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Instituto Federal Catarinense Campus Concórdia Melhoramento Animal Prof. Sérgio Fernandes Ferreira Melhoramento genético em cães da raça Labrador Acadêmica: Bruna de Fátima Vianini Concórdia SC, 2018 Sumário Origem ........................................................................................................................................... 2 Histórico ........................................................................................................................................ 3 Introdução ..................................................................................................................................... 3 Desenvolvimento .......................................................................................................................... 4 Referências .................................................................................................................................... 5 Origem Os cães pertencem a família dos canídeos e tem como nome científico Canis Familiares, pesquisas revelam que os canídeos possuem uma mistura genética muito grande e não se sabe ao certo qual a sua origem, mas dados apontam que assim como os felídeos eles podem ter sido originados dos Miacis (mamífero carnívoro pré-histórico). Achados arqueológicos apontam que o cão foi domesticado ainda na era paleolítica e acredita-se que foi de algo espontâneo e mútuo, os canídeos em busca de alimento e abrigo e os humanos se sentiam mais seguros com a presença deles. Histórico Labradores são cães originados no Canadá, oriundo dos Terra-Nova que eram cães com aptidão para ajudar os pescadores e na caça, receberam o nome de ‘’Cão de Sanit John’’ e se caracterizavam pela estatura mediana e pelagem preta e curta. Em 1800 os ‘’Cães de Saint John’’ foram cruzados com Retrievers e com isto começaram a nascer filhotes da cor amarela e chocolate que eram sacrificados para manter a característica da raça, pode-se dizer que é uma forma bruta se seleção que hoje em dia não é mais utilizada sendo que pode se feito cruzamentos arranjados para evidenciar determinada característica e os possíveis efeitos não desejados podem ser previstos com o estudo genético do biótipo da raça. Introdução O genoma do cão possui 39 pares de cromossomos, sendo que destes 38 são virtualmente idênticos e o último se diferencia como cromossomo sexual. No melhoramento genético de cães as principais características preconizadas são morfologia, estatura, pelagem, comportamento, temperamento e doenças, que são selecionados de acordo com o grupo o qual esse animal pertence. Grupo dos cães pastores e boiadeiros: vigor físico, agilidade, resistência e inteligência. Grupo cães de guarda, trabalho e utilidade: aspectos físicos e psíquicos. Grupo Terriers: pequenos e resistentes. Grupos dos cães Dachshunds: olfato apurado, aptidão de caça de toca. Grupo dos Spitz e Cães do Tipo Primitivo: pelagem dupla, aparência e comportamento semelhante dos lobos. Grupo dos Cães Sabujos e Farejadores: resistência física, e olfato excepcional. Grupo Apontadores: auxiliam na caça com arma de fogo, apontam a presa que eles encontram. Grupo Retrievers, Levantadores e Cães D’agua: facilidade do adestramento e excelente faro. Grupo de Cães de Companhia. Grupo de cães Lebréis: aparência, visão excepcional, são cães de companhia de luxo. Grupo de Raças de cães não reconhecidas pelo FCI: são reconhecidas internacionalmente, mas não no Brasil Os labradores se encaixam no grupo dos Retrievers, Levantadores e Cães D’agua, seu melhor desempenho esta nas características de gosto por brincadeiras, amizade com estranhos e animais, apego ao tutor e facilidade de adestramento, os quais recebeu nota máxima, além disso esta em sétimo lugar do ranking de inteligência de cães, ou seja são cães dóceis, obedientes e inteligentes; outro fator bastante selecionado no caso de Labradores é a cor da pelagem que esta ligada ao gene. Desenvolvimento Para desempenhar um bom melhoramento genético devemos selecionar quais características queremos expressar, qual gene é responsável por essa característica, e realizar o cruzamento. No caso de um Labrador Retriever as principais aplicações são como cães de assistência, que podem ser treinados para ser cão guia, cão ouvinte (para pessoas com deficiência auditiva), cão alerta (capaz de farejar aumento da glicemia em diabéticos e convulsões), cães de alerta de alergia (farejam glúten, ou amendoim em um alimento, por exemplo), cães terapeutas (auxiliam na saúde emocional de pacientes) entre muitos outros, sendo assim características que eu como médica veterinária procuraria na raça são: Inteligência: hoje em dia são animais utilizados principalmente como cães de assistência para isto precisamos que tenham grande capacidade de aprender, este fator é avaliado por juízes especializados que os avaliam com provas de obediência, pois segundo eles ambos estão relacionados. Facilidade de adestramento: no caso de cães guia são cães que precisam ser adestrados muito bem, sendo assim a inteligência e obediência são fundamentais. Docilidade: precisam ser cães dóceis e não temperamentais. Capacidade de se adaptar com novos ambientes e pessoas: quando um animal é entregue para um tutor como suporte emocional por exemplo, esperamos que o animal de adapte o mais rápido possível para que desempenhe o que foi treinado para fazer. Conformação: estes animais são predispostos à displasia coxo-femoral e da articulação do cotovelo e isto é de caráter hereditário, sendo assim cruzar somente cães que passaram por avaliação e possuem certificado de ausência de lesão. Cor da pelagem: algo importante no gene da pelagem do Labrador é que a cor preta é dominante ‘’B’’, a cor chocolate é recessivo ‘’b’’ e amarelo é recessivo também, mas sempre deve estar em homozigose ‘’ee’’para ser expressado, sendo assim não se deve cruzar cães amarelos, chocolates e amarelos com chocolate por mais que três gerações sem cruzar com um preto, pois pode favorecer a uma deficiência chamada de Dudley que se trata da despigmentação de algumas regiões como focinho e coxins que além de fugir dos padrões da raça predispões a câncer de pele. Olfato e audição apurados: no caso de cães ouvintes, e cão alerta por exemplo. Referências Bertipaglia, T.S; Gomes, F.J. Melhoramento Genético em Cães. Universidade Estadual Paulista – Júlio de Mesquita Filho Campus de Jaboticabal/UNESP FCAV. P. 1 -65. 2014. OTTO, P. G. Genética básica para veterinária. Rio de Janeiro: Roca, 2000. GRIFFITHS, A. J. F.; MILLER, J. H. Introdução à genética. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
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