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* * * Ensino Superior 3 – Transformada de Laplace Amintas Paiva Afonso Introdução aos Sistemas Dinâmicos * * * Sumário 3.1 Introdução 3.2 Revisão das variáveis complexas e das funções complexas. 3.3 Transformada de Laplace. 3.4 Teoremas da Transformada de Laplace. 3.5 Transformada inversa de Laplace. * * * 3.1 Introdução * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace f(t) = uma função de tempo t em que f(t) = 0 para t < 0 s = uma variável complexa F(s) = transformada de Laplace de f(t) L = Operador de Laplace - um símbolo operacional que indica que a grandeza que ele antecede vai ser tranformada por meio da integral de Laplace Então, a transformada de Laplace de f(t) é dada por: * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace Portanto, o método consiste em resolver equações diferenciais como se fossem equações algébricas. Definição: Dada uma função f(t) definida no intervalo [0, ) definimos a sua transformada de Laplace, F(s), por Supondo que a integral convirja pelo menos para algum valor de s. * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace Por meio de sua utilização, podemos converter muitas funções comuns, como funções senoidais, amortecidas e funções exponenciais, em funções algébricas de uma variável complexa s. A transformada de Laplace é um método operacional que pode ser usado de maneira proveitosa para solucionar equações diferenciais lineares. Operações como diferenciação e integração podem ser substituídas por operações algébricas no plano complexo. Assim, a equação diferencial linear pode ser transformada em uma equação algébrica em uma variável complexa s. * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace Se a equação algébrica em s for solucionada em termos da variável dependente, então a solução da equação diferencial (a transformada de Laplace inversa da variável dependente) poderá ser obtida por meio da tabela das transformadas de Laplace. * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace Vantagens da Transformada de Laplace Converte uma equação diferencial linear em uma equação algébrica, facilitando a sua solução. Obtém-se tanto a solução transitória quanto a permanente; Conversão de vários tipos de função em funcões algébricas; Permite o uso de técnicas gráficas para a previsão do desempenho do sistema, sem necessitar resolver suas equações diferenciais. * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace Aplicando a Definição Exemplo 1: * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace Exemplo 2: * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace Exemplo 3: * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace Exemplo 4: * * * 3.2 Definição da Transformada de Laplace * * * Transformação Linear * * * * * * Transformamos através do operador L funções f(t), na variável t, em funções F(s), na variável s. Sabe-se que uma integral definida em um intervalo ilimitado é chamada de integral imprópria e é definida como um limite de integrais definidas em intervalos finitos; Assim: Onde A é um real positivo. Se a integral de a até A existe para todo A > a e se o limite quando A existir, então dizemos que a integral imprópria converge para aquele valor limite. Caso contrário, diverge. * * * Exemplo 1: Seja f(t) = 1/t , t 1, então Converge? Logo, a integral imprópria diverge. Exemplo 2: Seja f(t) = 1/t 2, t 2, então a integral * * * Temos que: Logo a integral dada converge para o valor 1/2. Teorema: Se f é seccionalmente contínua em t a, se |f(t)| g(t) quando t M para alguma constante positiva M e se também converge. Por outro lado, se f(t) g(t) 0 para t M e se também diverge. * * * Teorema: (Existência da transformada de Laplace). Suponha que: 1) f seja seccionalmente contínua no intervalo 0 t A para qualquer A positivo; 2) |f(t)| Keat quando t M, onde K, a e M são constantes reais com K e M necessariamente positivas. Então, a transformada de Laplace L [f(t)] = F(s), definida pela equação L [f(t)] = F(s) = Existe para s > a. Exemplo 3: Seja f(t) = 1, t 0. Então * * * Exemplo 4: Seja f(t) = sen(at), t 0. Então Temos integrando por partes Finalmente, F(s) = a / (s 2 + a 2), s > 0 Exemplo 5: Seja f(t) = eat, t 0, então * * * L F(s) aF(s) + bF(s) sF(s) – f(0) s 2F(s) - sf(0) - f’(0) f(t) af(t) + bf(t) f ’(t) f ”(t) Transformada de Laplace * * * Teorema: Suponha que f seja contínua e que f’ seja seccionalmente contínua em qualquer intervalo 0 t A. Suponha, além disso, que existam constantes k, a e M tais que |f(t)| ke at para t M. Então L[f’(t)] existe para s > a e, além disso, L[f’(t)] = sL[f(t)] = sL[f(t)] – f(0). Corolário: Suponha que as funções f, f’, f”, ..., f(n-1) sejam contínuas e que f(n) seja seccionalmente contínua em qualquer intervalo 0 t A. Suponha, além disso, que existam constantes k, a e M tais que |f(t)| ke at , |f’(t)| ke at ...|f(n-1)(t)| ke at para t M. Então L[f(n)(t)] existe para s > a e é dado por L[f(n)(t)] = snL[[f(t)] – sn-1f(0) - ... - sf(n-2)(0) – f(n-1)(0). * * * Exemplo 6: Determine F(s) se f(x) = 3 + 2x2. Por definição e tabela de transformada, temos: F(s) = L(3 + 2x2) = 3L(1) + 2L(x2) = 3(1/s) + 2(2/s3) = 3/s + 4/s 3. Exemplo 7: Resolva a equação diferencial y”– y’– 2y = 0 com y(0) = 1, y’(0) = 0. Facilmente pode-se encontrar a solução y = 2/3e-t + 1/3e2t usando equação característica. Usando transformada de Laplace, temos: L[y”] – L[y’] – 2L[y] = 0, s2L[y] – sy(0) – y’(0) – [sL[y] – y(0)] – 2L(y) = 0 * * * ou (s2 – s – 2)Y(s) + (1 - s)y(0) – y’(0) = 0 Y(s) = (s – 1) / (s2 – s – 2) = (s – 1) / [(s – 2) (s + 1)] que acaba chegando à mesma solução. * * * Exemplo 8: Usando a transformada de Laplace, resolva a equação y” – y’ - 6 = 0, y(0) = 1, y’(0) = -1. Solução: L[y”] – L[y’] – 6L[y] = 0 s2L[y] – sy(0) – y’(0) – {sL[y] – y(0)} – 6L[y] = 0. Como L[y] = Y(s), temos: s2Y(s) – sy(0) – y’(0) – sY(s) + y(0) – 6Y(s) = 0 Y(s)(s2 – s – 6) + 1 – s + 1 = 0 Y(s) = (s –2) / (s2 – s – 6) = (s –2) / (s – 3)(s –+2) Separando em frações, temos: Y(s) = (1/5)/(s - 3) + (4/5)/(s + 2) Consultando a tabela de Laplace, temos Y(s) = (1/5)e3t + (4/5)e-2t = (1/5)(e3t + 4e -2t) * * * Exemplo 9: Resolva por Laplace a equação: y’ + y = senx, y(0) = 1. Solução: sY(s) – y(0) + Y(s) = 1 / (s2 +1) sY(s) – 1 + Y(s) = 1 / (s2 + 1), Y(s)(s + 1) = 1 + 1 / (s2 + 1) Y(s) = 1/(s + 1) + 1 / (s + 1)(s2 + 1) Separando em frações, temos: 1/(s + 1)(s2 + 1) = A/(s + 1) + (Bs + C) / (s2 + 1) Donde A = ½, B = - ½ e C = ½. Então Y(s) = 1/(s + 1) + (1/2)/(s + 1) – (½)[s/(s2 + 1)] + ½ [1/(s2 + 1)] Logo: y = (3/2)e–x – (1/2)cos(x) + (1/2)sen(x) = ½ (3e–x – cos(x) + sen(x)) * * * Função Degrau: A função Degrau unitário, denotado por c, é definida por A função de Laplace de c é determinada por * * * * * * Teorema: Se F(s) = L[f(t)] existe para s > a 0 e se c é uma constante positiva, então L[µc(t) f(t - c)] = e – cs L[f(t)] = e – cs F(s), s > a Reciprocamente, se f(t) = L –1[F(s)], então µc(t) f(t - c) = L –1[e – cs F(s)] Teorema: Se F(s) = L[f(t)] existe para s > a 0 e se c é uma constante positiva, então L[ectf(t)] = F(s - c), s > a + c Reciprocamente, se f(t) = L –1 {f(t)}, então ect = L –1 {f(s-c)}. * * * Exemplo 10: Usando a função Reescreva a função Assim podemos escrever f(t) = a(t) sen(t - a) ou * * * Teorema: Se f é de ordem exponencial e é de período p, então Exemplo 11: Ache a transformada de Laplace da função cujo gráfico é Neste caso, f é periódica com período 2, donde * * * Exemplo 12: Encontre a transformada de Laplace da função f(t) = t, 0 t < 1, f(t +1) = f(t). Integrando por partes, temos [1 – (1 + s)e –s] / [s2 (1 – e-s)] * * * Definição de convolução: Sejam f(x) e g(x) E. A convolução de f(x) e g(x) é dada por Exemplo: Se f(x) = e 3x e g(x) = e 2x, então f(t) = e 3t e g(t) = e 2(x - t) e Teorema: Se L[f(x)] = F(s) e L[g(x)] = G(s), então L[f(x) . g(x)] = L[f(x)] . L[g(x)] = F(s) . G(s) podem ser escrita na forma L –1[F(s) . G(s)] = f(x) . g(x) * * *
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