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CONTROLES E PROCEDIMENTOS INTERNOS

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AUDITORIA 
PÚBLICA
Cinthia Louzada 
Ferreira Giacomelli
Revisão técnica:
Luciana Bernadete de Oliveira
Graduada em Ciências Políticas e Econômicas
Especialista em Administração Financeira
Mestre em Desenvolvimento Regional
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
E37 Auditoria pública / João Guterres de Mattos ... [et al.] ; [revisão
 técnica: Luciana Bernadete de Oliveira]. – Porto Alegre : 
 SAGAH, 2017. 
 213 p. il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-186-0
 1. Auditoria pública. I. Mattos, João Guterres.
CDU 657.6:336.1
Controles e procedimentos 
internos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Escrever a responsabilidade do auditor pelos controles internos em 
auditorias de demonstrações � nanceiras e de controles internos sobre 
relatórios � nanceiros. 
  Analisar como o auditor obtém evidências su� cientes e apropriadas 
quando o cliente usa uma organização de serviços nas testagens dos 
controles internos. 
  Explicar os controles internos sobre relatórios � nanceiros e as exigên-
cias do relatório do auditor para de� ciências e fraquezas materiais nos 
controles internos no processo de governança corporativa.
Introdução
Um aspecto importante do trabalho em auditoria é conhecer os controles 
internos que a empresa auditada utiliza. Esses controles precisam garantir 
que as demonstrações financeiras sejam preparadas em conformidade 
com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. 
Neste texto, você aprenderá a fazer testes de controles. Também 
verá como obter evidências suficientes e apropriadas nas testagens dos 
controles internos de uma empresa.
U N I D A D E 3 
Responsabilidades do auditor nos controles 
internos
A profi ssão do auditor se encontra devidamente regulamentada por seu có-
digo de normas. Esse código é reconhecido internacionalmente, inclusive 
pelo Brasil, por meio do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), em sua 
resolução 915/2001, entre outros dispositivos. Essas normas são, geralmente, 
divididas em três grupos: normas gerais, normas de trabalho de campo e 
normas sobre relatórios.
As normas gerais estão localizadas na NBC T.11, que é uma das Normas 
Brasileiras de Contabilidade emitidas pelo CFC. Essa norma define que as ca-
racterísticas pessoais do auditor e a qualidade do seu trabalho estão relacionadas 
aos seguintes aspectos (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2005):
  Treinamento e capacidade: A revisão deve ser efetuada por pessoas 
com adequado treinamento e habilitadas como auditores. Além disso, 
no Brasil, a profissão de auditor está devidamente regulamentada por 
lei. O Código Civil, no artigo 1.182, define que são “[...] de âmbito 
exclusivo do Contador com formação de nível universitário os trabalhos 
de Auditoria de empresas e de Perícia contábil.” (BRASIL, 2002). 
Então, ainda que outros profissionais possam atuar como consultores 
internos para processos de auditoria, o parecer oficial e a validação da 
perícia contábil possuem essa restrição legal. Nesse contexto, apenas 
os contadores podem exercer a profissão de auditor e, portanto, emitir 
o parecer de auditoria. Contudo, é obrigatório que participem de pro-
gramas de treinamento continuado, como os oferecidos pelo Conselho 
Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC-SP). Assim, é possível 
a manutenção dos registros que os habilitam como auditores.
A economia está em constante movimentação. Os tipos de relacionamentos comerciais 
e de negócios se alteram frequentemente. Isso afeta o patrimônio e a forma de medi-
-lo. Ou seja, o patrimônio das empresas acompanha a movimentação dos sistemas 
econômicos. Todavia, atualmente essas alterações adquiriram um caráter intenso, tanto 
em termos de velocidade quanto de volume. Por esse motivo, os auditores devem 
promover a própria reciclagem em cursos reconhecidos. Dessa forma, conseguem 
acompanhar as inovações legislativas.
Controles e procedimentos internos118
  Independência: Em todos os aspectos relacionados com o trabalho, o 
auditor deve manter uma atitude mental de independência. Você deve 
observar que o conceito de independência se refere a uma atitude inde-
pendente. Esta é definida como uma liberdade mental e uma isenção que 
permitem ao perito apresentar uma opinião sobre as questões analisadas 
sem qualquer viés pessoal capaz de distorcê-la de algum modo.
  Diligência profissional: O auditor deve ter cuidado e diligência pro-
fissionais no desenvolvimento do seu exame e na preparação do seu 
parecer. Você certamente sabe que um erro, por mais banal que pa-
reça, em determinadas circunstâncias pode causar danos extremos a 
um bom trabalho em auditoria. Deixar de seguir as diretrizes para o 
cumprimento da tarefa ou elaborar o relatório de maneira incoerente 
ou incompreensível, por exemplo, pode trazer problemas. Da mesma 
forma, a atenção às normas gramaticais é indispensável.
De acordo com Avalos (2009), as normas de trabalho de campo também 
devem seguir algumas diretrizes, são elas:
  Planejamento e oportunidades adequados: O trabalho deve ser ade-
quadamente planejado, e os assistentes e colaboradores, apropriadamente 
supervisionados.
  Avaliação do controle interno: Deve ser feito um estudo e uma ava-
liação adequados do controle interno existente, que sirvam como base 
confiável para determinar o alcance das provas e a aplicação dos pro-
cedimentos de auditoria.
  Obtenção de evidência suficiente e competente: Deve ser obtida 
evidência suficiente e competente por meio da inspeção, observação, 
perguntas e confirmações, para ter uma base razoável para emitir uma 
opinião sobre os relatórios que são examinados.
As evidências são o principal instrumento de apoio do auditor para a construção do 
seu entendimento sobre o objeto auditado. Compreender os tipos de evidências que 
atendem adequadamente a determinada comprovação é uma das grandes habilidades 
a ser desenvolvida pelo profissional que se dispõe a esse trabalho.
119Controles e procedimentos internos
Da mesma forma, o auditor deve observar as normas de informação. Estas 
se referem às diretrizes para a realização da auditoria e aos elementos que 
devem constar no relatório. Por meio delas, esse profissional pode apresentar seu 
parecer de maneira eficiente. A seguir, você pode ver quais são essas normas: 
  Aplicação dos princípios fundamentais da contabilidade: O parecer 
deve indicar se os relatórios contábeis são apresentados de acordo com 
os princípios fundamentais da contabilidade.
  Revelação suficiente: A informação e todas as revelações nos relató-
rios serão consideradas razoavelmente suficientes, salvo se o parecer 
indicar o contrário.
  Expressão de opinião: O parecer deve conter a expressão de opinião 
sobre os relatórios contábeis tomados em conjunto, ou declaração de 
que não pode emitir opinião, expressando as razões para tal. Em todos 
os casos em que o nome do auditor estiver associado aos relatórios con-
tábeis, deve ser indicado inequivocamente o caráter do exame praticado 
e o grau de responsabilidade assumido pelo auditor.
O auditor é plenamente responsável pelo seu parecer. Ele pode responder por falhas e 
omissões em quaisquer esferas legais. Assim, é essencial que desempenhe sua função 
com atenção às normas aplicáveis à sua atuação. Além disso, o profissional que realiza 
uma auditoria pública deve observar as mesmas regras e seguir os mesmos parâmetros 
de atuação de um profissional da esfera privada.
No link ou no código a seguir, você pode acessar o 
site do Conselho Federal de Contabilidade (c2017). 
Entre na seção Legislação do site para ler as Normas 
Brasileiras de Contabilidade e as responsabilidades e 
os deveres do auditor.
http://cfc.org.br/legislacao/
Controles e procedimentos internos120
http://cfc.org.br/legislacao/
Evidências nas organizações de serviços e 
controles internos
A partir de agora, você vai conhecer melhor asevidências em auditoria. Mas, 
antes disso você deve saber que é com base nas evidências que o trabalho 
do auditor pode ser corretamente desenvolvido. Por isso, este é um conceito 
fundamental: evidência em auditoria é a convicção razoável de que todos os 
dados contábeis expressados nas contas anuais estão suportados no tempo e 
contidos pelos fatos econômicos e circunstâncias realmente ocorridas.
Em outras palavras, a opinião emitida pelo profissional capacitado deve ser 
fundamentada em evidência correspondente. Esta, portanto, deve servir como 
base apropriada. A palavra evidência descreve os elementos – documentos, 
informações, suposições, conclusões e cálculos – por meio dos quais o auditor 
avalia se as contas mostram a imagem fiel do patrimônio. Em outros termos, a 
evidência é o conjunto de fatores apresentados a uma pessoa com o propósito 
de lhe permitir decidir sobre uma questão que está em discussão.
Você sabe que a evidência, para ser útil, deve ser relevante e de boa qua-
lidade. A qualidade de uma evidência é condicionada fundamentalmente por 
algumas circunstâncias. Observe:
  As fontes externas proporcionam maior confiança que as internas. Como 
exemplo, considere um extrato bancário. Por ser emitido por banco, uma 
fonte externa, é mais confiável que o livro razão da empresa.
  A evidência surgida de sistema com controle interno confiável é melhor 
que aquela que surge de outro não confiável ou não analisado.
  O conhecimento obtido de forma pessoal e direta – como exames físicos, 
inspeções e cálculos – é mais persuasivo que o obtido de forma indireta.
A qualidade da evidência é também condicionada por sua proximidade 
com aquilo que está sendo evidenciado. Por esse critério, é possível classificar 
as evidências em:
  Evidência natural: definida como a coisa ou o fato em si mesmo. 
A sua força de convencimento está na facilidade de se compreender 
a existência das coisas pela percepção dos sentidos. As técnicas de 
inspeção e observação obtêm esse tipo de evidência. 
  Evidência criada: é aquela que não existe no mundo real. Assim, é 
necessária uma ação mental mais elaborada para obtê-la. Ela descreve 
o fato, mas não é o fato em si mesmo. Como exemplo desse tipo de 
121Controles e procedimentos internos
evidência, você pode considerar a evidência da entrega de materiais 
vendidos obtida com a análise de uma nota de entrega. 
  Evidência derivada de argumentação racional: obtida mediante 
análise aplicada à evidência natural ou criada com a finalidade de 
produzir conclusões sobre os fatos. A observação de fatos lógicos e 
verdadeiros ajuda, com uma interpretação adequada, a chegar a certas 
conclusões. Amostragens estatísticas produzem esse tipo de evidência, 
majoritária na base da opinião do auditor.
Outro fator condicionante da qualidade da evidência é a direção (ou tra-
jetória) da correspondência entre a evidência e o que está sendo evidenciado. 
Outros tipos de evidência são:
  Evidência direta: considerada primária quando implica exame exaus-
tivo de todos os fatos contábeis. De modo geral, substitui a evidência 
natural quando esta não se encontra disponível. É considerada a maior 
evidência que existe. Porém, está limitada pelo tempo e por seu custo, 
assim como pela dificuldade de se obter evidência física de muitos fatos 
que já ocorreram. Por outro lado, é considerada secundária nos demais 
casos, como cópias de documentos, recibos bancários, etc. 
  Evidência indireta ou circunstancial: ocorre quando não há suporte 
direto para um fato e sua existência deve ser provada mediante outros 
fatos. Por exemplo, se o sistema de controle interno é considerado bom, 
então a informação corrente emanada desse sistema também é boa.
A fonte geradora da evidência também contribui para a sua confiabilidade. Nesse 
sentido, existem aqueles processos que, em grande medida, estão sob controle do 
auditor. Isso dá a ele uma alta possibilidade de avaliação e uma baixa probabilidade de 
manipulação. Também há os processos que estão, em grande medida, sob controle 
dos diretores, que naturalmente apresentam alta probabilidade de manipulação e 
média possibilidade de avaliação por parte do auditor. Além disso, existem aqueles 
processos que estão sob controle de terceiros e que possuem probabilidade média 
de manipulação e baixa possibilidade de avaliação pelo auditor.
Controles e procedimentos internos122
Em uma classificação conjunta, o auditor frequentemente escolherá evi-
dências naturais primárias e de fontes sob seu controle. Conclui-se que a 
evidência criada consubstancia parte da opinião do auditor e, portanto, implica 
importante grau de dedução.
A evidência que se pretende obter não pode ser absoluta, mas suficiente 
e adequada. Ou seja, os elementos que consubstanciam a opinião do auditor 
devem ser certos e claros. Além disso, precisam fornecer a ele material bas-
tante para que a evidência seja suficiente. Isto é, como resultado da prova, o 
auditor deve adquirir a “certeza moral” da comprovação dos fatos em análise.
A terceira norma de auditoria afirma o seguinte: Deve ser obtida evidên-
cia suficiente e adequada, mediante a realização e avaliação das provas de 
auditoria que sejam consideradas necessárias para obter uma base razoável 
de juízo sobre os dados emitidos nas contas anuais examinadas, para poder 
expressar uma opinião sobre as mesmas.
A auditoria é exercida, necessariamente, mediante a utilização do raciocínio 
lógico. Você deve refletir, por exemplo, sobre as seguintes questões: 
  Quais são as fontes de informação existentes? 
  Que confiança se deve ter nelas? 
  Até que ponto são convincentes? 
  Quais precisam de fundamentação e quais são satisfatórias por si mesmas? 
Essas análises oferecem as bases teóricas sobre as quais a auditoria se 
fundamenta. Sendo assim, livros de contabilidade, documentos, declarações 
verbais, atividades e transações com terceiros são exemplos de elementos 
necessários para a reunião das provas.
Após as conclusões sobre a necessidade de obtenção de evidências, há de 
se definir como fazê-lo. Para isso, é possível estruturar as técnicas de auditoria 
geralmente utilizadas como estudo geral da empresa, observação, inspeção, 
cálculo, estimativa e certificação, por exemplo. Essas provas são obtidas 
por meio de observação, medição ou contagem física. Também por meio de 
documentos ou obtenção de confirmação, bem como por análises lógicas.
123Controles e procedimentos internos
Todas as provas de auditoria são efetuadas por meio de amostragem. Por isso, é preciso 
definir as amostras, em primeiro lugar, em termos de objetivos e natureza. Depois, se 
procede ao cálculo do tamanho da amostra e à sua seleção. Por último, se avaliam 
os resultados da amostra.
A NBC TA 402 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010) 
regula a auditoria para a entidade que utiliza organização prestadora de ser-
viços. Ela trata da responsabilidade do auditor de obter evidências adequadas 
e suficientes. Nessa normativa, se destaca a orientação de que o auditor deve 
determinar se foram compreendidas a natureza e a importância dos serviços 
prestados, bem como seu efeito sobre o controle interno da entidade usuária 
para a auditoria. O objetivo disso é fornecer uma base para a identificação e 
a avaliação dos riscos de distorção relevante.
Caso o auditor não possua entendimento suficiente sobre a entidade usuária, 
ele deve obter esse entendimento por meio de determinados procedimentos. 
Pode, por exemplo, obter o relatório tipo 1 ou o relatório tipo 2. Ao determinar 
a suficiência e a adequação da evidência fornecida por tais relatórios, o auditor 
da usuária deve estar satisfeito quanto à competência profissional do auditor 
da organização prestadora de serviço, sua independência e a adequação das 
normas segundo as quais o relatório foi emitido. 
Controles internos sob a perspectiva da 
governança corporativa
A partir da Revolução Industrial, e principalmente no decorrer do século 
XX, mais precisamenteapós a Segunda Guerra Mundial, o dinamismo dos 
negócios tem sido uma constante. As mudanças se aceleram continuamente. 
Isso cria novos desafi os para os sistemas de informação necessários ao bom 
andamento dos negócios.
Em geral, os sistemas de informação são definidos como sistemas de 
controle interno. Isso ocorre porque estes devem estar incluídos naqueles, 
de tal forma que ambos sejam complementares. Portanto, eles não devem 
se constituir em apêndices que dificultem o andamento das operações da 
empresa.
Controles e procedimentos internos124
A informação de tipo digital e isenta de papéis modificou de forma funda-
mental o modo como os fluxos operacionais se relacionam entre si. Portanto, 
modificou também os sistemas de informação e os de controle interno. Na-
turalmente, apareceram novos riscos. Estes devem ser levados em conta por 
ocasião de eventuais avaliações desses sistemas.
O distanciamento gradual ocorrido entre a propriedade das empresas e sua 
gestão cria questões adicionais a serem consideradas. Afinal, os proprietários 
perdem parcialmente o acesso às informações que teriam se participassem 
diretamente da gestão.
A estrutura organizacional deve se ajustar constantemente a esses câmbios 
que ocorrem. Dessa forma, consegue suprir os usuários com as informações de 
que eles precisam. É necessário fazer isso de maneira fiel e imediata. Assim, 
é possível tomar decisões adequadas de investimento em tempo.
Como você viu, as empresas passaram do estágio de controle apenas no 
âmbito contábil para as operações de maior complexidade. Nesse momento, 
se exigiu a introdução de novas técnicas de direção. Também foi necessária a 
implementação de sistemas de controle interno. Isso com o objetivo principal 
de proteger os ativos contra perdas derivadas de erros, intencionais ou não, 
no processamento das transações e na utilização dos ativos correspondentes. 
Os novos modelos de controle interno desenvolvidos definem uma nova 
corrente de pensamento. Esta amplia os conceitos sobre as organizações, 
incluindo cada vez mais uma maior participação de diretores, gerentes e 
pessoal em geral.
Esses modelos foram desenvolvidos para servirem de suporte para o êxito 
da organização, desde que devidamente aplicados pelo pessoal envolvido. Por 
isso, o pessoal deve conhecê-los cabalmente e entendê-los perfeitamente. Isso 
implica a correta preparação de diretores, gerentes, chefes e do restante do 
pessoal, assim como dos auditores internos e externos.
A governança corporativa e os controles internos têm diversas funções 
importantes. Entre elas, está a função de padronizar os procedimentos da 
empresa. 
Conforme a empresa Deloitte Brasil Auditoria e Consultoria Empresarial, 
o controle interno é um processo executado por pessoas das companhias. Por 
meio de seu trabalho, essas pessoas impulsionam o sucesso dos negócios nas 
categorias de (DELOITTE, 2003):
  Eficácia e eficiência das operações. 
  Confiabilidade dos relatórios financeiros.
  Cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis. 
125Controles e procedimentos internos
A governança corporativa aplica essas três categorias de objetivos. Ou 
seja: administrar as operações empresariais de maneira eficaz, preparar de-
monstrações financeiras de forma confiável e verificar o cumprimento de 
regras. Isso mostra o alinhamento das ações da governança corporativa com 
o controle interno. Também deixa transparecer a importância das duas teorias 
dentro das empresas. 
Os controles internos consistem em um processo no qual as rotinas são 
organizadas para que os colaboradores, além de cumprir as políticas traçadas 
pelas empresas, também contribuam para elas. Um dos atributos do controle 
interno é possibilitar que a organização alcance os seus objetivos. Além disso, 
ele promove ajustes quando há desvios organizacionais. O controle é o processo 
pelo qual uma pessoa, um grupo ou uma organização de pessoas determina, 
podendo afetar intencionalmente, o comportamento de uma organização. 
Uma das finalidades do controle interno é fornecer dados corretos para a contabi-
lidade. Isso visa à escrituração exata dos fatos ocorridos, para que assim se evitem 
desperdícios e erros.
O controle interno vem crescendo constantemente nas organizações. Ele se 
torna cada vez mais relevante para a gestão empresarial, sobretudo mantendo 
o resultado satisfatório e adequado para as empresas. 
Segundo a governança corporativa, para estabelecer um bom sistema de 
controle de gestão é inevitável tratar os riscos empresarias. Ou seja, é preciso 
estar atento a eventos futuros e incertos que podem influenciar, de forma 
significativa, o cumprimento das metas. Para uma boa governança corporativa 
dentro da empresa, é importante a implantação de técnica, avaliação e controle 
de risco. Nesse sentido, é impossível existir uma governança empresarial sem 
um controle interno eficaz.
No que se refere ao setor público, é importante destacar algumas respon-
sabilidades fundamentais do auditor. Como exemplo, você pode considerar a 
atenção aos princípios da administração pública – legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência. Considere também que na auditoria 
pública o foco do trabalho do auditor é verificar a boa gestão financeira e 
dos recursos da entidade. 
Controles e procedimentos internos126
A estrutura do relatório de auditoria também é uma responsabilidade do auditor 
no setor público. Ela deve conter elementos como alegações do ente auditado e 
adaptações necessárias à realidade do setor público.
1. Quais técnicas estão disponíveis 
para o auditor obter evidências 
sobre a efetividade operacional do 
controle? 
a) Integridade e valores 
éticos, compromisso com a 
competência, participação do 
conselho de administração 
e do comitê de auditoria, 
filosofia e estilo operacional 
da administração.
b) Exame das asserções sobre 
apresentação e divulgação, 
avaliação das evidências para 
determinar se as demonstrações 
financeiras estão preparadas em 
conformidade com a estrutura 
de relatório financeiro aplicável, 
emissão de um relatório de 
auditoria e comunicação 
com o comitê de auditoria.
c) Realização de testes substantivos 
de transações e de balanços e 
avaliação da probabilidade de 
que haja distorções relevantes.
d) Consideração das precondições 
para aceitar ou rejeitar os 
trabalhos, obtenção de 
entendimento da entidade e 
de seu ambiente, determinação 
da sua materialidade, avaliação 
dos riscos de distorções 
relevantes e desenvolvimento 
de uma estratégia e um plano 
de auditoria para responder 
aos riscos avaliados.
e) Questionamento aos 
funcionários da empresa, 
inspeção de documentos, 
observação da aplicação 
do controle e reexecução 
do controle.
2. Considere o que você aprendeu 
sobre demonstrações financeiras e 
responda: o que é necessário para 
que os controles internos forneçam 
segurança razoável? 
a) Salvaguarda dos ativos para 
assegurar a veracidade dos 
componentes patrimoniais; 
conformidade ao registro 
contábil em relação ao 
ato correspondente; 
obtenção de informação 
oportuna e adequada.
b) Arranjos relativos ao 
envolvimento de auditores 
internos e outros funcionários 
da empresa; arranjos a serem 
feitos com o auditor anterior; 
uma solicitação à administração 
para acusar o recebimento 
da carta de contratação dos 
serviços da auditoria.
127Controles e procedimentos internos
c) Segregação de funções entre 
os membros envolvidos em 
iniciar, aprovar, implementar 
e registrar transações; 
procedimentos de autorização 
de transações; exigências 
de trilhas de transações 
documentadas; controles físicos 
que limitem o acesso a ativos.
d) Integridade e valores 
éticos; compromisso com 
a competência; estrutura 
organizacional; políticas e 
práticas de recursos humanos.
e) Confiabilidade dos relatórios 
financeiros; eficiência e eficácia 
das operações e cumprimento 
de leis e regulamentações.
3. Qual componente da função 
do controle interno determina 
o tom da organização,que 
pode ser mais agressivo ou 
mais conservador? 
a) Monitoramento.
b) Informação e comunicação.
c) Atividades de controle.
d) Avaliação de riscos.
e) Ambiente de controle.
4. A administração elabora os 
processos para assegurar 
razoavelmente que as 
demonstrações financeiras 
sejam preparadas em 
conformidade com a estrutura 
de relatório financeiro aplicável. 
Para isso, pode desenvolver 
controles relacionados: 
a) À identificação de problemas 
detectados; à definição de 
método de identificação 
do estado de inspeção para 
prevenir utilização inadvertida; 
e à inspeção que marque 
de forma clara o produto.
b) Ao manuseio de matérias-
primas, equipamentos, 
instalações e embalagens; 
e à consideração dos riscos 
provenientes de contaminações 
cruzadas, embalagens e 
produtos que devem ser 
instalados por sistemas para 
redução desses riscos.
c) A evitar a identificação do 
sistema ou de suas aplicações até 
que o processo de logon esteja 
completamente concluído; e a, 
durante esse processo, evitar o 
fornecimento de mensagens 
de ajuda que poderiam auxiliar 
um usuário não autorizado a 
completar o procedimento.
d) A fazer com que apenas usuários 
autorizados tenham acesso aos 
recursos; com que o acesso 
a recursos críticos seja bem 
monitorado e restrito a poucas 
pessoas; e com que os usuários 
tenham acesso apenas aos 
recursos realmente necessários 
para a execução de suas tarefas.
e) À segregação de funções entre 
os membros envolvidos em 
iniciar, aprovar, implementar 
e registrar transações; aos 
procedimentos de autorização 
de transações; às exigências 
de trilhas de transações 
documentadas antes que 
as transações possam ser 
processadas; aos controles físicos 
que limitem o acesso a ativos; e 
às reconciliações independentes.
5. Considere o relato da inadequação de 
controle que afeta de forma adversa 
a capacidade da empresa de iniciar, 
autorizar, registrar, processar ou 
divulgar dados financeiros externos 
Controles e procedimentos internos128
de maneira confiável. Ele diz respeito 
a que aspecto dos relatórios de 
auditoria dos controles internos?
a) Eficácia e eficiência 
das operações.
b) Identificação da estrutura 
administrativa.
c) Opinião sobre a eficiência.
d) Fraquezas materiais.
e) Deficiências identificadas.
AVALOS, J. M. A. Auditoria de gestão de riscos. São Paulo: Saraiva, 2009.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Brasília, DF, 2002. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 24 set. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Legislação. Brasília, DF: CFC, c2017. Disponível 
em: <http://cfc.org.br/legislacao/>. Acesso em: 21 set. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC T 11: Normas de auditoria independente 
das demonstrações contábeis. São Paulo: Portal de Contabilidade, 2005. Disponível 
em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t11.htm>. Acesso em: 21 set. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC: 
NBC TA 402. Brasília, DF: CFC, 2010. Disponível em: <http://www.crcpr.org.br/new/
content/download/camaraTecnica/NBCTA402.pdf>. Acesso em: 24 set. 2017.
DELOITTE. Lei Sarbanes-Oxley: guia para melhorar a governança corporativa através 
de eficazes controles internos. São Paulo: DTTL, 2003.
Leituras recomendadas
ALMEIDA, J. J. M.; MARQUES, M. C. C. Intensificar o papel da auditoria no setor público: 
uma oportunidade para reforço da eficiência nas organizações. Revista Brasileira de 
Contabilidade, n. 145, p. 38-53, ago. 2011. Disponível em: <http://rbc.cfc.org.br/index.
php/rbc/article/view/358>. Acesso em: 14 set. 2017.
ALVES, M. G. Importância do controle interno para a governança corporativa. Negócios 
e Talentos, Porto Alegre, v. 12, n. 1, 2014. Disponível em: <https://seer.uniritter.edu.br/
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