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TGP – PROVA 1 >> AUTOTUTELA (VINGANÇA PRIVADA) Fazer justiça com as próprias mãos. Não é mais permitido, porém, permaneceram alguns casos, que são regrados pelo Estado. >> ARBITRAGEM FACULTATIVA Os litigantes apresentam o problema ao pretor, este faz com que os litigantes escolham um árbitro de comum acordo. >> ARBITRAGEM OBRIGATÓRIA Os litigantes vão ao pretor, que nomeia um árbitro. Os litigantes assumem o compromisso de acatar a decisão do árbitro. CONFLITO: Interesses contrariados JURISDIÇÃO: Poder e dever que o Estado tem para solucionar os conflitos PROCESSO: Meio pelo qual o Estado soluciona os conflitos PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO A)PRINCÍPIOS PROGRAMÁTICOS (INFORMATIVOS) São benéficos, utópicos. B) PRINCÍPIO JURÍDICO Fazer justiça, procurar a decisão mais justa, igualdade entre os litigantes e justiça na decisão. C) PRINCÍPIO POLÍTICO Diz respeito à cidadania, direitos e deveres, dar o máximo de proteção social e agredir o mínimo os direitos humanos. D) PRINCÍPIO ECONÔMICO Alcançar o máximo de recursos sem desperdiçar – tempo, recursos matérias, recursos humanos. PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO PROPRIAMENTE DITOS (CONCRETOS) 1)IMPARCIALIDADE DO JUIZ Não favorecer um e prejudicar outro >> garantias: vitaliciedade, inamovibilidade, irredutibilidade de subsídios. >> vedações: exercer outro cargo – exceto 1 me magistério - , receber custos, participação em processo, exercer advocacia, atividade político-partidária. >> impedimentos/suspenção: pode ser levantada pelas partes ou pelo MP – a lei estabelece 2) PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA – ART. 5° LV, CF >> contraditório: é a possibilidade de as partes poderem provar que sua versão é a correta e a do outro é errada. São reconhecidas como verdadeiras as alegações do autor. >> ampla defesa: é a possibilidade de a parte produzir todo tipo de prova que quiser. a)Depoimentos pessoais: a parte dá a sua própria versão – autodefesa b) Defesa técnica: é feita dentro das possibilidades de se realizado. >> citação: ato pelo qual se dá ciência ao réu da existência de um processo contra ele. Só é usado 1 vez Pode ocorrer à revelia – o réu devidamente citado ficou inerte O processo não anda sem haver citação do réu >> intimação: é o ato pelo qual se dá ciência às partes o dia da audiência É usada quantas vezes for necessária >> notificação: é usada na CLT Notificam-se os laudos periciais >> Inquérito policial: a polícia (poder executivo) faz 3) PRINCÍPIO DA IGUALDADE É uma consequência do artigo 5°, CF >>INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA Visa à igualdade entre as partes Só se aplica em casos previstos em lei Aplica-se principalmente no direito do consumidor e direito trabalhista 4) PRINCÍPIO DA AÇÃO A jurisdição só se manifesta quando for provocada – pelo autor O pedido do autor é um projeto de sentença do processo O magistrado não cuidará de outros assuntos que não estejam inclusos no processo. a) Processo inquisitivo: O juiz acusa, julga e defende; o processo é sigiloso; a confissão é a rainha das provas; o réu é culpado até que se prove o contrário; usavam-se meios cruéis como a tortura; não há ampla defesa. b) Processo Acusatório: Uma pessoa acusa, uma julga e outra defende; tortura não é admitida; as partes são gestoras das provas; o processo é público, salvo exceções expressas por lei; presume-se a não culpabilidade; há ampla defesa. >> decisão extra-petita O juiz acrescenta um item que não foi objeto do pedido >> decisão ultra-petita Ao deferir os pedidos do autor, o magistrado defere valor mais do que havia sido referido. >> decisão citra-petita Quando o juiz omite um ou alguns dos pedidos >>> todos os 3 ferem o princípio da ação 5) PRINCÍPIO DO DISPOSITIVO E DA LIVRE INVESTIGAÇÃO DA PROVA Diz respeito à produção de provas Prevalece o interesse privado >> direitos disponíveis: prevalece o interesse particular das pessoas Pode ser exercido ou não >> direitos indisponíveis: interesse público, coletivo, do Estado. Obrigatoriamente devem ser exigidos >Todo o penal (exceção: crimes contra a honra) > Civil: meio a meio >> verdade material (real) Tal qual aconteceu os fatos O juiz pode determinar por ofício a produção de provas >> verdade formal Vai para os autos O juiz se contenta com a verdade formal porque cabe às partes tomar iniciação. 6) PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE E INDISPONIBILIDADE >> disponibilidade: possibilidade do titular de direito acionar a jurisdição ou não, de acordo com sua vontade. >> indisponibilidade: o titular do direito é obrigado a acionar a jurisdição – exigir seu direito. >>> flexibilização (relativização) do princípio da indisponibilidade. >criminais: menor potencial ofensivo >juizados especiais: cíveis, criminais. 7) PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL É o princípio pelo qual compete ao juiz, uma vez instaurada a relação processual, mover o procedimento de fase em fase, até exaurir a função jurisdicional. Citar, designar audiência para dia XX, perícia, sentença, subida dos autos em recurso. 8) PRINCÍPIO DA ORALIDADE Brevidade do processo, rápida e econômica decisão, predomina o falado sobre o escrito >Direito do trabalho e juizados especiais. 9) PRINCÍPIO DA PERSUASÃO RACIONAL DO JUIZ O juiz sendo convencido pela razão >> sistema de prova legal: a própria lei estabelecia o valor da prova. >> sistema de julgamento conforme a consciência: o juiz dá a decisão conforme sua impressão sobre a pessoa. Um caso em que é usado: tribunal do júri (crimes dolosos contra a vida – homicídio, aborto, infanticídio). >> persuasão racional do juiz: usado atualmente O juiz analisa as provas dos autos, diz os motivos de seu convencimento e justifica sua decisão. 10) PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS Todas as decisões devem ser fundamentadas – art. 93(95), IX, CF, 11) PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE Se não for público, os atos processuais são anulados. >> publicidade popular: todos podem assistir >> publicidade restrita: limita as pessoas (mas não deixa de ser público). Art. 5°, LX, CF – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. >Inquérito policial: processo administrativo civil Não está coberto pelo princípio da publicidade, pois, muitas vezes, o sucesso da investigação depende do sigilo. 12) PRINCÍPIO DA LEALDADE PROCESSUAL Não falsificar documentos, não faltar com a verdade, não alterar o resultado da perícia. Os participantes do processo – juízes, advogados, testemunhas, partes – devem se respeitar. 13) PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL E DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS >> economia processual: produzir o máximo de resultados com o mínimo de recursos materiais – pessoas, papéis ... Conexão e continência >> instrumentalidade das formas: os atos processuais serão considerados válidos se alcançarem sua finalidade mesmo que tenham sido praticados de uma forma diferente daquela prevista em lei. 14) PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO É a possibilidade de as partes verem reexaminada a decisão proferida pelo magistrado. >> julgar procedente: o juiz dá ganho de caso para o autor >> julgar improcedente: a tese do réu convence o juiz >> julgar parcialmente e procedente: um pouco favorável pro autor e um pouco pro réu. >Acórdão: é uma decisão de 2° grau >>> corrente contrária: os recursos fazem o processo demorar muito, a sentença é perda de tempo, os juízes de 2° grau também podem errar. >>> corrente favorável: deve-se dar ao vencido outra oportunidade de ver sua questão reexaminada. Os juízes de 2° grau tem mais experiência. Havendo 2° grau de jurisdição, os juízes de 1° grau serão mais cuidadosos. A possibilidade de errar é menor por ser um órgão colegiado (composto por mais de um). São favoráveis por causa de uma função política (legalidade, imparcialidade, justiça nas decisões). >Recurso de ofício: o próprio juiz recorre. DIREITO PROCESSUAL CONSTITUCIONAL O meio peloqual a jurisdição resolve os conflitos GARANTIAS E COMPETÊNCIAS a)acesso à jurisdição ampliado >> criação de juizados especiais >> legitimação de corpos intermediários da sociedade para representar o cidadão >> legitimação do ministério público para os interesses difusos e coletivos >> a jurisdição deve se manifestar sobre qualquer pedido O juiz não pode se esquivar de sentenciar alegando que não tem lei ou que aquele assunto nunca foi ventilado no judiciário. Se não tem lei -> jurisprudência -> analogia -> princípios gerais do direito. >> recursos financeiros Assistência judiciária gratuita Defensoria pública: se constitui de advogados públicos, pagos pelo Estado, que atuam em todos os níveis. Sua função é defender o interesse dos necessitados. Se não houver defensor público disponível, um advogado particular é nomeado pelo Estado >> DEVIDO PROCESSO LEGAL Recurso de apelação É a possibilidade de utilizar todos os procedimentos previstos em lei É seguir todos os procedimentos conforme a lei prevê. “Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal” Art. 5º, LIV, CF. Garante-se às partes: Direito à citação e ao conhecimento do teor da acusação; Direito a um julgamento; Direito de notificar as testemunhas para que compareçam perante os tribunais; Direito ao procedimento contraditório; Direito à igualdade entre acusação e defesa; Direito contra medidas ilegais de busca e apreensão; Direito de não ser acusado nem condenado com base em provas obtidas ilegalmente; Direito a assistência judiciária, inclusive gratuita. >> utilização de remédios constitucionais (jurisdição constitucional) Defesas do cidadão contra o Estado 1.Habeas Corpus: é um instituto que se dedica a salvaguardar a liberdade de todo ser humano que sofre constrangimento ou que está na iminência de sofrê-lo. 2. Habeas data: art. 5° LXII, CF - dados/ informações. Direito que assiste a todas as pessoas de solicitarem, por via judicial, a exibição de registros públicos ou privados em que estejam incluídos seus dados pessoais. 3. Mandado de segurança: a pessoa que sofrer ilegalidade ou abuso de poder ou receio de sofrê-la, vindo de autoridade pública ou nos casos em que se é delegado a terceiros, não amparado por habeas corpus ou habeas data, para proteger o direito liquido, certo e incontestável do solicitante, pode-se utilizar esse remédio. 4. Mandado de injunção: é uma espécie de pedido que o P. Judiciário faz ao Legislativo para que seja criada uma norma regulamentadora que está em falta e impossibilita o exercício do direito. Sua efetividade é muito questionada, pois, com a repartição e independência dos os 3 poderes, não há como o p. judiciário obrigar o p. legislativo a criar uma lei. A lei só será criada se o legislativo assim quiser. >> ação popular: Só pode ser proposta pelo cidadão eleitor. Criado depois do fato ocorrido. Criado para julgar determinado fato.