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FASCICULO URINALISE

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ANÁLISES CLÍNICAS 
URINÁLISE 
VOLUME ÚNICO 
 
 
 
 
 
 
 
Governador | Eduardo Campos 
 
Vice-Governador | João Soares Lyra Neto 
 
Secretário de Educação | Anderson Stevens Leônidas Gomes 
 
Secretário Executivo de Educação Profissional | Paulo Dutra 
 
Gerente Geral da Educação Profissional | Luciane Pulça 
 
Gestor de Educação a Distância | George Bento Catunda 
 
Coordenador do Curso | Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Professor Conteudista | Sérgio Roberto Salsa Burégio 
 
Equipe Central de Educação a Distância 
Andréia Guerra | Augusto Andrade | Carlos Cunha | Domitilla Silva 
Eber Gomes | Jannine Moreno | Marcos Vinícius Clemente 
Maria de Lourdes Cordeiro Marques | Maria Helena Cavalcanti | 
Mauro de Pinho Vieira | Oscar Neto | Pedro Luna 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem da capa: 
http://blogdoyogue.blog.uol.com.br/arch2008-06-01_2008-06-07.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
EMENTA..........................................................................................................05 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ...............................................................06 
HISTÓRICO E IMPORTÂNCIA DA URANÁLISE............................................07 
SISTEMA URINÁRIO......................................................................................09 
INTRODUÇÃO AO EXAME DE URINA..........................................................14 
EXAME FÍSICO DA URINA.............................................................................24 
EXAME QUÍMICO DA URINA.........................................................................33 
ANÁLISE MICROSCÓPICA DO SEDIMENTO...............................................39 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
EMENTA 
 
 Estudar a Urinálise, entendendo sua importância para a Medicina 
Laboratorial, bem como compreender as etapas de um sumário de urina, 
divididas em: exame físico, exame químico e análise microscópica do 
sedimento ou sedimentoscopia. 
 Entender a importância de que a coleta correta da amostra biológica 
é fundamental para que os resultados obtidos após a realização do sumário 
de urina seja fidedigno e corresponda à realidade clínica do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
 
 Bem vindo(a) à Disciplina de Uranálise ! Esta integra o cronograma 
didático do Curso Técnico de Nível Médio em Análises Clínicas e tem como 
objetivo capacitá-lo para a realização do exame de urina de rotina, conhecido 
como sumário de urina. 
 O conteúdo programático corresponde a 60 horas/aulas e será 
desenvolvido de forma clara e didática, de maneira concisa, abrangente e 
cuidadosamente estruturada. 
 Para uma melhor compreensão da análise de urina, você aprofundará o 
conhecimento sobre a importância histórica do exame de urina, bem como a 
anatomia e fisiologia renal . 
 Em seguida, você aprenderá como ocorre a realização de um sumário 
de urina, desde a coleta da amostra, os tipos de amostras, preservação, as 
etapas do exame e suas correlações clínicas. 
 Temos muito a aprender! Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1.0 HISTÓRICO E IMPORTÂNCIA DA URANÁLISE 
 
 Caro aluno, 
 
 Antes de nos aprofundar no estudo da Uranálise propriamente dita, 
vamos primeiramente entender sua contribuição histórica para elucidação e o 
entendimento de várias patologias, bem como sua importância na medicina 
laboratorial. 
 
ATENÇÃO!! A análise da urina foi, realmente, o início da medicina 
laboratorial. 
 
 As referências para o estudo da urina podem ser encontradas nos 
desenhos dos homens das cavernas e em hieróglifos egípcios. Gravuras dos 
primeiros médicos os mostravam examinando um frasco em forma de balão 
com urina. Embora eles não tivessem os procedimentos analíticos 
sofisticados atualmente disponíveis, eram capazes de obter informações 
diagnósticas a partir dessas observações fundamentais como cor, turbidez, 
odor, volume, viscosidade e até mesmo a presença de açúcar ( observando 
que alguns espécimes atraiam formigas) . Veremos, mais adiante, que essas 
mesmas características da urina ainda são relatadas pelos laboratórios. 
 
O exame de urina sofreu evoluções ao longo da História ! 
 
 Muitos nomes bem conhecidos da história da medicina estão 
associados com o estudo da urina, inclusive Hipócrates, o qual no século 
 
 
 
 
 
 
8 
 
V a.C. escreveu um livro sobre “uroscopia”. Durante a Idade Média, os 
médicos concentraram seus esforços muito intensamente sobre a arte da 
uroscopia, recebendo instruções referentes ao exame de urina como parte da 
sua formação. Em 1140 d.C., cartazes coloridos foram desenvolvidos para 
descrever o significado de 20 diferentes cores. Ensaios químicos evoluíram 
do “ teste da formiga” e do “teste do sabor” para glicose quando Frederik 
Dekker descobriu, em 1694, a detecção da albuminúria por fervura da urina. 
 A invenção do microscópio, no século XVII, levou ao exame do 
sedimento urinário e ao desenvolvimento, por Thomas Addis, de métodos 
para a quantificação do exame microscópico do sedimento. 
 
Importante : veremos mais adiante a importância do exame do sedimento 
urinário ou sedimentoscopia para complementar o exame de urina . 
 
 Em 1827, Richard Bright introduziu o conceito de exame de urina 
como parte do exame médico de rotina do paciente. Devido ao número e a 
complexidade de testes que são realizados no exame de urina, ele começou 
a desaparecer dos exames de rotina. 
 A partir da década de 1930, o desenvolvimento de modernas técnicas 
recuperou o exame de rotina de urina, o qual tem se mantido como parte 
integrante de exame do paciente. 
 Duas características únicas da amostra de urina contribuem para a 
manutenção dessa popularidade: 
1. amostras de urina são prontamente disponíveis e facilmente coletadas; 
2. a urina contém informações que podem ser obtidas por exames 
 
 
 
 
 
9 
 
laboratoriais baratos a respeito de muitas das principais funções metabólicas 
do organismo. 
 
Importante ressaltar : o exame de urina fornece muitas informações das 
principais funções metabólicas do organismo, não só as doenças renais, mas 
também o início assintomático de doenças como o Diabetes mellitus e as 
hepatopatias. 
 
Antes de realizarmos o estudo da urina, precisamos saber como ela é 
formada. Para entendermos como ocorre a formação da urina, vamos revisar 
o sistema urinário. 
 
2.0 SISTEMA URINÁRIO 
 
 O sistema urinário é constituído pelos órgãos uropoéticos, isto é, 
incumbidos de elaborar a urina e armazená-la temporariamente até a 
oportunidade de ser eliminada para o exterior. 
 Os componentes do sistema urinário são: dois rins, dois ureteres, 
a bexiga urinária e a uretra. Os rins são os principais órgãos do sistema 
urinário. Situados na cavidade abdominal, na região lombar, um de cada lado 
da coluna vertebral e rodeados por um tecido gorduroso. São órgãos em 
forma de feijão, de cor vermelha escura. Pesam entre 115 e 155 gramas nas 
mulheres e entre125 e 170 gramas nos homens. O lado côncavo está voltado 
para a coluna vertebral e é por esse lado que entram e saem os vasos 
sanguíneos, do qual a artéria renal e a veia renal são os mais importantes. O 
rim direito normalmente situa-se ligeiramente abaixo do rim esquerdo devido 
 
 
 
 
 
 
10 
 
ao grande tamanho do lobo direito do fígado. 
 Além dos rins, as estruturas restantes do sistema urinário funcionam 
como um encanamento constituindo as vias do trato urinário. Essas estruturas 
– ureteres, bexiga e uretra – não modificam a urina ao longo do caminho, ao 
contrário, elas armazenam e conduzem a urina para o meio externo. 
 
 
Fonte: http://www.auladeanatomia.com/urinario/sistemaurinario.htm 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 Na margem medial côncava de cada rim encontra-se uma fenda 
vertical – o HILO RENAL – onde a artéria renal entra e a veia e a pelve renal 
deixam o seio renal. No hilo, a veia renal está anterior à artéria renal, que está 
anterior à pelve renal. O hilo renal é a entrada para um espaço dentro do rim. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 Cada rim, quando aberto longitudinalmente, apresenta um a região 
periférica, o córtex renal, e uma outra ventral, a medula renal. No córtex renal 
está a unidade funcional do rim, o néfron. Cada rim contém aproximadamente 
um milhão néfrons , ou seja, de “unidades filtradoras” . 
 Cada néfron é um tubo longo e enovelado, com uma porção inicial 
semelhante a uma taça, a cápsula de Bowmann. A continuação da cápsula é 
o túbulo contorcido proximal, seguido da alça de Henle e de um túbulo 
contorcido distal. Essa última porção desemboca em um ducto coletor, onde 
terminam os túbulos distais de outros néfrons. 
 
Esquematização da estrutura do néfron 
 A urina formada nos néfrons flui pelos túbulos coletores em direção à 
 
 
 
 
 
13 
 
pelve renal e desta para os ureteres. Em seguida a urina desce à bexiga, que 
é capaz de armazenar até 800 ml. O esvaziamento da bexiga ocorre com o 
fluxo da urina ao longo de um canal, a uretra, que corre pelo pênis ou abre-se 
na região dorsal da vagina. 
Atenção, aluno !! RESUMINDO A FILTRAÇÃO GLOMERULAR: 
 
 
Fonte : Ivan Stalio 
http://www.medicinapratica.com.br 
 
 
 
 
Em cada rim existe, aproximadamente, um milhão de néfrons, 
unidades funcionais do rim. Eles são formados pelo glomérulo, 
uma estrutura vascular ligada, em sequência, à estruturas 
tubulares. O sangue chega ao glomérulo pela arteríola aferente 
(seta vermelha), é ultrafiltrado em um tufo 
de capilares (glomérulo), que está cercado por uma cápsula, a 
cápsula ou membrana de Bowman, e deixa o glomérulo pela 
arteríola eferente (seta azul), de onde nascem os capilares 
peritubulares, que irrigam os túbulos. O ultrafiltrado formado 
atravessa toda uma estrutura tubular, composta dos túbulos 
contornado proximal, alça de Henle, contornado distal e dutos 
coletores, onde ocorrem processos de secreção e reabsorção do 
ultrafiltrado, modificando-o. Forma-se, assim, a urina (seta 
marron), que será drenada na pelve renal. Desta maneira, 
conservamos substâncias e eliminamos produtos finais do nosso 
metabolismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Caro aluno, agora que vimos a importância histórica do estudo da urina e 
anatomia e funcionamento do sistema renal, estamos prontos para avançar 
para o estudo do exame de urina. 
3.0 INTRODUÇÃO AO EXAME DE URINA 
Atenção!! A urina é uma substância biológica potencialmente perigosa que 
exige a observância de precauções-padrão. 
 
3.1 Composição da urina 
 
Em geral, a urina é constituída por uréia e outros produtos químicos orgânicos 
e inorgânicos dissolvidos na água. A urina é, normalmente, 95% de água e 
5% de solutos, apesar de que considerações variáveis nas concentrações 
destes solutos possam ocorrer em razão da influência de fatores como 
ingestão alimentar, atividade física, metabolismo corporal, funções endócrinas 
e, até mesmo, a posição corporal. A uréia, um produto final do metabolismo 
do fígado a partir da degradação de proteínas e aminoácidos, é responsável 
por quase metade do total de sólidos dissolvidos na urina. Outras substâncias 
orgânicas incluem, principalmente, creatinina e ácido úrico. O principal 
inorgânico dissolvido é o cloreto, seguido pelo sódio e pelo potássio. Pequena 
quantidade ou vestígios de muitos outros produtos químicos inorgânicos 
também está presente na urina. A ingestão dietética influencia, 
significativamente, as concentrações desses compostos inorgânicos, o que 
torna difícil estabelecer níveis normais. Outras substâncias encontradas na 
urina incluem hormônios, vitaminas e medicamentos. Embora não seja parte 
do plasma filtrado original, a urina também pode conter elementos formados, 
 
 
 
 
 
15 
 
como células, cilindros , cristais , muco e bactérias. O aumento da quantidade 
desses elementos formados é, muitas vezes, indicativo de doença. 
 
3.2 Volume urinário 
 
 O volume urinário depende da quantidade de água que os rins 
excretam. A água é um importante constituinte corporal e, portanto, o volume 
excretado é, geralmente, determinado pelo estado de hidratação do 
organismo. Os fatores que influenciam o volume urinário incluem a ingestão 
hídrica, a perda não renal de fluido, as variações na secreção do hormônio 
antidiurético e a necessidade de excretar quantidades aumentadas de sólidos 
dissolvidos, como a glicose ou os sais. Tomando esses fatores em 
consideração, embora a produção diária normal da urina seja, em geral , de 
1.200 a 1.500 mL, um intervalo de 600 a 2.000 é considerado normal. 
 A oligúria, uma diminuição do débito urinário inferior a 1mL/kg/h em 
bebês, menos de 0,5 mL/kg/h em crianças e menos de 400mL/dia em adultos, 
geralmente é vista quando o corpo entra em estado de desidratação, como 
resultado da excessiva perda de água por vômitos, diarréia, suor ou 
queimaduras graves. A oligúria leva á anúria, que é a cessação do fluxo de 
urina, pode resultar de qualquer dano grave aos rins ou de diminuição no 
fluxo de sangue para os rins. Os rins excretam duas a três vezes mais urina 
durante o dia do que durante a noite. O aumento na excreção de urina 
noturna é denominado nictúria. A poliúria, aumento no volume de urina diário 
( superior a 2,5 L/dia ) é, frequentemente, associada com diabetes mellitus e 
diabetes insipidus; contudo, pode ser artificialmente induzida por diuréticos, 
cafeína ou álcool, os quais suprimem a ação do hormônio antidiurético. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
3.3 Coleta da Amostra 
 
As amostras devem ser coletadas em frascos limpos, secos e à prova de 
vazamento. Recipientes descartáveis são recomendados porque eliminam a 
possibilidade de contaminação por causa da lavagem inadequada. Esses 
recipientes descartáveis estão disponíveis em uma variedade de tamanhos e 
formas, incluindo sacos com adesivo para a coleta de amostras pediátricas e 
grandes frascos para a coleta de amostras por 24 horas. Tampas de rosca 
corretamente aplicadas têm menos probabilidade de vazamento que as 
tampas de encaixe. 
 
 
Recipiente descartável com tampa de rosca 
 Fonte : www.plugbr.net 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 Recipiente para coleta por 24 horas 
Fonte: http://www.deskarplas.com.br 
 
 
 Saco com adesivo para amostra pediátrica de 
urina 
Fonte: http://catalogo.eopen.com.br 
 
 Os recipientesesterilizados, embalados individualmente, com tampas 
seguras, devem ser utilizados para estudos microbiológicos da urina. 
Recipientes esterilizados também são sugeridos se mais de duas horas 
 
 
 
 
 
 
18 
 
decorrerem entre a coleta e a análise. 
 Todas as amostras devem ser adequadamente etiquetadas com o 
nome do paciente e o número de identificação, a data e a hora da coleta. As 
etiquetas devem ser anexadas ao recipiente e não à tampa, e não devem se 
soltar se o recipiente for refrigerado ou congelado. 
 
Atenção, aluno !! 
Dica importante: situações inaceitáveis incluem amostras em recipientes não 
identificados, etiquetas e formulários discordantes, amostras contaminadas 
com fezes ou com papel higiênico, recipientes contaminados no lado de fora, 
amostras com volume insuficiente, e transporte inadequado da amostra. 
 
É preciso manter a qualidade de seu trabalho. Uma amostra biológica 
coletada corretamente gera resultados fidedignos e útil para a elucidação da 
patologia do paciente. 
 
3.4 Preservação da amostra 
 
O fato de a urina ser tão disponível e facilmente coletada, muitas vezes leva 
ao descuido no tratamento da amostra após a coleta. As mudanças na 
composição da urina têm lugar não só in vivo, mas também in vitro, exigindo 
assim procedimentos de manuseio corretos, o que inclui a entrega imediata 
da urina ao laboratório após a coleta, bem como a realização do sumário de 
urina no prazo de duas horas. 
Caso a amostra não pode ser entregue e analisada no prazo de duas horas, 
 
 
 
 
 
19 
 
deve ser refrigerada ou ter um conservante químico adequado adicionado. 
O método de conservação mais rotineiramente usado é a refrigeração de 2 a 
8ºC, o que diminui o crescimento bacteriano e o metabolismo. 
 
ALTERAÇÕES NA URINA NÃO CONSERVADA 
As amostras mantidas à temperatura ambiente por mais de duas horas, sem 
conservantes, podem apresentar as alterações abaixo: 
- aumento do ph; 
- diminuição da glicose; 
- diminuição das cetonas; 
- diminuição da bilirrubina; 
- aumento da turvação; 
- diminuição do urobilinogênio; 
- aumento do nitrito; 
- aumento do números de bactérias; 
- desintegração das hemácias; 
- alterações na cor. 
 
3.5 Tipos de Amostras 
Primeira Amostra da manhã 
 
Amostra ideal para exame de rotina ou Tipo I. Deve ser colhida, de 
preferência, no laboratório. Se não for possível, deve ser levado ao 
laboratório dentro de 2 horas. Este tipo de amostra é essencial para evitar 
resultados falsos negativos no teste de gravidez e para avaliar a protenúria 
 
 
 
 
 
 
20 
 
ortostática (deitado). Trata-se de uma amostra mais concentrada, o que 
garante a detecção de substâncias que podem não ser observados em uma 
amostra aleatória diluída. 
 
Urina Aleatória 
É útil para detectar anormalidades que sejam bastante evidentes, em caso de 
pacientes no pronto-socorro e urgências. Algumas vezes geram resultados 
errados devido à ingestão de alimentos ou à atividade física realizada pouco 
antes da colheita da amostra. 
 
Amostra de Jejum ( Segunda Amostra da Manhã) 
 
Uma amostra de jejum difere da primeira amostra da manhã por ser a 
segunda amostra coletada após um período de jejum. Esta amostra não 
conterá nenhum metabólito de alimentos ingeridos antes do início do jejum. É 
recomendada para monitoramento da glicose. 
 
Amostra Duas Horas Pós-Prandial 
 
O paciente é instruído a urinar pouco antes de consumir uma refeição habitual 
e coletar uma amostra de urina duas horas após se alimentar. A amostra é 
testada para glicose e os resultados são utilizados, principalmente, para o 
monitoramento terapêutico de insulina em pessoas com diabetes mellitus. 
Amostras do Teste de Tolerância à Glicose 
 
 
 
 
 
21 
 
 
As amostras de tolerância à glicose são, por vezes, coletadas 
concomitantemente com as amostra de sangue durante o teste de tolerância 
à glicose. O número de amostras varia com a duração do teste. A urina é 
testada para a glicose e as cetonas, e os resultados são apresentados 
juntamente com os resultados do exame de sangue com o auxílio na 
interpretação da capacidade do paciente para metabolizar uma quantidade 
medida de glicose e estão correlacionados com o limiar renal para a glicose. 
 
Amostra de Urina de 24 horas (ou com tempo marcado) 
Muitas vezes é necessário medir a quantidade exata de determinada 
substância química na urina, ao invés de registrar apenas sua presença ou 
ausência. Deve-se usar uma amostra colhida cronometrada cuidadosamente 
para conseguir resultados quantitativos exatos. Se, por outro lado, sua 
concentração permanece constante, a amostra pode ser colhida por um 
período mais curto. Entretanto deve-se tomar cuidado para manter se 
hidratado durante os períodos de coletas curtas. Para conseguir uma amostra 
precisamente cronometrada, é necessário iniciar o período de colheita com a 
bexiga vazia. 
1º dia – 7 h da manhã: Urinar e descartar a amostra. O paciente então colhe 
toda urina nas próximas 24 horas. (as amostras colhidas devem ser mantidas 
refrigeradas). 
2º dia – 7 h da manhã: o paciente urina e junta toda esta urina com aquela 
previamente colhida. E leva até o laboratório todo volume que foi recolhido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Coleta Estéril – Jato Médio, com assepsia para realizar Urocultura 
Coletar em pote (frasco) estéril. É útil para realização de cultura em urinas 
suspeitas de infecção bacteriana. 
Como coletar a urina: 
Mulheres: de preferência no vaso sanitário, sentar com as pernas afastadas, 
fazer assepsia da vagina (lavar com água e sabão, enxaguar bem e secar) 
destampar o frasco estéril. Com uma das mãos afastar os grandes lábios e 
com a outra segurar o frasco já destampado. Desprezar o primeiro jato 
(primeira porção da urina que sai). Colher a porção média no frasco estéril, 
urinando em jato para que a urina não escorra na região genital. Desprezar o 
restante da micção. Tampar o frasco imediatamente. Salvo casos graves 
evitar coletar em período menstrual. 
Homens: fazer assepsia do pênis (lavar com água e sabão, enxaguar bem 
secar), destampar o frasco estéril, retrair o prepúcio com uma das mãos e 
com a outra segurar o frasco já destampado. Desprezar o primeiro jato de 
urina. Colher a porção média no frasco estéril urinando em jato para que a 
urina não escorra na região genital. Desprezar o restante da micção. Tampar 
o frasco imediatamente. 
 
Amostra Cateterizada 
 
Esta amostra é coletada sob condições estéreis, pela colocação de um tubo 
oco (cateter) através da uretra até a bexiga. O teste mais comumente 
solicitado em uma amostra cateterizada é a cultura para bactérias. Se um 
 
 
 
 
 
23 
 
exame de rotina de urina também solicitado, a cultura deve ser efetuada em 
primeiro lugar, para evitar contaminação da amostra. 
 
Punção Suprapúbica 
 
Ocasionalmente, podem ser coletadas amostras de urina pela introdução de 
uma agulha através do abdômen na bexiga. Como a bexiga é estéril, em 
condições normais, a punção suprapúbica fornece uma amostra de urina para 
a cultura bacteriana que está completamente livre de contaminação externa. 
A amostra pode, também, ser utilizada para o exame citológico. 
 
Amostra Pediátrica 
 
A coleta de amostras pediátricas pode representar um desafio. Sacos 
plásticos transparentes, macios, com adesivo hipoalergênico para fixá-los na 
área genital tanto de meninos quanto de meninas estão disponíveis para a 
coleta de amostras de rotina. 
 
Caro aluno, estudaremos,a partir de agora, a análise da urina, ou seja, o 
sumário de urina propriamente dito. É importante observar as três etapas de 
um sumário de urina: 
1 – Exame Físico da Urina 
2 – Análise Química da Urina 
3 – O exame microscópico da urina ou sedimentoscopia, ou seja, análise 
microscópica do sedimento urinário. 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
EXAME FÍSICO DA URINA 
 
O exame físico da urina inclui a determinação da cor , o aspecto e a 
densidade. Como já vimos, os primeiros médicos fundamentavam muitas 
decisões médicas na cor e no aspecto da urina. Hoje, a observação dessas 
características fornece informações preliminares relativas à distúrbios como 
hemorragia glomerular, hepatopatia, erros inatos do metabolismo e infecção 
do trato urinário. Os resultados da parte física da urina também podem ser 
utilizados para confirmar ou explicar achados na área de química e 
microscópica da uranálise. 
 
COR 
 
A terminologia para descrever a cor normal da urina pode variar ligeiramente 
entre os laboratórios , mas deve ser consistente dentro de cada laboratório. 
Descrições comuns incluem amarela-clara, amarela, amarela-escura e âmbar. 
Cuidados devem ser tomados para analisar a amostra com boa fonte de luz, 
olhando para baixo, através do recipiente contra um fundo branco. A cor 
amarela da urina é causada pela presença de um pigmento, chamado de 
urocromo. O urocromo é um produto do metabolismo endógeno e, em 
condições normais, o corpo produz em uma taxa constante. 
Quanto mais hidratada a pessoa estiver, mais clara a urina será. Uma urina 
acastanhada ou amarelo-escura normalmente é uma urina extremamente 
concentrada devido a pouca quantidade de água para diluí-la. 
Algumas doenças como hepatite, que cursam com a presença de bilirrubina 
 
 
 
 
 
25 
 
na urina, podem apresentar uma urina escurecida, às vezes semelhante ao 
mate ou até mesmo Coca-Cola. 
 A presença de sangue em pequenas quantidades também pode levar a uma 
urina amarelo escuro. 
 
Urina Roxa 
 
Uma urina arroxeada é normalmente causada por infecção urinária; em geral, 
por bactérias que alcalinizam a urina. É um achado raro e ocorre mais em 
pacientes com cateter vesical. 
 Fonte: http://www.mdsaude.com 
 
 
Urina Amarela escura/ Âmbar/Laranja 
 
A urina amarela escura ou âmbar nem sempre significa um concentrado 
normal da urina, mas pode ser causada pela presença anormal do pigmento 
 
 
 
 
 
 
26 
 
bilirrubina. Se a bilirrubina estiver presente, ela será detectada durante a 
análise química; no entanto, sua presença é suspeita se uma espuma 
amarela aparece quando a amostra é agitada. 
 
 Fonte: http://www.mdsaude.com 
 
 
Urina Azul/Verde 
 
Normalmente causada pela ingestão de corantes; pode ocorrer também com 
medicamentos como amitriptilina, propofol e indometacina. 
Outras causas de urina verde são: 
- Ingestão de aspargos e corantes artificiais como azul de metileno. 
- As causas patológicas da urina de cor azul/verde estão limitadas às 
infecções bacterianas, incluindo infecção por espécies de Pseudomonas e de 
trato intestinal. 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 Fonte: http://www.mdsaude.com 
 
 
 
 
Urina Vermelha/Rósea/Marron 
 
Uma das causas mais comuns de cor anormal da urina é a presença de 
sangue. Vermelho é a cor normal que o sangue produz na urina, mas a cor 
pode variar do rosa ao marrom, dependendo da quantidade de sangue, do pH 
da urina, bem como o período de contato. Hemácias que permanecem em 
uma urina ácida durante várias horas produzem uma urina marrom por causa 
da oxidação da hemoglobina. Além de hemácias, duas outras substâncias, 
hemoglobina e mioglobina, produzem urina vermelha e fornecem resultado 
positivo na análise química para sangue. 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 Fonte: http://www.mdsaude.com 
 
 
 
Urina Castanha/Preta 
 
È recomendada a realização de ensaios adicionais para amostras de urina 
que se tornem marrons ou pretas e tenham resultados negativos para os 
testes químicos para sangue, uma vez que elas podem conter melanina ou 
ácido homogentísico. A melanina é um produto da oxidação do pigmento 
incolor, melanogênico, produzido em excesso quando o melanoma maligno 
está presente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
ASPECTO 
 
A urina recentemente expelida em geral, é clara, especialmente se for uma 
amostra com coleta de jato médio, co assepsia. A precipitação de fosfatos e 
carbonatos amorfos por causar uma ligeira opalescência branca. A presença 
de células epiteliais escamosas e muco, especialmente em amostras de 
mulheres, podem resultar em urina ligeiramente opalescente, mas normal. 
As amostras mantidas em repouso ou refrigeradas também podem 
desenvolver turvação que não é patológica. 
 
Dica importante – A má conservação de uma amostra resulta em crescimento 
bacteriano, o que aumenta a turvação da amostra, mas não é representativo 
da amostra real. 
 
Amostras refrigeradas, frequentemente desenvolvem uma turvação espessa 
causada pela precipitação de fosfatos, carbonatos e uratos amorfos. Os 
fosfatos e os carbonatos amorfos produzem um precipitado branco na urina 
com pH alcalino e os uratos amorfos produzem um precipitado que se 
assemelha ao pó de tijolo na urina ácida. 
 Outras causas de turvação não patológica incluem sêmen, 
contaminação fecal, meio de contraste radiográfico, talco e cremes vaginais. 
 As causas mais comumente encontradas de turvação patológica em 
amostras recente de urina são hemácias, leucócitos e infecção causada por 
bactérias. Outras causas menos freqüentes de turvação patológica incluem 
quantidade anormais de células epiteliais não escamosas, leveduras, cristais 
 
 
 
 
 
 
30 
 
anormais, fluido linfático e lipídeos. 
 Urina límpida nem sempre é normal. No entanto, com o aumento da 
sensibilização dos testes químicos de rotina, a maioria das anormalidades na 
urina límpida será detectada antes da análise microscópica. Os critérios 
utilizados, atualmente, para determinar a necessidade da realização de um 
exame microscópico da urina em todas as amostras incluem tanto o aspecto 
quanto os testes químicos para hemácias, leucócitos, bactérias e proteínas. 
 
ASPECTO DESCRIÇÃO 
Límpido Partículas não visíveis, 
transparentes. 
Opalescentes Poucas partículas, texto impresso 
facilmente visualizado através da 
urina. 
Ligeiramente turvo Muitas partículas, texto impresso 
borrado através da urina. 
Turvo Texto impresso não pode ser visto 
através da urina. 
Leitoso Podem precipitar ou ter coágulos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
Fonte: Portal da Educação 
 
 
DENSIDADE 
 
 A densidade ajuda a avaliar a função de filtração e concentração 
renais, bem como o estado de hidratação do corpo. É obtida por meio de 
densitômetros, ou verificada na própria fita de urina. Normalmente a 
densidade oscila entre 1.005 e 1.030 ou mais. 
A densidade urinária depende diretamente da proporção de solutos urinários 
presentes ( cloreto, creatinina, glicose, fosfatos, proteínas, sódio, sulfatos, 
 
 
 
 
 
 
32 
 
uréia, ácido úrico) e o volume de água. Normalmente varia entre 1.015 a 
1.030. Densidades diminuídas podem ser encontradas na administração 
excessiva de líquidos por via intravenosa, reabsorção de edemas e 
transudatos, na insuficiência renal crônica, uso de drogas, quadros de 
hiportemia, aumento da pressão intracraniana, diabetes insipidus e 
hipertensãomaligna. Densidades elevadas podem ser encontradas na 
desidratação, diarréia, vômitos, febre, diabetes mellitus, glomerulonefrite, 
insuficiência cardíaca congênita, insuficiência supra-renal, proteinúria, 
síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético, toxemia 
gravídica, uropatias obstrutivas, e no uso de algumas substâncias, como 
contrastes radiológicos e sacarose. 
 
DENSITÔMETRO 
 
 
 
 
 
33 
 
Fonte: catalogohospitlar.com.br 
Caro aluno, após a análise física da urina, seguiremos para a segunda etapa 
do sumário de urina, a análise química. 
 
EXAME QUÍMICO DA URINA 
 
 Nos últimos anos, numerosos avanços têm sido notados com relação 
às tiras reagentes, objetivando tornar a análise química urinária e mesmo a 
dosagem de elementos da urina mais rápida, simples e econômica. O exame 
químico de rotina da urina mudou dramaticamente desde os primórdios testes 
na urina, em razão do desenvolvimento do método de tiras reagentes para a 
análise química. Tiras reagentes permitem, atualmente, um meio simples e 
rápido para a realização de análises químicas da urina, de parâmetros 
significativos, que incluem pH, proteínas, glicose, cetonas, sangue, bilirrubina, 
urobilinogênio, nitrito, leucócitos e gravidade específica. 
 As tiras reagentes consistem em almofadas absorventes impregnadas 
com substâncias químicas aderidas a uma tira de plástico. Uma reação 
química ocorre quando a almofada absorvente entra em contato com a urina. 
As reações são interpretadas pela comparação da cor produzida na almofada 
com uma tabela fornecida pelo fabricante. Diversas cores ou intensidades de 
uma cor para cada substância a ser testada aparecem na tabela. Através da 
comparação cuidadosa das cores da tabela e da almofada, um valor 
semiquantitativo de traços, 1+, 2+, 3+ ou 4+ pode ser relatado. Uma 
estimativa em miligramas por decilitros presentes está disponível para 
algumas áreas de análise. Leitores automatizados das tirar reagentes 
também fornecem resultados no sistema internacional de unidades. 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Técnica das tiras reagentes 
 
- Mergulhe a tira reagente brevemente em uma amostra de urina bem 
homogeneizada, não centrifugada e em temperatura ambiente; 
- Retire o excesso de urina, raspando a borda da tira no recipiente; 
- Toque a borda da tira sobre um material absorvente descartável; 
- Espere o tempo especificado para a reação ocorrer; 
- Compare a cor das almofadas da tira de reação com a tabela de cores 
fornecida pelo fabricante, com boa iluminação. 
 
 A técnica imprópria pode levar a erros. Elementos formados, como 
glóbulos vermelhos e brancos, sedimentam na parte inferior da amostra e não 
serão detectados em uma amostra não homogeneizada. Permitir que a tira 
permaneça na urina por período prolongado de tempo pode provocar a saída 
de reagentes das almofadas. Do mesmo modo, o excesso de urina na tira 
após sua retirada da amostra pode produzir uma mistura entre produtos 
químicos das almofadas adjacentes, levando a distorções das cores. Para 
evitar a mistura, é recomendado encostar a borda da fita em um papel 
absorvente e segurar a tira em posição horizontal quando é feita a 
comparação com a tabela de cores. O tempo necessário para s reações 
ocorrerem é diferente entre os testes e os fabricantes e varia de uma reação 
imediata para o pH para 120 segundos para leucócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
Fonte: portuguese.alibaba.com Fonte: parcomed.com.br 
 
 
CORPOS CETÔNICOS 
 
 Os corpos cetônicos, principalmente a acetona, é um subproduto do 
metabolismo da gordura e dos ácidos graxos que proporciona fonte de 
energia para as células quando as reservas de glicose estão exauridas ou 
quando a glicose não pode penetrar nas células devido à falta de insulina. A 
acetona que passa para corrente sanguínea é quase totalmente metabolizada 
no fígado. Quando é formada em velocidade maior do que o normal, é 
excretada na urina. O jejum ou a dieta podem determinar o aparecimento de 
corpos cetônicos na urina. O uso de algumas drogas pode levar aos 
resultados falso-negativos, entre elas o captopril, a levodopa e o paradeíldo. 
 
BILIRRUBINAS 
 
 São oriundas do metabolismo da hemoglobina, formadas pelas células 
do sistema retículo-endotelial. Encontra-se no sangue sob as formas livres 
 
 
 
 
 
 
36 
 
(não-conjugadas) e combinadas (conjugada ao ácido glicurônico e à 
albumina). A bilirrubina na urina é observada quando a bilirrubina sérica 
conjugada encontra-se acima de 2mg/dl, e pode ser detectada antes da 
coloração amarela da pele e mucosa. A elevação da bilirrubina sérica 
conjugada (direta) é a responsável pelo aparecimento de bilirrubina na urina, 
uma vez que a mesma pode ser filtrada no glomérulo quando em 
concentrações elevadas. Portanto, valores elevados, podem ser encontrados 
em doenças hepáticas e biliares, lesões parenquimatosas, obstruções intra-
hepáticas e extra-hepáticas, neoplasias hepáticas ou do trato biliar. Ao 
contrário, estará sempre ausente nas icterícias por hemólise. Alguns casos de 
doença biliar obstrutiva crônica podem cursar com níveis alterados de 
bilirrubina sérica e ausência de bilirrubina na urina. Falso-negativos podem 
ser induzidos pelo uso de ácido ascórbico e exposição da urina à luz intensa 
por longo tempo. 
 
UROBILINOGÊNIO 
 
 O urobilinogênio é um produto de redução formado pela ação de 
bactérias sobre a bilirrubina conjugada no trato gastrintestinal. A maior parte 
do urobilinogênio é excretada nas fezes. Pequena parte é reabsorvida através 
da via êntero-hepática e reexcretada na bile e na urina, onde rapidamente se 
oxida a urobilina. Os níveis urinários de urobilinogênio geralmente são 
maiores do inicio ao meio da tarde, mantendo-se em níveis inferiores a 
1mg/dl. O aumento do urobilinogênio na urina indica a presença de processos 
hemolíticos ou disfunção hepática. Acha-se elevada também na policitemia, 
 
 
 
 
 
37 
 
no cisto hemorrágico do ovário, na doença hemolítica perinatal, em alguns 
estágios da malária, na insuficiência cardíaca e na cirrose hepática. 
 
HEMOGLOBINA 
 
 A presença de hemoglobina na urina pode ser proveniente de 
diferentes estados de hemólise intravascular, em que uma quantidade 
excessiva de hemoglobina satura a capacidade de ligação com a 
haptoglobina. Nessas condições, fica livre no plasma, sendo filtrada pelo 
glomérulo e em parte reabsorvida pelo sistema tubular. O restante é 
excretado na urina. A outra causa é a presença de hemácias liberadas no 
trato urinário por pequenos traumas, exercícios extenuantes ou patologias 
das vias urinárias, em que as hemácias são lisadas, liberando hemoglobina. A 
verdadeira hemoglobinúria é rara, sendo mais freqüente a segunda situação, 
em que a hemoglobinúria é acompanha pela presença de hematúria. 
 
GLICOSE 
 
 Vários hidratos de carbono (glicose, lactose, galactose e frutose) 
podem ocasionalmente estar presentes na urina. O mais freqüente é a 
glicose, constituindo a glicosúria. A glicose presente na urina reflete os níveis 
séricos da glicose associados à capacidade de filtração glomerular e de 
reabsorção tubular. Normalmente, a glicosúria só se manifesta quando os 
níveis séricos se encontram acima de 160/180 mg/dl. 
 A glicosúria pode ser causada tanto pelo diabetes mellitus como por 
outras patologias, como doenças renais que afetem a reabsorção tubular e 
 
 
 
 
 
 
38 
 
nos quadros de hiperglicemiasde outras origens que não a diabética. 
 
NITRITO 
 
 A presença de nitrito na urina indica infecção das vias urinárias, 
causadas por microrganismos que reduzem nitrato e nitrito. O achado de 
reação positiva indica a presença de infecção nas vias urinárias, 
principalmente por bactérias entéricas. 
 
PROTEÍNAS 
 
 Em indivíduos normais, uma pequena quantidade de proteína é filtrada 
pelo glomérulo, sendo sua maior parte reabsorvida por via tubular e eliminada 
em pequenas quantidades pela urina. São considerados normais valores de 
até 150 mg/24h. O aumento da quantidade de proteínas na urina é indicador 
inicial de patologia renal. Entretanto, não são todas as patologias renais que 
cursam com proteinúria, a qual não é uma condição exclusiva de doença 
renal, podendo aparecer em patologias não-renais e em algumas condições 
fisiológicas. As proteínas são excretadas em velocidades diferentes e em 
momentos variáveis durante o período de 24 horas, sendo maior durante o 
dia e menores durante a noite. As proteinúrias podem ser classificadas, 
quanto à sua origem, como pré-renal, renal e pós-renal. 
 
 Por fim aluno, chegamos à última etapa do sumário de urina: a 
sedimentoscopia, ou seja, a análise microscópica do sedimento urinário. 
 
 
 
 
 
39 
 
Etapa tão importante quanto às outras, pois é muito importante analisar 
bem o sedimento, bem como quantificar os elementos anormais encontrados. 
 
ANÁLISE MICROSCÓPICA DO SEDIMENTO 
 
 Para proceder ao exame microscópico do sedimento urinário, a urina 
deve ser recente, ao contrário, os elementos organizados ( cilindros, 
hemácias, leucócitos ) perdem sua estrutura normal, dificultando ou tornando 
impossível a identificação.sempre que possível à urina deve ser mantida no 
refrigerador até o momento da centrifugação. Para obtenção do sedimento, 
mistura-se a mostra de urina, de preferência a primeira da manhã e coloca-se 
10 ml em um tubo cônico, resistente, levando a centrífuga. Centrifuga-se, 
durante 5 minutos, a cerca de 1.500 rpm. Formado o sedimento, por meio de 
centrifugação, decanta-se o líquido sobrenadante, agita-se o resíduo que fica 
no fundo do tubo, transfere uma pequena porção para lâmina e recobre com 
lamínula. 
 Leva-se a lâmina, assim preparada, ao microscópio e examina-se com 
luz reduzida e pequeno aumento para visão de conjunto e, em seguida com 
objetiva de 40X, para identificação e contagem dos elementos observados. 
 A finalidade da análise microscópica é detectar e identificar os 
elementos insolúveis. Esses elementos incluem: eritrócitos, leucócitos, células 
epiteliais, bactérias, leveduras, parasitas, muco, espermatozóides, cristais e 
artefatos. Como alguns não tem significado clínico e outros são considerados 
normais, a menos que presentes em quantidades muito grandes, o exame do 
sedimento urinário deve compreender tanto a identificação quanto a 
quantificação dos elementos encontrados. O exame microscópico ainda é um 
 
 
 
 
 
 
40 
 
auxiliar valioso no diagnóstico. No sentido de melhorar sua fidedignidade a 
padronização das técnicas, do aprimoramento do controle de qualidade e da 
educação constante do pessoal técnico. 
 
CÉLULAS EPITELIAIS 
 
É comum o achado de algumas células epiteliais. Podem ser de três tipos de 
acordo com seu local de origem: células pavimentosas, transicionais e dos 
túbulos renais. A maioria não tem significado clínico, representando uma 
descamação de células velhas do revestimento epitelial do trato urinário. O 
achado de células com atípicas nucleares ou morfológicas pode indicar a 
presença de processos neoplásicos necessitando de investigação específica. 
A presença de fragmentos epiteliais e de células de origem tubular pode estar 
ligada a processos de necrose tubular aguda e a lesões isquêmicas renais, 
entre outras lesões do rim. 
 
 
Fonte: biomedicinapadrao.com 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
HEMÁCIAS 
 
 Podem estar presentes em pequena quantidade na urina normal ( 3 a 
10 por campo ), porém a presença aumentada de hemácias na urina tem 
relação com lesões na membrana glomerular ou nos vasos do sistema 
urogenital. O seu numero também ajuda a determinar a extensão da lesão 
renal. A observação de hematúria microscópica pode ser essencial para o 
diagnóstico de cálculos renais. Também é preciso considerar a possibilidade 
de contaminação menstrual em amostras de urina feminina. A presença de 
hematúria indica lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas dos rins ou 
vias urinárias. O exercício extenuante pode levar a hematúria discreta. A 
forma da apresentação das hemácias, segundo alguns autores, pode indicar 
sua origem, servindo como um diagnóstico diferencial de hematúrias de 
origens glomerular e não-glomerular. Quando se apresentam em sua forma 
esférica habitual, seriam de origem mais distal no trato urinário; quando 
crenadas (irregulares), teriam origem glomerular. 
 
 
Fonte: scielo.br 
 
 
 
 
 
 
42 
 
LEUCÓCITOS 
 
 Podem estar presentes em pequenas quantidades na urina norma (5 a 10 
por campo). Quantidades aumentadas indicam a presença de lesões 
inflamatórias, infecciosas ou traumáticas em qualquer nível do trato urinário. 
O numero elevado de leucócitos na urina é chamado de piúria e indica a 
presença de infecção ou inflamação no sistema urogenital. Entre as causas 
mais freqüentes da piúria estão as infecções bacterianas, tais como 
pielonefrite, cistite, prostatite e uretrite, mas a presença de leucócitos também 
pode ser observadas em doenças não-bacteriana, como a glomerulonefrite, o 
lúpus eritematoso e os tumores. Os leucócitos são maiores que as hemácias, 
medindo cerca de doze mícrons de diâmetro. São mais facilmente 
observados e identificados porque contém grânulos citoplasmático e núcleos 
lobulados. 
 
 
Fonte: biomedicinafacil.blogspot.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
CRISTAIS 
 
 
 É um achado freqüente na análise do sedimento urinário normal, 
raramente com significado clínico e com ligação direta com a dieta. Os cristais 
são formados pela precipitação dos sais da urina submetidos à alteração de 
pH, temperatura ou concentração, o que afeta sua solubilidade. 
 A principal razão para a identificação dos cristais urinários é detectar a 
presença de alguns tipos relativamente anormais, que podem representar um 
sinal de distúrbios físico-químicos na urina ou tem significado clínico 
específico, como os de cistina, leucina, tirosina e fosfato amoníaco 
magnesiano. Podem também ser observados cristais de origem 
medicamentosa e de componentes de contrastes urológicos. A cistina está 
ligada ao defeito metabólico cistinúria, além de responder por cerca de 1% 
dos cálculos urinários. Como a tirosina e a leucina são resultados de 
catabolismo protéico, seu aparecimento na urina sob a forma de cristais pode 
indicar necrose ou degeneração tecidual importante. Os cristais de fosfato 
amoníaco magnesiano estão relacionados a infecções por bactérias 
produtoras de uréase. Apesar de não existir uma relação direta entre a 
presença de cristais e o desenvolvimento de cálculos, alguns autores 
apontam à existência de diferenças morfológicas entre os cristais dos 
pacientes que desenvolvem calculose com uma apresentação de formas 
maiores, agregadas e bizarras. 
 O recurso mais útil na identificação dos cristais é o conhecimento do pH da 
urina, pois ele determinará o tipo de substancias químicas precipitadas. Os 
cristais geralmente são classificados nãosó como normais e anormais, mas 
 
 
 
 
 
 
44 
 
também segundo a urina em que está presente: ácida ou alcalina. 
 
CRISTAIS NORMAIS: 
 
 Urina ácida: os cristais mais comumente encontrados na urina ácida são 
os uratos, constituídos por ácido úrico, uratos amorfos e uratos de sódio. 
Como o nome indica, os uratos amorfos são constituídos por grânulos 
castanho-amarelados organizados em grumos. Os cristais de oxalato de 
cálcio também são freqüentes na urina ácida e são facilmente reconhecidos 
como octaedros incolores em forma de envelope. 
 Urina alcalina: a maioria dos cristais observados na urina alcalina é 
formada por fosfatos, como o fosfato triplo, o fosfato amorfo e o fosfato de 
cálcio. Os cristais de fosfato triplo são talvez os mais facilmente identificáveis, 
porque costumam ser constituídos por prismas incolores denominados “tampa 
de caixão”. 
 
 
 Cristais de Urato amorfo Cristal de Fosfato triplo 
 Fonte: biomedicinapadrao.com Fonte: biomedicinapadrao.com 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
Cristais de oxalato de cálcio 
 Fonte: terraquegira.blogspot.com 
 
CRISTAIS ANORMAIS: 
 
 Os cristais anormais mais importantes são: cistina, colesterol, leucina, 
tirosina bilirrubina, sulfonamidas, corantes radiográficos e medicamentos. A 
maioria dos cristais anormais tem formas características, sendo também 
encontrados em urina ácida ou neutra. Existem provas bioquímicas para sua 
possível identificação. 
 
 
CILINDROS 
 
 São elementos exclusivamente renais composto por proteínas e moldados 
principalmente na luz dos túbulos contornados distais e túbulos coletores. 
Indivíduos normais, principalmente após exercícios extenuantes, febre e uso 
de diuréticos, podem apresentar pequena quantidade de cilindros, geralmente 
hialinos. Sua formação é influenciada pelos elementos presentes no filtrado e 
pelo tempo de permanência dentro do túbulo. Nas doenças renais, se 
apresentam em grandes quantidades e em diferentes formas, de acordo com 
o local da sua formação. Os mais comuns são os cilindros hialinos. São 
compostos principalmente pelas proteínas de Tamm-Horsfall, considerados 
normais em pequenas quantidades (0 a 2 por campo) e, em maior 
quantidade, em situações como febre, desidratação, estresse e exercício 
físico intenso. Os cilindros podem estar presentes em diferentes patologias 
como os hemáticos (doença renal intrínseca), leucocitário (pielonefrites), de 
 
 
 
 
 
 
46 
 
células epiteliais (lesões túbulos renais), granulosos (doença renal glomerular 
ou tubular e algumas situações fisiológicas) e céreos (insuficiência renal, 
rejeição a transplantes e doenças renais agudas e estase do fluxo urinário). 
 A aparência dos cilindros também é influenciada pelos materiais 
presentes no filtrado no momento da sua formação e pelo período de tempo 
em que eles permanecem no túbulo. 
 
Cilindros Hialinos: são os mais freqüentes. A presença de 0 a 2 desses 
cilindros por campo de pequeno aumento é considerada normal. Assumem 
significado clínico quando seu número é elevado, como é o caso de 
glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica e insuficiência cardíaca 
congestiva. 
 
Cilindros Hemáticos: os cilindros celulares podem conter hemácias, leucócitos 
ou células epiteliais. A presença de cilindros celulares geralmente indica 
grave doença renal. A existência de cilindros hemáticos é muito mais 
específica, indicando que o sangramento provém do interior do néfron. 
 
Cilindros leucocitários: o aparecimento de cilindros leucocitários na urina 
significa infecção ou inflamação no interior dos néfrons. São refringentes, tem 
grânulos e, serão visíveis os núcleos multilobulados. 
 
Cilindros granulares: é freqüente observar cilindros granulares grosseiros e 
finos no sedimento urinário; podem ter significado clínico ou não. Sua 
excreção aumenta após estresse e exercício físico rigoroso. 
 
 
 
 
 
47 
 
Cilindros céreos: são representativos da estase urinária extrema, que indica 
insuficiência renal crônica. Eles são, em geral, vistos em conjunto com outros 
tipos de cilindros relacionados à condição que tenha causado a falência renal. 
 
 
BACTÉRIAS 
 
 Normalmente a urina não tem bactérias. No entanto, se as amostras 
não forem colhidas em condições estéreis, pode ocorrer contaminação 
bacteriana sem significado clínico. As amostras que ficarem à temperatura 
ambiente por muito tempo, também podem conter quantidades detectáveis de 
bactérias, que representam apenas a multiplicação dos organismos 
contaminantes. A presença de nitrito na fita reativa é um dado complementar 
a presença de bactérias na urina, mais precisamente Enterobactérias. 
MUCO 
 
 Produzido pelo epitélio do túbulo renal e células epiteliais. A presença 
excessiva de muco decorre de processos inflamatórios do trato urinário 
inferior ou do trato genital. O muco é um material protéico produzido por 
glândulas e células epiteliais do sistema urogenital. Não é considerado 
clinicamente significativo e sua quantidade é maior quando há contaminação 
vaginal. Microscopicamente, é visto como estruturas filamentosas com baixo 
índice de refração, o que exige observação em luz de baixa intensidade. 
 
 
 LEVEDURAS 
 
 As leveduras, geralmente Candida albicans, podem ser observadas na 
 
 
 
 
 
 
48 
 
urina de pacientes com diabetes mellitus, de mulheres com candidíase 
vaginal. São facilmente confundidas com hemácias e por isso deve-se 
observar atentamente se há brotamentos. 
 
 
PARASITAS 
 
 O parasita encontrado com mais freqüência na urina é o Trichomonas 
vaginalis, devido à contaminação por secreções vaginais. Esse organismo é 
flagelado, sendo facilmente identificado por seu movimento rápido no campo 
microscópio. Contudo, quando não se move, o Trichomonas vaginalis pode 
ser confundido com um leucócito. 
 
 
ESPERMATOZÓIDES 
 
 Por vez encontram-se espermatozóides na urina após relações sexuais 
ou ejaculação noturna: não tem significado clínico. 
 
 
CÁLCULOS RENAIS 
 
 O achado de grumos de cristais em urina quente, recém eliminada 
indica que existem condições para a formação de cálculos, tendo-se 
observado aumento da cristalúria nos meses de verão em pessoas que 
formam cálculos renais. A análise de cálculos renais excretados é importante 
 
 
 
 
 
49 
 
no tratamento do paciente. Aproximadamente 75% deles contêm oxalato de 
cálcio, sendo possível evitar formações futuras através de mudanças da dieta. 
 
 
ARTEFATOS 
 
 Podem ser encontrados contaminantes de todos os tipos na urina, 
principalmente nas amostras colhidas em condições impróprias ou em 
recipientes sujos. O que mais confunde os estudantes são as gotículas de 
óleo e os grânulos de amido (pó de talco), por se parecerem com hemácias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
∙ BIRNER, E. Biologia , vol. Único, Ed.: Harbra, São Paulo, 2001. 
 
∙ STRASINGER, S.K. ; Di LORENZO, M. S. , Urinálise e Fluidos Corporais, 
5 ed. Ed.: LMP, São Paulo, 2009. 
 
∙ www.biomedicinapadrao.com.br acessado em 05/09/2011. 
 
∙ www.biomedicinafacil.blogspot.com acessado em 05/09/2011. 
 
∙ www.portaleducacao.com.br acessado em 07/09/2011. 
 
∙ TERRA, P., VIAS URINÁRIAS Controvérsias em exames laboratoriaisde 
rotina, 2 ed. Ed.: Atheneu, Rio de Janeiro, 2010.

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