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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Didatismo e Conhecimento 1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Adriano Augusto Placidino Gonçalves
Graduado pela Faculdade de Direito da Alta Paulista – FADAP.
Advogado regularmente inscrito na OAB/SP
Evilin Magalhães.
Administração UNESP Campus Tupã/Pesquisadora. Membro do grupo de pesquisas REAP-Rede de Educação Ambiental da 
Alta Paulista (Projeto de Extensão). Professora do módulo de Informática e inglês na UNATI- Universidade para Terceira Idade. 
Autora e coautora de artigos e resumos expandidos em revistas qualificadas e anais de eventos, notadamente na área a administra-
ção e engenharia ambiental. Ex Consultora Empreender Jr. Consultoria Empresarial e Agronegócios - UNESP Tupã.
1. NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA: CONCEITOS BÁSICOS, 
TESOURARIA, CONTROLADORIA E 
AUDITORIA; 
É muito discutida pelos autores a origem do termo finanças, entendendo uns que o mesmo provém do latim medieval financia, 
indicando os diferentes meios necessários para a realização das despesas públicas e a consecução dos fins do Estado. 
Outros autores defendem a tese, mais aceita, que a referida palavra emana, no latim medieval, do verbo finire, do qual surgiram 
o verbo finare e o termo finatio, sendo que este teve seu significado mudado através dos tempos. Assim sendo, na Idade Média, em 
um primeiro período, designava decisão judicial,depois multa fixada em juízo e, finalmente, os pagamentos e prestações em geral. 
Posteriormente, por volta do século XIV, os negócios financeiros eram identificados com os negócios monetários em geral, e, ao 
mesmo tempo, dava-se à palavra finanz o significado deprimente de intriga, usura e fraude. 
Em um terceiro período, primeiro na França e depois em outros países, a palavra finanças passou a ser empregada unicamente 
em relação aos re-cursos e despesas do Estado e das comunas. 
Todavia, no âmbito do direito, o termo finanças significa o fim das operações jurídicas, ou seja, os pagamentos de somas 
em dinheiro. Por outro lado, a expressão finanças públicas refere-se aos dinheiros públicos e, por extensão, à sua aquisição, 
administração e emprego.
FINANÇAS PÚBLICAS
Os autores discordam, no entanto, quanto à expressão adequada a ser empregada. Alguns preferem o simples substantivo finança 
ou finanças, sem adição do adjetivo pública ou públicas, por considerá-lo suficiente para indicar “o conjunto dos meios de riqueza de 
que se serve o Estado para a consecução dos seus fins”.
Outros autores, no entanto, adotam a expressão finança pública ou finanças públicas por entenderem que o termo finança ou 
finanças é por si só insuficiente, porque significa somente assuntos de dinheiro e sua administração, enquanto o termo finanças públi-
cas, em seu sentido moderno, pressupõe a existência de uma economia de dinheiro. 
Todavia, Hugh Dalton reconhece que, embora a despesa pública consista, em regra, em pagamentos em dinheiro, existem “duas 
espécies de receitas públicas não expressas em dinheiro, que são: a) certos serviços de pessoas não pagos em dinheiro; e b) o paga-
mento de certos impostos por outros meios que não em dinheiro. Alguns desses serviços gratuitos são prestados voluntariamente aos 
poderes públicos, outros por força da lei. Exemplos dos primeiros, na Inglaterra, são serviços para a magistratura e para empresas. 
Exemplos dos últimos são os serviços do júri e as obrigações que têm todos os cidadãos, de acordo com a Common Law (Lei Civil), 
de ajudar na remoção da neve das ruas, na extinção de incêndios e na ajuda à polícia na perseguição a assassinos e ladrões. 
Uma forma mais importante de serviços em muitas comunidades modernas é o serviço militar obrigatório. Mas este é pago, em-
bora numa base muito mais baixa do que seria necessário, a fim de obter um montante igual de serviço voluntário pago”.
Face às razões expostas, entendemos ser o termo finança insuficiente para compreender a atividade financeira do Estado, pelo que 
deve vir acompanhada do adjetivo pública. 
Didatismo e Conhecimento 2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
FINANÇAS PÚBLICAS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1.988
A Constituição é a LEI MAIOR do Estado, organização político-jurídica, que materializa seus atos por meio dos Poderes Legis-
lativo, Executivo e Judiciário, inobstante outras atividades paralelas que também são atividades próprias do Estado.
No que diz respeito às Finanças Públicas, o Estado, para manifestar seus atos como referido acima, tem primeiro como alvo o 
INTERESSE PÚBLICO, segundo, por conseqüência, gera gastos, ou despesas, que serão atendidas quando o Estado arrecade re-
ceitas. É assim simples, todo mundo só pode gastar o que ganha, senão causa déficit ou saldo negativo. Com o Estado idem. Daí, o 
papel da CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (CF/88) para regular a ATIVIDADE FINANCEIRA 
DO ESTADO e seu arcabouço jurídico. Eis o objeto do Direito Financeiro.
O Título VI, da CF/88, denominado “DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO”, divide-se em dois capítulos, quais sejam:
“- O capítulo I – Do Sistema Tributário Nacional (arts 145 a 162);
- O capítulo II – Das Finanças Públicas (arts. 163 a 169).”
O capítulo II, do Título VI, da CF/88 é subdividido em duas seções:
I – NORMAS GERAIS (arts 163 e 164);
II – DOS ORÇAMENTOS (arts. 165 a 169). Notando-se que o orçamento, como tematiza o citado título, é um subitem das 
Finanças Públicas.
É bom ressaltar que a temática “Finanças Públicas” extrapola os arts. referidos acima, já que há vários dispositivos reguladores 
da ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO em outras seções na CF/88, objeto do Direito Financeiro. Só a título de exemplo o art. 
52, V, da CF/88, que atribui privativamente ao Senado a competência para autorizar operações externas de natureza financeira, de 
interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.
É preciso entender o que significa “Finanças Públicas”, posto que é relevante este tema na CF/88.
As várias atividades exercidas pelo Estado, independentemente do seu elemento sócio-ideológico, geram despesas que levam o 
Estado a arrecadar receitas, seja da exploração do seu próprio patrimônio, como a cobrança de aluguel ao particular que faça contrato 
de locação de imóvel de seu domínio; seja por meio do poder de império do Estado, quando impõe obrigação ao particular de pagar 
em forma de tributo, a favor do Poder Público, como exemplo o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores). Esta 
atividade juridicamente regulada é objeto do Direito Financeiro.
Tudo que gira em torno da atividade financeira do estado, como sua legislação, processo de elaboração e aplicação, os limites 
dos gastos fixados no Orçamento, as punições advindas do desrespeito à responsabilidade fiscal, o controle financeiro da execução 
do orçamento, a elaboração das leis orçamentárias (art. 165, CF/88, PLANO PLURIANUAL – PPA; LEI DE DIRETRIZES ORÇA-
MENTÁRIAS – LDO; E LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA), relaciona-se às finanças públicas.
O ordenamento jurídico nacional que regula a atividade financeira do estado se sustenta no tripé: (I) CF/88, (II) Lei n. º 4.320/64 
ou Lei da Contabilidade Pública (estatui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços 
da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal) e (III) Lei Complementar n. º 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal 
– LRF estabelece normas de finanças públicas na gestão fiscal).
Chama-se atenção para o processo legislativo das normas jurídicas primárias, e posteriormente o papel de cada uma no Direito 
Financeiro. Para tal vale analisar os arts. 24 e 59 da CF/88. 
“Art.24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
...
§ 1. º No âmbito da legislação concorrente,a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2. º A 
competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3. º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender suas 
peculiaridades.
§ 4. º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.”
Este dispositivo é sobre as matérias que podem ser legisladas pelos entes da Federação. Mas não de qualquer jeito. O artigo vai 
exatamente determinar as regras de elaboração de normas jurídicas concorrentemente.
Para a COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE, têm-se dois modelos:
I – CUMULATIVO: Não há limites prévios ao exercício da competência legislativo concorrente.
II – NÃO – CUMULATIVO ou VERTICAL: Existem limites prévios, em nível constitucional, ao exercício da competência 
legislativa concorrente. Modelo adotado pela República Federativa do Brasil, na medida em que a União tem, por disposição consti-
tucional, o papel de editar normas gerais. Aos demais entes, cabe a COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR. 
A melhor doutrina a classifica em Competência Legislativa Suplementar COMPLEMENTAR e Competência Legislativa Suple-
mentar SUPLETIVA.
Didatismo e Conhecimento 3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
A Competência Legislativa Suplementar COMPLEMENTAR já se esclarece por si etimologicamente, vai, pois, complemen-
tar a legislação federal produzida pela União, que a ela compete editar normas gerais. Nota-se que o dispositivo se refere aos Estados, 
sem mencionar o Distrito Federal, infere-se pelo caput do art. 24, que esta atribuição se estende ao DF. Para os Municípios, o art. 30, 
II, da CF/88, concede também a Competência Suplementar Complementar.
A Competência Legislativa Suplementar SUPLETIVA, por outro lado, manifesta-se na omissão ou na inação legislativa da 
União, como reza o § 3. º, do art. 24, da CF/88, acima transcrito, permitindo aos Estados e ao DF legislar plenamente.
Como a CF/88 só autorizou os Municípios a complementar a legislação federal ou estadual, no que couber, não receberem, tais 
entes, atribuição legislativa plena, ou seja, os Municípios não possuem competência suplementar supletiva. Faz-se necessário escla-
recer que o DF tem competências legislativas reservadas aos Estados e aos Municípios (§ 1. º, art. 32, da CF/88) e este ente só pode 
exercer competência legislativa plena na omissão da União, nos moldes do § 3. º, do art. 24, da CF/88, quando se reveste de Estado-
-membro, porquanto o município está excluído de praticar competência legislativa plena. 
No art. 59, da CF/882, são as chamadas normas jurídicas primárias, tendo seu fundamento de validade diretamente da Lei Maior, 
e o papel de cada uma delas para o Direito Financeiro.
“Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela 
maioria relativa de seus membros.
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se 
obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo 
número de ordem.
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na 
mesma sessão legislativa.”
A EMENDA CONSTITUCIONAL
É norma jurídica superior, pois se incorpora à CF/88 para atualizá-la ao sabor das mudanças requeridas pelo tecido social e as 
repercussões nas várias áreas insertas na própria Constituição, contudo está sujeita ao Controle de Constitucionalidade, posto que se 
limita às regras do art. 603, da CF/88, que são restrições PROCEDIMENTAIS e CIRCUNSTANCIAIS. A rigidez da CF/88 é gritante 
em razão deste procedimento legislativo especialíssimo, bem diferente da elaboração das leis em geral. Para o Direito Financeiro, 
este instrumento normativo á hábil para regular ou alterar/acrescentar dispositivos constitucionais, merecendo registro os exemplos 
do art. 167, IV e XI, assim como o art. 2. 
“Art. 167. São vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos 
impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manuten-
ção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, 
pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Didatismo e Conhecimento 4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de des-
pesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998)
Não se pode olvidar que a Federação não poderá ser suprimida por Emenda Constitucional, direta ou indiretamente, logo o sis-
tema de repartição de receitas tributárias também não poderá ser abolido, em homenagem ao FEDERALISMO FISCAL da CF/88.
A LEI COMPLEMENTAR
Tem aprovação consumada por maioria absoluta das casas legislativas do Congresso Nacional. 
“Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.”
Sua ação normativa é expressamente definida na CF/88, restando, por exclusão, à Lei Ordinária o que não for de competência da 
Lei Complementar. Em matéria financeira, sua função é:
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 
2003)
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições 
operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.
2 – Art. 165 ...
§ 9º - Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de 
diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a 
instituição e funcionamento de fundos.
III - estabelecer normassobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos 
fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre Municípios;
IV - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das participações previstas 
nos arts. 157, 158 e 159.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos de participação a que 
alude o inciso II.
Vê-se que a elaboração de normas gerais aplicadas ao Direito Financeiro é instrumentalizada por Lei Complementar, e a União, 
como reza o art. 24, da CF/88, tem a incumbência de produzi-la.
Nesse passo imperioso ressaltar que a Lei n.º 4.320/64 que institui normas gerais de Direito Financeiro, aplicadas a todos os entes 
da federação é lei ordinária, isso pois, a Lei Ordinária, em 1964, poderia tratar de normas gerais, porquanto ainda não existia nesta 
data a Lei Complementar que surgiu na CF 67/69, e esta lei é formalmente lei ordinária e materialmente Lei Complementar, posto 
que foi recepcionada pela atual Constituição.
A seleção das bases de mensuração e do conceito de manutenção de capital é que determina o modelo contábil a ser utilizado na 
elaboração das demonstrações contábeis. Diferentes modelos contábeis apresentam diferentes graus de relevância e confiabilidade 
e, como em outras áreas, a administração deve buscar o equilíbrio entre a relevância e a confiabilidade. Esta Estrutura Conceitual é 
aplicável ao elenco de modelos contábeis e fornece orientação para elaboração e apresentação das demonstrações contábeis elabora-
das conforme o modelo escolhido. No momento presente, não é intenção do CFC eleger um modelo em particular a não ser em cir-
cunstâncias excepcionais. Essa intenção será, contudo, revista visando os desenvolvimentos que forem sendo observados no mundo.
AUDITORIA INTERNA E EXTERNA – FUNÇÕES E DIFERENÇAS
CLASSES DE AUDITORIA
Essas variam de acordo com o tratamento que se dá ao objeto da auditoria 
(quais são esses objetos?)
Didatismo e Conhecimento 5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
As classes fundamentais são:
1- Auditoria Geral ou sintética ou auditoria financeira: direciona-se às análises das peças de balanços e de suas conexões.
2- Auditoria detalhada ou analítica: abrange o exame de todas as transações, detendo-se em todos os documentos, em todas as 
contas e em todos os valores fisicamente variáveis.
 AUDITORIA QUANTO A FORMA DE INTERVENÇÃO – AUDITORIA INTERNA
 1- INTERNA: examina a integridade, adequação e eficácia dos controles identidade.
1.1.É uma atividade desenvolvida de forma INDEPENDENTE DENTRO DA EMPRESA, cuja finalidade seja revisar as opera-
ções prestando esse serviço à administração, constituindo para tanto um controle gerencial;
1.2 É executada por profissional ligado à empresa estando ligada diretamente à direção da empresa;
1.3. O auditor interno se interessa por toda e qualquer fase das atividades do negócio em que seja ser útil à administração, não 
restringindo sua atuação e o próprio conhecimento do auditor interno apenas à contabilidade e finanças mas sim a outras áreas da 
empresa a fim de obter uma visão completa das operações submetidas a exame;
1.4.O auditor testa a aplicabilidade e adequação dos controles empenos, financeiros e operacionais; revisando e avaliando a 
correção, adequando e aplicando os controles contábeis, financeiros e outros de natureza operacional, propiciando controles eficazes 
a um custo razoável;
1.5.Testa também como se está cumprindo as diretrizes, planos e procedimentos, determinando o grau de atendimento aos mes-
mos;
1.6. A auditoria interna também salvaguarda os ativos da empresa quanto à escrituração, e protegendo os ativos de perdas de 
qualquer tipo;
1.7. Recomenda melhorias operacionais
1.8. O objetivo da Auditoria Interna é auxiliar todos os membros da administração no desempenho efetivo de suas funções e 
responsabilidades, fornecendo-lhes análises, apreciações, recomendações e comentários pertinentes às atividades examinadas;
1.9. A responsabilidade da Auditoria Interna dentro da empresa deve ser claramente determinada pela política da empresa;
O conceito de auditoria não tem sido unânime ou estático no decorrer do tempo, embora algumas definições conhecidas tenham 
uma aceitação relativamente generalizada. Esse conceito tem evoluído, refletindo não só as mutações ocorridas no desenvolvimento 
das organizações e na ponderação dos interesses de partes envolvidas, mas também nos objetivos cada vez mais amplos que têm sido 
estabelecidos para os trabalhos de auditoria.
Se inicialmente era voltada para a descoberta de erros e fraudes, a auditoria evoluiu para outros domínios, assumindo formas 
específicas e especializadas, passando não só a focar sobre os fatos já passados, mas também a ter uma função preventiva e orien-
tadora, mais consentânea com uma visão prospectiva de contribuir para o alcance de objetivos e para a melhoria do desempenho da 
administração pública.
É legítima a preocupação de dar à auditoria um conceito que tenha aceitação generalizada, e isso é especialmente relevante num 
documento de normas de auditoria, ainda que esse conceito esteja sujeito a mutações e, consequentemente, a revisões com o passar 
do tempo. Ele serve de base não apenas para expressar a natureza do trabalho desenvolvido pelos auditores, mas também para, 
em conjunto com o conceito de accountability pública e com os preceitos básicos do controle externo, estabelecer o contexto, as 
condições e a amplitude de seu campo de atuação.
Um conceito de auditoria geralmente aceito, devido à sua amplitude, é o que a define como o exame independente e objetivo de 
uma situação ou condição, em confronto com um critério ou padrão preestabelecido, para que se possa opinar ou comentar a respeito 
para um destinatário predeterminado.
Didatismo e Conhecimento 6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Todavia, existem diversos conceitos formulados sob a diversidade de perspectivas da atividade de auditoria que, dada a sua im-
portância histórica e legitimidade nos contextos em que foram formulados, devem ser registrados, antes de se sintetizar um conceito 
geral.
Menciona-se, primeiramente, o conceito da Intosai, inserido no seu glossário: Auditoria é o exame das operações, atividades e 
sistemas de determinada entidade, com vista a verificar se são executados ou funcionam em conformidade com determinados obje-
tivos, orçamentos, regras e normas.
A IFAC conceituou auditoria da seguinte maneira:
Auditoria é uma verificação ou exame feito por um auditor dos documentos de prestação de contas com o objetivo de habilitá-lo 
a expressar uma opinião sobre os referidos documentos de modo a dar a eles maior credibilidade.
Dada à natureza geral dessas normas e sem abandonar, mas considerando incorporados os conceitos antes expostos, sintetiza-se 
o seguinte conceito geral de auditoria:
Auditoria é o processo sistemático, documentado e independente de se avaliar objetivamente uma situação ou condição para de-
terminar a extensão na qual critérios são atendidos, obter evidências quanto a esse atendimento e relatar os resultados dessa avaliação 
a um destinatário predeterminado.
Esse conceito traz explícita a noção de que a auditoria é um processo e, como tal, é um conjunto de atividades, funções e tarefas 
identificadas, que ocorrem em um período de tempo e produzem determinado resultado.
Adicionalmente, por meio das principais características gerais, descreve o cerne da atividade de auditoria, permitindo que suas 
partes possam ser exploradas para uma melhor compreensão do conceito geral, como abordado nos parágrafos seguintes.
Processo sistemático: a auditoria é um processo de trabalho planejado e metódico, pautado em avaliações e finalizadocom a 
comunicação de seus resultados.
Processo documentado: o processo de auditoria deve ser fundado em documentos e padronizado por meio de procedimentos 
específicos, de modo a assegurar a sua revisão e a manutenção das evidências obtidas. Isso implica que a entidade de auditoria deve 
formalizar um método para executar suas auditorias, estabelecendo os padrões que elas deverão observar, incluindo regras claras 
quanto à documentação.
Processo independente: a auditoria deve ser realizada por pessoas com independência em relação às organizações, aos pro-
gramas, aos processos, às atividades, aos sistemas e aos objetos examinados para assegurar a objetividade e a imparcialidade dos 
julgamentos.
Avaliação objetiva: os fatos devem ser avaliados com a mente livre de vieses. A avaliação objetiva leva a julgamentos impar-
ciais, estritamente adequados às circunstâncias, precisos, e refletem na confiança no trabalho do auditor.
Situação ou condição: o estado ou a situação existente do objeto da auditoria, encontrado pelo auditor durante a execução do 
trabalho de auditoria. 
Critério: referencial a partir do qual o auditor faz seus julgamentos em relação à situação ou condição existente. Reflete com 
deveria ser a gestão. A eventual discrepância entre a situação existente e o critério originará o achado de auditoria. 
Evidências: elementos de comprovação da discrepância (ou não) entre a situação ou condição encontrada e o critério de audi-
toria.
Relato de resultados: os resultados de uma avaliação de auditoria são relatados a um destinatário predeterminado, que normal-
mente não seja a parte responsável, por meio de um relatório, instrumento formal e técnico no qual o auditor comunica o objetivo, 
o escopo, a extensão e as limitações do trabalho, os achados de auditoria, as avaliações, opiniões e conclusões, conforme o caso, e 
encaminha suas propostas.
Didatismo e Conhecimento 7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
CLASSIFICAÇÃO DAS AUDITORIAS
Quanto à natureza, as auditorias classificam-se em:
● Auditorias de regularidade, que objetivam examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos à 
jurisdição do Tribunal, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Compõem as auditorias de regularidade 
as auditorias de conformidade e as auditorias contábeis.
● Auditorias operacionais, que objetivam examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, progra-
mas e atividades governamentais, com a finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública.
O sistema de contabilidade pública brasileiro incorpora, além do próprio sistema contábil, os sistemas orçamentário, financeiro 
e patrimonial. Desse modo, considera-se também auditoria contábil a realizada sobre as demonstrações contábeis, orçamentárias, fi-
nanceiras e patrimoniais produzidas pela administração de entidades públicas, a partir desses sistemas e dos respectivos lançamentos 
neles realizados, mediante técnica contábil, bem como sobre a documentação e os registros que lhes dão suporte.
A classificação das auditorias como de regularidade ou operacional dependerá do objetivo prevalecente em cada trabalho de 
auditoria, já que elas constituem parte de um mesmo todo da auditoria governamental e, às vezes, integram o escopo de um mesmo 
trabalho de auditoria.
INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO: AUDITORIA, LEVANTAMENTO, MONITORAMENTO, ACOMPANHA-
MENTO E INSPEÇÃO
As funções básicas do Tribunal de Contas da União podem ser agrupadas da seguinte forma: fiscalizadora, consultiva, informa-
tiva, judicante, sancionadora, corretiva, normativa e de ouvidoria. Algumas de suas atuações assumem ainda o caráter educativo.
A função fiscalizadora compreende a realização de auditorias e inspeções, por iniciativa própria, por solicitação do Congresso 
Nacional ou para apuração de denúncias, em órgãos e entidades federais, em programas de governo, bem como a apreciação da lega-
lidade dos atos de concessão de aposentadorias, reformas, pensões e admissão de pessoal no serviço público federal e a fiscalização 
de renúncias de receitas e de atos e contratos administrativos em geral.
A fiscalização é a forma de atuação pela qual são alocados recursos humanos e materiais com o objetivo de avaliar a gestão dos 
recursos públicos. Esse processo consiste, basicamente, em capturar dados e informações, analisar, produzir um diagnóstico e formar 
um juízo de valor.
Podem ser feitas por iniciativa própria ou em decorrência de solicitação do Congresso Nacional. Há cinco instrumentos por meio 
dos quais se realiza a fiscalização:
a) levantamento: instrumento utilizado para conhecer a organização e funcionamento de órgão ou entidade pública, de sistema, 
programa, projeto ou atividade governamental, identificar objetos e instrumentos de fiscalização e avaliar a viabilidade da sua reali-
zação;
b) auditoria: por meio desse instrumento verifica-se in loco a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão, quanto aos aspectos 
contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial, assim como o desempenho operacional e os resultados alcançados de órgãos, enti-
dades, programas e projetos governamentais;
c) inspeção: serve para a obtenção de informações não disponíveis no Tribunal, ou para esclarecer dúvidas; também é utilizada 
para apurar fatos trazidos ao conhecimento do Tribunal por meio de denúncias ou representações;
d) acompanhamento: destina-se a monitorar e a avaliar a gestão de órgão, entidade ou programa governamental por período de 
tempo predeterminado;
e) monitoramento: é utilizado para aferir o cumprimento das deliberações do Tribunal e dos resultados delas advindos.
PLANEJAMENTO DE AUDITORIA
O planejamento das ações de controle adotado pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve observar os 
procedimentos e sequencia abaixo:
Didatismo e Conhecimento 8
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
I. mapear as políticas públicas afetas a cada Ministério ou Órgão equivalente, com identificação dos macro-objetivos, dos recur-
sos previstos, dos agentes responsáveis e interfaces, de modo a evidenciar a importância estratégica, de cada uma delas, inclusive em 
relação ao projeto global de governo;
II. promover a hierarquização dos diversos programas/programações governamentais, baseada em critérios políticos e estratégi-
cos definidos, bem como riscos baseados em materialidade, relevância e criticidade.
Na conformação atual da classificação orçamentária, esse exercício de hierarquização se faz em nível de Programa por ser esse 
o que apresenta, em geral, a definição consistente de limites e abrangência;
III. detalhar as informações envolvendo a descrição dos Programas essenciais e a identificação das Ações que os compõem;
IV. promover a hierarquização no nível das Ações de cada Programa, segundo critérios definidos com bases estratégicas;
V. elaborar o relatório de situação das Ações selecionadas, identificando, dentre outros itens:
a) os objetivos e as metas;
b) os órgãos responsáveis;
c) a documentação legal que lhes dá suporte;
d) as razões de implementação;
e) as formas de execução e os mecanismos de implementação;
f) a clientela e o público alvo;
g) a existência de recursos externos financiando total ou parcialmente as Ações;
h) os critérios para a seleção dos beneficiários;
i) as formas de divulgação que serão utilizadas para mobilizar a clientela, quando for o caso;
j) os mecanismos de controle, inclusive de controle social; e
k) as informações a respeito das ações do Sistema de Controle Interno no exercício anterior, bem como sobre o exercício atual.
VI. elaborar o plano estratégico da Ação selecionada, incluindo levantamento dos pontos críticos e frágeis capazes de impactar a 
execução e a definição da abordagem de controle a ser adotada, que era por focoos pontos críticos identificados; e
VII. elaborar o plano operacional de cada divisão de trabalho definida na abordagem da Ação, com identificação das ações de 
controle a serem realizadas, definição de instrumentos e do período de realização dos trabalhos.
Didatismo e Conhecimento 9
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
A metodologia de trabalho adotada abrange os aspectos pertinentes ao conhecimento das Ações de cada Ministério, à percepção 
sobre as principais áreas de atuação e pauta política específica, à compreensão sobre o funcionamento dos Programas e respectivas 
Ações ou equivalentes, bem como avaliação sobre as unidades responsáveis pelas diferentes etapas do processo gerencial de im-
plementação da Política Pública e o planejamento das ações de controle a serem implementadas para avaliação da execução dos 
Programas de Governo e da Gestão Pública.
Este processo permanente de trabalho permite, por meio da reavaliação, efetuada a cada novo conjunto de dados e informações 
obtidas, manter o controle sempre atualizado e atuante.
Papéis de trabalho
Os Papéis de Trabalho - PT são documentos que fundamentam as informações obtidas nos trabalhos de auditoria e fiscalização 
do Sistema de Controle Interno, podendo ser por ele elaborados ou obtidos de qualquer outra fonte.
Neles são registrados dados da unidade/entidade auditada ou do programa fiscalizado, fatos e informações obtidas, as etapas pre-
liminares e o trabalho efetuado pela equipe responsável, bem como suas conclusões sobre os exames realizados. Com base nos regis-
tros dos Papéis de Trabalho a equipe responsável irá elaborar, desde o planejamento até o relato de suas opiniões, críticas e sugestões.
Nos papéis de trabalho, o servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve documentar todos os elemen-
tos significativos dos exames realizados e evidenciar ter sido a atividade de controle executada de acordo com as normas aplicáveis.
Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhe suficientes para propiciar o entendimento e o suporte da atividade 
de controle executada, compreendendo a documentação do planejamento, a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos, 
bem como o julgamento exercido e as conclusões alcançadas.
Papéis de trabalho de execução constituem-se na documentação dos trabalhos de controle elaborada e/ou colhida durante o pro-
cesso de verificações “in loco”. Sua finalidade é embasar o posicionamento da equipe com relação às questões apuradas no decurso 
dos exames. Os papéis de execução referem-se às folhas básicas do trabalho, o suporte nuclear da opinião de uma equipe de controle. 
Registra os fatos, as causas e consequências dos atos de uma gestão, referente a um determinado período de tempo.
Os Papéis de Trabalho de Execução têm como finalidade:
I. auxiliar na execução dos exames;
II. evidenciar o trabalho feito e as conclusões emitidas;
III. servir de suporte aos relatórios;
IV. constituir um registro que possibilite consultas posteriores, a fim de se obter detalhes relacionados com a atividade de controle 
realizada;
V. fornecer um meio de revisão pelos superiores, para:
a) determinar se o serviço foi feito de forma adequada e eficaz, bem como julgar sobre a solidez das conclusões emitidas;
b) considerar possíveis modificações nos procedimentos adotados, bem como no programa de trabalho de auditorias e fiscaliza-
ções.
A utilização das folhas de registro dos exames tem por finalidade documentar as verificações e exames efetuados no campo. 
Trata-se da documentação básica das atividades de controle. A partir desse registro são desdobrados os resultados dos trabalhos.
A elaboração dos papéis de execução representa, assim, o mais importante momento de documentação dos trabalhos de controle. 
Os papéis de trabalho, do tipo corrente, utilizados nas atividades de campo são considerados os mais importantes elementos docu-
mentais do trabalho do servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
Os papéis de trabalho deverão estar acondicionados em arquivos do tipo permanente e corrente. O arquivo permanente deve 
conter assuntos que forem de interesse para consulta sempre que se quiser dados sobre o sistema, área ou unidade objeto de controle. 
Os papéis e anexos dessa natureza não devem ser incluídos nos arquivos correntes, nem duplicados por material neste arquivo, mas 
devem ser conservados somente no permanente. Referências cruzadas adequadas e o uso conveniente do arquivo Permanente torna-
rão tais duplicações desnecessárias. 
Os anexos juntados ao arquivo permanente constituem parte integrante dos papéis de trabalho para cada serviço e devem ser 
revistos e atualizadas a cada exame. Material obsoleto ou substituído deve ser removido e arquivado a parte, numa pasta permanente 
separada, para fins de registro.
Os arquivos correntes de papéis de trabalho devem conter o programa de auditoria e fiscalização, o registro dos exames feitos e 
as conclusões resultantes desses trabalhos. Juntamente com o arquivo Permanente, os papéis de trabalho correntes devem constituir 
um registro claro e preciso do serviço executado em cada período coberto pelos exames. 
Didatismo e Conhecimento 10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Exemplos de papéis de trabalho:
Registro das Constatações: Destinado ao registro das verificações significativas detectadas no desenvolvimento dos trabalhos, a 
ser elaborado de forma concisa, com base em cada relatório. Objetiva possibilitar a criação de um banco de dados relevantes sobre 
os órgãos ou entidades, tais como:
a) irregularidades, deficiências e impropriedades; e
b) fatos que mereçam exames mais profundos, em outra oportunidade, por fugirem ao escopo dos trabalhos realizados.
Solicitação de Auditoria - Documento utilizado para formalizar pedido de documentos, informações, justificativas e outros as-
suntos relevantes, emitido antes ou durante o desenvolvimento dos trabalhos de campo.
Procedimentos e políticas / Entrevista e interpretação das informações / Testes de auditoria
O auditor responsável deverá estabelecer políticas e procedimentos para orientar a atividade de auditoria.
Os Procedimentos e as Técnicas de Auditoria constituem-se em investigações técnicas que, tomadas em conjunto, permitem a 
formação fundamentada da opinião por parte do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
Procedimento de auditoria é o conjunto de verificações e averiguações previstas num programa de auditoria, que permite obter 
evidências ou provas suficientes e adequadas para analisar as informações necessárias à formulação e fundamentação da opinião por 
parte do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Trata-se ainda, do mandamento operacional efetivo, são as ações 
necessárias para atingir os objetivos nas normas auditoriais. Também chamado de comando, o Procedimento representa a essência do 
ato de auditar, definindo o ponto de controle sobre o qual se deve atuar.
O fundamental é descrever o que se deve fazer, ou seja, como deve ser o exame. Esse abrange testes de observância e testes 
substantivos:
a) testes de observância: visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela 
Administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento.
b) testes substantivos: visam à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validação dos dados produzidos pelos 
sistemas contábil e administrativos da entidade, dividindo-se em testes de transações e saldos e procedimentos de revisão analítica.
Técnica de Auditoria é o conjunto de processos e ferramentas operacionais de que se serve o controle para a obtenção de 
evidências, as quais devem ser suficientes, adequadas, relevantes e úteis para conclusão dos trabalhos.
É necessário observar a finalidade específica de cada técnica auditorial,com vistas a evitar a aplicação de técnicas inadequadas, 
a execução de exames desnecessários e o desperdício de recursos humanos e tempo.
As inúmeras classificações e formas de apresentação das Técnicas de Auditoria são agrupadas nos seguintes tipos básicos:
I. Indagação Escrita ou Oral - uso de entrevistas e questionários junto ao pessoal da unidade/entidade auditada, para a obtenção 
de dados e informações.
II. Análise Documental - exame de processos, atos formalizados e documentos avulsos.
III. Conferência de Cálculos - revisão das memórias de cálculos ou a confirmação de valores por meio do cotejamento de ele-
mentos numéricos correlacionados, de modo a constatar a adequação dos cálculos apresentados.
IV. Confirmação Externa – verificação junto a fontes externas ao auditado, da fidedignidade das informações obtidas internamen-
te. Uma das técnicas, consiste na circularização das informações com a finalidade de obter confirmações em fonte diversa da origem 
dos dados.
V. Exame dos Registros – verificação dos registros constantes de controles regulamentares, relatórios sistematizados, mapas e 
demonstrativos formalizados, elaborados de forma manual ou por sistemas informatizados. A técnica pressupõe a verificação desses 
registros em todas as suas formas.
VI. Correlação das Informações Obtidas - cotejamento de informações obtidas de fontes independentes, autônomas e distintas, 
no interior da própria organização. Essa técnica procura a consistência mútua entre diferentes amostras de evidência.
VII. Inspeção Física - exame usado para testar a efetividade dos controles, particularmente daqueles relativos à segurança de 
quantidades físicas ou qualidade de bens tangíveis. A evidência é coletada sobre itens tangíveis.
Didatismo e Conhecimento 11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
VIII. Observação das Atividades e Condições – verificação das atividades que exigem a aplicação de testes flagrantes, com a fina-
lidade de revelar erros, problemas ou deficiências que de outra forma seriam de difícil constatação. Os elementos da observação são:
a) a identificação da atividade específica a ser observada;
b) observação da sua execução;
c) comparação do comportamento observado com os padrões; e
d) avaliação e conclusão.
IX. Corte das Operações ou “Cut-Off” - corte interruptivo das operações ou transações para apurar, de forma seccionada, a dinâ-
mica de um procedimento. Representa a “fotografia” do momento-chave de um processo.
X. Rastreamento - investigação minuciosa, com exame de documentos, setores, unidades, órgãos e procedimentos interligados, 
visando dar segurança à opinião do responsável pela execução do trabalho sobre o fato observado.
Amostragem estatística
O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização de ações de controle em situações onde o objeto alvo 
da ação se apresenta em grandes quantidades e/ou se distribui de maneira bastante pulverizada. A amostragem é também aplicada em 
função da necessidade de obtenção de informações em tempo hábil, em casos em que a ação na sua totalidade se torna impraticável.
A amostragem tem como objetivo conhecer as características de interesse de uma determinada população a partir de uma parcela 
representativa. É um método utilizado quando se necessita obter informações sobre um ou mais aspectos de um grupo de elementos 
(população) considerado grande ou numeroso, observando apenas uma parte do mesmo (amostra). As informações obtidas dessa 
parte somente poderão ser utilizadas de forma a concluir algo a respeito do grupo, como um todo caso esta seja representativa.
A representatividade é uma característica fundamental para a amostra, que depende da forma de seleção e do tamanho da amostra.
Potencialmente, a amostra obtém essa característica quando ela é tomada ao acaso. Para uma amostra ser considerada representa-
tiva de uma população, ela deve possuir as características de todos os elementos da mesma, bem como ter, conhecida a probabilidade 
de ocorrência de cada elemento na sua seleção.
Existem várias razões que justificam a utilização de amostragem em levantamentos de grandes populações. Uma dessas razões 
é a economicidade dos meios. Onde os recursos humanos e materiais são escassos a amostragem se torna imprescindível, tornan-
do o trabalho do servidor bem mais fácil e adequado. Outro fator de grande importância é o tempo, pois onde as informações das 
quais se necessitam são valiosas e tempestivas, o uso de amostra também se justifica. Outra razão, é o fato de que com a utilização 
da amostragem, a confiabilidade dos dados é maior devido ao número reduzido de elementos, pode-se dar mais atenção aos casos 
individuais, evitando erros nas respostas. Além disso a operacionalidade em pequena escala torna mais fácil o controle do processo 
como um todo.
Porém, existem casos onde não se recomenda a utilização de amostragem, tais como:
a) quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra fica relativamente grande;
b) quando as características da população são de fácil mensuração, mesmo que a população não seja pequena; e
c) quando há necessidade de alta precisão recomenda-se fazer censo, que nada mais é do que o exame da totalidade da população.
O método de amostragem se subdivide em dois tipos: o probabilístico e o não probabilístico
A principal característica do método de amostragem não probabilístico é que este se baseia, principalmente, na experiência do 
servidor, sendo assim, a aplicação de tratamento estatístico a seus resultados se torna inviável, bem como a generalização dos resulta-
dos obtidos através da amostra para a população. Essa limitação faz com que o método não sirva de suporte para uma argumentação, 
visto que a extrapolação dos resultados não são passíveis de demonstração segundo às normas de cálculo existentes hoje. Contudo, é 
inegável a sua utilidade dentro de determinados contextos, tal como, na busca exploratória de informações ou sondagem, quando se 
deseja obter informações detalhadas sobre questões particulares, durante um espaço de tempo específico.
Já o método de amostragem probabilístico tem como característica fundamental o fato de poder ser submetido a tratamento esta-
tístico, sendo, portando, os resultados obtidos na amostra generalizáveis para a população.
Para tanto, a amostragem estatística conta com uma série de formas diferentes de obtenção do tamanho da amostra.
Didatismo e Conhecimento 12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Uma dessas formas é a Amostra Aleatória Simples que tem como característica que cada elemento da população tem a mesma 
chance de pertencer à amostra. Considera-se para isso que os elementos da população em questão estão distribuídos de maneira 
uniforme. Nas demais formas ou métodos de amostragem, pelo fato dos elementos não se processarem de maneira homogênea na 
população, se faz necessário dispor de técnicas mais sofisticadas na obtenção do tamanho e seleção da amostra.
Para se obter uma amostra se faz necessário obter alguns elementos fundamentais, sem os quais fica impraticável o uso da téc-
nica. O elemento primordial para se elaborar um plano amostral é saber exatamente qual o objetivo da ação de controle, ou seja, o 
que se deseja obter com os resultados e de posse deles a quais conclusões deseja-se chegar. Pois quando os objetivos da ação estão 
bem definidos fica claro o estabelecimento de qual é a população alvo a ser considerada para a elaboração da amostra, bem como a 
definição das unidades de amostragem (elementos).
A partir do conhecimento da população objeto de estudo e seus elementos é que se torna possível conhecer como essa população 
se distribuí entre os seus elementos, para a partir daí ser definido o método de amostragem a ser adotado, bem como todas as suas 
considerações “a priori”.
Outro fator importante a ser definido anteriormente é a precisão que sedeseja, ou seja, o máximo que se admitirá de erro para os 
resultados obtidos na amostra. Além disso, é importante que a seleção dos elementos da amostra seja rigorosamente aleatória, essa 
exigência é necessária pois, se na seleção da amostra não for garantida a aleatoriedade significa que o servidor está influenciando com 
seu juízo pessoal na escolha dos elementos da amostra e colocando assim em risco todo o trabalho realizado, pois as informações 
obtidas a partir daquela amostra enviesada irá trazer resultados equivocados a respeito do universo em questão.
Existem situações onde não é possível a obtenção de informações a respeito da população e sua distribuição, seja pelo fato de a 
obtenção dessas informações ser muito dispendiosa, ou seja pelo fato de se levar muito tempo para essas serem concluídas. 
Ou mesmo, pelo fato do acesso às mesmas somente ser possível no ato da ação de controle. Sendo assim, é usual a utilização de 
tabelas aplicadas ao Controle Estatístico de Qualidade, com a definição prévia do risco que se deseja assumir, ou seja, qual o limite 
máximo de itens ou elementos irregulares aceitáveis para se considerar uma situação regular, através do qual o tamanho da amostra 
é dimensionada. 
A utilização dessas tabelas deve ser feita com muito critério, pois os resultados obtidos das amostras provenientes delas são 
bastante específicos.
Tais situações específicas devem ser devidamente estudadas pois essas tabelas não são de aplicação generalizada, sendo portanto 
necessário o estudo de cada caso em separado, mensurando as vantagens e desvantagens da sua utilização.
Diante do exposto, e do fato de que o Pedido de Ação de Controle é disponibilizado conforme o Plano Amostral elaborado é 
necessário que o planejador da ação conste no relatório final de acompanhamento todas as considerações adotadas na elaboração do 
mesmo, tais como: nível de confiança, margem de erro, método de amostragem escolhido, divisões da população, caso seja a nível 
nacional, ou estadual, ou municipal, ou ainda, por tipos de ocorrência.
Materialidade, Relevância e Criticidade
As variáveis básicas utilizadas em todas as fases do processo de planificação dos trabalhos de controle são fundamentais, sendo 
que, determinadas variáveis apresentam-se com maior destaque ou contribuição para o processo. Essas variáveis são:
a) Materialidade;
b) Relevância; e
c) Criticidade.
Didatismo e Conhecimento 13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
A materialidade refere-se ao montante de recursos orçamentários ou financeiros alocados por uma gestão, em um específico pon-
to de controle (unidade, sistema, área, processo, programa ou ação) objeto dos exames de auditoria ou fiscalização. Essa abordagem 
leva em consideração o caráter relativo dos valores envolvidos.
A relevância significa a importância relativa ou papel desempenhado por uma determinada questão, situação ou unidade, exis-
tentes em um dado contexto.
A criticidade representa o quadro de situações críticas efetivas ou potenciais a auditar ou fiscalizar, identificadas em uma deter-
minada unida de ou programa. Trata-se da composição dos elementos referenciais de vulnerabilidade, das fraquezas, dos pontos de 
controle com riscos latentes, das trilhas de auditoria ou fiscalização. Deve-se levar em consideração o valor relativo de cada situação 
indesejada. A criticidade, é ainda, a condição imprópria, por ilegalidade, por ineficácia ou por ineficiência, de uma situação gestional. 
Expressa a não aderência normativa e os riscos potenciais a que estão sujeitos os recursos utilizados. Representa o perfil organi-
zado, por área, dos pontos fracos de uma organização.
Procedimentos de auditoria em áreas específicas das demonstrações contábeis
Presunção de omissão de receitas
a) Ativos ocultos ou fictícios e Passivos Ocultos ou fictícios Duas das maiores preocupações dos auditores em geral corres-
pondem aos ativos fictícios e aos passivos ocultos. Os primeiros correspondem a bens e direitos registrados no patrimônio mas que 
simplesmente inexistem. Caso real: determinado empresário paga compromissos pessoais com recursos financeiros da empresa e or-
dena ao contador que os valores sejam registrados como “ Despesas Diversas” de determinado cliente, da forma abaixo (lançamento 
contábil):
D – Despesas Diversas
C – Caixa
O gasto registrado não tem respaldo e foi lançado somente para “fechar”a contabilidade.
O passivo oculto compreende dívidas (obrigações) não registradas ou registradas a menor. É, portanto, oculto para a contabili-
dade, mas existe, de fato. Exemplificando: determinado funcionário dispensado pela entidade impetrou uma reclamação trabalhista 
que não foi registrada.
Alguns autores, ao comentarem as diferenças entre o primeiro e o segundo caso, relatam que um é o oposto do outro: um é con-
tabilizado mas não existe; o outro existe, mas não é contabilizado. A apuração dessas situações é feita por meio de testes, cuja direção 
(metodologia) varia em função da natureza de cada conta.
O saldo de uma conta do balanço patrimonial ou da demonstração do resultado do exercício pode estar errado para mais (super 
avaliado) ou para menos (subavaliado). Devido a esse risco, todas as contas da contabilidade devem ser testadas para super avaliação 
e para subavaliação. 
A experiência tem demonstrado que é mais prático dirigir os testes principais de super avaliação para as contas devedoras (nor-
malmente, as contas do ativo e despesas) e os de subavaliação para as contas credoras. Devido ao fato de as transações na contabilida-
de serem registradas pelo sistema de partidas dobradas, quando se testam as contas devedoras para super avaliação, às contas credoras 
também estão sendo testadas indiretamente nessa mesma direção. Por exemplo, se durante o exame das demonstrações contábeis de 
uma empresa, para o ano findo em 31/12/19XO, o auditor descobre que as despesas de pessoal estão super avaliadas, em função de 
os salários do mês de janeiro de 19X1 terem sido provisionados indevidamente em 19XO, é evidente que a conta credora de salários 
a pagar, classificada no passivo circulante, também está super avaliada. Da mesma forma, quando se testam as contas credoras para 
subavaliação, às contas devedoras estão sendo testadas secundariamente nessa mesma direção. Por exemplo: 
Didatismo e Conhecimento 14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
● por ocasião da auditoria da conta credora de fornecedores a pagar (testado para subavaliação), o auditor descobre que uma 
fatura de compra de matéria-prima não foi registrada na contabilidade;
● consequentemente, as contas de fornecedores a pagar e matéria-prima (conta devedora classificada no grupo de estoques do 
ativo circulante) estão subavaliadas.
b) Saldo credor na conta caixa 
O fato de a escrituração do contribuinte indicar saldo credor de Caixa constitui presunção legal de omissão de receitas. Dentre as 
inúmeras decisões do Conselho de Contribuintes a respeito da matéria, destacamos:
Acórdão 107-04.318 – 1º CC-MF/7ª Câmara de 20/0897 
“Se a reconstituição do saldo da conta Caixa, mediante a exclusão de valores representados por cheques que, embora destinados 
a suprir esta conta, foram compensados em razão de depósitos bancários, resultar saldo credor, presume-se que o respectivo valor tem 
origem em receitas emitidas e não tributadas.”
c) Suprimentos não comprovados
A legislação do Imposto de Renda determina que uma vez provada, por indícios na escrituração do contribuinte ou qualquer outro 
elemento de prova, a omissão de receita, a autoridade tributária poderá arbitrá-la com base no valor dos recursos de Caixa fornecidos 
à empresa por administradores, sócios da sociedade não anônima, titular da empresa individual, ou pelo acionista controlador da 
Companhia, se a efetividade da entrega e a origem dos recursos não forem comprovadamente demonstradas.O Conselho de Contribuintes tem se manifestado repetidas vezes a respeito das operações de reforço de caixa de empresas me-
diante empréstimos ou aumento de capital social por parte de dirigentes.
Ressaltamos, entre as inúmeras decisões:
Acórdão 1025, DF/Fortaleza/3ª Turma – de 04/04/2002
“A prova da origem e efetiva entrega dos recursos, tanto para suprimento de caixa, como para integralização de capital, deve ser 
comprovada por documentação hábil, idônea e coincidente, em datas e valores, por administradores, sócios da sociedade não anôni-
ma, titular da empresa individual ou pelo acionista controlador da companhia.”
d) Diferenças em levantamentos quantitativos por espécie
A legislação vigente estabelece outra hipótese de presunção legal de omissão de receitas, que consiste na identificação de receitas 
omitidas através de levantamento, por espécie, das quantidades de matérias primas e produtos intermediários utilizados no processo 
produtivo da pessoa jurídica.
Para efeito de determinação da receita omitida será apurada a diferença, positiva ou negativa, entre as somas das seguintes quan-
tidades:
Didatismo e Conhecimento 15
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Diferença positiva:
Se a soma de “A” for maior que a de “B” ficará configurada a presunção de venda de produtos sem a emissão ou sem registro de 
notas fiscais.
Diferença negativa:
Se, ao contrário, “A” resultar menor que “B”, presumir-se-á que houve compra de matérias-primas ou produtos intermediários 
com recursos de ingressos não escriturados.
Considera-se receita omitida o valor resultante da multiplicação das diferenças de quantidades de produtos ou de matérias-primas 
e produtos intermediários pelos respectivos preços médios de venda ou de compra, conforme o caso, em cada período de apuração 
abrangido pelo levantamento.
O critério de apuração de receita omitida aplica-se, também, às empresas comerciais, relativamente às mercadorias adquiridas 
para revenda.
e) Diferenças em levantamentos econômicos ou financeiros
Constituem, também, presunção legal de omissão de receita, os valores creditados em conta de depósito ou de investimento man-
tida junto à instituição financeira, em relação aos quais o titular pessoa jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante 
documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nas respectivas operações.
Essa norma, que não prejudica a proteção do sigilo bancário, tem por objetivo, a partir da obtenção legítima das informações, 
a caracterização e quantificação do ilícito fiscal, sem nenhum arbítrio, mas de forma justa e correta, haja vista que a metodologia 
permite a mais ampla defesa por parte do contribuinte.
f) Omissão do registro de pagamento efetuados
A não escrituração de pagamentos efetuados pela pessoa jurídica (compras omitidas) caracteriza omissão de receitas. Dentre as 
inúmeras decisões do Conselho de Contribuintes a respeito da matéria, destacamos:
Acórdão 1.044 – CSRF-MF/1ª turma – 26/11/90
“A falta de registro contábil e fiscal de aquisição de mercadorias autoriza a presunção de omissão de receita, em montante 
correspondente ao custo dessas mercadorias, ressalvada prova em contrário (tributação que se solidifica quando o contribuinte não 
apresenta prova que descaracteriza a presunção).”
Acórdão 103-12.162 1º CC MF/3ª Câmara – de 09/11/93
“A falta de contabilização de compras autoriza a presunção de que os valores dos respectivos custos foram pagos com recursos 
mantidos à margem da escrituração, omitidos, portanto, dos resultados da empresa.”
Auditoria dos componentes patrimoniais
Os procedimentos aplicáveis à auditoria das contas variam de acordo com o auditor. A título de exemplificação, apresentamos al-
guns dos procedimentos básicos de auditoria que podem ser aplicados aos principais elementos que compõem o balanço patrimonial. 
Além dos procedimentos indicados, outros podem ser aplicados, de acordo com as circunstâncias.
a) Ativo Circulante e Ativo Realizável a Longo Prazo
Caixa – Inspeção física (contagem do dinheiro); inspeção documental para exame da documentação de pagamento e recebimento.
Bancos Conta Movimento – inspeção documental (extratos bancários); investigação e confirmação, pela solicitação de informa-
ção ao banco (circularização); revisão dos cálculos de conciliações bancárias.
Aplicações de Liquidez Imediata - inspeção documental (extratos bancários, certificados, recibos) e investigação e confirmação, 
pela solicitação de informações ao banco (circularização).
Didatismo e Conhecimento 16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
EXECUÇÃO DO TRABALHO DE AUDITORIA
Os auditores internos devem identificar, analisar, avaliar, e registrar informações suficientes para alcançar os objetivos do traba-
lho de auditoria.
Os auditores internos devem coletar informações suficientes, fidedignas, pertinentes e úteis para o alcance dos objetivos do tra-
balho de auditoria.
Os auditores internos devem basear as conclusões e os resultados da execução dos trabalhos em análises e avaliações apropriadas.
Registro das Informações
Os auditores internos devem registrar informações relevantes como suporte das conclusões e dos resultados da execução dos 
trabalhos.
● O diretor executivo-chefe de auditoria deve controlar o acesso aos registros dos trabalhos. Para tanto, ele deve obter aprovação 
da alta administração sênior e/ou conselho legal, antes de liberar tais registros a terceiros, quando requisitado.
● O Diretor executivo de auditoria deve desenvolver requisitos de guarda dos registros do trabalhos de auditoria. Estes requisitos 
devem ser consistentes com as orientações da organização, quaisquer regulamentações pertinentes ou outros requisitos.
● O diretor executivo de auditoria deve desenvolver políticas de administração da custodia e guarda dos registros dos trabalhos 
de consultoria, bem como sua liberação interna e externamente.
Estas políticas devem ser consistentes com as diretrizes da organização, quaisquer regulamentações pertinentes ou outros requi-
sitos.
Os trabalho de auditorias devem ser apropriadamente supervisionados para assegurar que os objetivos sejam atingidos, a quali-
dade seja assegurada e as equipes se desenvolvam.
Comunicação de resultados
Os planos de atividades, necessidades de recursos e prováveis impactos de limitações de recursos devem ser comunicados à alta 
administração.
O diretor executivo de auditoria deve assegurar que os recursos de auditoria interna sejam apropriados, suficientes e efetivamente 
utilizados para cumprimento do plano aprovado.
Os auditores internos devem comunicar os objetivos e o ambiente do trabalho de auditoria, bem como as conclusões aplicáveis, 
recomendações e planos de ação e os resultados dos trabalhos de auditorias com oportunidade.
A comunicação final dos resultados deve, onde apropriado, conter a opinião geral ou conclusões do auditor interno.
A comunicação sobre o progresso e os resultados de um trabalho de consultoria irão variar em forma e conteúdo, dependendo da 
natureza do trabalho e das necessidades do cliente.
Se uma comunicação final contiver erro significativo ou omissão, o diretor executivo de auditoria deve comunicar a informação 
correta a todas as pessoas que tenham recebido a comunicação original.
Quando a falta de conformidade das Normas tiver impacto em um trabalho de auditoria específico, a comunicação dos resultados 
deve divulgar:
• Norma (s) cuja conformidade total não foi atingida,
• Razão (ões) para a falta de conformidade e
• Impacto da não conformidade sobre o trabalho de auditoria
● O diretor executivo de auditoria interna é responsável por comunicar os resultados finais às pessoas que possam assegurar que 
aos resultados sejam dadas a devida consideração.
●O diretor executivo de auditoria é responsável por comunicar os resultados finaisdos trabalhos de consultoria aos clientes.
● Durante a execução de trabalhos de auditoria, gerenciamento de riscos, controle e assuntos de governança corporativa devem 
ser identificados. Toda vez que os assuntos sejam significativos para a organização, eles devem ser comunicados à alta gerência e ao 
Conselho.
As comunicações devem ser precisas, objetivas, claras, concisas, construtivas, completas e oportunas.
Didatismo e Conhecimento 17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Monitoramento do progresso
O diretor executivo de auditoria deve estabelecer um processo de acompanhamento para monitorar e assegurar que as ações 
gerenciais decorrentes dos resultados apresentados à administração e que tenham sido efetivamente implementadas ou que a alta 
gerência tenham aceitado o risco de não haver implementado. 
A atividade de auditoria interna deve monitorar a liberação dos resultados dos trabalho de auditorias de consultoria na extensão 
combinada com o cliente.
Resolução da aceitação dos riscos pela administração
A atividade de auditoria interna deve monitorar e avaliar a efetividade do sistema de gerenciamento de risco da organização. 
Deve avaliar os riscos de exposição no que diz respeito à governança corporativa da organização, operações e sistemas de informação 
relativos a:
• Confiabilidade e integridade das informações financeiras e
operacionais.
• Efetividade e eficiência das operações.
• Salvaguarda do patrimônio.
• Obediência às leis, regulamentos e contratos.
Durante o trabalho de consultorias, os auditores internos devem remeter-se ao risco consistente com os objetivos do trabalho de 
auditoria e estar alertas à existência de outros riscos significativos.
Quando o diretor executivo de auditoria considerar que o nível de risco residual assumido pela alta administração não deveria ser 
aceito pela organização, este deve revisar o assunto. Caso a decisão relativa aos níveis de risco residual não seja condensada, o dire-
tor executivo de auditoria juntamente com a alta administração devem apresentar a matéria ao Conselho para solução e deliberação.
NBC T 11 – Normas de auditoria independente das demonstrações contábeis
A NBC T 11 está dividida em 3 partes:
Parte I: Conceituação e objetivos da Auditoria Independente
Parte II: Normas de Execução dos trabalhos
Parte III: Normas do parecer dos auditores independentes
A parte II, Normas de Execução dos trabalhos, trata dos seguintes assuntos:
Considerando que os assunto: Planejamento, procedimentos, documentação, amostragem e carta de responsabilidade já foram 
abordados nas aulas anteriores, passaremos ao estudo dos tópicos pendentes. 
Didatismo e Conhecimento 18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Relevância
Como o auditor não tem tempo de testar todas as transações, então os procedimentos serão aplicados naquilo que for considerado 
relevante.
A relevância será considerada:
- Na análise das distorções sobre o saldo: 
● Se a distorção não for relevante, o parecer será sem ressalva;
● Se for relevante, deverá ser com ressalva ou adverso.
- Na determinação da Natureza, Oportunidade e Extensão dos procedimentos a serem aplicados:
● Para determinar o que vai testar, pois irá testar aquilo que tiver um saldo significativo (ou ocorrência significativa).
- Na análise da apresentação e divulgação das informações contábeis:
● Em determinadas situações, a empresa auditada pode estar divulgando informações irrelevantes para encobrir situações rele-
vantes prejudiciais.
Risco de Auditoria
O risco de auditoria é a possibilidade do auditor emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre as demonstrações contábeis. 
Em termos práticos, ocorre quando o auditor emite um parecer sem ressalvas quando o mais apropriado seria o adverso, e vice-versa. 
O risco de auditoria é produto de três tipos de riscos involuntários:
1) Risco inerente
É vinculado ao negócio e às atividades da empresa. Ex: inexistência ou inadequação de controle interno; concentração de dívidas 
com um único cliente; flutuação de estoque.
* O risco inerente está ligado à empresa.
2) Risco de controle
Neste caso, a empresa tem o controle interno, só que ele falhou (evento humano). O controle interno pode até ser rigoroso e 
adequado, mas é sempre passível de ser burlado. 
3) Risco de detecção
Inerente ao trabalho do auditor. Ex: no planejamento está estabelecida uma extensão, só que não é feito conforme está previsto 
no planejamento. Decorre de erros do auditor, mormente em função da aplicação de procedimentos inadequados (testes em volume 
inferior ao que seria desejável é uma situação).
O risco de auditoria é considerado em dois níveis:
Dica: O Risco de detecção é responsabilidade do auditor. Nos outros dois tipos de risco, se o auditor conseguir comprovar que 
não houve falha dele, fica isento.
1) Geral
Quando considera a situação econômica e financeira da empresa (os índices demonstram este risco), a qualidade da administra-
ção, as demonstrações contábeis.
Abrange as atividades da empresa, a situação econômica e financeira, os negócios, a qualidade da administração, as demonstra-
ções em conjunto e a avaliação do Visão macro).
Didatismo e Conhecimento 19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
2) Específico
Abrange os saldos das contas, natureza e volume das transações. (Visão micro).
Na determinação do risco, será considerado por ambiente de controle, que contemplará:
● Função e envolvimento dos administradores (de fato);
● Estrutura organizacional;
● Métodos de delegação da autoridade e os métodos de administração adotados;
● Normas para acesso físico aos ativos (caixa, estoque) e registros contábeis;
● Normas para acesso aos sistemas informatizados;
● As políticas de pessoal e segregação de função;
● O sistema de aprovação e registro de transações;
● As comparações e análises dos resultados financeiros com dados históricos e/ou projetados.
Supervisão e controle de qualidade
Como não há percentual estabelecido para aplicação de testes e, além disso, o trabalho do auditor é estabelecido em critérios 
subjetivos, o CFC estabeleceu um controle de qualidade dos trabalhos de auditoria. 
O programa de revisão pelos pares instituído pelo CFC objetiva garantir que os serviços prestados pelos auditores evidenciem a 
qualidade desejada pelos organismos fiscalizadores, dentre os quais o próprio CFC, o IBRACON e outros, a fim de evitar prejuízos 
para os usuários das informações contábeis. Dessa forma, exige que as empresas de auditoria prestem serviços para companhias 
abertas (auditores-revisados) submetam-se à fiscalização por outras empresas de auditoria, do mesmo porte (auditores-revisores), 
que, após aplicação de procedimentos, dentre os quais análise de papéis de trabalho coligidos junto aos clientes, emitirá um parecer, 
evidenciando a adequação do sistema usado pelo revisado.
Ao receber o parecer do revisor, o revisado se compromete a elaborar um plano de ação, com o objetivo de melhorar a qualidade 
nos aspectos evidenciados, encaminhando-a ao “Órgão” que fiscaliza todo o processo:
● o Comitê de Revisão Externa de Qualidade – CRE, composto por 4 membros do CFC e 4 do IBRACON. Além de funcionar 
como órgão julgador (quando o revisado discorda do parecer elaborado pelo colega), o CRE publica, ainda, o relatório sumário anual 
(uma espécie de estatística sobre os trabalhos realizados, as inconsistências mais comuns, etc). Atualmente, esse programa acontece 
de 4 em 4 anos, o mandato dos integrantes é de 3 anos (permitida a recondução) e a competência para escolher o revisor é do revisado, 
sendo vedada a revisão recíproca.
Alguns dos objetivos da supervisão e controle de qualidade:
a) avaliar o cumprimento do planejamento e do programa de trabalho;
b) avaliar equipe técnica = grau de competência exigido;
a) avaliar a aplicação dos PrincípiosFundamentais da Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade;
b) avaliar trabalhos documentados e objetivos dos procedimentos técnicos alcançados; e
c) avaliar se as conclusões obtidas e fundamentar sua opinião. 
Estudo e Avaliação do Sistema Contábil e de Controles Internos:
Compreende o plano da organização da empresa O Auditor deverá determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação 
dos procedimentos de auditoria, considerando:
a) tamanho e complexidade das atividades da entidade;
b) os sistemas de informação contábil, para efeitos tanto internos quanto externos;
c) as áreas de risco de auditoria;
d) a natureza da documentação, em face dos sistemas de informatização adotados pela entidade;
e) o grau de descentralização adotado pela administração.; e
f) o grau de envolvimento da auditoria interna, se existente.
● O sistema contábil e de controles internos é de responsabilidade da administração.;
● O auditor deve efetuar sugestões objetivas para seu aprimoramento, decorrentes de constatações feitas no decorrer do seu 
trabalho.
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Continuidade normal dos negócios da entidade
De acordo com o disposto na NBC T-11 do Conselho Federal de Contabilidade, considera-se que a continuidade normal dos 
negócios da entidade objeto da auditoria externa está caracterizada se houver evidência de normalidade das operações no prazo de 
um ano após a data da publicação das demonstrações contábeis.
Este é um dos únicos prazos contados a partir da publicação das demonstrações; os demais são contados a partir da emissão do 
parecer.
Assim, presume-se que o trabalho de auditoria foi bem conduzido no que diz respeito a continuidade caso a entidade continue 
operando normalmente durante o ano seguinte ao auditado.
Deverão ser adotados os seguintes pressupostos na análise de RISCO De CONTINUIDADE:
4) indicadores financeiros à posição negativa de capital, empréstimos imediatos, negociações com credores, devedores solventes, 
etc.;
5) indicadores de operação à elementos – chaves, perda de mercado, dificuldade de manter mão – de – obra;
6) outras indicações à normas legais, políticas governamentais.
Contingências
Existem transações que são baseadas em fatos objetivos que são mais fáceis do auditor identificar. Entretanto, existem situações 
que são extremamente subjetivas, como as contingências e as estimativas.
Contingências representam incertezas, que poderão resultar em perdas para a entidade (passivas) ou em ganhos (ativas). O CFC 
determina que o auditor deve dar atenção especial a estes itens mormente em função de sua natureza (envolvem incerteza).
Fica a cargo do auditor efetuar as contingências e estimativas. A resolução nº 820 do CFC revela que o auditor deverá se certificar 
da razoabilidade na hora de fazer essas contingências. Assim, o auditor deverá identificar se o montante é ou não adequado para a 
situação em questão.
Dica: Os mesmos procedimentos aplicados nas contingências passivas deverão ser aplicados às contingências ativas. O auditor 
deve preocupar-se em não verificar apenas as contingências passivas.
O auditor deve assegurar-se que todas as contingências passivas relevantes foram identificadas e consideradas na elaboração das 
Demonstrações Contábeis. Ex: lançamento de tributos, reclamações trabalhistas. Além disso, deve utilizar os mesmos procedimentos 
para contingências ativas.
EVIDÊNCIA E SUA POSIÇÃO NA TEORIA DA AUDITORIA
Um entendimento do conceito de evidência em auditoria requer um conhecimento de sua relação com outros conceitos . Para 
estudar o porquê da coleta de evidências pelo auditor, devemos conhecer a natureza e o propósito do processo de auditoria como um 
todo. Um conhecimento fundamental do processo de auditoria supre os auditores com as bases para responder questões como: o que 
vem a ser evidência? qual quantidade é suficiente? e como deve ser coletada?
Este tópico, assim, começa com uma breve revisão da relação da evidência com toda a estrutura da teoria da auditoria interna. 
Essa estrutura é derivada de um modelo de auditoria externa adaptado às características do processo de auditoria interna. Uma com-
paração detalhada dos dois modelos de auditoria é apresentada no Apêndice A. 
(Nota: neste capítulo, o termo auditoria externa refere-se à auditoria realizada por empresas privadas.)
O Modelo de Auditoria Interna
Geralmente, auditoria interna no governo federal é uma função cujo propósito é chegar a certas conclusões a respeito da condição 
dos recursos, processos e resultados da entidade sob exame. Especificamente, espera-se que o auditor determine se:
•	 os sistemas, procedimentos e controles estão adequadamente dimensionados e desenvolvidos e se estão operando com efi-
ciência e eficácia;
Didatismo e Conhecimento 21
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•	 as informações adequadas estão disponíveis para tomada de decisões e “responsabilidades”;
•	 as informações disponíveis são devidamente utilizadas no processo de tomada de decisões; e
•	 o dinheiro e os bens públicos estão adequadamente protegidos.
•	 as diretrizes do Congresso, do Executivo e do Órgão Central estão sendo obedecidas.
Os auditores, geralmente, não procuram avaliar diretamente as operações e resultados da entidade sob exame para determinar 
se as condições descritas acima existem; preferencialmente, avaliam a adequação da estrutura de controle estabelecida pela gerência 
para concluir sobre tais condições. Essencialmente, a estrutura de controle serve como uma medida aproximada para determinar se as 
condições desejadas realmente existem. Quando o auditor determinar que a estrutura de controle é efetiva, provavelmente concluirá 
que a entidade sob exame opera em condições satisfatórias. Por exemplo, imagine que a tarefa do auditor é concluir se o nível de efi-
ciência encontrado em um sistema sob exame é adequado. Os testes na estrutura de controle não fornecerão uma apreciação completa 
da eficiência real do sistema, mas assegurarão que a gerência está fazendo tudo para garantir que os níveis desejados de eficiência 
sejam alcançados. Testando o sistema de controle o auditor pode concluir, com razoável segurança, que as operações estão sendo 
concluídas com um nível adequado de eficiência.
Considerando que a adequação da estrutura de controle deva ser avaliada, um pré-requisito para a condução da auditoria é a exis-
tência de um conjunto de critérios estabelecidos para serem usados como base para a avaliação pelo auditor. Um modelo de estrutura 
de controle é desenvolvido para representar aquele conjunto de critérios para determinar a adequação da atual estrutura de controle. 
No mínimo, este modelo identifica os vários objetivos que devem ser fornecidos pela estrutura de controle e os meios pelos quais o 
auditor possa avaliar se estes objetivos têm sido e continuarão a ser atingidos.
Evidência em auditoria refere-se a algo relevante, confiável e possível que auxiliará o auditor na formação de opiniões sobre a 
extensão em que os critérios acima mencionados serão atingidos. 
Evidências são obtidas pelo auditor, primordialmente, do dimensionamento real, operação e efeitos do sistema de controle da 
entidade sujeita à auditoria, incluindo as ações e relatos daqueles responsáveis pela operação do sistema.
Sugere-se, geralmente, que a suficiência, a validade e a relevância da evidência devam ser obtidas e documentadas para dar su-
porte ao conteúdo dos relatórios de auditoria. 
Dois fatores que devem ajudar na avaliação da adequabilidade do nível de evidências coletadas pelo auditor são identificados. 
Basicamente é dado aos auditores uma série de orientações relacionadas a 
(a) o grau de correspondência que eles devem procurar obter quando comparam as evidências aos critérios estabelecidos para a 
auditoria; e 
(b) o grau de prova

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