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Principais doenças que acometem as aves

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ 
BACHARELADO EM ENGENHARIA AGRONOMICA 
DISCIPLINA: ZOOTECNIA ESPECIAL II 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS DOENÇAS QUE ACOMETEM AS AVES 
 
GRADUANDO: TIAGO LUAN R. DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA - PI 
2018 
A indústria avícola brasileira cresce anualmente e se torna cada vez mais 
representativa na produção e exportação dos seus produtos. Os cuidados com a 
sanidade avícola têm acompanhado e favorecido essa evolução, entretanto, 
patógenos que afetam o peso e a qualidade da carcaça continuam a provocar grandes 
prejuízos à produção avícola. Na aquisição dos frangos e galinhas, deve-se ter certeza 
de sua procedência para evitar a contaminação de toda uma granja. As doenças 
destas aves têm as mais variadas origens e agentes causais como vírus, bactérias, 
fungos e parasitas. Daí a importância de se conhecer as principais enfermidades que 
causam prejuízos na avicultura. 
 
Principais Doenças Virais 
 
Doença de Newcastle 
 
A Doença de Newcastle (DN) possui grande importância econômica no setor 
avícola mundial pelo fato de inviabilizar as exportações de aves e produtos avícolas 
quando não há um controle rigoroso da doença nos diversos países exportadores. 
A DN é uma doença viral altamente contagiosa e fatal. Infecções naturais e 
experimentais já foram demonstradas em, pelo menos, 241 espécies de aves, 
representando 27 das 50 ordens da classe Aves, podendo causar até 100% de 
mortalidade. O vírus da Doença de Newcastle (VDN) também pode infectar perus, 
patos, codornas, gansos, perdizes, pardais, avestruzes, papagaios. 
 
Etiologia 
 
A infecção é causada por um vírus do gênero Avulavirus, família 
Paramyxoviridae. 
 
Sinais clínicos 
 
Os sinais clínicos em aves infectadas com o VDN variam largamente e são 
dependentes de fatores tais como: vírus, espécie hospedeira, idade, infecções 
intercorrentes com outros microrganismos, “stress” ambiental e perfil imunológico. Um 
quadro inespecífico também pode estar associado com sinais como depressão, 
diarreia, prostação, edema de cabeça, queda na produção de ovos caminhando para 
uma parada completa. Os sinais clínicos típicos são: estado de prostração e 
depressão com penas eriçadas, diarreia branco-esverdeada, e nas sobreviventes, a 
cabeça girada para um lado conhecido como torcicolo, paralisia das patas, asas ou 
outros sinais neurológicos. Outras características típicas da doença incluem: rápida 
propagação, morte em período de 2-3 dias, mortalidade superior a 50%, e um período 
de incubação de 2-3 dias, ou, em ocasiões raras, de 2-15 dias. 
 
Transmissão 
 
A disseminação deste vírus ocorre de várias formas, sendo comum a 
transmissão horizontal, ou seja, através do contato entre aves doentes e aves sadias 
A forma de transmissão vertical, transmitida pela mãe para o pintinho, parece ainda 
não estar muito bem esclarecida, não existindo comprovação científica de que o VDN 
possa ser difundido através de ovos de galinhas infectadas. Ovos para incubação 
provenientes de granjas infectadas com o vírus da DN são importantes fontes de 
disseminação do vírus. Alguns animais, principalmente pequenos roedores, insetos e 
artrópodes, os quais transitam entre as aves infectadas e as susceptíveis, podem 
apresentar um potencial para a difusão do VDN, transmitindo mecanicamente o vírus. 
 
Diagnóstico 
 
O quadro clínico não é suficiente para diagnosticar DN, por ser semelhante a 
outras doenças que afetam as aves. O diagnóstico através de testes laboratoriais são 
os indicados. As provas sorológicas mais utilizadas para diagnosticar a DN são os 
testes de inibição de hemaglutinação (HI) e o Teste de ELISA. Entretanto, o 
isolamento viral e a posterior caracterização é o único método seguro de diagnóstico 
da DN. Os testes sorológicos, além de utilizados para detectar a presença de vírus de 
campo nas unidades produtoras avícolas, também são bastante realizados para 
monitorar o status imunológico das aves frente aos mais diversos programas vacinais. 
 
 
 Prevenção e controle 
 
 O controle da DN é realizado através da utilização de vacinas (imunização 
ativa) com vírus vivo atenuado. As vacinas vivas usadas no controle do VDN em todo 
o mundo são: Tipo B1, LaSota, Ulster e VG/GA. Vacinas inativadas em adjuvantes 
oleosos são indicadas para aves de postura, sendo aplicadas antes do início da 
oviposição, indicadas para manter proteção durante um período mais prolongado. A 
sua utilização em GFQ não é economicamente indicada, devido seu custo elevado, 
apresentação comercial de 1000 doses e necessidade de aparelho de aplicação e 
pessoal treinado. 
 
Bronquite Infecciosa 
 
A bronquite infecciosa das aves (BIG) tem distribuição mundial sendo um 
problema frequente em granjas de frangos de corte, reprodutoras e aves de postura. 
Entretanto, um levantamento mais relevante sobre o acometimento da BIG entre as 
GFQ ainda necessita ser feito. 
 
Etiologia 
 
O agente etiológico da BIG é um vírus da família Coronaviridae, pertencente ao 
gênero Coronavírus, sendo um vírus que se dissemina rapidamente no organismo, lá 
permanecendo por muito tempo. Este vírus infecta somente aves da espécie Gallus 
gallus, não afetando outras aves domésticas ou silvestres. Na natureza não se 
conhece nenhum reservatório do VBIG. A enfermidade se propaga facilmente no ar 
(contato direto e indireto) e por meios mecânicos, replicando-se em tecidos dos tratos 
respiratório e intestinal, nos rins e oviduto. 
 
Sinais clínicos 
 
Os sinais clínicos e as lesões podem variar de acordo com a idade. Em aves 
jovens pode-se observar sinais clínicos respiratórios como espirro, tosse, estertores, 
devido à presença de exsudato traqueal, onde as aves reduzem drasticamente suas 
investidas aos comedouros e bebedouros, tornando-se caquéticas, podendo chegar a 
óbito. Quando o tipo de vírus envolvido tem tropismo pelos rins, pode ocorrer quadro 
de urolitíase, onde se observa depressão, aumento na ingestão de água, com a 
presença de aves molhadas, podendo elevar a mortalidade do lote. 
As fêmeas adultas apresentam queda na produção de ovos e problema na qualidade 
dos mesmos (ovos deformados e de casca rugosa ou fina e de baixa qualidade 
interna) com ou sem sinais respiratórios; neste caso, as lesões podem se concentrar 
no oviduto podendo apresentar, inclusive, acúmulos de vovos na cavidade abdominal. 
 
Transmissão 
 
A disseminação desse vírus ocorre de diversas maneiras, sendo comum a 
transmissão horizontal, ou seja, através do contato entre aves doentes e aves sadias, 
principalmente de aves vivas ou portadoras de vírus introduzidas em granjas indenes, 
através de aerossóis, água e alimentos contaminados, carcaças de aves in natura ou 
congeladas contaminadas, esterco dos aviários, equipamentos como caixa de ovos e 
aves, veículos e sacos de rações provenientes de regiões infectadas, pelos sapatos 
de visitantes provenientes de regiões onde a doença existe, além do uso inadequado 
de produtos biológicos contendo o vírus vivo, como vacinas. 
 
Diagnóstico 
 
O diagnóstico exato da BIG é difícil. A confirmação da enfermidade deve ser 
realizada através da coleção de resultados da produção e da qualidade dos ovos 
obtidos, assim como dos sinais clínicos, associados a exames laboratoriais, como o 
Teste de ELISA para quantificação de anticorpos contra o vírus causador da doença. 
 
Prevenção e controle 
 
Como já dito anteriormente, medidas de biossegurança e boas práticas de 
vacinação são instrumentos básicos para o controle das enfermidadesque acometem 
as GFQ, incluindo a BIG. Desta forma deve-se fazer o controle de outras espécies 
animais assim como de visitantes; desinfetar todo e qualquer equipamento que 
adentre na área de produção; fazer a retirada das aves mortas várias vezes ao dia; 
controlar aves silvestres e roedores nas instalações; atenção na qualidade das 
matérias-primas utilizadas para alimentação das aves; verificar se todas as medidas 
de manejo estão adequadas etc. 
 
Doença de Gumboro ou Doença Infecciosa da Bursa 
 
Causado por um vírus, a Doença Infecciosa da Bursa (DIB), também conhecida 
como Gumboro, acomete aves jovens e é altamente contagiosa. A DIB pode produzir 
danos bursais e comprometer severamente os mecanismos de imunidade por 
anticorpos contra outras doenças. A DIB foi identificada em praticamente todas as 
principais regiões avícolas do mundo, e é considerada uma das maiores causas de 
perdas na produtividade da avicultura industrial devido à mortalidade e aos baixos 
índices de eficiência. Apesar das vigorosas estratégias de vacinação, a DIB é ainda 
uma doença economicamente importante na avicultura comercial e é considerada de 
difícil controle. 
 
Etiologia 
 
 A DIB é causada por um vírus membro da família Birnaviridae, gênero 
Avibirnavirus. Este vírus possui dois sorotipo: o tipo I, com alta incidência, que infecta 
galinhas causando a forma clínica da doença ou imunossupressão, e tipo II, que 
infecta perus e patos, sem entretanto causar nenhum problema. 
 
Sinais clínicos 
 
As aves que têm até cinco semanas de idade são as mais gravemente afetadas. 
Na forma clínica ocorre diarreia branca aquosa, depressão, anorexia, prostração, 
penas eriçadas e tremores. Nas formas menos agudas da enfermidade ou infecções 
subclínicas, os sintomas clínicos graves estão ausentes, podendo haver restrição no 
crescimento e produtividade. Como nesta idade o tecido linfóide apresenta-se ainda 
imaturo, a interferência do vírus deixa as aves mais sensíveis a diversos agentes 
infecciosos, respondendo de forma deficiente à vacinação e a desafios de outros 
patógenos de campo. A gravidade da doença está quando o agente presente é um 
vírus hipervirulento, ocasionando mortalidade entre 20 e 40 dias de idade. Aves que 
sucumbem à infecção apresentam-se desidratadas, com descoloração do músculo 
peitoral. Frequentemente, hemorragias estão presentes na coxa e músculos peitorais. 
Há aumento de muco intestinal e os rins podem estar proeminentes no estado 
avançado da doença, o que geralmente leva estas aves à morte. Ultrapassando o 
período de mortalidade, as aves retornam ao seu desenvolvimento normal. 
 
Transmissão 
 
 A DIB é uma doença infecciosa, altamente contagiosa e recorrente em granjas 
infectadas. É transmitida rápida e sucessivamente de ave para ave, por contágio 
direto. Esterco, ração e água contaminados são fontes comuns de infecção. Besouros, 
pardais e outros pássaros voadores, veículos contaminados e o homem podem 
transmitir a doença mecanicamente. Não há evidências de que o agente seja 
transmitido pelo ovo. O vírus foi isolado em aves exóticas e silvestres, não sendo, 
porém, estas identificadas como possíveis reservatórios. 
 
Diagnóstico 
 
O diagnóstico da DIB envolve a análise do histórico do lote, dos sinais clínicos 
e das lesões. Nos casos agudos da doença o diagnóstico presuntivo é facilmente 
estabelecido, pela observação de alta morbidade, picos de mortalidade, rápida 
recuperação dos sinais clínicos e alterações macroscópicas da bolsa de Fabrícius. O 
diagnóstico laboratorial da DIB pode ser realizado através de estudos histopatológicos 
da bolsa de Fabricius, do isolamento viral, da mensuração de anticorpos pelo Teste 
de ELISA e Transcrição Reversa com Reação em Cadeia de Polimerase (RT-PCR). 
 
Prevenção e controle 
 
As medidas de controle da doença são as mesmas já discutidas: biossegurança 
e vacinação. Por se tratar de um vírus muito resistente, permanecendo intacto no 
ambiente por muito tempo, deve-se promover a desinfecção com agentes físicos ou 
químicos com boa efetividade, de todos os fômites que entram em contato com as 
galinhas, bem como de todo ambiente em que estas se encontram alojadas, devendo-
se ainda evitar o contato com possíveis disseminadores, como aves silvestres, insetos 
e roedores, e manter uma ótima higiene do pessoal de trabalho. 
Bouba Aviária 
 
A Bouba Aviária é uma doença viral das aves, com grande incidência em GFQ, 
que ocorre principalmente nos períodos mais quentes do ano, onde aparecem mais 
mosquitos hematófagos. Os poxvirus avícolas (galinha, peru, pombo, codorna, 
canário, papagaio, etc.) afetam aves de todas as idades, sexos e raças e a doença 
está distribuída mundialmente. As infecções por poxvirus da galinha e de peru são 
economicamente as mais importantes, apesar de todas as espécies aviárias serem 
susceptíveis ao vírus. 
 
Etiologia 
 
 Causada por um vírus do gênero Avipoxvírus. Os poxvírus contêm DNA e 
estão entre os maiores vírus conhecidos. Eles têm formato de tijolos e são envoltos 
por um invólucro externo. São facilmente destruídos por desinfetantes. Porém, se os 
vírus tornarem-se extremamente ressecados, ficam muito mais resistentes. 
 
Sinais clínicos 
 
 Caracteriza-se pela ocorrência de lesões semelhantes a crostas na pele das 
pernas, cabeça, crista e barbela, ou pela formação de lesões membranosas nas 
cavidade oral, faringe e mucosas do trato respiratório superior, que normalmente 
iniciam como pústulas. Lesões de bico, especialmente em galos, também têm sido 
observadas em algumas regiões do país. A gravidade dos sintomas varia de acordo 
com a susceptibilidade do hospedeiro, virulência do vírus, distribuição das lesões e 
complicações secundárias, podendo acarretar mortalidade mais elevada. 
Em situações controladas, a mortalidade por bouba aviária é baixa e a 
morbidade é variável. Aves afetadas por lesões cutâneas podem recuperar-se mais 
facilmente do que aquelas que apresentam lesões no trato respiratório. A cegueira 
devido às lesões cutâneas nas pálpebras e a depressão são as causas da maioria 
das perdas em criações de galinhas caipiras. 
 
 
Transmissão 
 
A Bouba Aviária ocorre esporadicamente e se dissemina lentamente. A 
transmissão ocorre por via mecânica, através de insetos que carregam o vírus até os 
olhos ou em feridas na pele; por piolhos e aerossóis, sendo, entretanto, os mosquitos 
hematófagos considerados o vetor mais importante, pois infectam aves após o contato 
com uma ave contaminada. 
 
Diagnóstico 
 
O diagnóstico é clínico, mas pode ser confirmado por exames histopatológicos 
das lesões, por isolamento e identificação do vírus ou pela prova sorológica do teste 
de Elisa. 
 
Tratamento 
 
Como em outras doenças virais, não existe um tratamento específico, podendo 
ser utilizado soluções desinfetantes de uso tópico nas feridas. 
 
Prevenção e controle 
 
A prevenção da doença deve ser feita através da adoção de condições 
adequadas de manejo, para não haver ‘estresse ambiental’ e, principalmente, através 
da vacinação. O fato de existir apenas um sorotipo de vírus, torna a vacinação contra 
a Bouba Aviária simples e eficiente, apesar de conferir proteção cruzada incompleta. 
Um programa de vacinação sugerido para aves caipiras é uma primeira aplicação 
entre o 15° e o 21° dia de vida e, após uma semana, o criador deverá observar a 
“pega” da vacina (aparecimento de uma erupção no local da aplicação). A vacina 
poderá ser aplicada por transficção da membrana da asa, utilizando-se o aplicador 
fornecido pelos fabricantes da vacina, ou na região externa da coxa previamentedepenada, esfregando-se a vacina no local. Revacinar as aves aos 90 dias de idade. 
 
Principais Doenças Bacterianas 
 
Doenças causadas por bactérias são responsáveis por quadros de mortalidade 
individuais ou coletivas em criações de galinha caipira, causando preocupação para a 
saúde humana, quando do consumo inadvertido de carne ou ovos de aves infectadas. 
As principais doenças bacterianas que acometem as aves são as salmoneloses, as 
colibaciloses e a coriza infecciosa das aves. 
 
Salmoneloses 
 
Etiologia 
 
 As salmoneloses aviárias são enfermidades provocadas por bactérias do 
gênero Salmonella. Essas bactérias infectam as aves e podem causar três 
enfermidades distintas: a pulorose, cujo agente é a Salmonella pullorum; o tifo aviário, 
causado pela S. gallinarum; e o paratifo aviário, causado por qualquer outra salmonela 
que não sejam as S. pullorum ou S. gallinarum. São conhecidos mais de 2500 
sorotipos de Salmonella, contudo cerca de 80 a 90 são os mais comuns em casos de 
infecção dos seres humanos e dos animais. 
A pulorose é uma enfermidade que pode acometer aves em qualquer idade, 
mas é mais comum em aves jovens, nas três primeiras semanas de vida, com diarreia 
branca e alta mortalidade; e a transmissão vertical (através da mãe para o pintinho) é 
a sua principal via de disseminação. Aves que adoeceram no início da vida podem 
crescer normalmente e produzir ovos contaminados. 
 
Sinais clínicos 
 
 As aves jovens acometidas da doença podem apresentar sinais clínicos logo 
após o nascimento. Os sintomas apresentados são sonolência, perda de apetite, 
fraqueza, atraso no crescimento, amontoamento, material branco ao redor da cloaca, 
seguida de morte. Os sintomas em aves adultas nem sempre são evidentes, tornando 
difícil a suspeita da doença. 
 
 
Diagnóstico 
 
 É dado pelo histórico das aves e dos achados clínicos acompanhados do 
diagnóstico laboratorial. Em necropsia podem ser observados pequenos pontos no 
coração e no fígado. Os exames laboratoriais de eleição são os testes sorológicos de 
soroaglutinação rápida em placa e ELISA Test, com confirmação por provas de 
isolamento da bactéria. 
 
Tratamento 
 
O tratamento pode reduzir a mortalidade, mas não elimina o portador. O uso de 
antimicrobianos inclui as sulfas e antibióticos como a clortetraciclina e as quinolonas. 
 
Prevenção e controle 
 
Todas as medidas profiláticas indicadas para o controle das doenças em GFQ 
são importantes também para o controle da pulorose, adicionadas a uma controle 
rigoroso no manejo dos ovos, tanto aos destinados ao consumo humano, quanto 
àqueles destinados à incubação. Estes devem ser coletados o mais rápido possível 
após a postura, higienizados e conservados em bandejas limpas e desinfetadas, ou 
bandejas novas de papelão. Os ovos para incubação devem, se possível, ser 
armazenados em ambiente com temperatura e umidades controladas. O Tifo Aviário 
é uma enfermidade que acomete mais comumente aves adultas, embora possa 
acometer em qualquer idade da vida, provocando alta mortalidade, e quando acomete 
aves jovens, pode ser confundida com pulorose. 
 
Transmissão 
 
A transmissão pode ocorrer de diversas formas, sendo a falta de higiene o fator 
preponderante; outros fatores importantes são o contato entre aves doentes e sadias, 
canibalismo, presença de aves mortas e de roedores, moscas e urubus, além dos 
veículos que transportam as aves, esterco, ovos e as pessoas que têm contato com 
as aves. 
 
Coriza Infecciosa das Galinhas 
 
Etiologia 
 
 A Coriza é uma doença respiratória aguda, sub-aguda ou crônica, causada 
pela bactéria Haemophilus paragallinarum, altamente contagiosa, que afeta 
principalmente o trato respiratório superior de galinhas, mas que pode ocorrer, ainda 
que raramente, em faisões, codornas e capotes. A coriza acomete criações de 
múltiplas idades, em padrões de higiene e manejo abaixo do recomendado, sem a 
preocupação de esvaziamento total das instalações, sendo bastante comum em 
criações de galinhas caipiras, sendo as aves semi-maduras ou maduras as mais 
susceptíveis. As aves jovens, embora passíveis de adquirir a doença, são bem menos 
susceptíveis. 
 
Transmissão 
 
A transmissão é essencialmente horizontal, sendo as aves infectadas de forma 
crônica e as portadoras assintomáticas importantes fontes de infecção. O agente 
causador da doença pode ser transmitido pelo ar, moscas, contato entre as aves, por 
utensílios e, principalmente, pela água contaminada nos bebedouros. É uma doença 
com curto período de incubação, com o aparecimento dos sintomas em 24 a 72 horas 
após o contato com aves infectadas. 
Entretanto, a mortalidade é baixa, a não ser que haja comprometimento de 
outros agentes virais ou bacterianos que aumente sua severidade, a duração e a 
mortalidade. Em situações normais, a ocorrência da doença é de 2 a 3 semanas. 
 
Sinais clínicos 
 
Dependem se a coriza for descomplicada, na qual somente o agente da doença 
está presente, ou complicada, quando além deste, tem-se a participação de outros 
agentes patogênicos virais ou bacterianos, como os causadores da Bronquite 
Infecciosa ou da Colibacilose. No caso da coriza descomplicada, observa-se edema 
da face uni ou bilateral, podendo prejudicar a visão do animal, corrimento nasal de 
seroso (claro) a mucoso (denso e acinzentado) de uma ou das duas narinas e, no 
caso de coriza crônica, este exsudato torna-se firme e amarelado, presença de edema 
de barbela, principalmente nos galos, dificuldade respiratória devido à obstrução das 
vias aéreas, aves deprimidas, queda no consumo de água e de alimento e diminuição 
na produção de ovos. Os sinais clínicas na coriza complicada são mais intensos e 
persistentes, com o corrimento nasal continuado por mais de um mês, podendo ser 
encontrado blocos de cáseos nas narinas, presença de ruídos pulmonares, com 
presença de mortalidade. 
 
Diagnóstico 
 
 É especulativo, baseado no histórico da doença no criatório e na região 
juntamente com a sintomatologia, pois outras doenças podem apresentar quadro 
semelhante. O diagnóstico definitivo só poderia ser feito com o isolamento da bactéria, 
o que não é uma técnica fácil de ser executada. 
 
Tratamento 
 
 As aves respondem bem ao tratamento com antimicrobianos, como os já 
citados para os quadros de colibacilose, após um período de 5 a 7 dias, adicionados 
à água de bebida. Resultados satisfatórios são obtidos com a aplicação individual de 
estreptomicina, tetraciclina ou enrofloxacina por injeção intra-muscular. A grande 
dificuldade no tratamento da coriza é a característica de recorrência da mesma, que 
pode ocorrer quando da descontinuação do tratamento e a persistência de aves 
portadoras no ambiente. A associação do tratamento por via oral e individual, sendo 
bem executado e acompanhado, resulta em uma resposta mais rápida e a não 
recorrência do quadro. 
 
Prevenção e controle 
 
É feito, principalmente, na observação das novas aves que serão 
acrescentadas à criação, devendo estas permanecerem isoladas em quarentena, 
antes de serem misturadas às demais. No caso de criatórios em galpões, é necessário 
o esvaziamento do galpão por um período de uma semana, acompanhado de limpeza 
e desinfecção das instalações. Outra medida indispensável é a cloração da água de 
bebida e a desinfecção constante dos bebedouros com solução à base de iodo. O uso 
da vacinação como medida preventiva à ocorrência da coriza é importante, mas 
economicamente injustificável para pequenos criadores. 
 
Doenças Parasitárias 
 
Ectoparasitoses Ectoparasitas 
 
EtiologiaSão organismos que habitam a pele (ou derivados desta) de um outro 
organismo (hospedeiro) por determinado período de tempo, podendo ter efeito 
prejudicial à saúde deste. A grande maioria dos ectoparasitas dos animais domésticos 
são artrópodes. Apesar dos danos causados pelos ectoparasitas às aves não serem 
tão espetaculares quanto aqueles provenientes de doenças virais ou bacterianas, a 
presença destes nas aves causa injúrias ou transmitem doenças. Os ectoparasitas de 
interesse são os ácaros hematófagos e os piolhos mastigadores. Os ácaros 
hematófagos são parasitas obrigatórios das galinhas e de grandes quantidades de 
pássaros domésticos e silvestres. 
 
Sinais clínicos 
 
As aves infestadas apresentam sinais clínicos de anemia, com cristas e 
barbelas descoradas, perda de peso e queda na produção de ovos, causando 
prejuízos econômicos. Os tratadores quando infestados, podem apresentar irritação, 
alergias respiratórias e dermatites. 
 
Tratamento 
 
O controle destes ácaros pode ser feito por uso de inseticidas encontrados no 
mercado (organofosforados, carbamatos) para este fim, aplicados através de banhos, 
pulverização, polvilhamento, pour-on. A utilização da ivermectina administrada na 
ração ou injetada, demonstrou pouca eficiência no controle desta praga, além de 
determinar altos níveis de toxicidade. 
É sugerido uma aplicação em todas as aves adultas, pois estes parasitas 
passam todo seu ciclo vital no hospedeiro, a cada quatro meses, incluindo a 
pulverização das instalações. É pertinente que a aplicação destes produtos seja feita 
na dosagem correta e seguindo todas as recomendações do fabricante, haja visto que 
são tóxicos para as aves e para o homem. 
Controles biológicos destas pragas podem ser uma boa solução para pequenos 
criadores, desde que tomadas algumas precauções. É sugerida a utilização do 
besouro vulgarmente conhecido por “tesourinha”, que ao serem liberados nos 
galpões, passam a se alimentar dos ácaros. 
A utilização de óleo diesel ou óleo queimado nas instalações pode fazer o 
controle dos ácaros por até 3 meses, mas seu uso contínuo não é recomendado por 
ser tóxico para as aves, podendo também contaminar os ovos. 
O uso de inseticidas para o controle destes parasitas só se faz necessário em 
caso de parasitismo intenso, aproveitando-se o manejo indicado para o controle dos 
ácaros. 
 
Endoparasitoses 
 
 Etiologia 
 
São enfermidades causadas por nematóides, trematóides e cestóides, que 
parasitam principalmente o intestino das aves, responsáveis por muitas perdas no 
plantel. Na África do Sul, principalmente as aves jovens costumam ser infestadas por 
tênia (Houttuynia struthionis) que provoca a morte dos animais de forma 
extremamente dolorosa. 
 
Diagnóstico 
 
O diagnóstico é dado por achados de necropsia das formas adultas dos 
parasitas e através de exames parasitológicos de fezes. Corretas medidas de higiene, 
manejo adequado e vermifugação regular são fundamentais na prevenção deste 
problema. Tratamento com piperazina de 50 a 1OOmg/Kg para nematódios e 
tiabendazol ou mebendazol, a 5Omg/Kg e 15mg/Kg, respectivamente, são efetivos 
contra cestódios. Esta terapia deve ser repetida após 15 dias, com controle posterior 
do tratamento, pelo exame de fezes. 
A fim de proporcionar uma distribuição mais homogênea do vermífugo, quando 
administrado a um grupo de aves, é recomendável pulverizar a dose total, diluída em 
água, sobre o alimento a ser fornecido. Neste momento é interessante que as aves 
estejam em jejum, para que a quantidade de alimento fornecida como veículo para o 
vermífugo seja totalmente consumida. 
 
Controle 
 
Para controlar a possível infestação é preciso aplicar inseticidas específicos 
nos animais e nas instalações; manter a higiene do aviário; isolar as aves suspeitas 
de contaminação e também realizar o manejo adequado. Sempre que necessário 
consulte o médico veterinário. 
 
 
Conclusão 
 
A prevenção ainda é a melhor solução para barrar o problema e garantir a 
sanidade das aves. Isso inclui boas condições de manejo das aves e dos ovos para 
evitar a contaminação da casca, além da utilização de produtos eficazes no combate 
precoce à doença. 
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