Buscar

Normas de segurança.pdf

Prévia do material em texto

Prof. Rômulo Martins Página 1 de 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA ORGÂNICA 
 
 
NORMAS DE SEGURANÇA NO 
LABORATÓRIO 
 
 
 
Prof. Rômulo Martins 
Professor responsável 
 
 
 
 
Prof. Rômulo Martins Página 2 de 14 
 
SEGURANÇA E NORMAS DE 
TRABALHO NO LABORATÓRIO 
 
 
Obs - POR QUESTÕES DE SEGURANÇA NÃO É PERMITIDO ENTRAR NO 
LABORATÓRIO COM BOLSAS E/OU MOCHILAS. AS BOLSAS DEVEM SER 
GURDADAS NAS ESTANTES NOS CORREDORES (TRAGA UM CADEADO!) 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
 Laboratórios de química não precisam ser lugares perigosos de trabalho (apesar 
dos muitos riscos em potencial que neles existem), desde que certas precauções 
elementares sejam tomadas e que cada operador se conduza com bom senso e 
atenção. 
 Acidentes no laboratório ocorrem muito freqüentemente em virtude da pressa 
excessiva na obtenção de resultados. Cada um que trabalha deve ter responsabilidade 
no seu trabalho e evitar atitudes impensadas de desinformação ou pressa que possam 
acarretar um acidente e possíveis danos para si e para os demais. Deve-se prestar 
atenção a sua volta e prevenir-se contra perigos que possam surgir do trabalho de 
outros, assim como do seu próprio. O estudante de laboratório deve, portanto, adotar 
sempre uma atitude atenciosa, cuidadosa e metódica em tudo o que faz. Deve, 
particularmente, concentrar-se no seu trabalho e não permitir qualquer distração 
enquanto trabalha. Da mesma forma, não deve distrair os demais desnecessariamente. 
 
 
 
 
 
 
Prof. Rômulo Martins Página 3 de 14 
 
2- NORMAS DE LABORATÓRIO 
 
01. Não se deve comer, beber, ou fumar dentro do laboratório. 
02. Cada operador deve usar, obrigatoriamente, um guarda-pó. Não será permitido a 
permanência no laboratório ou a execução de experimentos sem o mesmo. O guarda-
pó deverá ser de brim ou algodão grosso e, nunca de tergal, nylon ou outra fibra 
sintética inflamável. 
03. Sempre que possível, usar óculos de segurança, pois constituem proteção 
indispensável para os olhos contra respingos e explosões. 
04. Ao manipular compostos tóxicos ou irritantes a pele, usar luvas de borracha. 
05. A manipulação de compostos tóxicos ou irritantes, ou quando houver 
desprendimento de vapores ou gases, deve ser feita na capela. 
06. Leia com atenção cada experimento antes de iniciá-lo. Monte a aparelhagem, faça 
uma última revisão no sistema e só então comece o experimento. 
07. Otimize o seu trabalho no laboratório, dividindo as tarefas entre os componentes de 
sua equipe. 
08. Antecipe cada ação no laboratório, prevendo possíveis riscos para você e seus 
vizinhos. Certifique-se ao acender uma chama de que não existem solventes próximos 
e destampados, especialmente aqueles mais voláteis (éter etílico, éter de petróleo, 
hexano, dissulfeto de carbono, benzeno, acetona, álcool etílico, acetato de etila). 
Mesmo uma chapa ou manta de aquecimento quentes podem ocasionar incêndios, 
quando em contato com solventes como éter, acetona ou dissulfeto de carbono. 
09. Leia com atenção os rótulos dos frascos de reagentes e solventes que utilizar. 
10. Seja cuidadoso sempre que misturar dois ou mais compostos. Muitas misturas são 
exotérmicas (ex. H2SO4 (conc.) + H2O), ou inflamáveis (ex. sódio metálico + H2O), ou 
ainda podem liberar gases tóxicos. Misture os reagentes vagarosamente, com agitação 
e, se necessário, resfriamento e sob a capela. 
11. Em qualquer refluxo ou destilação utilize "pedras de porcelana" a fim de evitar 
superaquecimento. Ao agitar líquidos voláteis em funis de decantação, equilibre a 
pressão do sistema, abrindo a torneira do funil ou destampando-o. 
12. Caso interrompa alguma experiência pela metade ou tenha que guardar algum 
produto, rotule-o claramente. O rótulo deve conter: nome do produto, data e nome da 
equipe. 
13. Utilize os recipientes apropriados para o descarte de resíduos, que estão dispostos 
no laboratório. Só derrame compostos orgânicos líquidos na pia, depois de estar 
seguro de que não são tóxicos e de não haver perigo de reações violentas ou 
desprendimento de gases. De qualquer modo, faça-o com abundância de água 
corrente. 
 
Prof. Rômulo Martins Página 4 de 14 
 
14. Cada equipe deve, no final de cada aula, lavar o material de vidro utilizado e limpar 
a bancada. Enfim, manter o laboratório LIMPO. 
 
 
 
3- COMPOSTOS TÓXICOS 
 
 Um grande número de compostos orgânicos e inorgânicos são tóxicos. 
Manipule-os com respeito, evitando a inalação ou contato direto. Muitos produtos que 
eram manipulados pelos químicos, sem receio, hoje são considerados nocivos à saúde 
e não há dúvidas de que a lista de produtos tóxicos deva aumentar. 
 A relação abaixo compreende alguns produtos tóxicos de uso comum em 
laboratórios: 
 
3.1- COMPOSTOS ALTAMENTE TÓXICOS: 
 São aqueles que podem provocar, rapidamente, sérios distúrbios ou morte. 
Compostos de mercúrio Ácido oxálico e seus sais 
Compostos arsênicos Cianetos inorgânicos 
Monóxido de carbono Cloro 
Flúor Pentóxido de vanádio 
Selênio e seus compostos 
 
3.2- LÍQUIDOS TÓXICOS E IRRITANTES AOS OLHOS E SISTEMA RESPIRATÓRIO: 
 
Sulfato de dietila Ácido fluorobórico 
Bromometano Alquil e arilnitrilas 
Dissulfeto de carbono Benzeno 
Sulfato de metila Brometo e cloreto de benzila 
Bromo Cloreto de acetila 
Acroleína Cloridrina etilênica 
 
3.3- COMPOSTOS POTENCIALMENTE NOCIVOS POR EXPOSIÇÃO PROLONGADA: 
a) Brometos e cloretos de alquila: Bromoetano, bromofórmio, tetracloreto de carbono, 
diclorometano, 1,2-dibromoetano, 1,2-dicloroetano, iodometano. 
b) Aminas alifáticas e aromáticas: Anilinas substituídas ou não, dimetilamina, 
trietilamina, diisopropilamina. 
c) Fenóis e compostos aromáticos nitrados: Fenóis substituídos ou não, cresóis, 
catecol, resorcinol, nitrobenzeno, nitrotolueno, nitrofenóis, naftóis. 
 
 
 
Prof. Rômulo Martins Página 5 de 14 
 
3.4- SUBSTÂNCIAS CARCINOGÊNICAS: 
 Muitos compostos orgânicos causam tumores cancerosos no homem. Deve-se 
ter todo o cuidado no manuseio de compostos suspeitos de causarem câncer, 
evitando-se a todo custo a inalação de vapores e a contaminação da pele. Devem ser 
manipulados exclusivamente em capelas e com uso de luvas protetoras. Entre os 
grupos de compostos comuns em laboratório se incluem: 
 
a) Aminas aromáticas e seus derivados: Anilinas N-substituídas ou não, naftilaminas, 
benzidinas, 2-naftilamina e azoderivados. 
b) Compostos N-nitroso: Nitrosoaminas (R'-N(NO)-R) e nitrosamidas. 
c) Agentes alquilantes: Diazometano, sulfato de dimetila, iodeto de metila, 
propiolactona, óxido de etileno. 
d) Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos: Benzopireno, dibenzoantraceno, etc. 
e) Compostos que contém enxofre: Tioacetamida, tiouréia. 
f) Benzeno: Um composto carcinogênico, cuja concentração mínima tolerável é inferior 
aquela normalmente percebida pelo olfato humano. Se você sente cheiro de benzeno‚ 
é porque a sua concentração no ambiente é superior ao mínimo tolerável. Evite usá-lo 
como solvente e sempre que possível substitua-o por outro solvente semelhante e 
menos tóxico (por exemplo, tolueno). 
g) Amianto: A inalação por via respiratória de amianto pode conduzir a uma doença de 
pulmão, a asbestose, uma moléstia dos pulmõesque aleija e eventualmente mata. Em 
estágios mais adiantados geralmente se transforma em câncer dos pulmões. 
 
4- INTRUÇÕES PARA ELIMINAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS 
 
Hidretos alcalinos, dispersão de sódio 
Suspender em dioxano, lentamente adicionar o isopropano, agitar até completa reação 
do hidreto ou do metal: adicionar cautelosamente água até formação de solução 
límpida, neutralizar e verter em recipiente adequado. 
Hidreto de lítio e alumínio 
Suspender em éter ou THF ou dioxano, gotejar acetato de etila até total transformação 
do hidreto, resfriar em banho de gelo e água, adicionar ácido 2N até formação de 
solução límpida, neutralizar e verter em recipiente adequado. 
Boroidreto alcalino 
Dissolver em metanol, diluir em muita água, adicionar etanol, agitar ou deixar em 
repouso até completa dissolução e formação de solução límpida, neutralizar e verter 
em recipiente adequado. 
 
Prof. Rômulo Martins Página 6 de 14 
 
Organolíticos e compostos de Grignard 
Dissolver ou suspender em solvente inerte (p. ex.: éter, dioxano, tolueno), adicionar 
álcool, depois água, no final ácido 2N, até formação de solução límpida, verter em 
recipiente adequado. 
Sódio 
Introduzir pequenos pedaços do sódio em metanol e deixar em repouso até completa 
dissolução do metal, adicionar água com cuidado até solução límpida, neutralizar, 
verter em recipiente adequado. 
Potássio 
Introduzir em n-butanol ou t-butanol anidro, diluir com etanol, no final com água, 
neutralizar, verter em recipiente adequado. 
Mercúrio 
Mercúrio metálico: Recuperá-lo para novo emprego. 
Sais de mercúrio ou suas soluções: Precipitar o mercúrio sob forma de sulfeto, filtrar e 
guardá-lo. 
Metais pesados e seus sais 
Precipitar soba a forma de compostos insolúveis (carbonatos, hidróxidos, sulfetos, etc.), 
filtrar e armazenar. 
Cloro, bromo, dióxido de enxofre 
Absorver em NaOH 2N, verter em recipiente adequado. 
Cloretos de ácido, anidridos de ácido, PCl3, PCl5, cloreto de tionila, cloreto de sulfurila. 
Sob agitação, com cuidado e em porções, adicionar à muita água ou NaOH 2N, 
neutralizar, verter em recipiente adequado. 
Ácido clorosulfônico, ácido sulfúrico concentrado, óleum, ácido nítrico concentrado 
Gotejar, sob agitação, com cuidado, em pequenas porções, sobre gelo ou gelo mais 
água, neutralizar, verter em recipiente adequado. 
Dimetilsulfato, iodeto de metila 
Cautelosamente, adicionar a uma solução concentrada de NH3, neutralizar, verter em 
recipiente adequado. 
Presença de peróxidos, peróxidos em solventes, (éter, THF, dioxano) 
Reduzir em solução aquosa ácida (Fe(II) - sais, bissulfito), neutralizar, verter em 
recipiente adequado. 
Sulfeto de hidrogênio, mercaptanas, tiofenóis, ácido cianídrico, bromo e clorocianos 
Oxidar com hipoclorito (NaOCl). 
 
 
 
 
 
 
Prof. Rômulo Martins Página 7 de 14 
 
5- AQUECIMENTO NO LABORATÓRIO 
 
 Ao se aquecerem substâncias voláteis e inflamáveis no laboratório, deve-se 
sempre levar em conta o perigo de incêndio. 
 Para temperaturas inferiores a 100C use preferencialmente banho-maria ou 
banho a vapor. 
 Para temperaturas superiores a 100C use banhos de óleo. Parafina aquecida 
funciona bem para temperaturas de até 220C; glicerina pode ser aquecida até 150C 
sem desprendimento apreciável de vapores desagradáveis. Banhos de silicone são os 
melhores, mas são também os mais caros. 
 Uma alternativa quase tão segura quanto os banhos são as mantas de 
aquecimento. O aquecimento é rápido, mas o controle da temperatura não é tão 
eficiente como no uso de banhos de aquecimento. Mantas de aquecimento não são 
recomendadas para a destilação de produtos muito voláteis e inflamáveis, como éter de 
petróleo e éter etílico. 
 Para temperaturas altas (>200C) pode-se empregar um banho de areia. Neste 
caso o aquecimento e o resfriamento do banho deve ser lento. 
 Chapas de aquecimento podem ser empregadas para solventes menos voláteis 
e inflamáveis. Nunca aqueça solventes voláteis em chapas de aquecimento (éter, CS2, 
etc.). Ao aquecer solventes como etanol ou metanol em chapas, use um sistema 
munido de condensador. 
 Aquecimento direto com chamas sobre a tela de amianto só é recomendado 
para líquidos não inflamáveis (por exemplo, água). 
 
 
6 - EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE LABORATÓRIO DE QUÍMICA 
 
A execução de qualquer tarefa num laboratório de Química envolve geralmente 
uma variedade de equipamentos que, devem ser empregados de modo adequado, 
para evitar danos pessoais e materiais. A escolha de um determinado aparelho ou 
material de laboratório depende dos objetivos e das condições em que o experimento 
será executado. Entretanto, na maioria dos casos, pode ser feita a seguinte associação 
entre equipamento e finalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Rômulo Martins Página 8 de 14 
 
a. Material de vidro 
 
 1.1 Balão de fundo chato ou de Florence: 
Utilizado no armazenamento e no aquecimento de líquidos, 
bem como em reações que se processam com 
desprendimento de gás. 
Deve ser aquecido sobre a tela de amianto. 
 
 1.2 Balão de fundo redondo: 
Muito usado em destilações, para colocação do líquido a 
ser destilado ou para a coleta do líquido após a 
condensação do vapor (A). 
Nas versões mais modernas apresenta boca esmerilhada 
de diâmetro padronizado. Pode se apresentar também na 
forma de balão de destilação (B), que possui gargalo longo 
e é provido de saída lateral por onde passam os gases e 
vapores. 
 
 1.3 Balão volumétrico: 
Recipiente calibrado, de precisão, destinado a conter um 
determinado volume de liquido, a uma dada temperatura. É 
utilizado no preparo e na diluição de soluções de 
concentração definida (soluções padrão). 
Como o volume nominal dos balões volumétricos é 
geralmente calibrado a 20ºC, não é recomendado colocar 
soluções aquecidas no seu interior, nem submetê-los a 
temperaturas elevadas. 
 
 
1.4 Bastão de vidro: 
Usado na agitação e na transferência de líquidos. Quando 
envolvido em uma das extremidades por um tubo de látex 
é chamado de "policial" e é empregado na remoção 
quantitativa de precipitados. 
 
 
1.5 Béquer: 
Recipiente com ou sem graduação, de forma alta 
(Berzelius) ou baixa (Griffin). Usado no prepraro de 
soluções, na pesagem de sólidos e no aquecimento de 
líquidos, bem como em reações de precipitação e 
recristalização. 
É freqüentemente confeccionado em vidro pirex, resistente 
a temperaturas elevadas. Apesar disso, não resiste a 
choques nem a variações bruscas de temperatura. Pode 
ser aquecido sobre a tela de amianto. 
 
 
1.6 Bureta: 
Equipamento TD calibrado para medida precisa de volume. 
Permite o escoamento de líquido e é muito utilizada em 
titulações. Possui uma torneira controlada de vazão na sua 
parte inferior. São encontradas no comércio buretas com 
capacidades que variam de cinco a cem mililitros 
 
Prof. Rômulo Martins Página 9 de 14 
 
microburetas com capacidade mínima de cem microlitros. 
As buretas automáticas possuem dispositivos capazes de 
abastecê-las automaticamente, evitando a contaminação 
do titulante com, CO2 do ar. 
 
1.7 Condensador: 
Equipamento destinado a condensação de vapores, 
utilizado em destilações ou aquecimentos sob refluxo. Os 
mais comuns são: 
a) condensador reto: apresenta uma superfície de 
condensação pequena e por isso não é apropriado para o 
resfriamento de líquidos de baixo pontode ebulição. 
b) condensador de bolas: empregado em refluxos. 
Contribui para que os vapores condensados retornem ao 
balão de origem. 
c) condensador de serpentina: proporciona maior 
superfície de condensação e é usado principalmente no 
resfriamento de vapores de líquidos de baixo ponto de 
ebulição 
 
1.8 Cuba de Vidro: 
Recipiente geralmente utilizado em recristalizações. 
Também, para conter misturas refrigerantes. 
 
1.9 Dessecador: 
Usado no armazenamento de substâncias que devem ser 
mantidas sob pressão reduzida ou em condições de 
umidade baixa. 
 
1.10 Frasco de Erlenmeyer: 
Recipiente largamente utilizado na análise titulométrica, no 
aquecimento de líquidos e na dissolução de substâncias. 
Pela sua forma cônica, é muitas vezes utilizado para conter 
soluções durante reações conduzidas sob agitação. 
 
1.11 Frasco de Kitasato: 
Frasco cônico de paredes reforçadas, munido de saída 
lateral. É usado em filtrações sob sucção (ou pressão 
reduzida). 
 
 
1.12 Frasco para reativos: 
São encontrados em vários tamanhos e diferem, quanto à 
cor, em frascos incolores ou de cor âmbar. Estes últimos 
são utilizados para conter reativos e substâncias 
fotossensíveis. 
 
 
1.13 Funil de separação: 
Vidraria largamente utilizada em extração, decantação, 
separação de líquidos imiscíveis e adição gradativa de 
líquidos reagentes durante uma reação química. 
 
 
Prof. Rômulo Martins Página 10 de 14 
 
 
1.14 Funil simples: 
Empregado na transferência de líquidos e em filtrações 
simples, utilizando papel de filtro adequado. 
 
 
1.15 Pesa-filtro: 
Recipiente destinado à pesagem de sólidos e de líquidos. 
 
 
1.16 Pipeta: 
Instrumento calibrado para medida precisa e transferência 
de determinados volumes de líquidos, a dada temperatura. 
Existem basicamente dois tipos de pipetas: as volumétricas 
ou de transferências (A) e as graduadas (B). As primeiras 
são utilizadas para escoar volumes fixos, enquanto as 
graduadas são utilizadas para escoar volumes variáveis de 
líquidos. 
 
 
1.17 Proveta ou cilindro graduado: 
Frasco destinado a medidas aproximadas de volume. São 
encontradas no comércio provetas TC e TD, com volume 
nominal variando de cinco mililitros a alguns litros. 
 
 
1.18 Termômetro: 
Instrumento apropriado para medida de temperatura. 
 
 
1.19 Tubo de ensaio: 
Geralmente utilizado em reações tipo teste e em ensaios 
de precipitação, cristalização e solubilidade. Pode ser 
aquecido, com cuidado, diretamente sobre a chama do 
bico de gás. 
 
1.20 Vidro de relógio: 
Utilizado no recolhimento de sublimados, na pesagem 
desubstâncias sólidas, em evaporações e na secagem de 
sólidas não-higroscópicos. 
 
 
b. Material de porcelana 
 
 
2.1 Almofariz e pistilo: 
Destinados à pulverização e homogeneização de sólidos, 
bem como na maceração de amostras que devem ser 
preparadas para posterior extração. Podem ser feitos de 
porcelana, ágata, vidro ou metal. 
 
 
Prof. Rômulo Martins Página 11 de 14 
 
 
2.2 Cadinho: 
Usado na secagem, no aquecimento e na calcinação de 
substâncias. Pode ser feito de porcelana, metal ou teflon. 
 
 
2.3 Cápsula: 
Usada na evaporação de soluções, na sublimação e 
secagem de sólidos e na preparação de misturas. 
 
 
2.4 Espátula: 
Usada para transferir substâncias sólidas, especialmente 
em pesagens. Pode ser fabricada em aço inoxidável, 
porcelana e plástico. 
 
 
2.5 Funil de Büchner: 
Utilizado em filtrações por sucção (ou sob pressão 
reduzida), devendo ser acoplado a um frasco Kitasato. 
 
 
2.6 Triângulo de porcelana: 
Usado como suporte no aquecimento de cadinhos. 
 
 
c. Material de metal 
 
 
3.1 Bico de gás: 
Fonte de calor destinada ao aquecimento de 
materiais não inflamáveis. A chama de um bico de 
gás pode atingir temperatura de até 1500ºC. 
Existem vários tipos de bicos de gás (ver figura), as 
todos obedecem a um mesmo princípio básico de 
funcionamento: o gás combustível é introduzido 
numa haste vertical, em cuja parte inferior há uma 
entrada de ar para suprimento de oxigênio, o gás é 
queimado no extremo superior da haste. Tanto a 
vazão do gás quanto a entrada de ar podem ser 
controladas de forma conveniente. 
Os tipos mais comuns de bicos de gás são: (A) bico 
de Bunsen; (B) bico de Tirril; e (C) bico de Mecker. 
 
 
3.2 Pinças: 
As pinças de Mohr (A) e de Hoffmann (B) têm por 
finalidade impedir ou reduzir o fluxo de líquidos ou 
de gases através de tubos flexíveis. Já a pinça 
representada em (C) é muito empregada para 
segurar objetos aquecidos, especialmente 
cadinhos. 
 
 
Prof. Rômulo Martins Página 12 de 14 
 
 
3.3 Tela de amianto: 
Tela metálica, contendo amianto, utilizada para 
distribuir uniformemente o calor durante o 
aquecimento de recipientes de vidro ou metal 
expostos à chama do bico de gás. 
 
 
3.4 Tripé: 
Usado como suporte, principalmente de telas de 
amianto e triângulos de porcelana. 
 
 
 
d. Material de metal usados em montagens 
 
 
4.1 Argola: 
Usada como suporte para funis e telas de amianto. 
 
4.2 Garras: 
São feitas de alumínio ou ferro, podendo ou não ser 
dotadas de mufas. Ligam-se ao suporte universal por 
meio de parafusos e destinam-se à sustentação de 
utensílios com buretas, condensadores, frascos 
Kitasato e balões de fundo redondo. 
 
 
4.3 Mufa: 
Adaptador de ferro ou alumínio com parafusos nas 
duas extremidades, utilizada para a fixação de garras 
metálicas ao suporte universal. 
 
 
4.4 Suporte universal: 
Serve para sustentar equipamentos em geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Rômulo Martins Página 13 de 14 
 
e. Materiais diversos 
 
 
5.1 Balança analítica: 
Instrumento utilizado para determinação de massa. As 
balanças analíticas podem ser classificadas em duas 
categorias: 
a) balança de braços iguais: efetua a pesagem mediante 
a comparação direta. Foi largamente utilizada até a 
década de 50, sendo posteriormente substituída pela 
balança analítica de prato único. 
b) Balança de prato único: possui um contrapeso que 
balanceia as massas conhecidas e o prato (ver figura). 
Um objeto é pesado através da remoção de massas 
conhecidas até que o equilíbrio com o contrapeso seja 
restabelecido; deste modo, o valor da massa 
desconhecida é igual ao total das massas removidas. 
 
 
5.2 Banho-maria: 
Equipamento utilizado para aquecimento e incubação de 
líquidos a temperaturas inferiores a 100ºC. 
 
 
5.3 Centrífuga: 
Instrumento que serve para acelerar a sedimentação de 
sólidos suspensos em líquidos. É empregado, também, 
na separação de emulsões. 
 
 
5.4 Estante para tubos de ensaio: 
Pode ser feita de metal, acrílico ou madeira. 
 
 
5.5 Estufa: 
Equipamento empregado na secagem de materiais por 
aquecimento. Atinge, em geral, temperaturas de até 
200ºC. 
 
 
5.6 Manta elétrica: 
Utilizada no aquecimento de líquidos contidos em balões 
de fundo redondo. 
 
 
5.7 Mufla ou forno: 
Utilizada na calcinação de substâncias. Atinge em geral, 
temperaturas na faixa de 1000 a 1500ºC. 
 
 
5.8 Pinça de madeira: 
Utilizada para segurar tubos de ensaio, geralmente 
durante aquecimento. 
 
Prof. Rômulo Martins Página 14 de 14 
 
 
 
5.9 Pisseta ou frasco lavador: 
Frasco próprio para armazenamento de pequenas 
quantidades de água destilada, álcool ou outros 
solventes.É usado para efetuar a lavagem de 
recipientes ou precipitados com jatos do líquido nele 
contido. 
 
 
5.10 Trompa de água: 
Dispositivo para aspirar o ar e reduzir a pressão no 
interior de um frasco. É muito utilizado em filtrações por 
sucção, geralmente adaptado a um frasco kitasato. 
 
 
7- BIBLIOGRAFIA: 
1-) Vogel, A. I. Análise Orgânica; Ao Livro Técnico S.A.; 3a ed.; Vol. 1, 2, 3; 1984. 
2-) Vogel, A. I. A Textbook of Practical Organic Chemistry; 3a ed; Longmann; Londres; 
1978. 
3-) Pavia, D. L.; Lampman, G. M.; Kriz, G. S. Introduction to Organic Laboratory 
Techniques; 3rd ed; Saunders; New York; 1988. 
4-) Gonçalves, D.; Almeida, R. R. Química Orgânica e Experimental; McGraw-Hill; 
1988. 
5-) Mayo, D. W.; Pike, R. M.; Trumper, P. K. Microscale Organic Laboratory; 3a ed; 
John Wiley & Sons; Nova Iorque; 1994. 
6-) Solomons, T. W. G. Química Orgânica; 6a ed; Livros Técnicos e Científicos; Rio de 
Janeiro; 1996. 
 
SITE PARA A BUSCA DE 
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS 
http://www.chemfinder.com/ 
 SITE COM DADOS DE SEGURANÇA 
DE PRODUTOS COMERCIAIS: 
http://www.hazard.com/msds/ 
 
DADOS FÍSICO-QUÍMICOS DE 
SUBSTÂNCIAS 
http://webbook.nist.gov/ 
 
 HOMEPAGE DA AGÊNCIA AMERICANA 
DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE: 
http://www.epa.gov/

Continue navegando