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AlfaCon etapas evolutivas do pensamento criminologico escolas classica positiva alema e moderna criminologia modelos de natureza biologica psicologica e sociologica

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Criminologia ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Etapas Evolutivas do Pensamento Criminológico: Escolas Clássica e Positiva ���������������������������������������������������������2
Escola Clássica ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Escola Positiva ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Principais Representantes ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
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Criminologia
Etapas Evolutivas do Pensamento Criminológico: Escolas Clássica e Positiva
Uma das classificações históricas da Criminologia divide o seu desenvolvimento em duas fases: 
período pré-científico e período científico� O período pré-científico abrange o período que vai desde 
a Antiguidade, em que se encontram alguns textos esparsos de alguns autores, terminando com o 
surgimento do trabalho de Lombroso (maioria da doutrina)� A Criminologia passou a existir com o 
surgimento da Escola Clássica�
Escola Clássica
• Principais autores: Cesare Bonesana (Marquês de Beccaria), Francesco Carrara e Giovanni 
Carmignani�
• Período Histórico: Período Iluminista do século XVIII�
Para essa escola, o delito é um ente jurídico� A ciência do Direito Penal é uma ordem de razões 
emanadas da lei moral e jurídica� A tutela jurídica é o fundamento legítimo de repressão e seu fim� A 
qualidade e quantidade de pena, que é repressiva, devem ser proporcionais ao dano que se ocasionou 
com o delito ou perigo ao direito�
Não obstante a todos esses pensadores que defendiam a ideia de que o homem deveria conhecer 
a justiça, é evidente que o Iluminismo ganhou força no ano de 1764 com a publicação da obra “Dei 
Delitti e Delle Pene” do italiano Cesare Bonesana, Marquês de Beccaria (1738 – 1794)� A responsa-
bilidade criminal se baseia na livre decisão de cada indivíduo cometer crimes� Fica evidente aqui o 
culto à razão e ao livre-arbítrio�
Neste aspecto há críticas no sentido de que essa escola se preocupa exclusivamente com o crime 
e com a pena, desconsiderando a pessoa do criminoso sem levar em conta fatores sociais e psicoló-
gicos� O método adotado por essa escola, que também a diferencia das outras, é o método dedutivo, 
marcado pelo abstrato e pelo formalismo�
Ressalta-se aqui também a presença do Direito Natural ou “Ius Naturalismo”� Esse Direito 
trabalha com a noção de que o Direito deve emanar da ordem natural, do bom senso� O Direito 
Natural supõe a existência de um Direito Universal, estabelecido pela natureza� Seu fundamento é o 
da lei natural, e não o da lei humana, que rege os acordos e contratos sociais�
A lei natural corresponde à physis (natureza), embora, ao longo do tempo, sua própria noção 
tenha sofrido mudanças que a fizeram passar da esfera natural para a esfera humana, social ou 
moral� De qualquer forma, o Direito Natural se contrapõe ao Direito Positivo, aquele legitimado 
pelas leis estabelecidas por uma determinada sociedade�
Por fim, pena para essa escola tem caráter retributivo ou punitivo, sendo essa punição proporcio-
nal ao dano� Beccaria desconsiderava a existência da pena de morte por ser improporcional e irracio-
nal do ponto de vista científico� Ele também foi um grande defensor do fim da tortura�
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Escola Positiva
• Principais autores: Cesare Lombroso, Enrico Ferri, Rafaelle Garofalo�
• Período Histórico: Iluminismo, após a manifestação dos ideais clássicos, criando-se uma 
vertente diferente�
Em contraposição à Escola Clássica, surge a Escola Positiva, influenciada pelos avanços cientí-
ficos surgidos durante o século XIX, como as teorias de Darwin e Lamarck e pelo pai da Sociologia, 
Auguste Comte� Seus estudos, ao contrário dos clássicos que usavam o método dedutivo, baseavam-
se no método empírico, ou seja, na análise, observação e indução dos fatos.
A Escola Positiva considerava o crime como fato humano e social� A pena deveria então ter por 
fim a defesa social e não a tutela jurídica� Os positivistas rechaçaram totalmente a noção clássica 
de um homem racional capaz de exercer o livre-arbítrio� Os pensadores positivistas sustentavam que 
o delinquente se revelava automaticamente nas suas ações e que estava impulsionado por forças que 
ele mesmo não tinha consciência� Para eles, o criminoso era um prisioneiro, escravo de sua carga 
hereditária (DETERMINISMO). Por isso, percebe-se que essa escola foca mais no criminoso do 
que no próprio crime.
A segunda escola sociológica do crime teve vários pensadores, entre eles Cesare Lombroso, Ferri 
e Garofalo� Esses pensadores dentre outros se destacaram por meio de uma Criminologia positivis-
ta, amparada por outras ciências como a Psiquiatria, Psicologia, Antropologia, Sociologia, e com o 
auxílio de Estatística, podendo considerar o comportamento humano, analisando fatores exógenos 
(externos) ou endógenos (internos) que o causam, e o meio em que surgiu�
José Frederico Marques sintetiza os princípios básicos da escola positiva: método positivo; res-
ponsabilidade social; o crime, como fenômeno natural e social; a pena como meio social� Dessa 
forma, Cesare Lombroso desenvolvia trabalhos, como médico penitenciário, nas áreas de Antropo-
logia e evolução humana� Com isso, buscara estabelecer um perfil das pessoas que poderiam cometer 
delitos� Assim, escreveu o livro “L’uomo Delinquente” em 1876, e argumentava que o homem crimi-
noso e nato, com epilepsia e outras doenças e anomalias, é idêntico ao louco moral� Classificava-o 
como nato, louco, por paixão ou de ocasião� Sustentava Lombroso, que era de suma importância, 
estudar a pessoa do delinquente e não o delito sendo que, apesar de dizer que fatores biológicos e 
antropológicos que influenciavam nas condutas ilícitas, também admitia a influência social sobre o 
delinquente que era considerado uma subespécie do homem�
Mais tarde, como seguidor de Lombroso, veio Enrico Ferri com uma teoria sociológica, e não 
exclusivamente biológica ou antropológica, apresentando os fatores criminógenos definidos como 
antropológicos físicos e sociais� As causas descritas acima determinam o delito, não considerando o 
livre-arbitrismo do homem e sua capacidade de escolher entre o bem e o mal�
Principais Representantes
 → Concepção Biológica de Cesare Lombroso:
• Iniciou, como médico, o período antropológico de estudo da criminalidade (fase 
antropológica)�
• Autor da teoria do criminoso nato (“delinquente nato”), formulada após a realização de 
centenas de autópsias em delinquentes mortos e milhares de exames em delinquentes 
presos (método experimental)�
• Influência de fatores biofísicos e atavismo (retrocesso ao homem primitivo)�• A função do Direito Penal aqui seria a contenção do agente incapaz de se recuperar e ajudar 
aquele passível de recuperação�
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 → Concepção Sociológica de Enrico Ferri:
• Pai da Sociologia Criminal�
• Acrescentou aos fatores biológicos a influência dos fatores socioeconômicos, físicos e cultu-
rais no criminoso�
• Os criminosos deveriam ser afastados da sociedade com base na periculosidade que 
representam�
 → Concepção Psicológica de Rafaelle Garofalo:
• Criou o termo Criminologia, sob tríplice aspecto (criminalidade, delito e pena)�
• Partindo da ideia de criminoso nato, delito natural e legal, afasta os preceitos morais in-
cluindo fatores sociais influenciadoras da conduta do agente�
• Como nenhum dos autores anteriores definiram crime, Garofalo tratou de definir crime 
como uma entidade jurídica natural�
• Marca o aspecto Jurídico da Criminologia�
• Para ele, criminosos têm um déficit moral que faz com que comentam crimes�
• Defende a pena de morte, contrário à ressocialização (seleção natural)�
• Entende que aqueles que cometem crimes de maneira forçada sob circunstâncias específi-
cas têm o dever de reparar o dano�
QUADRO RESUMO DE OBRAS LITERÁRIAS
EXERCÍCIOS
01. Para a Criminologia clássica, criminoso é um ser atávico, escravo de sua carga hereditária, 
nascido criminoso e prisioneiro de sua própria patologia�
Certo ( ) Errado ( )
02. Para a Criminologia positivista, infrator é mera vítima inocente do sistema econômico; 
culpável é a sociedade capitalista�
Certo ( ) Errado ( )
03. O italiano Cesare Lombroso, autor da obra “L’Uomo delinquente”, foi um dos precursores da 
Escola Clássica de Criminologia, a qual admitia a ideia de que o crime é um ente jurídico – 
infração – e não ação�
Certo ( ) Errado ( )
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04. Cesare Bonesana, o Marquês de Beccaria, pertenceu à seguinte Escola dos Estudos da Crimi-
nologia:
a) Clássica�
b) Moderna�
c) Positiva�
d) Política Criminal ou Moderna Alemã�
e) Terza Scuola Italiana�
05. Dos autores a seguir, o que pertenceu à Escola Positiva da Criminologia e foi chamado de “dis-
cípulo de Lombroso” foi
a) Enrico Ferri�
b) Francesco Carrara�
c) Giovanni Carmignani�
d) James Wilson�
e) Hans Gross�
GABARITO
01 – ERRADO
02 – ERRADO
03 – ERRADO
04 – A
05 – A
	Criminologia
	Etapas Evolutivas do Pensamento Criminológico: Escolas Clássica e Positiva
	Escola Clássica
	Escola Positiva
	Principais Representantes

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