trabalho quantia certa 18.11

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Katine Georgia Brum Becker					18/11/2014
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA – EMBARGOS – EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE ENTREGA DE COISA) 
1. (V) O credor de obrigação para entrega de coisa certa ou incerta pode se valer da execução para realizar seu direito mesmo em se tratando de título extrajudicial. 
2. Aldo firmou com Ana um contrato referendado por duas testemunhas na qual se obrigava a entregar a Ana uma motosserra ou uma enxada rotativa, até o dia 15.09.2014. Aldo poderia escolher entre o bem que melhor lhe aprouvesse. Ele não entregou nenhum dos objetos e Ana ingressou com ação de execução contra Aldo. Pergunta-se: como se promove esta execução, ou seja, Aldo deverá cumprir o que e de que forma? 
Com base no artigo 461-A:"...o juiz, ao conceder tutela específica, fixará prazo para o cumprimento da obrigação" Parágrafo 2º: "Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel." Ainda no artigo 625 que se trata da Execução para a entrega de coisa certa: "Não sendo a coisa entregue ou depositada, nem admitidos embargos suspensivos da execução, expedir-se-á, em favor do credor, mandado de imissão na posse ou de busca e apreensão, conforme se tratar de imóvel ou de móvel.
3. (F) Quando o devedor de obrigação de entrega de coisa certa entrega o bem, a execução termina. Entretanto, esta execução ainda pode continuar e se transformar em execução por quantia certa se o credor quiser exigir também o ressarcimento de prejuízos e o pagamento de frutos devidos, mas esta circunstância deve constar do contrato ou da sentença. 
4. (V) O juiz pode fixar multa para estimular que o devedor de obrigação por quantia certa entregue o bem, mesmo que tal obrigação resulte de contrato e não de sentença judicial. 
5. Aldo e Ronei firmaram um contrato para entrega de coisa certa. Aldo, devedor, não cumpriu o contrato e Ronei ingressou com uma ação ordinária para ver Aldo condenado ao cumprimento (o contrato não tinha força executiva). Na sentença, o juiz condenou Aldo à entrega do bem em 15 dias, sob pena de multa igual a R$ 250,00 por dia de atraso. Aldo não cumpriu o julgado e Ronei requereu o procedimento de cumprimento de sentença. Nesta fase, o devedor demonstrou que a multa era excessiva e impagável, e requereu a sua redução. A sentença já transitou em julgado. É possível a redução da multa. Fundamente com o artigo de lei apropriado. 
Art. 624, Parágrafo Único.
6. Luísa deve a José R$ 10.000,00 representados por uma nota promissória vencida e não paga. José executou o título e Luísa ofereceu embargos do devedor tempestivamente. Não foram ainda penhorados bens. Os embargos versam sobre o excesso de execução (Luísa entende que o valor pretendido pelo credor, com juros e correção, está acima do limite legal). Pergunta-se: a) Estes embargos podem ter efeito suspensivo? b) Se Luísa não apresentar o cálculo do valor que entender correto, que providências deve o Juiz adotar? 
A atual sistemática (após a Lei 11.382/06) diz que os embargos do devedor, como regra, não têm efeito suspensivo, e permitem o prosseguimento da execução até os seus ulteriores. Mas Excepcionalmente, o juiz pode conceder. Art 739-A, parágrafo único.
Art. 739-A, parágrafo 5º Quando o excesso de execução for fundamento dos embargos, o embargante deverá declarar na petição inicial o valor que entende correto, apresentando memória do cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos ou de não conhecimento desse fundamento.
7. Carlos deve R$ 50.000,00 para Ana e não pagou. Ana ingressou com a execução exibindo o título e Carlos foi citado para pagar. O Oficial de Justiça citou Carlos mas não encontrou bens para serem penhorados porque Carlos omite tais bens, dificultando a realização do crédito. É possível que Carlos seja compelido à indicar onde estão os bens sob pena de multa? 
Se não forem localizados bens, o juiz determinar que o devedor os indique. Se ele os tiver, e não indicar em cinco dias, haverá ato atentatório à dignidade da justiça Art. 600, IV, do CPC; que sujeitará o devedor às penas do Art. 601, no caso “...Multa, em montante não superior a 20% do valor atualizado do débito em execução...”
8. (F) O credor que quiser adjudicar o bem penhorado, pode fazê-lo oferecendo qualquer preço, desde que não seja considerado preço vil. 
9. (V) Em caso de adjudicação, se houver direitos preferenciais, o exeqüente-adjudicatário deve depositar o preço integral e deixar que aqueles (créditos preferenciais) recebam os valores respectivos, só podendo ele (adjudicatário) levantar a sobra, se houver. 
10. (V) Em caso de hasta pública, se o credor-exequente quiser o bem, deverá arrematá-lo, oferecendo oferta melhor que a dos outros interessados. 
11. (F) Em se tratando de hasta pública, distingue-se a praça do leilão: a primeira se refere a bens imóveis e o segundo a bens móveis não comercializados em bolsa.
12. João deve a Maria R$ 26.000,00. Foi instaurada a execução e Maria requereu a penhora de um apartamento que João mantém na cidade de Florianópolis. Este imóvel já estava hipotecado para o Bradesco. Que providências devem ser tomadas por Maria no momento de realizar a hasta pública deste bem? Quais as consequências da não observância dos preceitos legais para a hasta pública? 
Começa o procedimento de alienação em hasta pública pela publicação do edital a que alude o art. 686, cuja função é, essencialmente, a dar conhecimento a possíveis interessados dos seguintes dados: a) quais bens serão alienados; b) qual o seu valor; c) se estão ou não onerados; d) qual a forma de pagamento; e) onde e quando se dará a hasta (praça ou leilão). Na hipótese de o valor dos bens penhorados não exceder 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo vigente na data da avaliação, será dispensada a publicação de editais; nesse caso, o preço da arrematação não será inferior ao da avaliação. O executado terá ciência do dia, hora e local da alienação judicial por intermédio de seu advogado ou, se não tiver procurador constituído nos autos, por meio de mandado, carta registrada, edital ou outro meio idôneo (art. 687, §5º). Também não se efetuará a adjudicação ou alienação de bem do executado sem que da execução seja cientificado, por qualquer modo idôneo e com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência, o senhorio direto, o credor com garantia real ou com penhora anteriormente averbada, que não seja de qualquer modo parte na execução (art. 698).
13. De que forma pode se dar o pagamento da arrematação? 
O preço deve ser pago em dinheiro, à vista ou no prazo de quinze dias, com apresentação de caução idônea. (Art.690 do CPC). Se o bem for imóvel, o arrematante poderá fazer o pagamento a prazo, caso em que depositará à vista pelo menos 30% do valor da arrematação, propondo-se a pagar o restante em parcelas. O imóvel ficará como garantia hipotecária do pagamento do saldo. (parágrafo primeiro, art. 690 do CPC).
14. Alex arrematou um veículo que fora penhorado em uma execução que Joel move à Sheila. Dias depois, percebeu que o carro tinha graves defeitos no motor e foi requerer o desfazimento da arrematação, por vícios redibitórios. É possível? 
Sim, Art. 70 CPC, por meio da “ação redibitória” para pedir abate no preço.
15. Como se procede a penhora de imóveis em Comarca diversa daquela em que a execução tramita? 
Carta precatória