Buscar

ANALGÉSICOS OPIOIDES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Histórico 
Os analgésicos opioides são utilizados pelos seres humanos há mais de 6.000 anos, através dos romanos, egípcios e gregos para fins medicinais ou recreativos. Em 330 A.C. Alexandre “O Grande” levou o ópio à Pérsia e à Índia. O ópio era conhecido pelos médicos gregos e romanos como um analgésico vigoroso. Sendo utilizado para induzir o sono e aliviar os intestinos, seus efeitos prazerosos também foram observados.
O ópio, substância original desse grupo farmacológico é extraído do Papaver somniferum, conhecido popularmente como papoula. O Papaver somniferum evoluiu, sendo assim, das várias espécies conhecidas somente o Papaver somniferum e o Papaver bracteatum produzem o ópio em quantidade significativa. Porém, esta última é abolida de expressão comercial. 
A comprovação mais antiga de cultivo da papoula data de 5.000 anos e foi deixada pelos Sumérios (antiga civilização no sul da Mesopotâmia- atual sul do Iraque e Kuwait), sendo conhecida em um ideograma desse povo como "planta da alegria" e relatos a citam como analgésico cirúrgico na lista de prescrições médicas, considerada a mais antiga do mundo (3.400 A.C.).
O ópio é uma denominação de origem grega que significa suco. O processo de sua obtenção não sofreu muitas modificações ao longo dos séculos, o mesmo é iniciado duas semanas após a queda das folhas, quando as cápsulas que contêm as sementes endurecem. Ao anoitecer, a cápsula é escarificada com incisões rasas permitindo fluir o látex. Deixa-se então que ele se adense, graças à evaporação, na própria superfície da cápsula, que gera uma goma marrom removida na manhã seguinte, com um instrumento de ferro com formato de uma pá de pedreiro pequena. Essa goma então é transformada em pó. 
 Em 1803, Friedrich Sertürner, alemão e assistente foi o primeiro a isolar a morfina, principal ingrediente do ópio enquanto trabalhava de aprendiz em um boticário. Ele deu o nome “morfina” em homenagem ao deus grego dos sonhos, o Morfeu. Alguns anos depois de ter iniciado as investigações sobre os princípios ativos do ópio,Sertürner resolveu realizar uma auto experiência com a morfina. Baseado nos sintomas que se manifestaram, quando sob o efeito dessa droga, escreveu: "Considero meu dever chamar a atenção para os efeitos terríveis dessa nova substância a fim de que uma calamidade possa ser evitada", dessa forma, a morfina teve os seus riscos divulgados pelo seu próprio descobridor, mas já em 1827 sua produção comercial se inicia. Em 1843, Dr. Alexander Wood descobre a administração injetável da morfina, com diminuição no período de ação e aumento da potência.
O termo opioide foi proposto por George H. Acheson, professor de farmacologia, para indicar as drogas com ação similar à da morfina mas com estrutura química diferente. Antes desta denominação elas eram chamadas de opiáceas. 
MORFINA
Como visto acima, a morfina é um poderoso analgésico opioide. A mesma age sobre os receptores opiodes do tipo μ e κ e seus efeitos são vistos primeiramente no SNC (Sistema Nervoso Central) e em órgãos com musculatura lisa. É indicada, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), para o tratamento da dor de último estágio a nível III (dor severa – pós cirurgias, câncer, anemia falciforme). Pode causar dependência se o tratamento não for realizado corretamente, pois proporciona forte sensação de prazer/euforia. Além disso, seus efeitos colaterais são depressão respiratória, náuseas e vômitos, diarreia, boca seca, fadiga, sonolência e redução da resistência periférica. Não deve ser utilizada na gravidez pois ultrapassa a barreira hematoencefálica. 
POSOLOGIA
A dose deve ser individualizada pelo médico de acordo com a gravidade da dor, sendo levado em consideração a idade e o peso do paciente.
TERMINOLOGIA
Os opiácios são substâncias naturais ou semissintéticas derivadas da papoula, ou seja, do ópio. Já os opioides são todas as substâncias que, independentemente da sua origem, realizam seus efeitos em decorrência à sua ligação a receptores opioides, com isso, tem suas ações inibidas pelos antagonistas opioides. 
Os opioides são drogas de ação central que aliviam a dor aguda e crônica. Possuem grande importância na Medicina, pois são poderosos analgésicos, porém se utilizados sem cautela podem acabar gerando uma rápida dependência. 
Com o tempo perdem sua eficácia, necessitando doses maiores ou a troca por um fármaco mais potente, sendo assim, o tratamento deve se iniciar com os de potência moderada e em baixas doses. Por causarem dependência, devem ser retirados gradativamente (diminuindo 10% da dose a cada 2 dias) para evitar a abstinência. Estes sintomas iniciarão de 8- 12h após a retirada, com pico nas 36-72h e duram de 5-10 dias e são sintomas contrários aos efeitos da droga: hiperventilação, calafrios, vômitos, diarreia, ansiedade, hipertermia. 
O tratamento da abstinência de opiodes pode ser realizado por meio da Naloxona (administração endovenosa) ou da Metadona (administração via oral).
OPIOIDES NA GRAVIDEZ E NEONATOS
Qualquer medicamento que a gestante ingerir irá atravessar a barreira placentária. Alguns opioides como a morfina ou a heroína atravessam imediatamente a barreira placentária, com isso, o feto pode ficar de seis a oito horas após o nascimento com crise de abstinência que possuem características como irritabilidade, inquietação, perda de peso, dificuldade em amamentar e até mesmo convulsões. Sua utilização aumenta os riscos de aborto, o feto pode ser afetado de várias formas como lesões (levando a deficiências congênitas), baixa no transporte de oxigênio e nutrientes, lesão nos vasos sanguíneos havendo o risco de nascimento prematuro (maior probabilidade nas gestantes que fazem uso constante de heroína) ou de baixo peso.
CLASSIFICAÇÃO
Quanto a origem:
Naturais- são substâncias extraídas do ópio, diretamente do cálice da papoula. Exemplo: morfina, codeina e tebaina
Semissintéticos- resultam de uma modificação parcial da substância original. Exemplo: heroína, metadona e ziperprol
Sintéticos- fentanil, metadona e etorfina
Quanto ao mecanismo de ação: 
A ligação de um opioide endógeno ou exógeno com o receptor promove a inibição do segundo mensageiro, altera o transporte do cálcio na membrana celular e atua pré-sinapticamente impedindo a liberação de neurotransmissor.
Podem ser classificados em:
Agonista - são substâncias que se ligam aos receptores e os ativa (são substancias capazes de se ligar a um receptor e disparar uma resposta – eficácia intrínseca). O composto deve ter afinidade com o receptor.
 Agonista parcial - não conseguem obter uma resposta total do receptor mesmo quando ligados ao mesmo, nesse caso, a dose administrada não irá “importar”. 
Antagonista - são substâncias que apresentam efeito contrário ao agonista, ou seja, não possuem eficácia (capacidade de disparar uma resposta).
A naloxona é um antagonista puro, ou seja, pode reverter a ação dos agonistas (morfina, fentanil, alfentanil, sufentanil) ou até mesmo de alguns agonistas/antagonistas e agonistas parciais (butorfanol, nalbufina, pentazocina, dezocina e buprenorfina). A naxolona normalmente não produz nenhum efeito quando administrada em um paciente que não recebeu nenhum opioide. A meia-vida de eliminação curta da naloxona (aproximadamente 1 hora), implica numa duração de ação mais curta que a da maioria dos agonistas com que ela vai competir. Sendo assim, doses adicionais de naloxona são administradas, além da observação cuidadosa do paciente, uma vez que o efeito do antagonista pode ser mais curto que a eliminação do agonista, e os fenômenos de ação agonista reinstalarem-se.
Durante administração de naloxona pode se observar efeitos colaterais como náuseas, vômito, excitação. Para minimizar ou evitar esses efeitos, a naloxona deve ser administrada lentamente, em pequenas doses sequenciais, até atingir o efeito desejado. 
RECEPTORES OPIOIDES
Os opioides agem em receptores específicos que são Mu (μ), Kappa (k) e Delta (σ).Localizam-se principalmente nas áreas sensoriais límbicas e do hipotálamo, na amígdala e na região cinzenta periaquedutal. Esses receptores inibem a atividade da célula alvo e estão envolvidos principalmente na dor, percepção, recompensa, respiração, pressão sanguínea e alerta. 
Os receptores opioides são polipeptídios transmembranas e são acoplados a proteína G que inibe a adenilato cilcase, diminuindo a AMPc (monofosfato cíclico de adenosina - executa na célula uma série de alterações fisiológicas como: ativação de enzimas, alterações da permeabilidade da membrana celular, ativação de síntese proteica).
Além disso os receptores também abrem os canais de K+ (efluxo), impedem a abertura dos canais de Ca2, tornando a célula hiperpolarizada (inibindo a ação de neurotransmissores), sendo assim, o estímulo doloroso não chega ao córtex, exercendo o efeito analgésico. 
Mu (μ1e µ2)
 µ1→ analgesia supramedular, miose, euforia 
µ2→ analgesia medular, depressão respiratória, redução do trânsito intestinal
Kappa (k1, k2, k3)
 k1→ disforia, analgesia
 k2→ efeitos desconhecidos
 k3→ analgesia supra medular, sedação
Delta (δ) - analgesia medular e supra medular
AÇÕES FARMACOLÓGICAS DOS AGONISTAS OPIOIDES 
Sistema cardiovascular
Vasodilatação periférica: liberação de histamina e redução do tônus simpático podendo levar a hipotensão 
Depressão respiratória: diminuem a atividade do centro neuronal que controla o ritmo e a intensidade da respiração
Supressão do reflexo da tosse: são utilizados tanto a morfina quanto a codeína, porém esta última possui menor potência analgésica
Sistema nervoso
Sedação: dificuldade de concentração e sonolência. Opioides não atuam como hipnóticos 
Analgesia: eficazes para o alívio de dores leves, contínuas e sem localização específica proveniente de órgãos internos (intestinos). São menos eficazes para dores superficiais (pontadas)
Euforia e disforia: morfina, gerando sensação de bem-estar não havendo dor, causa inquietação e agitação
Rigidez muscular
Imunidade: depressão do sistema imunológico após uso contínuo de opioides
Prurido: alguns opioides estimulam a produção de histamina pelos mastócitos, com maior incidência se for administrado por via intratecal 
FARMACOCINÉTICA 
Vias de administração: via oral, intramuscular, endovenosa, subcutânea e retal
Absorção: trato gastrointestinal
Distribuição: corrente sanguínea 
Biotransformação: sistema hepático
Excreção: maior parte na urina mas uma baixa porcentagem na bile
FARMACODINÂMICA
Provocam analgesia ao unir-se aos receptores específicos, acoplados aa proteína G. Localizados principalmente em regiões do sistema nervoso central e envolvidos na transmissão e modulação da dor
MEDICAMENTO REFERÊNCIA 
 
 
MEDICAMENTO GENÉRICO 
 
 
 
 MEDICAMENTO SIMILAR
 
 
CASO CLÍNICO
Prince, 51 anos, americano, cantor. Deu entrada no hospital para ser salvo de uma overdose de opioides. O mesmo tomou uma injeção utilizada geralmente para evitar overdose de opioides. O médico teria recomendado que o artista ficasse durante ao menos 24h internado. A equipe teria exigido um quarto privado, mas como isso não foi possível, Prince decidiu sair do hospital.
 Sendo assim, 6 dias depois o cantor acabou falecendo devido a intoxicação por fentanil (potente agonista μ). 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://toxicologiainta.blogspot.com.br/2016/06/opiaceos-e-opioides-aspecto
http://www.mundosemdor.com.br/opioides-potentes-no-alivio-da-dor-severa/
https://farmacia200902.files.wordpress.com/2010/10/analgesic.ppt
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942005000100015
http://tutoriaisdeanestesia.paginas.ufsc.br/files/2013/05/Farmacologia-dos-Opioides-parte-2.pdf
http://www2.unifesp.br/dpsicobio/drogas/opio.htm
http://www.mundosemdor.com.br/opioide-farmaco-topo-da-escada-de-controle-da-dor/
http://www.icb.ufrj.br/media/BMF224/Analgesicos%20Opioides%20M2%20NGC%20abr17.pdf
http://www.uniube.br/propepe/ligas/farmacologia/arquivos/palestra_opioides.pdf
http://www.gruponitro.com.br/atendimento-a-profissionais/%23/pdfs/artigos/farmacologia/farmacologia_dos_opioides.pdf
http://viversemdor.com/wp-content/uploads/Uso-de-opioides-em-Dor-Neurop%C3%A1tica-.pdf

Outros materiais