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Nadilson Dos Santos Dias. Acadêmico de Direito, Bloco III, UESPI- Universidade Estadual do Piauí. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI CENTRO: BOM JESUS – PI CAMPUS: DOM JOSÉ VASQUEZ DÍAZ DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL DOCENTE: ÉLVIO IBSEN DISCENTES: NADILSON DOS SANTOS DIAS Resumo das aulas ministradas em Teoria Geral do Direito Civil Bom Jesus – PI, Janeiro de 2017. Nadilson Dos Santos Dias. Acadêmico de Direito, Bloco III, UESPI- Universidade Estadual do Piauí. Obrigações: Pessoas Contratos; Bens Combinação Fatos jurídicos responsabilidade civil, e família Sucessões Capacidade de direito ou personalidade Todos possuem; Capacidade: Capacidade de exercício Concedidas em etapas. Obs.: A capacidade de direito: É a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações; Capacidade de exercício: Não é oferecida a todos, mas concedida em etapas. Art. 1º, CC/02 Absolutamente incapazes: -16 anos. Lei 13146/15. Relativamente incapazes: +16 -18; viciados em tóxicos/ébrio habitual/pródigo/vontade. “Pródigo: A pessoa não tem vontade” Capacidade de exercício Plenamente capaz: Ser plenamente capaz é poder exercer pessoalmente os atos da vida civil. Absolutamente incapaz: Representante “R” o Ato é nulo Relativamente incapaz: Assistente “A” o Ato anulável (art. 178, CC/02) Art. 166, § CC. Art. 1816/CC, da Indignidade: é a única hipótese de morte civil no que se refere aos direitos sucessórios. Exemplo: “Suzane” (art. 1818, § único, CC/02) Nadilson Dos Santos Dias. Acadêmico de Direito, Bloco III, UESPI- Universidade Estadual do Piauí. Ação civil de indignidade, a partir de 04 anos. Emancipação (art. 5º, § único, CC/02) o Voluntária: concedida pelos pais ou por um deles na falta do outro, mediante cartório do registro civil- A lei confia nos pais. o Judicial: Depende de uma sentença do juiz. Isso ocorre quando o incapaz não tem os pais e, portanto, tem um tutor. A lei não confia no tutor. o Legal o Casamento Obs.: 1- O representante assina no lugar do representado, ou seja, supre a sua vontade. Já o assistente assina conjuntamente com o assistido; 2- O ato celebrado por pessoa absolutamente incapaz é nulo0, ou seja, não se consolida com o decurso do tempo. Ex. Considera-se que o indivíduo de 01 ano herdou um apartamento e este está alugado: Quem é o credor dos aluguéis? Quando começa a correr o prazo para cobrança dos aluguéis atrasados? Art. 198, CC. 3- A aquisição antecipada da capacidade civil acontece quando o sujeito torna-se plenamente capaz, antes de completar os 16 anos de idade. A emancipação judicial acorre também quando os pais discordam a respeito da emancipação. Pela emancipação o sujeito se torna plenamente capaz, só que para certos atos a lei não exige capacidade e sim idade. Comoriência: (art. 08º cc/02): A presunção relativa da morte, não a morte simultânea, mas sim a presunção. “Juris Tomtum” Obs.: Admite prova em contrário Ex.: previsão de morte simultânea. Legitimidade Legitimidade: É uma capacidade a mais que a lei exige para a prática de certos atos, como determinadas pessoas. A falta de legitimidade pode ser superável ou não. Legitimidade superável: Art. 486/CC; Nadilson Dos Santos Dias. Acadêmico de Direito, Bloco III, UESPI- Universidade Estadual do Piauí. Legitimidade insuperável: Art. 1521/CC. Ex. O sujeito é maior de idade saudável e plenamente capaz, mas ele não pode casar com a mãe de sua ex-mulher(sogra ou ex-sogra); Morte Real/natural: certeza da morte Civil: certeza que está vivo (art. 1816/CC) Presumida: o Presumida: dúvida o Sem decretação prévia de ausência: Fato trágico prévio; maior probabilidade da morte; procedimento mais rápido. Ex. Ulisses Guimarães o Com decretação prévia de ausência: maior probabilidade de morte. 01 ano 10 anos 39 anos Art. 26/CC art. 37/CC Questão: Se uma pessoa que participa de operações bélicas, não for encontrada até 02 anos, após a guerra, configura-se a: Morte presumida sem decretação prévia de ausência. Direito de personalidade Imagem Alimento Honra Direito do corpo Integridade dignidade Nome E o morto? Art. 12, § único, CC/02, art. 20 § único, CC/02. O morto tem direito, sua imagem/honra sendo violada cabe a família entrar com ação de reparação. E a Pena jurídica? Súmula 227/STJ- A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. Pessoa Jurídica A pessoa jurídica e a função social da empresa. É a afirmação da impresarialidade responsável, comprometida com valores humanitários e sociais com relação a empresa. Nadilson Dos Santos Dias. Acadêmico de Direito, Bloco III, UESPI- Universidade Estadual do Piauí. Soma de esforços – Corporações. Quando um esforço de pessoas Pessoa jurídica. Destinação de um patrimônio – Fundações Uma pessoa usa parte de seu patrimônio para criar uma fundação. Teoria da independência/autonomia Sociedade de fato Entes despersonalizados Condomínio- Neste caso a responsabi Edifício–não possui pessoa jurídica lidade será pessoal, soli Espólio daria e ilimitada pelos da nos causado ou seja, não Herança/jacente/vacante incidirá a separação pat rimonial Obs.: A pessoa jurídica tem personalidade jurídica e patrimônio distintos dos seus membros após o registro. Após esse ocorre a responsabilidade limitada ao patrimônio transferível à pessoa jurídica Obs.: Enunciados das jornadas do direito civil, em 59. Subsidiaria- Significa buscar o patrimônio da empresa se não encontrar, busa o dos sócios (benefício de ordem) Obs.: Patrimônio da empresa não se confunde com o patrimônio dos sócios ou vice e versa. Nacionais Nacionalidade Estrangeiras Direito Público- Interno= INSS, União, E, DF, AUT. Externo= ONU, RFB Função Direito Privado- Associações, sociedades, fundações, Associações Religiosas, Partido Político, EIRELI. Obs.: Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. Nadilson Dos Santos Dias. Acadêmico de Direito, Bloco III, UESPI- Universidade Estadual do Piauí. È aberta com um capital de 100 salários mínimos, o patrimônio individual do empresário é protegido. “Universitas bonorum” Detenção do patrimônio. Estrutura interna: “universitas personaum” Agrupamentode pessoas RE 548/81, min Rosa Weber. Obs.: As fundações são constituídas através de um ato penal praticado pelo instituídos, neste ato, obrigatoriamente tem de ser indicada a finalidade fundacional que é vinculante, não podendo ser modificada, se quer pela unanimidade dos administradores posteriores. Obs.: Conforme o enunciado 9 da jornada de direito civil o parágrafo único do art. 62 tem caráter meramente enunciativo (exemplificativo) apermitindo a toda evidência, que uma fundação busque finalidades outras, desde que afastado o caráter lucrativo. Ex. Fundação de caráter esportivo Obs.: Extensão da fundação. No que se refere ao patrimônio remanescente, Será incorporado a outra fundação de igual ou semelhante finalidade, designada judicialmente, salvo se os estatutos ou o ato de dotação indicarem de forma diversa, que deverá ser obedecida. Obs.Teoria da aparência. É o acolhimento do princípio da boa fé, fazendo com que terceiros que estão aparentemente, negociando com a pessoa jurídica estejam protegidos, responsabilizando-a mesmo não se tratando de ato próprio da sociedade. Responsabilidade civil e penal da pessoa jurídica Penal: Art. 225, § 3º, CF. Ex. Desastre da cidade de Mariana Civil: Nadilson Dos Santos Dias. Acadêmico de Direito, Bloco III, UESPI- Universidade Estadual do Piauí. Comprovar a culpa ou dolo Regra Geral: Responsabilidade subjetiva Prazo Pessoa jurídica de direito privado Prescricional- 3 anos (art. 206, § 3º, CC) Exceções: Dano ambiental, consumidor e lei 12.846/13- Estabelece a responsabilidade civil objetiva pela prática de atos contra a administração pública. Ex. Propina, suborno. Pessoa Jurídica de Direito Público – (CF art. 37, § 6º ) - estado responde de forma objetiva Sem culpa e sem dolo Alcança as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos (STF, RE 179. 147/SP) Direito de regresso Prescrição 5 anos (Resp. 1251.993/PR) Inadmissibilidade de denunciação da lide (STJ, Resp. 44 8409/SP) Desconsideração da personalidade jurídica: Noções gerais art. 50, CC/02. D.P.J. Subjetivo Teoria elemento maior específico Objetiva Art. 50/CC a- Divisível/indivisível O bem pode ser fracionado sem destruição ou perda considerável de valor? R= Sim, divisível. Ex. Terreno Não, Indivisível. Ex. apartamento, TV, geladeira. Obs.: Todo bem sofre depreciação material ao longo do tempo, mas não é esse o critério. Obs.: Os bens destinados a venda são considerados consumíveis (consuntibilidade jurídica /consumibilidade de Nadilson Dos Santos Dias. Acadêmico de Direito, Bloco III, UESPI- Universidade Estadual do Piauí. direito). Ex. O livro restante da livraria, é consumível para o dono da loja e inconsumível para o consumidor que o adquiri. Obs.: A lei ou a vontade das partes podem determinar que o bem naturalmente divisível seja indivisível (art. 89º, 88º, CC). Ae. Art. 65º da lei 4.504/64, trata do módulo rural. Singulares e coletivos o Considerado individualmente. Ex. Livro o Considerados em grupo. Ex. Biblioteca Revolta de ex. Biblioteca Bens coletivos “Universitas bens pela von Rebanho Rerum” tade do titular Coleção Bens em si mesmos Bens reciprocamente considerados Quanto ao titular- Dono- Público ou Privado Imóveis consideráveis Móveis Inconsumíveis Em si mesmo Tangíveis Divisíveis Infungíveis Indivisíveis Singulares Coletivos Nadilson Dos Santos Dias. Acadêmico de Direito, Bloco III, UESPI- Universidade Estadual do Piauí. a- Consumíveis/Inconsumíveis (art. 86, CC/02) A utilização normal do bem acarreta destruição imediata? R= Sim, consumível. Ex. Combustíveis Não, inconsumível. Ex. Carro/computador. b- Fungíveis/Infungíveis (art. 85, CC) O bem pode ser substituído por outro da mesma qualidade e quantidade? R= Sim, Fungível, ex. Dinheiro, saco de arroz. Não, Infungível. Ex. Cédula da época da monarquia. Obs.: Os bens imóveis são considerados infungíveis. Revolta de ex. Biblioteca Bens coletivos “Universitas bens pela von Rebanho Rerum” tade do titular Coleção Imóveis: Conceito: Também denominado de bens de raiz,, saõe aqueles que não se pode transportar, sem destruição, de um çlugar para o outro, ou seja, são os que não podem ser separados se altera~]ao de sua substância. Classificação: 1- Por natureza: Solo, subsolo, espaço aéreo. 2- Por acessão: é tudo que se somar de forma material ou artificial. Ex. Construções e plantações. 3- Por força da lei art. 80, CC: a. Direito a sucessão aberta; b. Direito real sobre imóvel e as ações que os assegurem. Ex. Pai morre e deixa 2 filhos, um deseja ceder sua parte para um terceiro, ainda que de bem móveis, na cessão deverá ocorrer Nadilson Dos Santos Dias. Acadêmico de Direito, Bloco III, UESPI- Universidade Estadual do Piauí. a autorização do cônjuge e a realização por meio da escritura pública, após o pagamento dos impostos. Móveis Natureza: 1- Bens que podem ser transportados de um local para outro sem destruição ou perda de seu valor. Ex. automóvel. Bens móveis por antecipação: faz referencia aqueles bens que embora imóveis pela sua natureza, foram mobilizadas pela vontade humana, em face de sua função econômica. É o exemplo das árvores convertidas em lenha e dos frutos separados antecipadamente. Bens reciprocamente considerados: comparando um bem com o outro Principais Bens frutos Decorre do principal produtos Acessorios Benfeitorias Criado para servir o principal Pertenças Princípio da gravitação jurídica: Regra Regal - o bem acessório segue o principal Necessárias- É aquela que é realizada para a conservação do bem: Ex. Reforço da tubulação do imóvel. Úteis- Realizadas para aumentar a utilidade e uso do bem Nadilson Dos Santos Dias. Acadêmico de Direito, Bloco III, UESPI- Universidade Estadual do Piauí. Benfeitorias principal. Ex. Instalação de aparelhos hidráulicos. Voluntárias- Realizadas para aumentar o prazer, o deleite e a recreação do bem pirncipal. Ex. Construção de uma piscina no imóvel residencial Bens quanto ao titular Particulares De uso comum do povo Públicos Uso especial Dominicais/dominiais Obs.: Navios e aeronaves são bens moveis ou imóveis? São objetos de hipoteca ou penhora? R= Imóveis- objetos de hipoteca Produto- Não se renova periodicamente. Ex. Petróleo/ouro/carvão. Frutos- Renovam-se periodicamente Os frutos são as utilidades produzidas com periodicidade pela coisa principal, cuja percepção mantém intacta a substancia do bem. Ex. Safra. Benfeitorias: Bem acessório que se destina ao principal e que passa a fazer parte integrante deste. Obs.: Nos contratos de locação serão indenizáveis independentemente de autorização no que se refere as benfeitoriasnecessárias. No que se refere as benfeitorias voluntárias- Não haveria indenização em nenhuma hipótese podendo, apenas, ser levantada pelo locatário, desde que não afete a estrutura e substancia do imóvel(art. 35 e 36 da lei 8245/91). Pertençais- Bem acessório que se destina ao uso, serviço de aformosamento do principal e que não faz parte integrante deste. É de se salientar que a pertence não segue a regra da gravitação jurídica. Diante disso é possível afirmar que a aquisição de um automóvel não faz presumir que o adquirente tem direito ao aparelho de som . Nadilson Dos Santos Dias. Acadêmico de Direito, Bloco III, UESPI- Universidade Estadual do Piauí. Obs.: É possível desafetar um bem de uso especial para que se torne dominical seja possível sua alienação. Uso comum do povo Bem públicos uso especial (art. 98/11) Bem dominical/dominicais Uso comum do povo- utilização por qual que pessoa, a titulo gratuito/oneroso Ex. Estradas, rios e mares Uso especial- utilizado pelo próprio poder público. Ex. Prédio da prefeitura. Dominical/dominicais- Integram patrimônio disponível do estado. Ex. TDP. Bens públicos são: Inalienáveis, salvo dominicais; Imprescritíveis (não sujeito a usocapião); Impenhoráveis (pagamento por precatório) Ex. art. 100, CF. Ex. Título da dívida pública, reserva monetária. Obs.: O pagamento das dívidas do poder público deve ser feito através do sistema de precatório (CF, art. 100) em razão da impenhorabilidade dos bens públicos. Teoria dos fatos jurídicos Conceito: O fato jurídico é aquele acontecimento capaz de produzir efeitos (isto é, capaz de criar, modificar, substituir ou extinguir situações jurídicas concretas), trazendo consigo uma potencialidade de produção deefeitos. Norma Jurídica Existe Suporte fático Fato jurídico – adaptação- produzir Nadilson Dos Santos Dias. Acadêmico de Direito, Bloco III, UESPI- Universidade Estadual do Piauí. (acontecimentos) à norma efeitos- Validade eficácia * Existência - Ser - Pressupostos Antológico Elementos Sujeito - objeto estruturais E a forma Os diferentes planos do mundo jurídico: validade- norma - Requisitos Jurídica- (elementos Adaptação - (legalidade) essenciais) * eficácia- Controle- projeção - Fatores de afeitos- da vontade do controle sobre os efeitos (elementos acidentais) Obs.: Os planos da existência, validade e eficácia são autônomos e distintos. Além disso, qualquer ramos do direito seguirá esses planos. Ex. CC 1501.
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