 
 
b) Organização no Brasil 
Unicameralismo: uma casa legislativa; 
Bicameralismo: duas casas legislativas; 
O Brasil é unicameral no âmbito dos estados e municípios e bicameral no 
âmbito da União; 
 
c) Duração de mandatos 
Deputados: 04 anos 
Senador: 08 anos 
 
 
SESSÃO LEGISLATIVA E LEGISLATURA 
 
A sessão legislativa compreende o período de 01 ano, enquanto que a legislatura compreende 
o período de 04 anos. 
** Não existe limite de mandato, nem limite máximo de idade; 
 
FORMA DE INVESTIDURA DOS PARLAMENTARES 
• Sistema eleitoral: conjunto de regras utilizadas para determinar os vencedores de 
uma eleição; 
• Os Deputados e Senadores ingressam nas funções pelo voto, são cargos eletivos; 
No Brasil existem 02 sistemas eleitorais; 
a) Sistema majoritário 
• Ganha o candidato mais votado; 
• Aplica-se para eleição de Senadores, Prefeito, Presidente da República; 
 
Majoritário simples: Não há possibilidade de 2º turno – Adota-se para senador, 
Prefeito de municípios com até 120 mil eleitores; 
Majoritário Absoluto: Há possibilidade de 2º turno – É necessário que nenhum 
candidato alcance a maioria absoluta dos votos,ou seja, 50% + 1 voto; 
 
b) Sistema Proporcional 
A lógica se fundamenta nos partidos e nos candidatos; 
 
• Lista Aberta: Número máximo de candidatos por partido é até 150%, o 
número de vagas disponíveis; Já na coligação este número máximo é até o 
dobro de número de vagas disponíveis; 
QUOCIENTE ELEITORAL: QE = NÚMERO DE VOTOS VALIDOS DIVIDIDO PELO 
TOTAL DE VOTOS VÁLIDOS 
QUOCIENTE PARTIDÁRIO: QP = TOTAL DE VOTOS POR PARTIDO E COLIGAÇÃO 
DIVIDIDA PELO QUOCIENTE ELEITORAL. 
• Lista Fechada: Não existe voto no candidato e sim no partido;

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