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Unidade 1 - CONSTITUIÇÃO, CONSTITUCIONALISMO E TEORIA DA CONSTITUIÇÃO

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ESTUDO – TEORIA DA CONSTITUIÇÃO - UNIDADE 1
04/08 – 13/08
O conceito atual de Constituição foi construído na sociedade ocidental moderna. Para se extrair o conceito universal histórico de constituição fez-se uma leitura retrospectiva teórica e foram identificados 3 elementos comuns:
Ideia de identidade e pertencimento;
Ordem social (estrutura de poder);
Conjunto de valores subjacentes.
Conceito histórico da Constituição: Modo de ser da comunidade político-jurídica.
- Nas constituições históricas, reproduzia-se em sua maior parte, como a comunidade era em si, um próprio retrato da sociedade, enquanto que, nas constituições modernas, a carga normativa e a ideia de “dever ser” são impostos mais forte e diretamente.
- As estruturas de poder estão inseridas e vinculadas ao ordenamento jurídico. - A ordem social define a ordem jurídica e se subordina a ela.
1215 – Magna Carta: Primeira ideia de constituição moderna, vinculando os agentes inseridos nela, apesar de ser um pacto feudal. 
1628 – Petition of Rights 
1679 – Habeas Corpus Act
1689 – Bill of Rights 
- A Constituição demonstra o ideal da comunidade política, demonstra como esta deve ser. É um movimento político em prol da limitação do poder.
- O Constitucionalismo Moderno, em seu conceito, foi propriamente deflagrado na Revolução Americana (1776).
A ideia moderna de Constituição relaciona-se à ideia de superioridade. Ela é o ATO NORMATIVO HIERARQUICAMENTE SUPERIOR. Há uma noção de supralegalidade. A Constituição formal é SUPERIOR.
Conteúdo da Constituição:
Organização do Estado;
Direitos Fundamentais.
Conceito moderno de CONSTITUIÇÃO: Ato superior que organiza o Estado e estabelece os direitos fundamentais.
Conteúdos Material e Formal
- Ser FORMALMENTE CONSTITUCIONAL significa estar presente na Constituição, expressando ou não seus objetivos. Ex: Art. 242 “O Colégio Pedro II permanecerá na esfera federal”. Este artigo não representa um direito fundamental nem a organização do Estado (a controvérsias), por isso é formalmente constitucional.
- Ser MATERIALMENTE CONSTITUCIONAL significa traduzir os valores e objetivos constitucionais modernos. Exemplo:
A Constituição, no Art. 5º inciso LXVIII, proíbe a prisão civil por dívida, salvo em dois casos: Inadimplência de pensão alimentícia e depositário infiel. Em 1992, o Brasil assinou e ratificou o Tratado de San Jose de Costa Rica, que permitia a prisão apenas por dívida de pensão alimentícia, vetando a prisão de depositário infiel. Desse modo, o tratado ratificado, que tem força de lei, entrava em contradição com a Constituição Federal. Como proceder, considerando que o tratado tem força de lei, como previsto na Constituição e considerando que a Constituição é a lei hierarquicamente superior?
O STF interpretou o caso, considerando que a Constituição permite, mas não obriga que haja a prisão por dívida de depositário infiel e, decidiu pela supralegalidade de tratados que versam sobre direito humanos. Desse modo, hoje, é proibida a prisão civil de depositário infiel.
Constitucionalismo: Movimentos político-jurídicos centrados na Constituição.
 Foi possível extrair uma gênese comum aos diversos constitucionalismos:
Constitucionalismo Moderno Ocidental: LIMITAÇÃO DO PODER POLÍTICO.
- Preservação dos direitos fundamentais (e consequente atualização destes).
- Plenipotencialização (potencializar e estender os direitos, deveres e garantias fundamentais ao máximo)
CIENTIFIZAÇÃO DA TEORIA DA CONSTIUIÇÃO
Surge no período entre guerras, e foi um termo cunhado por Carl Schimidt;
Seu objeto de estudo é: A INSTITUCIONALIZAÇÃO JURÍDICO-SOCIAL DO POLÍTICO (como o poder é e deve ser organizado dentro da Sociedade pelo Direito).
Este objeto foi estudado e desenvolvido por duas outras disciplinas: 
- Teoria Geral do Direito Público (Perspectiva mais interna. Busca entender quais os princípios jurídicos orientam e delimitam esse fenômeno);
- Teoria das Instituições Públicas (Perspectiva mais interna do Direito. Busca entender e descrever os casos primeiramente).
Surge então a Teoria Geral do Estado, que tentou unir e integrar as duas perspectivas unilaterais de estudo deste objeto de até então.
Surge, logo em seguida, a Teoria da Constituição, porque passa-se a considerar a Constituição o centro da institucionalização jurídico-política e não o Estado, uma vez que é a própria Constituição que estabelece e organiza este Estado.
Conjugação entre REAL e IDEAL. 
A Teoria da Constituição é a institucionalização jurídico-social do político À LUZ DA CONSTITUIÇÃO. É também uma sociologia reconstrutiva e uma filosofia crítica e prática da metafísica.

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