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Pesquisa Efésios e Filipenses

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Trabalho de Pesquisa 
Carta aos: Efésios e Filipenses 
 
 
Curso de Teologia 
Nomes: Maicon Rafael dos Santos e Vinicius Piccinini 
Professor: Clóvis Jair Prunzel 
 
 
 
 
 
 
 
Canoas, junho de 2018. 
 
EFÉSIOS 
 
Introdução: 
Efésios é uma carta, mas poderia ser descrita como um tratado teológico no formato de uma 
carta, ou, então, um sermão ou uma pregação por escrito. Isso atesta a riqueza e a 
profundidade desse documento. Diferentemente das outras cartas de Paulo, a carta aos 
Efésios não ataca nenhum problema específico nem refuta uma heresia em particular. Paulo 
a escreveu, ao que tudo indica, para alargar o horizonte dos seus leitores. 
 
Autoria de Efésios: 
O autor se apresenta como Paulo 
 
Destinatários da carta: 
Em geral, as traduções preferem deixar a locução “em Éfeso” no texto. Tudo indica que a 
omissão desta locução em alguns manuscritos é obra de um copista que, ao omitir o nome da 
cidade, procurava dar ao texto um alcance mais amplo. O mesmo fenômeno se verifica no 
caso de Romanos (Rm 1.7), que é outra carta que parece escrita a todos os cristãos, e não aos 
romanos especificamente. Éfeso era, naquele tempo, a mais importante cidade da parte 
oeste da Ásia Menor. Calcula-se que tinha uma população de 250 mil pessoas. Lá ficava o 
templo dedicado à deusa Diana (At 19.23-31), uma das sete maravilhas do Mundo Antigo. 
Paulo permaneceu em Éfeso durante três anos (At 19.10). A igreja de Éfeso é mencionada no 
Apocalipse (Ap 2.1-7). 
 
Destaques para carta: 
Efésios se divide em duas partes bastante distintas: uma parte mais doutrinária (Ef 1–3), que 
já foi descrita como o mais profundo documento teológico que alguém já escreveu; e uma 
parte mais prática ou exortativa (Ef 4–6). A primeira parte pode ser classificada como retórica 
epidíctica; a segunda metade, como retórica deliberativa. 
Vários temas se destacam nessa carta, que é, por muitos, considerada o coroamento da 
teologia paulina: 
1) A assim chamada cristologia cósmica. Cristo é apresentado como cabeça, não só da Igreja, 
mas como “cabeça sobre todas as coisas. 
2) A assim chamada “escatologia realizada”, ou seja, Deus nos fez assentar (já agora) nos 
lugares celestiais em Cristo Jesus (Ef 2.6). 
3) A unidade de judeus e não judeus. Cristo reconciliou estes dois povos, fazendo deles um só 
corpo, por meio de sua morte na cruz (Ef 2.16; 3.6). 
4) A ênfase na Igreja num sentido mais universal, em detrimento de igreja no sentido de 
“igreja local”. 
5) Vários textos se destacam: Ef 2.8-9 (a salvação por graça pela fé), Ef 5.21– 6.9 (a assim 
chamada “tábua dos deveres”), e Ef 6.10-20 (a armadura de Deus). Além disso, “em Cristo” (e 
suas variantes “no Senhor”, “nele”, etc.), que é uma locução característica de Paulo 
Data da Carta: 
Tradicionalmente, entende-se que esta carta foi escrita durante o período em que Paulo 
esteve preso (veja 3.1; 4.1; 6.20), em Roma, entre 60 e 62 d.C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Filipenses 
 
A carta aos Filipenses 
 
 Nesta carta Paulo aparece num de seus melhores dias, mesmo na prisão ele está 
alegre; sem crise; fazendo com que discorra a carta de forma tranquila. Fazendo de Filipenses 
um interessante acesso a teologia de Paulo. 
 
Local e data 
 
 Não tem dificuldade de que Paulo é o autor da carta, mas o que se discute é o local e 
data. O que se sabe é que Paulo estava na prisão. Alguns dizem que Paulo estava em Éfeso ( I 
Co 1.8), neste caso a carta teria sido escrita entre 53 e 55 d.C. Outro dizem que estava em 
Cesareia conforme relato de Atos dos Apóstolos entre 57 e 59 d.C., a maioria defende que 
Paulo estava em Roma por volta de 61 d.C., devido ao texto em (Fp 4.22) num contexto 
descrito em Atos 28.14-31. 
 
Cidade e a Igreja de Filipos 
 
 Felipe II da Macedônia, edificou a cidade em 358 a.C. situada junto à Via Egnatia 
estrada Romana que fazia conexão entre o Oriente e o Ocidente, ficava aproximadamente 15 
Km afastada da costa do mar Egeu era uma colônia romana próspera (At 16.12). 
 A fundação da igreja ocorreu durante a segunda viagem de Paulo (At 16.9-40). Os 
primeiros convertidos eram Epafrodito, Evódia, Síntique, Clemente (Fp 2.25; 4.2-3), dando a 
entender que a maioria dos membros da igreja era de origem gentílica, deduz também que 
as mulheres tiveram um papel de destaque desde o início da igreja. 
 
Objetivo da carta 
 
 Paulo escreveu principalmente para agradecer o auxílio financeiro recebido. Paulo 
abre o seu coração resultando numa das cartas mais pessoais que ele escreveu, ao lado de 2 
Coríntios. Relata também para que fiquem firmes na fé, mesmo em meio as dificuldades e 
perseguições. Pede para que Evódia e Síntique se reconcilie, recomenda Timóteo e Epafrodito 
e alerta para o perigo representado por judaizantes. 
 
Destaques 
 
 Carta da alegria (cerca de dezesseis vezes aparece em diversas formas as palavras 
“alegria, regozijo, etc.”. 
 Palavra evangelho aparece nove vezes. 
 A questão do pensar, forma de sentir, ter o mesmo sentimento aparece umas dez 
vezes. 
 Filipenses 2.5-11 Paulo relata que Cristo é o modelo de humilhação, fazendo uma das 
passagens cristológicas mais profundas e impactantes do Novo Testamento. 
 Paulo faz referência a bispos e diáconos (Fp 1.1), mostrando que havia líderes nas 
igrejas caulinas desde o início. 
 
Esboço da Carta - conteúdo 
 
 I. Introdução (1.1-11). 
 - Endereço e saudação (1.1-2). 
 - Ação de graças, oração e confiança (1.3-11). 
 II. Paulo um prisioneiro cheio de esperanças e alegria (1.12-26). 
 III. O exemplo de Paulo era um consolo para os crentes que sofriam (1.27 - 2.18). 
 IV. Características da vida cristã (2.1-18). 
 V. Timóteo e Epafrodito são enviados. Deveriam ser acolhidos como representantes 
de Paulo e tratado como tais (2.19-30). 
 VI. Digressão contra os legalistas (3.1-21). 
 VII. Admoestações finais variadas (4.1-9). 
 VIII. Agradecimentos e considerações sobre as dádivas cristãs (4.10-20). 
 IX. Saudações finais, encorajamentos, apreciações (4.21-23). 
 
 
 
Bibliografia 
- História e Literatura do Novo Testamento, Clóvis Jair Prunzel - Gerson Luiz Lindem - Vilson 
Scholz. 
- O Novo Testamento interpretado. R. N. Champlin, editora Hagnos - SP 2014.

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