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Urinálise - Exames Físicos, Químicos e de Sedimentoscopia da Urina

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SISTEMA DE ENSINO
URINÁLISE
Exames Físicos, Químicos e de 
Sedimentoscopia da Urina
Livro Eletrônico
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Exames Físicos, Químicos e de Sedimentoscopia da Urina
URINÁLISE
Pollyana Lyra
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Exames Físicos, Químicos e de Sedimentoscopia da Urina ......................................................................4
Coleta e Conservação das Amostras ....................................................................................................................4
Amostra Aleatória (Também Chamada Amostra Isolada) ........................................................................6
Amostra de Urina Pós-prandial (Urina de 2 horas) ......................................................................................6
Amostra Obtida com Cateter ou Aspiração Suprapúbica .........................................................................6
Urina de 24 horas (ou por Período Determinado) ..........................................................................................7
Exame Físico da Urina ...................................................................................................................................................9
Exame Químico da Urina .............................................................................................................................................14
Exame de Sedimentoscopia .....................................................................................................................................21
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................36
Gabarito ..............................................................................................................................................................................47
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................48
Referências .......................................................................................................................................................................66
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URINÁLISE
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ApresentAção
Oi, tudo bem? Vamos dar continuidade aos nossos estudos de Urinálise?
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Exames Físicos, Químicos e de Sedimentoscopia da Urina
URINÁLISE
Pollyana Lyra
EXAMES FÍSICOS, QUÍMICOS E DE SEDIMENTOSCOPIA 
DA URINA
Bom, primeiro, precisamos trazer à memória que o exame da urina, também chamado EAS 
(Elementos Anormais do Sedimento) ou exame de urina tipo 1, ou ainda sumário de urina, é 
importante por fornecer indicações do estado geral de saúde da pessoa, bem como de sua 
função renal.
No laboratório, a urina é examinada visualmente (exame físico), quimicamente (exame 
químico) e microscopicamente (exame de sedimentoscopia).
Este é um assunto muito recorrente em provas!
Começaremos, então, pela obtenção da amostra.
ColetA e ConservAção dAs AmostrAs
A amostra ideal para o EAS é a primeira urina da manhã, por ser mais concentrada, mais 
rica em substâncias e elementos figurados. Caso a urina não seja a primeira da manhã, pode 
ser dado um intervalo de 2 horas da última micção, realizando a coleta em seguida. Deve-se 
desprezar o primeiro jato e fazer a coleta do jato médio. A amostra deve ser analisada em até, 
no máximo, 2h após a coleta. Caso não seja possível, é necessário que a amostra seja refri-
gerada (nunca congelada). Há ainda a possibilidade da utilização de conservantes químicos, 
mas não é o ideal. O atraso no processamento da urina pode gerar valores falsamente reduzi-
dos de glicose, cetona, bilirrubina e urobilinogênio, além de elevar a proliferação de bactérias. 
Amostras inadequadas devem ser recusadas pelo laboratório.
O paciente deve receber orientações claras quanto à coleta, conservação e transporte 
das amostras.
Normalmente, cada laboratório elabora o seu manual de coleta de amostras, juntamente 
com os critérios de aceitação e rejeição. Vejamos a seguir as orientações gerais para coleta:
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Coleta masculina
• Lavar as mãos;
• Expor a glande do pênis e lavá-la com água e sabão (não usar antissép-
tico);
• Enxugar com toalha descartável, ou com uma gaze;
• Com uma das mãos, expor e manter retraído o prepúcio;
• Com a outra mão, segurar o frasco de coleta destampado;
• Desprezar, no vaso sanitário, o primeiro jato urinário;
• Sem interromper a micção, urinar diretamente no frasco de coleta até 
completar 20 a 50 mL;
• Desprezar o restante da urina existente na bexiga no vaso sanitário e 
fechar o frasco.
• Caso tenha sido fornecido tubo Falcon (cônico) para urina, transferir a 
urina para o tubo, fechar bem e desprezar o restante.
Coleta feminina
• Lavar as mãos;
• Lavar a região da vulva, de frente para trás, com água e sabão (não usar 
antisséptico);
• Enxugar com toalha descartável, ou com uma gaze;
• Com uma das mãos, afastar os grandes lábios;
• Com a outra mão, segurar o frasco de coleta destampado;
• Desprezar no vaso sanitário o primeiro jato urinário;
• Sem interromper a micção, urinar diretamente no frasco de coleta até 
completar 20 a 50 mL;
• Desprezar no vaso sanitário o restante da urina existente na bexiga e 
fechar o frasco de coleta;
• Caso tenha sido fornecido tubo Falcon (cônico) para urina, transferir a 
urina para o tubo, fechar bem e desprezar o restante.
• Excetuando os casos de urgência, deve-se evitar coletar urina dentro do 
período menstrual. Também não é recomendada a coleta durante o uso 
de cremes ou pomadas vaginais.
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Coleta pediátrica (para criança que usa fraldas)
• Lavar as mãos;
• Lavar e secar a região genital da criança. Não aplicar pós, óleos ou loções;
• Meninas: retirar o papel protetor do saco coletor autoaderente. Esticar o perí-
neo para remover as dobras da pele. Colocar o adesivo na pele em volta dos 
genitais externos, de modo que a vagina e o reto fiquem isolados, evitando, 
assim, a contaminação. Caso não ocorra micção em até 30 minutos após a 
colocação do saco coletor, ele deve ser trocadopara evitar contaminação.
• Meninos: retirar o papel protetor do saco coletor autoaderente. Colocar o 
saco coletor autoaderente de maneira que o pênis fique no seu interior. Caso 
não ocorra micção em até 30 minutos após a colocação do saco coletor, ele 
deve ser trocado para evitar contaminação.
• Após a micção da criança, retirar cuidadosamente o saco coletor, vedar e 
levar ao laboratório.
Outras possibilidades de amostra para o exame de urina:
AmostrA AleAtóriA (tAmbém ChAmAdA AmostrA isolAdA)
É muito comum a solicitação médica de uma amostra de urina em um atendimento de 
urgência. Nesses casos, a amostra é colhida em qualquer horário do dia, sendo geralmente 
mais diluída. Não é a amostra ideal, mas ainda assim auxilia no diagnóstico de anormalidades 
mais evidentes.
AmostrA de UrinA pós-prAndiAl (UrinA de 2 horAs)
Urina colhida 2 horas após a refeição. Amostra utilizada para acompanhamento de pacien-
tes com diabetes mellitus para avaliação da glicosúria.
AmostrA obtidA Com CAteter oU AspirAção sUprApúbiCA
A urina é obtida de maneira estéril a partir da inserção de um cateter na bexiga, através da 
uretra. Pode-se ainda obter a urina por aspiração da bexiga cheia com seringa e agulha. Este 
tipo de amostra normalmente é usado para culturas anaeróbicas. Apesar da baixa probabilida-
de de complicações, os dois tipos de coleta devem ser realizados por profissional devidamente 
capacitado e treinado.
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UrinA de 24 horAs (oU por período determinAdo)
O paciente deve ser orientado a desprezar a primeira micção da manhã e, a partir daí, re-
colher, em frasco de 3 litros contendo conservantes (quando indicado), todas as micções du-
rante o período da coleta. Deve-se evitar contaminação com papel higiênico ou fezes. É impor-
tante anotar a hora do início da coleta e manter a urina em geladeira até o envio ao laboratório. 
Na falta do frasco coletor específico fornecido pelo laboratório, é possível utilizar garrafas de 
água mineral, desde que limpas e secas.
Este tipo de amostra é solicitado quando se pretende avaliar a função renal por meio da 
dosagem de substâncias em relação ao volume de urina excretado, como, por exemplo, clea-
rence de creatinina, proteínas, eletrólitos, entre outros.
Como vimos, a amostra de urina de 24 horas é uma situação na qual, por vezes, se faz 
necessário o emprego de conservantes químicos para preservação das características do ma-
terial. Outra situação se dá quando a urina precisa ser transportada por longas distâncias e a 
refrigeração não é possível. Quais são esses conservantes? Será que apresentam vantagem 
adicional em relação à simples refrigeração? Já adianto que seu uso é discutível, uma vez que 
podem interferir na atividade enzimática e estabilidade de proteínas. O quadro abaixo apresen-
ta vantagens e desvantagens de alguns conservantes utilizados:
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Tabela 1. Conservantes utilizados para exame de urina. Fonte: Cezar,2016 (adaptado).
Bem, amostra obtida. Agora, vamos ao exame de urina EAS.
Caso você tenha alguma experiência na área, certamente saberá que este é um dos exa-
mes mais solicitados em um laboratório de análises clínicas e, consequentemente, um dos 
assuntos mais cobrados nas provas.
Para você, que porventura ainda não tenha tido a oportunidade de realizar este exame, criei 
a ilustração abaixo para que entenda como é realizado. É rápido e simples: verificação dos pa-
râmetros físicos; exame químico (tiras reagentes ou automação); centrifugação (despreza-se 
o sobrenadante); leitura do sedimento ao microscópio (ou automação); laudo.
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exAme FísiCo dA UrinA
A primeira etapa do EAS é o chamado exame físico, no qual são avaliados os seguin-
tes aspectos:
Cor: a cor da urina, em situações normais, pode variar do amarelo-citrino ao amarelo-es-
curo. Isso dependerá da dieta, da concentração urinária e da concentração dos pigmentos 
urocrômicos, da urobilina, da uroeritrina, das uroporfirinas, das riboflavinas etc. É comum que 
uma urina deixada em repouso escureça. Isso provavelmente ocorre devido à oxidação do uro-
bilinogênio. Alteração da cor da urina pode revelar condições anormais de saúde. Além disso, 
alguns medicamentos, e até mesmo alimentos, podem provocar alteração da cor urinária. 
Na próxima página, será apresentado um quadro esquematizando as variações de cores 
comumente encontradas nas amostras e a sua correlação clínica.
DICA
Refaça o esquema a seguir em seu caderno e, em seguida, 
tente memorizar, pelo menos, dois significados clínicos para 
cada cor.
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Aspecto: a urina normal e recentemente obtida é límpida, livre de depósitos e turvação. 
Entretanto, após algum tempo em repouso, poderá surgir um pequeno depósito composto por 
leucócitos, células epiteliais e muco. Esse processo de turvação recebe o nome de nubécula 
e é mais comum em mulheres. A urina espumosa pode ser correlacionada com a presença de 
proteinúria.
A opacidade que frequentemente acomete as urinas alcalinas ocorre devido à precipitação 
de fosfatos amorfos, ou, ocasionalmente, carbonatos, formando uma névoa branca. Tais ele-
mentos podem ser dissolvidos adicionando algumas gotas de ácido acético na urina.
Quanto às urinas ácidas, a opacidade pode ocorrer por precipitação de uratos amorfos, 
cristais de oxalato de cálcio ou de ácido úrico. Essas urinas podem apresentar um aspecto de 
“pó de tijolo”, o que é causado pelo acúmulo de uroeritrina (pigmento vermelho) na superfície 
dos cristais. Lembre-se que a uroeritrina é um componente normal na urina, juntamente com o 
urocromo (pigmento amarelo). A turvação causada pelos uratos se dissolve ao aquecer a urina 
a 60º C. Observe que é importante a diferenciação dos cristais de acordo com o pH da urina, 
mas isso veremos mais à frente.
Como oaspecto da urina é relatado no laudo?
Bem, é claro que cada laboratório tem seu padrão de laudo, mas frequentemente são usa-
dos os termos: límpida, opaca, leitosa, levemente turva, turva ou fortemente turva.
E quanto ao depósito?
Costuma-se relatar como ausente ou presente.
Odor: O odor normal da urina é sui generis, expressão em latim que significa “particular” ou 
“do seu próprio gênero”. Deixada em repouso, o odor da amônia é predominante devido à de-
gradação da ureia. Entretanto, a urina pode apresentar odor acentuado, azedo ou fétido, como 
nas infecções urinárias. Pode ainda ser adocicado (cetonas do jejum prolongado ou diabetes) 
ou sugestivo de erros inatos do metabolismo: “açúcar queimado ao caramelado” (doença da 
urina de xarope de bordo), “azedo ou mofado” (fenilcetonúria), “pés suados” (acidemia iso-
valérica), “manteiga rançosa” (hipermetionemia), “ovo podre ou cadáver em decomposição” 
(cistinúria ou homocistinúria).
Densidade: é usada para avaliar a concentração da urina. Quanto mais próximo da den-
sidade da água pura (1.000), mais diluída é a urina. Quanto mais distante deste valor, mais 
concentrada. A concentração de substâncias sólidas na urina sofre influência da ingestão de 
água e sais minerais, do estado das células tubulares, além da ação do hormônio antidiurético 
(ADH) sobre a reabsorção de água nos túbulos distais. Logo, temos aqui um parâmetro a ser 
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levado em consideração quando se suspeita de enfermidade renal ou deficiência de ADH. A 
deficiência de ADH provoca diminuição na densidade urinária.
Em condições normais, a densidade pode variar de 1.005 a 1.030. Lembre-se que cada 
laboratório adota uma bibliografia para seus valores de referência! Por isso, decore esta 
dica valiosa:
DICA
Valores de Referência podem variar de acordo com a bibliogra-
fia. Portanto, quando a banca, em sua infinita maldade, coloca 
valores como centro da questão, CUIDADO! Respire fundo e 
analise as alternativas. Às vezes, a resposta será a “mais cer-
ta” ou a “menos errada”!
Como a densidade é mensurada no EAS?
Na maioria dos laboratórios, é feita por meio de tiras reagentes ou por aparelhos de 
automação.
A tira reagente basicamente é um suporte plástico contendo áreas impregnadas com rea-
gentes químicos. Mergulha-se a tira na urina para que as áreas de química seca presentes no 
plástico entrem em contato com a urina; com isso, ocorre uma reação que gera a mudança de 
cor. A cor obtida é observada manualmente, com o auxílio de uma tabela de cores presente no 
frasco, ou por meio de leitores automáticos. No caso da densidade, ocorre mudança de cor do 
azul-esverdeado para verde, amarelo ou marrom claro, de acordo com a concentração de íons 
na amostra. Elevando-se a concentração de eletrólitos na urina, são liberados pelos reagentes 
da tira íons hidrogênio, causando redução do Ph e uma reação proporcional à densidade. O 
indicador utilizado é o azul de bromotimol, que mede a mudança de Ph correspondente ao 
conteúdo de sal ou à densidade. O uso de leitores de tiras reagentes diminui a subjetividade 
dos resultados, oriunda das variações de interpretação de leitura de cada observador.
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Figura 1. Tira reagente. Fonte: Fonseca, 2007.
Outros métodos muito conhecidos para a determinação da densidade são o urodensíme-
tro e o refratômetro.
O urodensímetro é um dispositivo flutuador que possui uma haste contendo escala gradu-
ada em termos de densidade urinária (1.000 a 1.040). O objeto desloca um volume de líquido 
igual a seu peso e é projetado para afundar até a marca de 1.000 em água destilada. Coloca-se 
a urina em proveta e, então, o urodensímetro é submerso. Então, o nível até o qual ele afunda 
representa a densidade da urina. Sua maior desvantagem é o fato de necessitar de um grande 
volume de amostra: cerca de 10 a 15Ml.
Já o refratômetro é um instrumento que mede o índice de refração, relacionado à concen-
tração das partículas dissolvidas na urina. O índice de refração é a relação entre a velocidade 
da luz no ar e a velocidade da luz na solução. Essa relação é proporcional à densidade. Tem a 
vantagem de utilizar apenas algumas gotas de urina para a medição.
Talvez você nunca tenha visto nenhum desses dois dispositivos, então, seguem imagens 
para familiarização.
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Figura 2. Ilustração da utilização do urodensímetro. Fonte: Goldberg, 2007.
Figura 3. Refratômetro. Fonte: Goldberg, 2007.
Figura 4. Escala de leitura do refratômetro. Fonte: Goldberg, 2007.
exAme QUímiCo dA UrinA
Agora, vamos ao exame químico da urina. Para esta etapa, o método mais simples e barato 
é por meio das tiras reagentes. Há também a possibilidade de realizar o exame por meio de 
testes químicos (mais trabalhoso) ou de aparelhos de automação (mais caro). Os seguintes 
parâmetros são avaliados: ph, proteínas, glicose, cetonas, hemoglobina, bilirrubinas, urobili-
nogênio, nitrito e esterase leucocitária.
Vamos detalhar cada um deles?
Ph: indica a capacidade do rim de manter a concentração normal dos íons hidrogênio no 
líquido extracelular. Esse parâmetro é útil por detectar possíveis distúrbios eletrolíticos sistê-
micos de origem metabólica ou respiratória. O ph sanguíneo deve ser mantido ao redor de 7,4. 
Para que isso seja possível, o glomérulo excreta vários ácidos produzidos pela atividade meta-
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bólica. Esses ácidos são excretados principalmente com o sódio, que, no filtrado glomerular, é 
trocado por íons hidrogênio, tornando a urina ácida. Geralmente nas amostras são observados 
valores de ph em torno de 6,0.
Valor de referência: 5,5 a 7,5.
Princípio do teste na tira reagente: indicadores vermelho de metila e azul de bromotimol, 
que permitem variações de cores conforme a figura abaixo.
Figura 5. Variações de cores do ph em tira reagente. Fonte: Fonseca, 2007.
Ph urinário baixo: acidose metabólica (diabetes, diarreias graves e desnutrição), acidose 
respiratória, dieta proteica, fenilcetonúria, intoxicação pelo álcool metílico, intoxicação por sa-
licilato, medicações acidificantes, tuberculose renal.
Ph urinário alto: acidose tubular renal, alcalose metabólica ou respiratória, aldosteronismo 
primário, deficiência de potássio, dieta vegetariana, uso de diuréticosinibidores da anidrase 
carbônica, infecções por bactérias que convertem ureia em amônia (Ex: Proteus mirabilis), sín-
drome de Addison. Também pode ocorrer na urina pós prandial e vespertina. Além disso, pela 
ação de bactérias, o atraso na análise de urina não refrigerada pode modificar o ph.
Proteínas: conforme visto na aula de funções renais, a proteinúria é um forte indicador de 
doença renal. A proteína excretada é constituída principalmente pela proteína de Tamm-Hors-
fall (secretada pelos túbulos), albumina, globulina e pelas proteínas de baixo peso molecular. O 
teste é mais sensível para albumina e menos sensível para as demais proteínas. Um indivíduo 
sadio excreta uma quantidade muito pequena de proteínas (até 15mg/dl). A tira reagente ge-
ralmente detecta valores iguais ou maiores que 30mg/dl.
Valor de referência: Negativo.
Princípio do teste em tira reagente: baseia-se no fenômeno chamado “erro proteico do 
indicador”, que basicamente se dá quando, permanecendo inalterado o ph, um indicador de 
ph altamente tamponado muda de cor na presença de proteínas (ânions). Ocorre mudança de 
cor de uma área da tira impregnada com azul de tetrabromofenol tambonado em ph ácido. A 
variação de cor vai do amarelo para verde ou azul, sendo a intensidade da cor proporcional à 
quantidade de proteínas na amostra.
Figura 6. Variações de cores de proteínas em tira reagente. Fonte: Fonseca, 2007.
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Valores aumentados: diversas condições relacionadas à doença renal: lesão da membra-
na glomerular, glomerulonefrite, pielonefrite, comprometimento da reabsorção tubular, mielo-
ma múltiplo, nefropatia diabética, pré-eclâmpsia, rim policístico, intoxicação por metais pe-
sados, entre outras. Além disso, pode haver proteinúria em condições fisiológicas, como na 
proteinúria ortostática ou postural, no estado febril, após exercício físico intenso, na gestação, 
na exposição prolongada a condições climáticas extremas e no estresse emocional.
Caso você seja um concurseiro experiente, certamente já notou que as bancas têm uma 
“obsessão” por uma proteína em especial. Ela mesma: a proteína de Bence Jones! Então, va-
mos relembrar e garantir mais um ponto no gabarito...
As proteínas de Bence Jones são imunoglobulinas monoclonais de cadeias leves que co-
agulam em temperaturas em torno de 40ºC e 60º C e se dissolvem quando a temperatura 
chega a 100º C. Portanto, é indicativo da presença desse tipo de proteína quando a urina fica 
opaca entre 40 e 60ºC e fica transparente a 100ºC. Sua excreção ocorre em pacientes com 
mieloma múltiplo, em aproximadamente 70% dos casos. Para o diagnóstico, é necessário a 
realização da dosagem de proteínas e imunoeletroforese da urina e do soro.
Um outro termo que você certamente encontrará nas provas é microalbuminúria. Trata-
-se da excreção aumentada de albumina urinária, não detectável pelas tiras reagentes. Sua 
presença indica estágio inicial da nefropatia diabética. Quando a nefropatia está em estágio 
avançado, dá-se o nome de macroalbuminúria. Para o diagnóstico, é necessária a investigação 
em urina de 24h ou por tempo determinado.
Glicose: a glicose e outros açúcares são moléculas pequenas; logo, são facilmente fil-
tradas pelos glomérulos. Porém, são quase totalmente reabsorvidas nos túbulos proximais. 
Essa capacidade de reabsorção é excedida quando a glicose plasmática ultrapassa 180mg/
dl. Quando isso ocorre, a glicose é encontrada na urina. Uma pequena quantidade de glicose é 
excretada em indivíduos sadios, mas essa quantidade não é detectada pelas tiras reagentes.
Valor de referência: Negativo.
Princípio do teste em tira reagente: teste enzimático baseado na dupla reação da glicose 
oxidase e da peroxidase com um cromógeno, oxidando seletivamente a glicose por meio da 
remoção de dois íons hidrogênio, formando ácido glicônico e peróxido de hidrogênio, na pre-
sença de glicose oxidase. Outros açucares, como a frutose e a galactose, não interferem no 
teste. O peróxido de hidrogênio, na presença da peroxidase, oxida um cromógeno causando 
mudança de cor. A cor produzida varia do azul para o verde até o marrom. O cromógeno utili-
zado varia de acordo com a marca do produto, podendo ser, por exemplo, iodeto de potássio.
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Figura 7. Variações de cores da glicose em tira reagente. Fonte: Fonseca, 2007.
Valores aumentados: diabetes mellitus. Também pode haver glicosúria na ausência de 
hiperglicemia; neste caso, é decorrente de distúrbios na reabsorção renal e pode ocorrer em 
condições como a síndrome de Cushing e no uso de corticoesteróides.
Cetonas: são formadas por acetoacetato, β-hidroxibutirato e acetona. A cetonúria (cetona 
na urina) ocorre como consequência da cetonemia (aumento da concentração no sangue), 
que, por sua vez, é causada por distúrbios no metabolismo dos carboidratos e lipídios.
Valor de referência: Negativo.
Princípio do teste em tira reagente: baseia-se no método de Rothera, formação de comple-
xo do acetoacetato e da acetona com nitroferricianeto (ou nitroprussiato de sódio) / glicina em 
meio alcalino, produzindo variação de cor, que vai do rosa claro para o rosa escuro ou violeta.
Figura 8. Variações de cores de cetonas em tira reagente. Fonte: Fonseca, 2007.
Valores aumentados: diabetes mellitus descontrolado, alcoolismo, jejum prolongado, die-
ta cetogênica, desidratação, febre, exercícios extenuantes e doenças metabólicas hereditárias.
Sangue (hemoglobina): o termo “hematúria” se refere à presença de um número anormal 
de hemácias na urina (5 hemácias/ml de urina). A origem pode ser glomerular, tubulointersti-
cial ou doença pós renal. O sangue na urina pode ocorrer devido à presença de hemácias ínte-
gras ou por hemoglobina livre. A hemoglobinúria é a presença de hemoglobina em solução na 
urina e está associada à hemólise intravascular ou lise eritrocitária no interior do trato urinário.
Usamos o termo “macrohematúria” quando se trata de grande quantidade de sangue, sen-
do este visível ao observarmos a urina (urina rosa, vermelha ou marrom). Quando as hemácias 
são encontradas apenas pelo microscópio, chamados de microhematúria.
É clinicamente importante a diferenciação entre hematúria e hemoglobinúria, porém, a au-
sência de hemácias na sedimentoscopia não afasta hematúria ou confirma hemoglobinúria, 
pois as hemácias na urina são rapidamente lisadas.
O sangue detectado na tira também pode ser mioglobinúria, quando há destruição aguda 
de fibras musculares. Isso pode ocorrer em caso de exercício excessivo, convulsões, hiperter-
mia e queimaduras severas.
Valor de referência: Negativo.
Princípio do teste em tira reagente: baseia-se na atividade pseudoperoxidásica da porção 
heme da hemoglobina, que catalisa a oxidação de um cromógeno na presença de peróxido or-
gânico. Ao entrar em contato com a zona reagente da tira, as hemácias íntegras presentes na 
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amostra sofrem lise e a hemoglobina liberada produz pontos verdes sobre o fundo amarelo. 
Já a hemoglobina livre e a mioglobina produzem coloração verde ou verde-azulada uniforme. 
Ou seja, a reação da tira se mostra positiva tanto na presença de hemácias íntegras quanto na 
presença de hemoglobina livre e mioglobina.
Figura 9. Variações de cores para sangue em tira reagente. Fonte: Fonseca, 2007.
Valores aumentados: relacionados à hematúria: ITU, cálculo renal, tumor do trato uriná-
rio, rim policístico e glomerulonefrite pós-estreptocócica. A maioria dos casos apresenta he-
matúria microscópica. Relacionados à hemoglobinúria: síndrome hemolítico-urêmica, púrpu-
ra trombocitopênica trombótica, hemoglobinúria paroxística noturna, reações transfusionais 
hemolíticas, septicemia, veneno de cobra ou aranha, malária e queimaduras graves. Também 
pode ocorrer por exercícios extenuantes.
Bilirrubina: é um indicador precoce das hepatopatias. A maior parte da bilirrubina é oriun-
da de hemácias velhas que são destruídas pelas células do sistema reticulo endotelial do baço, 
fígado e medula óssea. Ao ser conjugada no fígado, a bilirrubina se torna hidrossolúvel, sendo 
capaz de atravessar os glomérulos renais e estar presente na urina. Porém, em condições nor-
mais, é excretada por meio da bile para o intestino delgado. A presença de bilirrubina na urina 
é observada quando há aumento da bilirrubina conjugada (ou direta) no sangue.
Vale salientar que a icterícia causada pela grande destruição de hemácias não provoca bi-
lirrubinúria, pois a bilirrubina sérica está presente na forma não conjugada (bilirrubina indireta), 
insolúvel em água, ou seja, incapaz de ser excretada pelos rins.
Valor de referência: Negativo.
Princípio do teste em tira reagente: baseia-se na reação de acoplamento de um sal diazô-
nio com a bilirrubina em meio ácido com formação de cromógeno vermelho. A presença de 
traços que produzem cor rosada na tira (1+) já é suficiente para sugerir investigação adicional.
Figura 10. Variações de cores para bilirrubina em tira reagente. Fonte: Fonseca, 2007.
Valores aumentados: pacientes portadores de enfermidade hepatocelular ou icterícia 
obstrutiva.
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Urobilinogênio: trata-se de um pigmento biliar resultante da degradação da hemoglobina. 
É formado no intestino a partir da redução da bilirrubina pelas bactérias do cólon. Parte do uro-
bilinogênio é processada pelo fígado e apenas uma pequena quantidade é excretada na urina.
Valor de referência: <1mg/dl
Princípio do teste em tira reagente: o teste em tira reagente se baseia na reação de Ehrlich, 
reação química na qual o dimetilaminobenzaldeído reage com urobilinogênio em condições 
ácidas, formando cor que varia do bege ao rosa claro até o rosa escuro.
Figura 11. Variações de cores para urobilinogênio em tira reagente. Fonte: Fonseca, 2007.
Valores aumentados: nas disfunções hepáticas e nos distúrbios hemolíticos. Aumento de 
urobilinogênio urinário acompanhado de bilirrubina urinária negativa pode ocorrer em casos de 
hemólise ou hemorragia tecidual.
Valores diminuídos: nos casos de obstrução biliar grave e em uso de antimicrobianos de 
largo espectro. Além disso, o atraso no processamento de urinas não refrigeradas provoca a 
diminuição do urobilinogênio por oxidação e conversão em urobilina.
Nitrito: é uma prova útil para o diagnóstico precoce da bacteriúria assintomática. Indica 
a presença de bactérias que contém enzimas capazes de reduzir o nitrato da urina a nitrito, 
como é o caso das espécies comumente encontradas nas ITU (Escherichia coli, Enterobacter, 
Citrobacter, Klebsiela e espécies de Poteus). Sendo assim, trata-se de um teste capaz de auxi-
liar no diagnóstico das cistites e pielonefrites, na avaliação da terapia antimicrobiana e no mo-
nitoramento dos pacientes com alto risco de infecções do trato urinário. Resultados negativos 
não afastam a presença de bacteriúria significativa.
Valor de referência: Negativo.
Princípio do teste em tira reagente: em meio ácido, o nitrito reage com o ácido p-arsaní-
lico, formando um composto diazônio. Esse composto é acoplado ao N-naftiletilenodiamina 
dihidrocloreto, produzindo a coloração rosa na tira.
Figura 12. Mudança de cor para nitrito em tira reagente. Fonte: Fonseca, 2007.
Valores aumentados: O nitrito não é detectável na urina normal. Nitrito urinário positivo é 
altamente sugestivo da presença de bacilos gram negativos na urina.
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Esterase leucocitária: é um método indireto de detecção da presença de leucócitos na 
amostra de urina. A esterase é uma enzima presente nos grânulos primários ou azurófilos dos 
neutrófilos, monócitos, eosinófilos e basófilos. Linfócitos e células epiteliais não contêm este-
rase leucocitária. A presença de leucócitos deve ser confirmada pela análise da sedimentos-
copia. Pode haver sedimentoscopia negativa com esterase positiva, pois os leucócitos podem 
sofrer lise na urina.
Valor de referência: Negativo.
Princípio do teste em tira reagente: o carboxilato heterocíclico é hidrolisado pelas estera-
ses dos neutrófilos, liberando uma fração capaz de reagir com um sal diazônio, formando um 
pigmento violeta.
Figura 12. Mudança de cor para nitrito em tira reagente. Fonte: Fonseca, 2007.
Valores aumentados: o nível de esterase na urina está relacionado ao número de leucócitos 
presentes. A presença significativa de leucócitos na urina está relacionada às ITU e proces-
sos inflamatórios (febre, infecções virais, vulvovaginites, glomerulopatias, nefrites intersticiais, 
urolitíase, etc).
Antes de seguirmos com a terceira etapa do EAS, ainda no contexto do uso das tiras rea-
gentes, quero trazer duas tabelas importantes fornecidas por uma empresa fabricante desses 
produtos. A primeira diz respeito ao modo como as influências pré-analíticos afetam os resul-
tados dos testes:
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Tabela 2. Influências pré-analíticas relacionadas aos testes com tiras reagentes. Fonte: Infotec Labtest, 2016
Já a segunda apresenta possíveis interferentes causadores de resultados falso-negativos 
e falso-positivos para cada um dos parâmetros analisados por meio da tira reagente.
Tabela 3. Fatores interferentes da tira reagente Uriquest. Fonte: Infotec Labtest,2016
exAme de sedimentosCopiA
Após a centrifugação da urina em tubo cônico, uma gota do sedimento é colocada entre 
lâmina e lamínula para a terceira etapa do EAS: o exame de sedimentoscopia. O sedimento 
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ideal é o que satisfaz a estes três critérios: amostra recente, urina concentrada e urina ácida. 
A urina que ficou em repouso por muito tempo costuma alcalinizar e, com isso, ocorre uma 
desintegração celular. Nas urinas pouco concentradas e com ph alcalino, ocorre dissolução 
dos elementos figurados.
Quanto à análise pelo microscópio, primeiramente é feita uma varredura geral, em aumento 
de 100x. Deve-se fazer a leitura de 10 campos microscópicos, contando os elementos encon-
trados em cada campo. Faz-se uma média para expressar os resultados. Os resultados são 
usualmente expressos da seguinte forma:
AUSENTE: quando o elemento não é observado.
PRESENTE: quando o elemento é observado.
RAROS: até 3 elementos por campo.
ALGUMAS: de 4 a 10 por campo.
NUMEROSAS: acima de 10 por campo.
MACIÇAS: quando não se pode contar o número de elementos.
Também podem ser expressos por cruzes, de acordo com a quantidade encontrada: +, ++, 
+++, ++++.
Leucócitos e hemácias são observados com o aumento de 400x e a média dos resultados 
é expressa por campo.
Quando o exame é realizado por aparelhos de automação, os resultados podem ser expres-
sos por ml de urina ou em HPF (Hight Power Field), unidade que representa a média de células 
observadas por campo de grande aumento.
Os seguintes elementos são observados:
Células epiteliais
As células epiteliais encontradas no sedimento urinário resultam da descamação normal 
das células velhas ou podem indicar lesão epitelial devido à injúria renal ou processos infla-
matórios. Em condições normais, geralmente são encontradas em média até 3 por campo, em 
aumento de 400x. São de três tipos:
Células escamosas: essas representam menor significado clínico e são as mais comu-
mente encontradas no sedimento. São oriundas do revestimento da vagina, da uretra feminina 
e das porções inferiores da uretra masculina. Quando em grande quantidade, pode ser indício 
de contaminação. São células grandes, achatadas, de forma irregular, com citoplasma abun-
dante e núcleo proeminente.
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Figura 13. Células epiteliais escamosas. Fonte: Máximo et al, 2020.
Células de transição (ou caudadas): são provenientes da descamação normal da bexiga, 
da pelve renal e dos ureteres. São células esféricas, poliédricas ou com projeções caudais. Po-
dem conter um ou dois núcleos centralmente localizados. São encontradas em pequena quan-
tidade em amostras de indivíduos normais. Podem estar aumentadas nas infecções urinárias, 
após cateterização e instrumentação urinária e nos carcinomas renais.
Figura 14. Células epiteliais de transição. Fonte: Máximo et al, 2020.
Células dos túbulos renais: oriundas dos túbulos renais, são achatadas, colunares ou 
cuboides. Possuem núcleos grandes, esféricos e localizados excentricamente. Uma peque-
na quantidade pode ser encontrada em indivíduos saudáveis. Recém-nascidos apresentam 
células dos túbulos renais em maior quantidade do que a encontrada em crianças maiores 
e adultos. Em grande quantidade, indicam lesão tubular grave e podem ser decorrentes de 
pielonefrite, necrose tubular aguda, rejeição de transplante renal e intoxicação por salicilato.
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Figura 15. Célula epitelial dos túbulos renais. Fonte: Máximo et al, 2020.
Quando há passagem de lipídios pela membrana glomerular, como o que ocorre na nefrose 
lipídica, as células do túbulo renal absorvem lipídios e são chamadas de corpos graxos ovais. 
Observa-se um conjunto de gotículas de gordura flutuando no sedimento. Geralmente pos-
suem aspecto castanho-amarelado, mas, em pequeno aumento e pouca iluminação, podem 
aparecer negras, em razão de seu alto índice de refração. Sob luz polarizada, se a gordura con-
sistir em colesterol, destaca-se uma característica formação em “cruz de malta”. Os corpos 
graxos ovais constituídos por triglicerídeos não polarizam, mas são corados pelo corante Su-
dan III ou solução de Óleo Vermelho O. Tais elementos são encontrados na síndrome nefrótica, 
diabetes mellitus, eclampsia, envenenamento renal tóxico, glomerulonefrite crônica, nefrose 
lipídica, embolia gordurosa, após lesões com esmagamento de gordura subcutânea e após 
fraturas múltiplas.
Figura 16. Corpo Graxo Oval. Fonte: Máximo et al, 2020.
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Leucócitos (ou piócitos)
Os leucócitos são identificados facilmente pelo tamanho, pois são maiores que as hemá-
cias e menores que as células epiteliais renais. São elementos esféricos, podendo apresentar 
cor cinza-pálida ou amarelo-esverdeada. Em geral, considera-se anormal número de leucócitos 
>5/campo em aumento de 400x. Quando são observados no sedimento urinário apresentando 
granulações grosseiras no citoplasma ou inclusão de bactérias, são chamados de piócitos 
e seu aumento é chamado de piúria. A piúria pode ocorrer por leucócitos isolados ou agru-
pados (grumo piocitário), ou ainda pelo aparecimento de cilindros hialinos com inclusão de 
leucócitos.
Uma elevação de piócitos pode resultar de infecções bacterianas ou de outras patologias 
do sistema urinário. Quando formam aglomerados, é forte indicativo de infecção aguda, como 
pielonefrite, cistite e uretrite. A piúria também pode estar relacionada à pancreatite e apen-
dicite, assim como a condições não infecciosas, como glomerulonefrite aguda, nefrite lúpica, 
acidose tubular renal, desidratação, febre, estresse e irritação não infecciosa de uretra, ureter 
ou bexiga.
Figura 17. Piócitos e hemácias. Fonte: Máximo et al, 2020.
Hemácias
Em pessoas saudáveis, as hemácias são encontradas em pequenas quantidades no sedi-
mento, menos de 3 em aumento de 400x. Sua morfologia normal é em forma de discos bicôn-
cavos anucleares, lisos, de coloração amarelada ou pálida. A hematúria representa rompimen-
to da integridade da barreira vascular, que pode acontecer por lesão ou doença na membrana 
glomerular ou no trata geniturinário. É comumente relacionada às seguintes condições: glo-
merulonefrites, pielonefrites, cistites, cálculos renais, tumores, inflamação aguda, traumatis-
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mos e coagulopatias. Em amostras femininas, deve-se observar a possibilidade de contamina-
ção menstrual. Além disso, hemácias podem ser encontradas na urina após exercício intenso.
A pesquisa de hemácias dismórficas (morfologia anormal) por vezes se faz necessária 
para diferenciar a hematúria de origem glomerular da hematúria de origem não glomerular. A 
observação de grande quantidade de hemácias dismórficas sugere sangramento de origem 
glomerular. Já as hemácias com morfologia normal estão relacionadas a patologias extra glo-
merulares. Hemácias dismórficas apresentam tamanhos variados, possuem saliências celula-
res ou estão fragmentadas. Os principais tipos são os acantócitos, células em forma de anel 
com protusões vesiculares e os codócitos, células que apresentam o centro mais corado que 
os arredores (células em alvo).
Figura 18. Hemácias. Fonte: Máximo et al, 2020.
Figura 19. Hemácias dismórficas (codócitos e acantócitos). Fonte: Máximo et al, 2020.
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Cilindros
São estruturas cilíndricas em geral formadas no néfron distal e constituídas de uma matriz 
mucoprotéica, a proteína de Tamm-Horsfall (também chamada uromodulina). Tal proteína é 
secretada somente pelas células tubulares renais. São fatores causadores do aparecimento de 
cilindros no sedimento: albumina, estase urinária, fragmentos celulares, velocidade de filtração 
glomerular reduzida, ph ácido, presença de proteína de Bence Jones, mioglobina, hemoglobina 
e osmolaridade entre 200-400mOsm/kg. Podem ser dos seguintes tipos:
Cilindros hialinos: são os mais comumente encontrados na urina, podendo ser observados 
em indivíduos saudáveis quando a urina está mais concentrada. São formados pela precipi-
tação de uma matriz homogênea de proteína de Tamm-Horsfall. São transparentes, incolores 
e homogêneos. Podem estar presentes na febre, após exercício intenso, na desidratação e no 
estresse emocional. Também ocorrem nas glomerulonefrites, pielonefrites, doenças túbulo-in-
tersticiais, doença renal crônica, anestesia geral e ICC.
Figura 20. Cilindro hialino. Fonte: Máximo et al, 2020.
Cilindros hemáticos: são sempre patológicos e estão associados à hematúria renal. Po-
dem ser castanhos, laranja-avermelhados ou praticamente incolores. Podem conter várias cé-
lulas agrupadas em seu interior sem uma matriz visível ou poucas células em uma matriz pro-
teica. Suas hemácias são frequentemente de origem glomerular, como nas glomerulonefrites, 
ou oriundas de dano tubular, como na nefrite intersticial aguda. São achados de importância 
clínica na avaliação da resposta do paciente ao tratamento. Podem ainda ser encontrados 
após exercício físico intenso, na necrose tubular aguda, na nefrite lúpica, na hipertensão malig-
na, na endocardite bacteriana subaguda e na síndrome de Goodpasture.
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Figura 21. Cilindro hemático. Fonte: Máximo et al, 2020.
Cilindros leucocitários: indicam infecção ou inflamação renal. Podem conter bordas irre-
gulares e são compostos geralmente por neutrófilos agrupados ou não, podendo apresentar 
núcleos multilobulados. Quando os leucócitos são de origem glomerular, como na glomerulo-
nefrite, são observados no sedimento grande quantidade de cilindros leucocitários e hemáti-
cos. Já no caso de origem tubular, como na pielonefrite, os leucócitos migram para o lúmen 
tubular e se incorporam na matriz do cilindro. Em geral, são encontrados nas pielonefrites, 
glomerulonefrites, rejeição aguda do enxerto renal e nefrites túbulo-intersticial.
Figura 22. Cilindro leucocitário. Fonte: Máximo et al, 2020.
Cilindros epiteliais: são formados a partir da descamação de células epiteliais tubulares 
renais. São encontrados na urina após agressões nefrotóxicas ou isquêmicas sobre o epitélio 
tubular, podendo estar associados a infecções virais, como hepatite e citomegalovírus. Tam-
bém podem ser encontradas na rejeição do enxerto renal e acompanham os cilindros leucoci-
tários na pielonefrite.
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Figura 23. Cilindro epitelial. Fonte: Máximo et al, 2020.
Cilindros granulosos: podem ser observados em pessoas saudáveis, principalmente após 
exercício vigoroso ou estresse. Quando estão em grande quantidade indicam doença renal 
glomerular ou tubular. Seu principal componente é a proteína de Tamm-Horsfall. Apresentam 
a superfície recoberta por grânulos de origem patológica ou não. Seus grânulos podem ser 
grandes e grosseiros ou finos. Quando são de origem patológica os grânulos são resultantes 
da desintegração de cilindros celulares e de células tubulares ou de proteínas filtradas no glo-
mérulo. Estão presentes na glomerulonefrite, pielonefrite, doenças túbulo-intersticiais, necrose 
tubular aguda e infecções.
Figura 24. Cilindro granuloso. Fonte: Máximo et al, 2020.
Cilindros céreos: representam um “estágio avançado” do cilindro hialino. Ocorrem quando 
há estase prolongada por obstrução tubular e são chamados de cilindros da insuficiência re-
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nal, pois são encontrados nos casos de insuficiência renal crônica e na rejeição aguda do en-
xerto renal. São cilindros curtos, largos e de alto índice de refração. Também são encontrados 
na hipertensão maligna, na doença renal do diabetes e na amiloidose renal. Possuem estrutura 
lisa, rígida, com bordas serrilhadas. Sua coloração pode ser amarelada, acinzentada ou incolor.
Figura 25. Cilindro céreo. Fonte: Máximo et al, 2020.
Cilindros graxos: são cilindros que integram gotículas de gordura livres ou corpos graxos 
ovais, oriundos dos cilindros epiteliais. São observados na síndrome nefrótica, na nefropatia 
diabética, no lúpus, em doenças renais crônicas, nas glomerulonefrites e na síndrome de Kim-
melstiel-Wilson.
Figura 26. Cilindro graxo. Fonte: Máximo et al, 2020.
Muco
O filamento de muco é uma proteína formada pelo epitélio tubular renal e pelo epitélio 
vaginal. Apresentam-se no sedimento como filamentos delgados, longos e ondulares, com 
aparência de fitas. Um dos principais componentes do muco urinário é a proteína de Tamm-
-Horsfall. Quando são filamentos mais largos, podem ser confundidos com cilindroshialinos. 
Estão presentes em pequena quantidade na urina normal, principalmente nas urinas femini-
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nas. Quando em grande quantidade, estão associados à irritação ou inflamação do trato uriná-
rio e contaminação vaginal.
Figura 27. Muco. Fonte: Máximo et al, 2020.
Bactérias
A contaminação por bactérias pode ser oriunda da uretra, vagina, genitália externa ou do 
frasco coletor. É um achado comum em pequena quantidade. São observadas na forma de 
bacilos (barras) ou cocos (esferas). Em amostras colhidas corretamente, quando a presença 
de bactérias é acompanhada de piúria, é indicativo de infecção do trato urinário. As princi-
pais bactérias associadas são as da família Enterobacteriaceae (como a Escherichia coli), 
Staphylococcus e Enterococcus.
Figura 28. Flora bacteriana abundante. Fonte: Máximo et al, 2020.
Leveduras
Leveduras podem ser observadas no sedimento devido à contaminação de origem cutâ-
nea ou vaginal. São incolores, lisas e habitualmente ovoides, com paredes duplamente re-
fringentes. Podem possuir brotamentos e/ou micélios (hifas). A levedura mais comumente 
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encontrada é a Candida albicans. Podem estar presentes nas infecções do trato urinário ou 
vaginal e é comum em pacientes com diabetes mellitus.
Figura 29. Células leveduriformes com hifas. Fonte: Máximo et al, 2020.
Cristais
A presença de cristais é comum no sedimento urinário e muitas vezes tem relação com a 
dieta, ingestão hídrica, além de outros fatores indutores ou inibidores da cristalização urinária. 
Formam-se pela precipitação de sais na urina. São classificados de acordo com o ph da urina:
• Cristais de urina ácida: oxalato de cálcio, ácido úrico, ácido hipúrico e urato amorfo e 
urato de sódio.
• Cristais de urina neutra: biurato de amônio, carbonato de cálcio, oxalato de cálcio e fos-
fato triplo.
• Cristais de urina alcalina: fosfato triplo, biurato de amônio, carbonato de cálcio, fosfato 
de cálcio e fosfato amorfo.
DICA
Classificação muito cobrada em provas! Decore!
Cristais como oxalato, fosfato e urato de sódio não estão necessariamente relacionados à 
formação de cálculos. A tabela a seguir apresenta um resumo dos principais cristais normais 
encontrados na urina:
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Tabela 4. Cristais normais encontrados no sedimento urinário. Fonte: STRASINGER, 2000.
Já os cristais listados abaixo apresentam significado patológico:
• Cistina: são refringentes, incolores, hexagonais, com bordas iguais ou desiguais. Pre-
sentes em portadores de cistinúria, um distúrbio metabólico que impede a reabsorção 
de cistina pelos túbulos renais.
• Tirosina: apresentam-se como finas agulhas refringentes, delgadas, organizadas em 
agrupamentos ou feixes. Presentes na disfunção hepática grave e em doenças heredi-
tárias do metabolismo de aminoácidos.
• Leucina: apresentam forma esférica, com estrias radiais ou círculos concêntricos e de 
coloração amarela ou castanha. São encontrados na doença da urina de xarope de bor-
do, na síndrome da má absorção da metionina e nas hepatopatias graves.
• Fosfato-amôniomagnesiano (estruvita): são cristais triplo fosfato, transparentes e regu-
lares. Presentes nas infecções urinárias por bactérias produtoras de urease.
• Colesterol: são vistos como placas retangulares, grandes, achatadas e transparentes, 
podendo ser de diferentes colorações. São encontrados na nefrite, nas condições nefrí-
ticas, na quilúria e na síndrome nefrótica.
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• Bilirrubina: aparecem como agulhas agrupadas ou granulares de cor amarela ou casta-
nha-avermelhada. Estão presentes nas doenças hepáticas.
Também podem ser observados cristais de origem medicamentosa, como os cristais de 
sulfonamida e os cristais de ampicilina, ambos relacionados à hidratação inadequada em uso 
desses fármacos.
A tabela a seguir apresenta um resumo dos cristais anormais encontrados no sedimen-
to urinário:
Tabela 5. Cristais anormais encontrados no sedimento urinário. Fonte: STRASINGER, 2000.
Outros achados
Parasitas: O protozoário encontrado com maior frequência no sedimento é o Trichomonas 
sp., devido à contaminação por secreções vaginais.
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Figura 30. Trichomonas sp. Fonte: Confolonieri et al, 2012.
Espermatozoides: são eventualmente encontrados em urinas masculinas após masturba-
ção ou ejaculação noturna e em urinas femininas após relação sexual. São de relevância clíni-
ca nos casos de suspeita de ejaculação retrógrada. Quando observados em urina de mulher, 
não deve ser relatado no laudo por razões éticas.
Figura 31. Espermatozoides. Fonte: Máximo et al, 2020.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (VUNESP/BIOMÉDICO/2020) Um homem de 35 anos de idade tem história de poliúria. 
Os exames laboratoriais demonstram hipernatremia, aumento da osmolalidade sérica e uma 
densidade urinária de 1002. Esta condição clínico-laboratorial provavelmente é causada pela 
deficiência do hormônio
a) glucagon.
b) prolactina.
c) TSH.
d) insulina.
a) antidiurético (ADH).
002. (ADM&TEC/BIOMÉDICO/2019) Leia as afirmativas a seguir:
I – Com o auxílio da urinálise, pode-se diagnosticar diversas patologias, monitorar o progresso 
dessas doenças no organismo, acompanhar a eficácia do tratamento e ainda constatar a cura.
II – A urinálise é o exame não invasivo de grande importância para avaliar a função renal.
Marque a alternativa CORRETA:
a)As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
003. (OBJETIVA/FARMACÊUTICO/2019) O muco é um material proteico produzido por glân-
dulas e células epiteliais do trato geniturinário inferior e células epiteliais tubulares renais que 
tem como componente principal:
a) Albumina.
b) Proteína de Bence Jones.
c) Proteína de Tamm-Horsfall.
d) Leucócitos.
004. (OBJETIVA/FARMACÊUTICO-BIOQUÍMICO/2019) Considerando-se os aspectos ma-
croscópicos do exame de urina e suas possíveis causas, numerar a 2ª coluna de acordo com 
a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(1) Urina espumosa.
(2) Cor rosa/avermelhada.
(3) Cor laranja.
( ) Fármacos.
( ) Sangue.
( ) Proteinúria.
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a) 1 - 2 - 3.
b) 3 - 2 - 1.
c) 2 - 1 - 3.
d) 2 - 3 - 1.
005. (FCC/BIOMÉDICO/2019) Cristais são formados pela precipitação de sais submetidos 
à alteração de pH, temperatura ou concentração. Em urina alcalina, encontram-se cristais de:
a) Urato de sódio.
b) Fosfato amorfo.
c) Urato ácido.
d) Urato amorfo.
e) Ácido úrico.
006. (INSTITUTO UNIFIL/FARMACÊUTICO BIOQUÍMICO/2019) Sobre o exame de urianálise, 
assinale a alternativa incorreta.
a) A medida de glicosúria, principalmente no período pós-prandial, é o método de escolha para 
monitoramento domiciliar de pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2.
b) A detecção de urobilinogênio na urina é de menor significância diagnóstica que a de 
bilirrubina.
c) A presença de cetonas indica que há clivagem de ácidos graxos, situação que pode ocorrer 
em diabetes não controlado, alcoolismo ou em associação com jejum ou vômito prolongado.
d) A proteinúria pode significar excreção anormal de proteína pelos rins ou simplesmente refle-
tir a presença de células ou sangue na urina.
007. (MSCONCURSOS/BIOQUÍMICO/2020) Substâncias como acetoacetato, beta-hidroxibu-
tirato e acetona, acumulam-se no sangue devido a metabolização deficiente da glicose nos 
pacientes diabéticos. A eliminação dessas substâncias ocorre pela urina, formando um ele-
mento identificado pelo método de Rothera, no qual a reação positiva é caracterizada pelo 
aparecimento de um anel de coloração violeta. Assinale a alternativa com o nome da estrutura 
mencionada.
a) Cristais.
b) Corpos Cetônicos.
c) Cilindro.
d) Piócito.
008. (MSCONCURSOS/BIOQUÍMICO/2020) A urinálise é um teste laboratorial amplamente 
utilizado na prática clínica, constituindo um indicador importante de saúde e doença. Das alter-
nativas apresentadas em relação à urinálise, assinale a afirmativa INCORRETA.
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a) Tem como objetivo detectar enfermidades pré renais ou sistêmicas, renais e, pós-renais ou 
do trato urinário. Além disso, distúrbios hepáticos, diabetes mellitus e degradação muscular 
também são avaliadas por meio do exame de urina.
b) A análise química possui a finalidade de identificar e, ocasionalmente, quantificar vários 
componentes figurados, como: leucócitos, hemácias, células epiteliais, bactérias, cilindros, 
cristais e fungos.
c) O exame de urina é dividido em três etapas: análise física, análise química e a sedi-
mentoscopia.
d) A análise física abrange a cor, o aspecto e a densidade.
009. (FAUEL/BIOQUÍMICO/2019) A urina é um material biológico e exige a observação de 
cuidados específicos de coleta, a fim de preservar, além da integridade da amostra, a segu-
rança dos profissionais que a manuseiam. Em relação aos cuidados pré-analíticos, assinale a 
afirmativa INCORRETA.
a) Em todos os momentos em que seja provável o contato físico com a amostra, as pessoas 
responsáveis pela coleta, pelo transporte e pelo manuseio devem utilizar equipamentos de 
Proteção individual (EPI) adequados.
b) As amostras devem ser etiquetadas com o nome do paciente e seu número de identificação, 
data e hora da coleta e o tipo do material coletado, bem como informações adicionais, se exi-
gido pelo protocolo do laboratório.
c) Com a finalidade de minimizar as variações pré-analíticas, deve-se utilizar amostra de urina 
coletada após o paciente permanecer por um período de, pelo menos, 12 horas sem urinar. 
Após, adicionar conservante e/ou congelar as amostras visando a preservação da mesma.
d) Se possível, a amostra deve ser mantida à temperatura ambiente, mas, caso o exame não 
possa ser realizado em um prazo máximo de 2 horas após a coleta, a amostra deverá ser refri-
gerada e protegida da luz.
010. (INSTITUTO UNIFIL/FARMACÊUTICO BIOQUÍMICO/2021) Na análise química da urina, 
obtém-se o pH, proteínas totais, glicose, bilirrubinas e urobilinogênio, corpos cetônicos, ação 
peroxidásica, esterase leucocitária e nitritos. Essa análise pode ser feita por meio de
a) microscópio.
b) PCR.
c) tiras reagentes.
d) filtração.
e) HPLC.
011. (INSTITUTO UNIFIL/FARMACÊUTICO BIOQUÍMICO/2021) A urinálise é um teste labo-
ratorial amplamente utilizado na prática clínica, constituindo um dos indicadores mais impor-
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tantes de saúde e doença, podendo ser utilizada para detectar enfermidades renais, distúrbios 
hepáticos, diabetes mellitus e degradação muscular. Assinale a alternativa correta.
a) A análise química abrange a cor, o aspecto e a densidade específica.
b) Precipitação de fosfatos amorfos (urina alcalina), precipitação de uratos amorfos (urina 
ácida) ou pela presença de bactérias, leucócitos ou eritrócitos pode resultar em alteração do 
aspecto, classificado em acastanhado ou marrom escuro.
c) A densidade específica contempla a relação entre a quantidade de volume de água elimina-
da e solutos, é uma análise química quantificada mediante o uso do densímetro, refratômetro 
ou fita reativa.
d) Na análise química geralmente obtém-se o pH, proteínas totais, glicose, bilirrubinas e urobi-
linogênio, corpos cetônicos, ação peroxidásica, esterase leucocitária e nitritos.
e) A cor da urina pode ser classificada em límpida, ligeiramente turva ou turva.
012. (FADESP/FARMACÊUTICO BIOQUÍMICO/2019) Um paciente realizando dieta “low carb”, 
caracterizada por diminuição extrema de carboidratos da alimentação, pode demonstrar em 
exame de urina a presença de:
a) proteínas.
b) glicose.
c) corpos cetônicos.
d) nitritos.
013. (IBFC/FARMACÊUTICO/2019) A análise da urina, por métodos físicos e químicos, per-
mite a avaliação do paciente oferecendo informações sobre uma ampla gama de doenças. A 
esse respeito, assinale a alternativa incorreta.
a) A microscopia do sedimento urinário permite a identificação e a quantificação da presença 
de leucócitos
b) A análise de características físicas inclui: aspecto, cor, volume e densidade
c) A análise química pode ser realizada por tiras reagentes e podeindicar a ausência ou a pre-
sença de glicose
d) A presença de um número aumentado de leucócitos na amostra é hematúria
014. (CPCON/FARMACÊUTICO BIOQUÍMICO/2019) Analise as proposições e coloque V para 
as verdadeiras e F para as falsas, tendo como base a Bioquímica da Urina.
( ) A urina normalmente possui uma coloração amarela, principalmente devido ao urocromo. 
Amostras mais claras usualmente possuem uma densidade mais alta e a bilirrubina pode fazer 
com que a urina fresca tenha uma cor mais escura.
( ) Uma pequena quantidade de proteína pode ser encontrada na urina obtida de indivíduos 
saudáveis, embora essa quantidade não seja quantificada com precisão e exatidão nos mé-
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todos usuais utilizados nos Laboratórios de Análises Clínicas devido à baixa especificidade e 
seletividade desses métodos.
( ) Proteinúria pode ser benigna e aparecer após exercícios extenuantes ou simplesmente 
como resultado da permanência em pé (proteinúria ortostática). Proteína frequentemente está 
presente na urina durante a gestação e, em alguns casos, isso é benigno; mas em outros, indi-
ca complicações renais. Proteinúria transitória pode ocorrer após infecções graves, febre alta 
ou na insuficiência cardíaca congestiva.
( ) Uma pequena quantidade de glicose pode ser encontrada na urina obtida de indivíduos sau-
dáveis, embora essa quantidade não seja quantificada com precisão e exatidão nos métodos 
usuais utilizados nos Laboratórios de Análises Clínicas, devido à baixa especificidade e seleti-
vidade desses métodos.
Marque a alternativa que contém a sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses.
a) F, V, F e V.
b) V, V, V e V.
c) F, F, F e F.
d) F, F, V e V.
e) F, V, V e V.
015. (UFMT/FARMACÊUTICO BIOQUÍMICO/2021) Uma mulher de 80 anos, acometida com 
diabetes mellitus, precisou amputar uma das pernas e ficou confinada à cama nos últimos 6 
(seis) meses. Atualmente apresenta disúria, dor nas costas e febre. O médico solicitou exames 
de sangue e urina, obtendo os seguintes resultados:
Glicemia de jejum - Resultado: 280 mg/dL (valor de referência: 70 a 100mg/dL)
Exame de urina tipo I
Exame físico-químico: Cor: amarelo pálido
Aspecto: turvo Densidade: 1020
Sangue: presente (++)
pH: 5,5
Bilirrubinas: negativo
Proteínas: traços
Urobilinogênio: normal
Cetonas: negativo
Glicose: presente (+++)
Nitrito: negativo
Exame microscópico
Células epiteliais: aumentadas
Hemácias: 10 por campo microscópico (valor de referência: < 3 por campo microscópico)
Leucócitos: 45 por campo microscópico (valor de referência: < 5 por campo microscópico)
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Leveduras e hifas: moderadamente aumentadas (valor de referência: ausente) Bactérias: 
moderadamente aumentadas (valor de referência: ausente)
A partir dessas informações, analise as afirmativas.
I – Fungos crescem melhor em pH alcalino, portanto o laboratório deveria solicitar nova amos-
tra de urina à paciente.
II – Como as bactérias sempre reduzem nitrato a nitrito, o teste de nitrito dessa amostra pode 
ser considerado falso negativo.
III – A presença de mioglobina na urina é a causa do resultado de sangue presente (++), 
considerando que a paciente ficou acamada por um período prolongado, causando destrui-
ção muscular.
IV – Como o método da glicose oxidade/peroxidase em tira reativa é específico para glicose, 
reações falsopositivas não são obtidas pelos outros constituintes urinários, incluindo outros 
açúcares que possam estar presentes.
Estão corretas as afirmativas
a) I e II, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
016. (VUNESP/BIOMÉDICO/2019) Paciente apresenta o seguinte resultado de urina tipo I: 
pigmentos biliares negativo e urobilinogênio elevado. A suspeita clínica desse paciente será:
a) hepatite viral.
b) coledocolitíase.
c) cirrose hepática.
d) glomerulonefrite.
e) anemia hemolítica.
017. (STRATEGIC/BIOQUÍMICO/2020) A urina humana normal possui quantidades pequenas 
de proteínas e, dentre estas, merece destaque a uromodulina. Esta glicoproteína secretada 
exclusivamente nos rins também é conhecida como proteína de:
a) Bence Jones
b) Tamm Horsfall
c) Waaler Rose
d) Weil Felix
018. (FUNDEP/BIOQUÍMICO/2018) A identificação de elementos figurados no sedimento uri-
nário é de extrema importância para elucidar situações patológicas relacionadas, ou não, ao 
sistema renal. Observe a figura a seguir.
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Com relação à figura anterior, assinale a alternativa CORRETA.
a) São células epiteliais de descamação normais e não se correlacionam com situação clínica 
importante, a não ser que estejam associadas à flora bacteriana intensa.
b) São células do epitélio de transição e indicam situação clínica importante, geralmente rela-
cionadas a casos de cistite.
c) São células epiteliais do túbulo coletor e correlacionam-se com casos clínicos importantes 
de agressão ao néfron.
d) São células de descamação comuns em situações em que há fluxo menstrual intenso, sem 
correlação clínica importante.
019. (ASCONPREV/BIOQUÍMICO/2020) Formas cristalográficas podem ser visualizadas na 
sedimentoscopia urinária. Sobre esses elementos marque a alternativa INCORRETA:
a) A presença de cristais de ácido úrico em urina recente é sugestivo de gota ou calculose.
b) Alimentação rica em lipídeos é responsável pela presença de cristais de oxalato de cál-
cio na urina.
c) Os cristais de leucina surgem na urina nas afecções hepáticas graves e nas intoxicações 
por fósforo.
d) Nas urinas intensamente colúricas é comum a presença de cristais de bilirrubina.
e) Os cristais de cistina são facilmente decompostos pelas bactérias.
020. (CPCON/BIOQUÍMICO/2020) Com relação aos cilindros urinários, pode-se afirmar:
I – Os cilindros hemáticos apresentam gotas de substância gordurosa em sua estrutura e sur-
gem nas inflamações renais subagudas e nefropatia diabética.
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II – Os cilindros hialinos são formações incolores, transparentes ou ligeiramente opacas, de 
lados paralelos, extremidades redondas ou retas e tamanho variável, assumindo significado 
patológico quando encontrados em grande quantidade.
III – Os cilindros céreos são aqueles que encerram granulações finas ou grosseiras em seu 
substrato e aparecem geralmente nas nefrites agudas e crônicas.
Está CORRETO

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