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III ENCONTRO CIENTÍFICO E SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO 
UNISALESIANO 
Educação e Pesquisa: a produção do conhecimento e a formação de 
pesquisadores 
Lins, 17 – 21 de outubro de 2011 
 
 
FLUXO DE CAIXA 
 
 
 
Aline Angeli Gimenes 
alineangeli@terra.com.br 
 
Dayane Fernandes Francisco 
dayane_fernandes@hotmail.com 
 
Éric Tadeu Gimenes da Silva 
ericofera@hotmail.com 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
A proposta desta pesquisa é abordar o Fluxo de Caixa e a sua importância nas 
tomadas de decisões, como uma ferramenta essencial na avaliação financeira da 
empresa. São abordados seus fundamentos, sua importância, seus tipos, sua 
utilização, e auxiliando nas tomada de decisões da empresa. Ampliando o 
entendimento desse mecanismo e ressaltando a importância de se alimentar 
diariamente de maneira correta para total conhecimento das entradas e saídas do 
caixa. Junto com os demais relatórios contábeis será reforçada a importância da 
utilização deste demonstrativo como um mecanismo indispensável para que sejam 
tomadas decisões adequadas. 
Palavras-chave: Tomadas de decisões. Entradas e saídas de caixa. Ferramenta 
essencial. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The purpose of this research is to study the CashFlow and its importance in decision-
making as an essential tool in the financial evaluation of the company. Its 
foundations are discussed, its importance, types, the use, and assisting 
in making business decisions. Increasing the understanding of this mechanism and 
highlighting the importance of eating correctly for daily full knowledge of the 
cash inflows and outflows. Along with other accounting reports will be reinforced the 
importance of using this statement as an indispensable mechanism for taking precise 
decisions. 
Keywords: decision-making. Inflows and outflows of cash. An essential tool. 
 
 
 
 
 
 
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Lins, 17 – 21 de outubro de 2011 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
As mudanças contínuas perceptíveis no mercado, a evolução tecnológica, a 
rapidez nas comunicações e a necessidade de tomadas de decisões mais rápidas 
passam a exigir dos gestores das empresas uma identificação maior com as 
ferramentas de gestão, a fim de manterem-se em sintonia com as novas exigências. 
E, dentre as ferramentas disponíveis, escolheu-se a do Fluxo de Caixa por ser 
a responsável pelo registro dos encaixes e desencaixes, assim como, permitir o 
planejamento dessas entradas e saídas de numerários. 
Ao pesquisar sobre o assunto, estabeleceu-se como objetivo principal analisar 
a importância do fluxo de caixa, no dia-a-dia das empresas, assim como se instituiu 
como pergunta-problema “a elaboração do fluxo de caixa auxilia nas tomadas de 
decisões empresariais”? 
Para se realizar o objetivo e responder à pergunta-problema, buscou-se 
realizar uma pesquisa bibliográfica, com sustentação nas obras de Irso Tófoli; José 
Segundo Filho e Masakazu Hoji. 
Nota-se que é uma ferramenta simples, que demonstra as entradas e saídas 
do disponível da empresa. A partir desses dados, o gestor saberá quais foram os 
numerários gastos ou ingressados na empresa. 
Pode ser utilizado o Fluxo de Caixa Real ou o Fluxo de Caixa Planejado. O 
Real são as movimentações que estão ocorrendo na empresa, sendo feitas através 
do disponível da empresa. Já, o Planejado é feito através de dados que serão 
recebidos ou pagos futuramente, para saber em quais períodos haverá dessintonia 
entre os ingressos e saídas de numerários, antecipando-se às decisões futuras. 
 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
 
Conforme Tófoli (2008), o instrumento do fluxo de caixa é uma planilha que 
permite ao gestor planejar e administrar os numerários da empresa, isto é, 
administrar as entradas e saídas de dinheiro da empresa. 
Conforme Segundo Filho (2005, p. 8), “a boa gestão de caixa é um dos 
fatores mais importantes para a liquidez e rentabilidade da empresa”. Ainda 
conforme o autor, o gestor deve ter como objetivo principal, maximizar essas duas 
variáveis. Assim, faz-se necessário o controle eficiente da utilização dos recursos da 
empresa, seja através da redução de gastos, seja através da aceleração dos valores 
a receber. 
Sendo o Fluxo de Caixa uma demonstração que representa o registro das 
entradas e saídas financeiras de determinado período de tempo e por meio dele são 
obtidas informações sobre a liquidez empresarial, ele deve receber todos os 
cuidados dos gestores para que sua elaboração aconteça sustentada em 
credibilidade, ou seja, com um controle efetivo e eficiente. 
 
 
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A importância do Fluxo de Caixa nas Empresas 
 
O Fluxo de Caixa, para uma empresa, é de suma importância, pois consegue 
controlar as entradas e saídas de numerários da empresa, sabendo o que 
aconteceu em cada dia da empresa, tendo assim um maior controle das operações 
que envolvem o seu disponível. 
A empresa, utilizando-se desta Ferramenta, consegue verificar quais dias terá 
mais recebimentos e pagamentos, ajustando assim quais dias seriam melhores 
para quitar as dívidas futuras. É uma ferramenta simples de grande valia, que 
sendo colocada em prática só trará benefícios à empresa, e com ela conseguirá 
enxergar em que dias a empresa encontra-se com mais dívidas a serem pagas. 
O empresário pode também utilizar o Fluxo de Caixa Planejado para 
provisionar as atividades futuras, para saber como se ajustar, tendo assim um maior 
controle e saber quais dias terá mais pagamentos e recebimentos, prevendo o que 
busca alcançar no próximo período. 
Assim, o fluxo de caixa poderá ser elaborado de duas formas: Fluxo de Caixa 
Planejado (ou Projetado) e Fluxo de Caixa Real. 
No caso do fluxo de caixa Planejado (ou Projetado) envolve os valores 
previstos para um determinado período de atividade, já o fluxo de caixa Real 
apresentará os valores que de fato ocorreram, as efetivas entradas e saídas de 
recursos. 
Conforme Tófoli (2008, p. 69), “o objetivo básico do Fluxo de Caixa Planejado 
é o de projetar as entradas e saídas de recursos financeiros, num determinado 
período, avaliando a necessidade de captar recursos ou aplicar os excedentes de 
caixa”. 
Ainda segundo o autor, o fluxo de caixa realizado antecipadamente permitirá 
a antevisão de situações de falta ou de excesso de dinheiro no caixa, indicando 
quanto e quais serão os compromissos e as entradas de dinheiro em caixa 
provenientes de vendas à vista e recebimentos de vendas a prazo. 
O Fluxo de Caixa Planejado por ser executado de diversas periodicidades, 
tais como: 
a) Diário; 
b) Semanal; 
c) Quinzenal; 
d) Mensal; 
e) Anual; 
f) Quinquenal; 
A opção de periodicidade desta ferramenta está ligada à necessidade de 
planejamento do gestor, do tamanho da empresa e das circunstâncias vivenciadas 
 
 
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 com os encaixes e desencaixes, podendo ser em períodos mais breves ou mais 
longos. 
Uma vez realizada a ferramenta, isto é, elaborado o fluxo de caixa planejado, 
para efeito de exemplo um instrumento mensal, o gestor deverá voltar sua atenção 
para os saldos que se apresentarão no fluxo, avaliando se haverá períodos de falta 
de caixa, por quantos dias se prolongará e, evidentemente, quais as providências 
deverá tomar. Da mesma forma, na existência de saldos disponíveis em excesso, 
por determinado período,o gestor deverá buscar alternativas para que esses 
valores provoquem rendimentos, isto é, evitar que o dinheiro fique parado no caixa 
da empresa. 
Por sua vez, o Fluxo de Caixa Real, registra os acontecimentos efetivos de 
movimentação de numerários da empresa (TÓFOLI, 2008) 
Nele, o gestor registra exatamente como foram às entradas e saídas de 
dinheiro em caixa, isto é, todos os pagamentos, recebimentos, saldos do período. 
Após os registros, é fundamental que o administrador do caixa realize uma 
confrontação entre os dois modelos de fluxo de caixa: o planejado e o realizado. 
Esse confronto objetiva avaliar se o que foi planejado foi realmente realizado e caso 
haja distorções significativas, rever a forma em que foi planejado, para correções 
futuras, tornando-se assim, cada vez mais o fluxo de caixa planejado mais próximo 
das efetivas transações da empresa. 
Observe-se que a gestão do caixa é uma das áreas-chave da gestão do 
capital de giro da empresa, já que representam os seus ativos mais líquidos e 
possibilitam pagar as contas (compromissos) nos respectivos vencimentos; 
constituem-se também, em um agregado de recursos ótimos para cobrir 
desembolsos inesperados, reduzindo o risco de uma crise de liquidez (TÓFOLI, 
2008). 
Segundo Hoji (2004), o executivo responsável pela administração do caixa 
deve ter uma visão integrada do fluxo de caixa da empresa e interagir 
preventivamente junto às áreas geradoras de recebimentos e de pagamentos, 
principalmente nos itens que mais impactam no caixa: 
a) Contas a receber 
b) Estoques 
c) Contas a pagar. 
 
Lembrando que estas três atividades empresariais estão fortemente 
embutidas nos ciclos operacional e financeiro das organizações e, obviamente 
devem ser consideradas. Assim, as áreas gestoras dessas atividades devem estar 
atentas aos seus respectivos prazos de execução para não influenciar 
negativamente nos resultados dos encaixes e desencaixes. 
Por exemplo, o gestor de contas a pagar deve estar atento ao Prazo Médio de 
Contas (PMPC); o gestor de contas a receber, como o Prazo Médio de Recebimento 
de Vendas (PMRV) e o gestor de estoques como Prazo Médio de Renovação de 
Estoques (PMRE). E, fundamentalmente, estarem em contato direto e diário, pois o 
sincronismo de seus aprazamentos é fundamental para os Ciclos de Caixa (tempo 
 
 
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 decorrido entre o pagamento das obrigações e o recebimento de vendas a prazo) e 
Operacional (tempo decorrido entre a compra e o recebimento da venda da 
mercadoria). 
Conforme Hoji (2004, p. 122), “uma das mais importantes funções do 
tesoureiro é assegurar o equilíbrio financeiro da empresa, coordenando eficazmente 
as atividades de compra, estocagem e vendas”. 
E, para fazer face às atividades normais, o gestor deverá manter um saldo 
adequado a essas atividades, em função da incerteza associada aos fluxos de 
recebimentos e pagamentos, pois nem todos são efetivamente realizados na data 
prevista. 
As empresas devem manter saldos de numerários em caixa para atender as 
seguintes necessidades (HOJI, 2004): 
a) Pagamentos de transações geradas pelas atividades operacionais como 
compra de matérias-primas e contratação de serviços 
b) Amortização de empréstimos e financiamentos 
c) Desembolsos para investimentos permanentes 
d) Pagamentos de eventos não previstos, e 
e) Reciprocidades em aplicação financeira exigidas pelos bancos 
 
 
Modelo de fluxo de caixa 
 
 
 Para o efetivo acompanhamento dos encaixes e desencaixes, apresenta-se 
um exemplo de planilha de Fluxo de Caixa Planejado, para um período semanal, 
que pode ser facilmente adaptado para outras periodicidades. 
 É fundamental que o preenchimento desse planejamento seja realizado em 
conformidade com as previsões sustentadas em análises do ambiente, 
conhecimento do mercado etc. 
 Os critérios para planejamento, dentre outros, conforme Tófoli (2008, p.74), 
são: 
a) Projeção das receitas ou vendas diárias - Caso a empresa desenvolva 
previsões de vendas, essa será a fonte mais precisa. Se não desenvolver, 
as vendas previstas no fluxo de caixa deverão ser projetadas com base 
em períodos anteriores, consideradas as evoluções do mercado, a 
proximidade de datas festivas, dentre outros. 
b) Projeção de recebimentos de contas - A fonte inicial é a carteira de 
duplicatas (valores) a receber e verificar aquelas que vencem no período 
projetado, descontando aqueles clientes que tem hábito de atrasar, 
verificar os cheques - pré para o período e assim por diante. O índice de 
inadimplência não pode ser descartado. 
 
 
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 c) Projeção de recebimento de aluguel - A data de recebimento de encaixes 
provenientes de aluguel é conhecida previamente. 
d) Projeção de descontos de duplicatas - Este item normalmente é 
preenchido após conhecidos os saldos negativos de caixa e os valores 
são condizentes com as necessidades de momento. 
e) Projeção de compras à vista - Os responsáveis pelas compras da 
empresa sabem as datas das visitas dos representantes fornecedores e 
as necessidades prévias de produtos a serem comprados. Assim, tornam-
se a fonte de informação para esse item. 
f) Projeção de pagamentos a fornecedores ou empréstimos bancários - A 
fonte mais indicada é a carteira de valores a pagar. Ali, encontram-se os 
valores a pagar a fornecedores, a bancos, etc. 
g) Projeção de pagamentos de serviços - Os desembolsos pertinentes a 
pagamentos de serviços têm como fonte de informação o setor 
administrativo, que indicará as previsões. 
 
Assim, considerando essas fontes de informações, o gestor do caixa da 
empresa poderá desempenhar satisfatoriamente suas atividades, antevendo 
situações e tomando decisões proativas. 
Dentre as várias consequências oriundas da falta de saldos de caixa, para o 
empresário de pequena empresa principalmente, pode-se acrescentar: A 
credibilidade da empresa; Dificuldades em obter recursos extras; Tentação de elevar 
preços e perder clientes; Atrasar o recolhimento de impostos; Atrasar pagamentos 
de compromissos; Aumentar o desconto de duplicatas em bancos. 
Aproveitando o modelo de Fluxo de Caixa apresentado e, uma vez realizado o 
seu preenchimento, seguindo as orientações comentadas, o executivo dispõe assim 
de uma ferramenta, uma fotografia de como se comportará a sua empresa no 
próximo período. Esses números, obviamente não corresponderão a 100% do que 
será realizado, pois muitos compromissos poderão ocorrer em datas diferentes das 
esperadas, as vendas poderão oscilar em relação às planejadas em função de 
ocorrências não previstas etc. 
Independente dessas prováveis variações, esta fotografia, esta ferramenta 
mostrará ao gestor o comportamento de seu fluxo de dinheiro no próximo período 
(semanal, mensal etc.), permitindo assim a tomar decisões mais ajustadas em 
função do esperado. 
 
 
 
 
 
 
 
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 FLUXO DE CAIXA PLANEJADO 
EMPRESA______________________________________ período de _____/_____/______ 
Fonte: Tófoli, 2008, p. 74 
Quadro I – Fluxo de Caixa 
Atividades operacionais segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado 
1. saldo do dia anterior 
 
 
 
2. vendas à vista 
 
 
 
3. recebimento de contas do 
crediário 
 
 
 
3.1idem de cartões 
 
 
 
3.2 idem de duplicatas 
 
 
 
3.3 idem de cheques pré 
 
 
 
4. desconto de duplicatas/ 
cheques 
 
5. empréstimos obtidos 
 
 
 
6. Recebimentos de aluguel 
 
 
7 . outros 
 
8. subtotal (soma de 1 a 7) 
 
 
 
9. compras à vista 
 
 
 
10. pagto. duplicatas 
 e empréstimos 
 
11. pagto. Serviços 
 
 
 
12. INSS/ COFINS/IPVA/ 
 SEGUROS 
 
13. Salários 
 
 
 
14. Encargos sociais 
 
 
 
15. Água, luz, telefone e 
internet 
 
16. Contador 
 
 
 
17. Aluguel 
 
 
 
18. Retir Pró-Labore 
 
 
 
19. Impostos 
 
 
 
20. subtotal 
 (soma de 9 a 19) 
 
Saldo de caixa do dia. 
 ( 8 - 20) 
 
Data: 
 
Visto: 
 
 
 
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 Como suplemento ao instrumento comentado no Quadro I e se amplie e 
facilite as gestões e respectivas tomadas de decisão, o executivo deverá exercer 
alguns controles e procedimentos pertinentes, que, conforme Segundo Filho, (2005, 
p. 7) são essenciais, independentemente do tamanho da empresa: 
a) Manter um fundo fixo de caixa, com valor máximo definido pela 
administração, para pagamento das pequenas despesas diárias. Esse 
fundo fixo deve ter uma prestação de contas em prazos condizentes com o 
seu volume e sua movimentação, ou sempre que seu saldo esteja próximo 
à exaustão, devendo ser apresentada ao superior imediato para a devida 
aprovação; 
b) Todos os cheques recebidos devem ser nominativos à empresa e 
cruzados; 
c) As entradas de caixa, sempre que possível, devem ser depositadas 
diariamente e registradas no livro caixa; 
d) Todos os recebimentos em caixa devem ser suportados por um 
comprovante, como nota fiscal, recibo pré-numerado; 
e) Deve haver um planejamento sistemático de contagem de caixa, não 
anunciado, por pessoa independente do setor; 
f) Estabelecer separação entre a função do recebimento e a do registro; 
g) Centralizar todos os recebimentos em um único local; 
h) Todos os pagamentos, exceto as pequenas despesas devem ser efetuados 
através de cheques nominativos, assinado por pessoa autorizada, sendo 
proibida a emissão de cheques ao portador. Os pagamentos devem ser 
feitos, preferencialmente pelo sistema automático oferecido pelas 
instituições financeiras (TED, DOC etc.) 
i) Todos os cheques devem ser assinados por duas pessoas, acompanhados 
dos respectivos documentos. 
 
Sendo o caixa, o setor mais sensível a desvios e desfalques, a empresa deve 
implantar um sistema eficiente de controle, visando monitorar todas as transações 
da tesouraria (SEGUNDO FILHO, 2005, p. 7). 
Ainda segundo o autor, as principais maneiras de desviar recursos de caixa 
são: 
a) Registrar venda a menor e embolsar a diferença 
b) Deixar de registrar a venda e ficar com o valor recebido 
c) Receber cheques ao portador, sacá-los e usar o valor por determinado 
 tempo 
d) Alterar os totais dos registros de caixa 
e) Baixar uma duplicata do cliente e desviar a quantia correspondente 
f) Atrasar o registro de um recebimento e usar temporariamente o dinheiro. 
g) Falsificar comprovantes 
 
 
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 h) Utilizar duas vezes o mesmo documento para comprovar um pagamento 
i) Aumentar o valor do cheque depois de assinado 
j) Emitir comprovante de despesas de “taxi” para desviar dinheiro 
 
 
3 CONCLUSÃO 
 
O fluxo de caixa é o instrumento que permite total controle da gestão financeira 
da empresa, no tocante especificamente, das movimentações de dinheiro, podendo 
se dizer ainda que é indispensável para a sobrevivência dentro do mercado 
competitivo em que está inserida. 
Desta forma, pode-se afirmar que o conhecimento de sua importância e a 
utilização das suas ferramentas, quando alimentadas corretamente torna se o 
mecanismo mais detalhado para a tomada de decisão. Mesmo não sendo 
contemplado na lei das sociedades anônimas, o fluxo de caixa é um relatório de 
informações precisas. Além de proporcionar a possibilidade de planejar com 
precisão a vida financeira da empresa, controlando as entradas e saídas do caixa, 
através do Fluxo de caixa projetado, alterando os prazos de pagamentos e 
recebimentos, quando necessário, após detalhada análise. 
Da mesma forma, o fluxo de caixa real registra o que de fato aconteceu na 
empresa. Ambos precisam trabalhar em conjunto para que se possa ter o controle 
do que se foi planejado e do que na realidade ocorreu. O fluxo de caixa é de suma 
importância para qualquer tipo de empresa, e sua utilização correta é de grande 
valia no dia a dia da mesma. 
O gestor que, utilizando-se da ferramenta, ao perceber, que o saldo de caixa 
de determinado período, alguns dias, por exemplo, apresentar-se negativo, isto é, 
insuficiente para fazer face aos compromissos do período, pode analisar e decidir 
por várias alternativas, como: contratação de um empréstimo bancário (se o prazo 
for mais longo); desconto de duplicatas a receber; prorrogação de vencimento de 
alguns compromissos, principalmente as obrigações não onerosas; retardamento da 
realização de alguma atividade dispendiosa; adiar investimentos etc. 
Através do fluxo de caixa planejado (ou projetado), ao perceber a insuficiência 
de caixa, num período curto, o gestor pode analisar a possibilidade de postergar o 
vencimento de compromisso com fornecedores, contatando antecipadamente com o 
envolvido, prevenindo-o e permitindo que também ele faça ajustes no seu fluxo de 
caixa planejado. Evidentemente, esta prática não pode se transformar em rotina, o 
que abalaria a credibilidade da empresa. 
Some-se a isso, as providências correlatas que a empresa desenvolve, 
auxiliando nas precauções contra fraudes, desvios, faltas ou sobras de caixa. Este 
trabalho, evidentemente, não esgota o assunto podendo ser ampliado por novos 
pesquisadores. 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS: 
 
HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática. 5. ed. São Paulo: 
Atlas, 2004 
 
SEGUNDO FILHO, J. Controles financeiros e fluxo de caixa. Rio de Janeiro: 
Qualitymark, 2005. 
 
TÓFOLI, I. Administração Financeira Empresarial: uma tratativa prática. 
Campinas: ArteBrasil/Unisalesiano, 2008.

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