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* Tecnologias de produção de biodiesel: Transesterificação, Esterificação e Hidroesterificação Profa. Yordanka Reyes Cruz Produção de Biocombustíveis Para Motores Diesel e Turbinas Aeronáuticas * Transesterificação Catálise Homogênea Hidroesterificação Transesterificação Catálise Heterogêna Transesterificação Catálise Enzimática Rotas Tecnológicas para Produzir Biodiesel É possível utilizar matérias-primas com elevada acidez; Não gera rejeito aquoso alcalino; Menor produção de contaminantes; Maior seletividade e reaproveitamento. Básica: Catalisada por bases, ex. NaOH e KOH Ácida: Catalisada por ácidos, ex. HCl e H2SO4 Enzimas (lipases) Menor Impacto Ambiental Reação mais rápida; Maior rendimento e seletividade; Menos problemas de corrosão nos equipamentos. Alto custo Formação de 3 fases no meio reacional: óleo, álcool e catalisador. Limita a difusão (problemas de transferência de massa) e pode diminuir a taxa global da reação. Esterificação * Características das rotas alcalina, ácida e enzimática para a síntese de biodiesel * Características das rotas alcalina, ácida e enzimática para a síntese de biodiesel * Triglicerídeo Biodiesel AG AG AG AG Álcool Glicerol Transesterificação * Transesterificação Acidez < 1,5% Água < 0,1% Fósforo < 200 ppm * Impurezas do óleo Gomas (Fosfolipídeos* mais comuns) * Também chamados de fosfatídeos. São excelentes emulsificantes e estão ligados com parte dos metais existentes no óleo bruto. * Conteúdo de Fosfatídeos É analisado o conteúdo de fósforo no óleo e expresso em ppm. Este valor multiplicado pelo fator 25,4 nos dá o conteúdo de fosfatídeos no óleo. Este fator é derivado da relação entre o peso específico do fósforo e dos fosfatídeos. * Composição típica dos fosfatídeos do óleo de soja bruto * Tipos de Gomas Existem dois tipos de gomas, as hidratáveis e as não hidratáveis Os fosfatídeos hidratáveis podem ser facilmente removidos pela adição de um volume de água equivalente ao volume de gomas. As gomas hidratáveis são insolúveis no óleo e podem ser separadas. Os fosfatídeos não hidratáveis são sais de ferro, sódio e magnésio do ácido fosfatídico e somente podem ser condicionados a uma fase hidratável e portanto insolúvel no óleo, por tratamento com um ácido concentrado. O conteúdo de gomas não hidratáveis é muito diferente nos diversos óleos e também depende da qualidade das sementes das quais o óleo foi extraído. O conteúdo de fosfatídeos não hidratáveis cresce, por exemplo, durante a estocagem nas sementes danificadas ou úmidas. * Refino do óleo vegetal Etapa 1: Acidificação e Neutralização do óleo; (Eliminar fosfatídeos e ácidos graxos livres) Etapa 2: Lavagem do óleo; Etapa 3: Secagem do óleo. * Pré-tratamento do óleo vegetal Acidificação e Neutralização do óleo O óleo é aquecido por vapor e acidificado no misturador dinâmico intensivo (M1). A mistura óleo/ácido é introduzida no tanque de contato (R1), com permanência de 5 a 20 minutos em agitação lenta, onde as gomas não hidratáveis tornam-se hidratáveis. O óleo segue para o misturador dinâmico intensivo (M2) onde é adicionada a soda cáustica que saponifica os ácidos graxos, neutraliza o ácido fosfórico e facilita a remoção do precipitado. Seguidamente, a mistura é transferida para o tanque de contato (R2), com permanência de 5 a 20 minutos em agitação lenta. Logo, a remoção do precipitado, o “soapstock”, junto com o excesso de solução cáustica, ocorre na centrífuga (C1). * Pré-tratamento do óleo vegetal Acidificação e Neutralização do óleo No caso de óleos de alta acidez como por exemplo: óleo de algodão ou de milho, é recomendada uma menor temperatura de neutralização, da ordem de 65 oC, maior concentração na soda e maior excesso sendo neste caso desnecessário o uso do tanque de contato. Após a neutralização o óleo neutro possui ainda alto conteúdo de sabões que devem ser removidos (400 a 700 ppm de sabões). Dependendo do conteúdo residual de sabões requerido, um ou dois estágios de lavagem, serão necessários. * Pré-tratamento do óleo vegetal Lavagem do óleo O óleo é aquecido, misturado com água quente no misturador (M3), finalmente lavado no tanque de contato (R3) e enviado para o separador centrífugo (C2), onde o sabão residual é separado do óleo. 2 – 5% v/v 75 ºC * Pré-tratamento do óleo vegetal Secagem do óleo Para garantir baixos níveis de contaminação com água, o óleo úmido sofre um processo de secagem sob vácuo e temperatura, no vaso de secagem (VS). O consumo de energia desta operação é minimizado através do pré-aquecimento da carga com o próprio óleo quente e seco que deixa o evaporador. Temperatura: 60 – 80 ºC * Refino do óleo vegetal Fluxograma Geral * Em caso de óleo bruto com cor elevada, como óleo de semente de algodão, o primeiro estágio pode também ser usado como um estágio de pré-refino para clarear o óleo. Neste caso, um segundo tratamento de branqueamento ou clarificação é necessário com o objetivo de remover os corantes naturais e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos presentes no óleo. O tratamento é realizado por: Absorção em terras clarificantes – silicato de alumínio, argila ou carvão ativado. Pré-tratamento do óleo vegetal Branqueamento ou Clarificação * Pré-tratamento do óleo vegetal Branqueamento ou Clarificação Utiliza-se 0,3 – 1,0% de adsorvente sob o peso do óleo a ser branqueado. Temperatura: 80 ºC Pressão: sob vácuo parcial de 100 mmHg Tempo: 25 – 35 min Agitação: 240 rpm Prensa Borra (Fundamentalmente Pigmentos) * Pré-tratamento de gordura Destilação O sebo bovino é aquecido com vapor, passa por um desaerador (D1) para retirar umidade e, em seguida, é refinado em uma coluna de refino físico (C3), onde se destila a vácuo os ácidos graxos, gerando um produto neutro no fundo da coluna. * Produção de Biodiesel Transesterificação em Batelada Temp.= 60 ºC Por cada 100 kg de Óleo vegetal ou Sebo se adicionam 30 kg de Metanol e 1 kg de KOH Temp. entre 40 - 45 ºC Tempo: 60 min. Reator encamisado Misturador Estático * Purificação do Biodiesel Bruto Sln. Ác. Cítrico - 10 % em peso do biodiesel bruto preparada a 0,15 % de concentração Misturador Estático Aquecimento entre 70 – 90 ºC * Refino do Biodiesel Seco O biodiesel produzido não cumpre com a especificação de qualidade, referente ao teor de glicerol total (Norma ANP: 0,25 máx.) por isso precisa passar por etapa de Refino. Aquecimento com óleo térmico Composto por Mono-, Di- e Triglicerídeos não convertidos em biodiesel. Pode ter uma pequena quantidade de biodiesel que atua como tensioativo na próxima reação de transesterificação, facilitando a dissolução do metanol no óleo. Bombonas de aditivo antioxidante * Purificação do Glicerol Acidificação: Remoção de sabões da fase glicerinosa através de adição de ácido clorídrico a 30%, numa dosagem suficiente para neutralizar todo o catalisador, ou seja, para cada 1kg de KOH, utilizar 2,17kg de HCl a 30%. Temperatura ambiente Recirculação por 30 min. Fase sobrenadante Fase glicerinosa acidificada Glicerina é neutralizada com 0,2%v/v de solução de NaOH a 50% Temp.: 130 ºC Glicerina Loira com 80% de pureza * Purificação da Oleína Oleína é uma mistura de ácidos graxos e glicerídeos Por cada 100 kg de oleína se adicionam 40 kg de Metanol e 0,05 kg de ácido sulfúrico concentrado 15% do metanol usado na receita Temp.: 200 ºC Tempo: 60 min. Temp.: 130 ºC * Purificação de Metanol 64,7 ºC * Principais Características das Tecnologias de Transesterificação Homogênea de Grande Porte De Smet Ballestra / Dedini Industrias de Base – Uso intermediário de centrífugas. Reator com Separação “in situ”. Lavagem com ácido cítrico; Processo Crown Iron – Nenhuma centrífuga na Transesterificação. Ênfase no Pré-tratamento Eficiente do Óleo/Gordura;Processo Lurgi – Aços Especiais, Lavagem em Coluna. De forma geral: Plantas contínuas, T~ 60 ºC, Metilato de Sódio/Potássio como Catalisador, Vários reatores em série, Exceso de Álcool, Rendimentos > 97% (partindo de óleo degomado), esterificação complementar, Tratamento da Glicerina com HCl. * De Smet Ballestra / Dedini Industrias de Base Plantas de Biodiesel – Caracterização e rotas * Três reatores em série, onde continuamente retira-se fase glicerinosa. De Smet Ballestra / Dedini Industrias de Base Remoção através de dispositivo interno nos reatores (Centrifugas) * Principais Características das Plantas De Smet Ballestra / Dedini Industrias de Base Processo contínuo de transesterificação / com decanter interno que possibilita a contínua remoção do glicerol formado. Permite utilizar multi-óleos e suas misturas. Alto rendimento de conversão óleo vs biodiesel. Qualidade do produto final assegurada (ANP, prEN, ASTM). Plantas flexíveis – rota etílica e/ou metílica. Baixa geração de efluentes (quase zero). Coprodutos com qualidade comercial. Completo controle de processo – automatizado. Equipamentos de mecânica simples, fácil manutenção e alta eficiência. Pequena dimensão das unidades de processo e equipamentos. Baixo custo de mão de obra/manutenção/utilidades. Equipamentos credenciados no FINAME (Linha de financiamento do BNDES). Projeto e implantação em 12 meses. Possibilidade de fornecer projeto turn key para planta de biodiesel. Comissionamento assistido e treinamento. Frete e pintura inclusos. * Processo Crown Iron Plantas de Biodiesel – Caracterização e rotas * Processo Crown Iron A reação de transesterificação ocorre em duas etapas, seguido de cada reator há um decantador que possibilita a remoção de parte da glicerina formada. No segundo reator ocorre nova introdução de álcool e catalisador para complementar a reação. Remoção através de decantadores entre os reatores – Centrífuga separa o biodiesel da água * Principais Características das Plantas Processo Crown Iron Processo contínuo de transesterificação / decantação por gravidade. Permite utilizar multi-óleos e suas misturas. Alto rendimento de conversão. Qualidade do produto final assegurada (ASTM, prEN). Baixa geração de efluentes (quase zero). Baixo custo de mão de obra/manutenção/utilidades. Possibilidade de fornecer projeto turn key para planta de biodiesel. Comissionamento assistido e treinamento. Recuperação e reutilização do metanol. Reciclagem da água de processo. Documentação e assistência, incluindo certificação BQ-9000 (Programa Nacional de Certificação). Equipamentos com baixo custo operacional. Sistema de controle automático. * Plantas de Biodiesel – Caracterização e rotas Processo Lurgi * A reação de transesterificação ocorre em três etapas, seguido de cada reator há um decantador que possibilita a remoção de parte da glicerina formada. Lurgi utiliza filtros de coalescência nesta pré-separação do glicerol do biodiesel Processo Lurgi Remoção através de decantadores - uso de filtros de coalescência * Principais Características das Plantas Processo Lurgi A Lurgi é líder mundial em tecnologias de oleoquímica. Experiência Lurgi: mais de 1 milhão de toneladas de capacidade instalada. Tecnologia comprovada com amplas referências em operação comercial. Tecnologia capacitada para quase todas as matérias primas (oleaginosas). Processamento contínuo sob pressão atmosférica a 60ºC aprox. Alta eficiência de processamento. Baixo custo de manutenção e operação. Processamento com compatibilidade ambiental. Processamento com 100% de eficiência, baixo consumo de catalisadores e de energia. Processo contínuo de transesterificação / decantação por gravidade. Possibilidade de fornecer projeto turn key para planta de biodiesel. * Esterificação H2O AG A FA A + Ácido Graxo Álcool Biodiesel Água + * AGROPALMA, Esterificação Catálise heterogênea - 2005 Patent: D. A. G. Aranda et al; PI0301103-8, 2003. D. A. G. Aranda et al, WO2004096962, 2004. * Conceito da Hidroesterificação Esterificação de Àcidos Grasos (AGROPALMA) Hidrólise Industrial Existente 3 Fábricas em Brasil Por que não integrar os dois processos ??? + * Triglicerídeo Ácido Graxo AG AG + AG AG Água Glicerol + 3 G G 3 H2O (Não há restrição de acidez e umidade no óleo) Completa transformação do material graxo H2O AG A FA A + Ácido Graxo Álcool Biodiesel Água Hidroesterificação + * Hidrólise dos triglicerídeos Esterificação do ácido graxo Hidroesterificação * Materias Graxas Vapor Glicerina e agua c1 Vapor e Glicerina concentrada Agua c2 Biodiesel Metanol Agua Ácido graxo Hidroesterificação * Custos Operacionais (100,000 mton/ano) Não há limite de acidez e umidade no óleo * Hidroesterificação Planta Piloto – Ponta Grossa/PR * Biobrax 60,000 ton/year Hidroesterificação Planta Industrial – UNA/BA * Alto custo da matéria-prima, que representa, atualmente, cerca de 80% do custo total de produção de biodiesel; Forte dependência de uma única fonte de matéria prima – soja; Uso predominante do metanol (fóssil) na produção nacional de biodiesel; Baixo aproveitamento e rentabilidade econômica dos coprodutos gerados no processo de produção, principalmente o glicerol. A tecnologia largamente usada é a transesterificação alcalina, a qual exige matérias-primas de alta qualidade, o que torna o processo caro e limita o potencial de produção; Desafios Tecnológicos a serem superados:
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