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opióides UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS – CESC CURSO: BACHARELADO EM MEDICINA DISCIPLINA: FARMACOLOGIA I PROFESSOR: LUCIANO BARROS Componentes: Alexandra Lopes Letícia Martins Marcela Lopes Maria Carolina Rayra Morais Seliel Ribeiro Victor Hugo ORIGEM Ópio/opus, significa “suco”, sendo fármaco derivado do suco da papoula Papaver somniferum. Serturner(1803): isolou a morfina, um alcalóide do ópio. Analgésicos opióides: derivados alcalóides naturais e semissintéticos do ópio + substitutos sintéticos. Peptídeos Opióides Endógenos 3 famílias: endorfinas, encefalinas e as dinorfinas. Proteínas percusoras: pré-proopiomelanocortina (POMC), pró-encefalina e a pré-prodinorfina. Síntese de múltiplos peptídios ativos: clivagens e modificações pós-translacionais. Motivo opióide: Tyr-Gly-Phe-(Met ou Leu). Peptídeos Opióides Endógenos POMC β-endorfina (principal) Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) Hormônio estimulante de melanócitos (α-MSH) β-lipotropina (β-LPH) Pró-encefalina 6 met-encefalinas 1 leu-encefalina Pró-dinorfina: peptídeos com [leu]-encefalina inicial Dinorfina A Dinorfina B Neoendorfinas α e β Pró-orfanina Orfanina (N/OFQ) Orfanina-2 Nocistatina Receptores Opióides µ, δ, к : família da rodopsina das GPCRs. Acoplados principalmente à proteína Gi/Go. Também conhecidos como MOR, DOR, KOR. Amplamente distribuídos no SNC (cérebro e medula espinal), vasos sanguíneos, coração, vias respiratórias/pulmões, intestino e células imunes/inflamatórias. Receptores Opióides Receptor e ligante natural EfeitosAgonistas endomorfina1 e 2,-endorfina Analgesia Euforia ReduçãomotilidadeTGI Imunossupressão Depressão respiratória Emese Tolerância Dependência física Dinorfinase-endorfina Analgesia Sedação Miose Diurese Disforia Encefalinase-endorfina Analgesia Estimulação imunológica Depressão respiratória Dessensibilização Ocupação aguda dos receptores pelos agonistas ativação do sistema de sinalização intracelular. Tolerância Administração prolongada resulta na perda progressiva do efeito do fármaco. Desvio da curva dose-efeito à direita. Dependência Estado de adaptação evidenciada pela crise de abstinência. Ocorrência exagerada de sinais exacerbados da atividade celular. Drogadição Padrão comportamental evidenciado pelo uso compulsivo de uma droga e o envolvimento incontrolável com busca e utilização. Consequências da ativação aguda ou crônica dos receptores Efeitos dos Opióides ANALGESIA Doses terapêuticas de morfina: analgesia, sonolência, alterações do humor e obnubilação mental. Dose em indivíduos normais: sonolência, dificuldade de realizar atividades mentais, apatia etc. Alivia dor difusa e contínua, dor aguda intermitente e dor dilacerante grave. Mecanismo responsáveis pela dor Nocicepção aguda: ativação das fibras Aδ e C medula tálamo córtex somatossensorial resposta do sistema ascendente DOR. ex: picada de agulha, incisão. Lesão de tecidos: fatores ativos ativam as fibras Aδ e C ou reduzem o limiar de excitabilidade das aferentes sensoriais. ex: queimaduras, incisões, abrasão da pele. Lesão neural: alterações anatômicas e bioquímicas no nervo e na ME disestesias espontâneas e alodinía. Mecanismos da analgesia induzida pelos opióides Ações supraespinais:ativação de neurônios inibitórios descendentes. Ação espinal: redução da secreção dos neurotransmissores excitatórios pelas fibras C e diminuição da excitabilidade dos neurônios do corno dorsal. Ação periférica: reduz os disparos das fibras aferentes ativadas de forma espontânea pela inflamação nestes tecidos. EFEITOS DOS OPIÓIDES RESPIRAÇÃO Depressão respiratória. Redução da resposta dos centros respiratórios do tronco cerebral ao CO2. Causa da morte por envenenamento. Deprimem os componentes da atividade respiratória (FR, VC E V/min), causando respiração irregular e aperiódica. Outros fármacos, sono, idade, doenças e DPOC aumentam o risco de depressão respiratória. Anestésicos, tranquilizantes, hipnótico-sedativos e álcool Sono diminui a excitabilidade do centro bulbar de CO2 Recem nascidos e idosos 14 EFEITOS NAUSEANTES E EMÉTICOS Estimulação direta da zona quimiorreceptora do gatilho para êmese. Área postrema do bulbo. Antagonistas 5-HT3. SISTEMA CARDIOVASCULAR Inibição do reflexo barorreceptor (vasodilatação e RVP) Hipotensão ortostática e síncope Diminuição da pré-carga, do inotropismo e do cronotropismo. Angina de peito e infarto agudo do miocárdio 15 ALTERAÇÕES DE HUMOR Euforia, tranquilidade e propriedades gratificantes. Sistema dopaminérgico mesocorticolímbico (MCL) OLHOS Miose Bloqueiam a dilatação reflexa das pupilas. TOSSE Deprimem o reflexo da tosse Efeito direto no centro da tosse no bulbo. REGULAÇÃO DA TEMPERATURA Alteram o ponto de equilíbrio dos mecanismos termorreguladores no hipotálamo. TGI Esôfago: inibe o relaxamento do esfíncter esofágico inferior. Estômago Células parietais (M e ag. µ): aumento da secreção de HCL. Final: diminuem a secreção de ácido clorídrico. Diminuem a motilidade gástrica. Intestino Delgado Diminui as secreções biliares, pancreáticas e intestinais. Retarda a digestão de alimentos. Aumento da viscosidade do conteúdo no intestino. Intestino Grosso Ondas peristálticas diminuem ou são abolidas. Tônus aumenta. Constipação/Prisão de ventre Aumento da secreção de somatotostina pelo pâncreas e redução da liberação de acetilcolina Inibem a transferência de líquidos e eletrólitos para o lúmen intestinal 17 TRATO BILIAR Contração do esfíncter de Oddi. Aumento da pressão no ducto biliar comum. Desconforto epigástrico ou até cólica biliar típica. Atropina e antagonistas opióides. URETER E BEXIGA Aumento do tônus e amplitude de contração do ureter. Inibe o reflexo de esvaziamento urinário Aumenta o tônus do esfíncter externo e o volume da bexiga. ÚTERO Promove o retorno aos níveis normais do tônus, frequência e amplitude das contrações (após ocitocina). PELE Dilatação dos vasos sanguíneos cutâneos. Ruborização Liberação de histamina: sudorese e prurido. Prurido: complicação comum e incapacitante do emprego de opióides. SISTEMA IMUNE Imunossupressão Aumento da suscetibilidade à infecções e à disseminação tumoral. NEUROENDÓCRINOS Nos homens, reduz os níveis plasmáticos do cortisol, da testosterona e das gonadotrofinas. Nas mulheres, diminui a secreção de LH e FSH. Hipogonadismo e menstruação desrregulada. FARMACOCINÉTICA ABSORÇÃO Bem absorvidos via subcutânea, intramuscular e oral. Dose oral > Dose parenteral mecanismo de 1ª passagem (sofre variações). Ação mais duradoura com a via oral de morfina. Lipossolúveis (codeína, heroína e a metadona): atravessam a BHE. DISTRIBUIÇÃO Se ligam às proteínas plasmáticas com atividade variável. Altas concentrações: cérebro, pulmões, fígado, rins e baço. Acúmulo no tecido adiposo. FARMACOCINÉTICA METABOLISMO Convertidos em metabólitos polares (ácido glicurônico). Morfina: morfina-3-glicuronídeo e morfina-6-gicuronídeo Codeína: 10% se transforma em morfina através de uma O-desmetilação (CYP2D6). Heroína (diacetilmorfina) é hidrolisada em 6-monoacetilmorfina e depois em morfina. EXCREÇÃO Morfina é eliminada por filtração glomerular principalmente de M3G. Heroína excretada na urina como morfina livre e conjugada. M6g: responsável pela maior parte dos efeitos analgésicos em pacientes com uso oral crônico! 21 Grupo Fármacos Fenantrênicos Morfina,Hidromorfona,Oximorfona Codeína,OxicodonaeHidrocodona Nalbufina,Buprenorfina Nalorfina, Naxolona e Naltrexona Fenilpitilamidas Metadona Propoxifeno Fenilpiperidinas Meperidina Fentanila Difenoxilato Morfinanos Levorfanol Butorfanol Pentazocina AGONISTAS OPIÓIDES Codeína Amplo uso como antitussígeno.Deprime o centro da tosse. Analgésico para dores moderadas a fortes. Efeito constipante acentuado Em geral é associada a expectorantes ou a outros analgésicos (ex: paracetamol) Levorfanol Principal agonista opióide dos MORFINANOS comercialmente disponíveis. Afinidade pelos receptores MORs, KORs e DORs. Disponível em preparações IV, IM e oral. Efeitos farmacológicos semelhantes ao da morfina. Causa menos náuseas e vômitos. Meia-vida: 12-16h. Meperidina Agonista potente do receptor MOR. Padrão de efeitos semelhantes à morfina. AÇÕES:SNC Produz ações analgésicas potentes (10X menor que a morfina). Excitação: tremores, abalos musculares e convulsões. Acúmulo de normeperidina. SISTEMA CARDIOVASCULAR Assemelha-se ao da morfina, incluindo a capacidade de liberar histamina. Taquicardia significativa na injeção intravenosa. M. LISO Não causa tanta constipação e retenção urinária. Retarda o esvaziamento gástrico. Não interfere com as contrações normais ou a involução uterina depois do parto. Efeitos antimuscarínicos!! CONVULSÕES PELO ACÚMULO!! 27 Meperidina FARMACOCINÉTICA Absorvida por todas as vias de administração. 50% escapam ao metabolismo de 1ª passagem e entram na circulação. Metabolizada principalmente no fígado com meia vida de ~3horas. Pequena quantidade excretada sem alterações. INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS. Inibidores da MAO: síndrome serotoninérgica. Clorpromazina: aumenta efeitos depressores respiratórios. Anfetamina: intensifica os efeitos analgésicos e neutraliza a sedação. Meperidina INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Analgesia: dura ~1,5-3h. Analgesia durante o trabalho de parto. Não é utilizada no tratamento da tosse ou da diarréia. Produz tanta sedação, depressão respiratória e euforia quanto morfina. - retenção urinária que a morfina. Tratamento de calafrios pós-anestésicos. Atravessa a barreira placentária. Difenoxilato Congênere da meperidina. Efeito constipante bem definido nos seres humanos. Utilizado no tratamento da diarreia. Em altas doses: euforia e dependência física. Praticamente insolúvel em soluções aquosas. Cloridrato de difenoxilato + sulfato de atropina tto da diarreia. Loperamida Derivado da piperidina. Reduz motilidade GI e a secreção gastrointestinal. Utilizado no tratamento da diarreia. Tão eficaz quanto o difenoxilato. Meia vida de 7-14hrs Não é bem absorvida por administração via oral. Não penetram no cérebro. Fentanila e seus congêneres Fármaco sintético do grupo das fenilpiperidinas. Muito importante na prática anestésica. Analgésico extremamente potente. Ação muito curta quando administrado por via parenteral. AÇÕES SNC Rigidez muscular após doses altas para anestesia. Depressão respiratória semelhante à dos outros opióides, mas com início mais rápido. Excitação neurológica e raramente convulsões. CARDIOVASCULAR Reduzem a FC e podem diminuir levemente a PA. Não liberam histamina e os efeitos depressores diretos no miocárdio são mínimos. Fentanila e seus congêneres FARMACOCINÉTICA Melhor absorção por via bucal. Altamente lipossolúveis, logo atravessam a BHE. Meia vida de eliminação (3-4h). Metabolizada no fígado e excretadas pelos rins. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Coadjuvantes anestésicos. Usados intravenosa, epidural ou intratecal. Fentanila (100x mais potente que a morfina) e Sufentanila (1000x mais potente). Analgesia pós-operatória ou durante o trabalho de parto. Tratamento das dores crônicas. Remifentanila Potência praticamente igual à da fentanila e sulfentanila. Naúseas, vômitos, prurido e cefaléia. Relatos de convulsões após administração. FARMACOCINÉTICA Ação analgésica de efeito mais rápido (1-5min) após IV. Metabolizada pelas esterases plasmáticas e tem t1/2 8-20min. Ácido remifentanílico é o principal metabólito excretado pelo rim. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Útil em procedimentos curtos e dolorosos que requerem intensa analgesia. Procedimentos neocirúrgicos mais longos. Metadona Agonista MOR de ação longa. Analgésico potente e clinicamente útil. Atividade analgésica deve-se ao teor de L-metadona. D-metadona: depressão respiratória e potencial de drogadição. EFEITOS SNC Atividade analgésica. Eficácia por via oral. Efeitos mióticos e depressores da respiração. Sedação acentuada após administração repetida. Outros efeitos semelhantes aos da morfina. Fenileptilaminas 35 Metadona FARMACOCINÉTICA Bem absorvida pelo trato GI. 90% ligam-se às proteínas plasmáticas. Biotransformação extensiva no fígado. Meia vida longa (15-40h) Acidificação aumenta sua excreção. Acúmulo gradativo nos tecidos. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Alívio da dor crônica Tratamento das síndromes de abstinência dos opióides. Tratamento dos usuários de heroína. Propoxifeno Estruturalmente relacionado com a metadona. Atividade analgésica bastante baixa. Efeito análgésico depende do isômero D-propoxifeno. EFEITOS Analgesia e outros efeitos no SNC. ~50-66% da potência da codeína VO. Colaterais como naúseas, anorexia, constipação, dor abdominal e sonolência igual à codeína. Combinado com AAS, produz níveis mais altos de analgesia. OBS: inapropriado para alívio da dor intensa. Tramadol Análago sintético da codeína e agonista MOR fraco. Parte do efeito analgésico é produzida por inibição da captação de NE e da 5H-T. Dores brandas à moderadas. Dor do parto, causando menos depressão respiratória neonatal. Estruturalmente semelhante ao tramadol e tem mecanismo de ação comparáveis. Tem atividade opioide branda e atua como inibidor da recaptação das monoaminas. Tapentadol AGONISTA/ANTAGONISTAS E AGONISTAS PARCIAIS OPIOIDES Pentazocina Antagonista fraco/agonista parcial dos receptores MOR, mas agonista KOR. EFEITOS Analgesia, sedação e depressão respiratória. Doses altas: efeitos disfóricos e psicotomiméticos; aumento da PA e FC. Pode desencadear crise de abstinência em pacientes dependentes de morfina ou outros agonistas MOR. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Alivio de dores moderadas a graves Fármaco pré-operatório e suplemento à anestesia. Comprimidos de uso oral: + paracetamol ou naxolona BENZOMORFANO 40 Nalbufina Agonista KOR e antagonistas MOR. Efeitos qualitativamente semelhantes ao da pentazocina. Metabolizada no fígado e com meia vida plasmática (2-3h). EFEITOS Efeitos analgésicos e ínicio e duração de ação semelhantes à morfina (10mg). Doses acima de 30mg: não produzem depressão respiratória ou analgesia adicional. Não tem efeitos cardiovasculares significativos. Precipita síndrome de abstinência em dependentes de doses baixas de morfina (60mg/dia). INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Analgesia Butorfanol Opioide sintético agonista KOR e antagonista MOR. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Alívio da dor aguda (ex: pós-operatório). Cefaleias graves Tosse EFEITOS Analgesia e depressão respiratória. Diminuição ligeira da PA sistêmica. Adversos: sonolência, fraqueza, sudorese, sensações de flutuação e náuseas. Buprenorfina Agonista parcial MOR altamente lipofílico derivado da tebaína. Relativamente bem absorvida por muitas vias. 96% se ligam às proteínas plasmáticas. Meia vida ~3hrs. Maior parte é excretada inalterada nas fezes. EFEITOS Analgesia e outros efeitos no SNC (mais longa que da morfina). Efeitos subjetivos e depressores da respiração têm início mais lento. Efeitos cardiovasculares e de outros sistemas semelhantes ao de agonistas opióides. Após interrupção, desenvolvimento de síndrome de abstinência tardia. Sintomas de abstinência em pacientes com uso de agonistas opióides. 43 Buprenorfina INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Analgesia e tratamento da dependência opióide. Evitar fármacos que inibem a CYP3A4 (antifúngicos azólicos, macrolídeos etc). Evitar fármacos que estimulam a CYP3A4 (alguns anticonvulsivantes e rifampicina). ANTAGONISTAS OPIOIDES (Naxolona e Naltrexona) ANTAGONISTAS OPIOIDES QUÍMICA Substituição de uma molécula maior pelogrupo N-metila típico dos agonistas MORs. Nalorfina, levalorfano, naxolona, naltrexona e metilnaltrexona. Compostos relativamente lipossolúveis e com biodisponibilidade excelente no SNC. Propriedades farmacológicas Efeitos na ausência dos agonistas opióides Naltrexona têm eficácia oral maior e duração de ação mais longa. Efeitos geralmente sutis e limitados. Dor: atenuação dos efeitos analgésicos do placebo e da acupuntura (naxolona). Revertem ou atenuam a hipotensão associada ao choque (naxolona). Tem a denaltrexona mas produz poucos sinais e sintomas! 47 Propriedades farmacológicas Efeitos na ausência dos agonistas opióides Disforia branda (naltrexona) Aumentam a secreção dos hormônio de liberação das gonadotropinas e corticotropinas. Aumentam o LH, FSH e o ACTH. A interrupção não é seguida por síndrome de abstinência reconhecível. Tem a denaltrexona mas produz poucos sinais e sintomas! 48 Propriedades farmacológicas Efeitos na presença de agonista opióides Alterações dos efeitos opioides agudos Naxolona (0,4-0,8mg) IM ou IV: evitam ou revertem efeitos. Aumento da FR em 1-2min. Reversão de efeitos sedativos e PA volta ao normal. Reverte efeitos psicotomiméticos e disfóricos. Duração dos efeitos é de 1-4h. Fenômeno de “efeito excessivo” pela naxolona. Propriedades farmacológicas Efeitos nos pacientes dependentes de opioides Naxolona (0,5mg): síndrome de abstinência moderada à grave. Dose do antagonista e o grau e tipo de dependência definem a gravidade e a duração da síndrome. Redução da motilidade GI e constipação são revertidos pela metilnaltrexona(0,15mg/kg). Farmacocinética Naxolona Deve ser administrada por via parenteral. Metabolizado no fígado por conjugação ao ácido glicurônico. Meia vida ~1hra. Naltreoxona Tem maior eficácia por via oral. Duração de ação aproxima-se de 24h. Meia vida ~3h. Metabolizada a 6-natrexol (t1/2~13h). É muito mais potente que a naxolona. Usos terapêuticos Tratamento da overdose de opioides Naxolona têm uso estabelecido no tratamento. Atua rapidamente e reverte a depressão respiratória associada às doses altas de opioides. Cuidado na utilização evita síndrome de abstinência. Deve ser administrada em infusão contínua. Tratamento da constipação Metilnaltrexona trata a constipação e a redução da motilidade GI. Tratamento das síndromes de uso abusivo Utilização no tratamento de síndromes de dependência não opióide (alcoolismo). REFERÊNCIAS BRUNTON, L.L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012. KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
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