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FATOS JURÍDICOS

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FATOS JURÍDICOS
Naturais
Ordinários: são os comuns, rotineiros e naturais (nascimento, morte, aquisição da maioridade aos 18 anos, etc.).
Extraordinários: são os incomuns, excepcionalmente ocorrem – caso fortuito e força maior (há exclusão da responsabilidade, porém, a Lei faz distinção entre um e outro); a consequência destes fatos é a exclusão da responsabilidade civil.
Caso fortuito: é o acontecimento cujo o homem é o protagonista de conseqüência inevitável e imprevisível. Ex.: epilepsia.
Força maior: são os acontecimentos derivados de fenômenos naturais, de grandes proporções e de caráter inevitável pelo homem. Ex.: maremoto, tsunami, água da chuva em caso de enchente. (exclui responsabilidade, exceto, por ex.: Pessoa Jurídica de administração dos serviços exploradores de produtos naturais como energia elétrica por ser atividade de risco).
Humanos (atos jurídicos)
Ilícitos: é o fato humano cuja conseqüência de sua prática gera responsabilidade (por ação ou por omissão; voluntária – dolosa; culposa – negligência, imprudência, imperícia). (art. 389, CC – contratual; art. 186, CC – extracontratual; art. 393, CC)
Observação: o caso fortuito e a força maior excluem a responsabilidade civil como regra; porém, se houver contratualmente previsão de responsabilidade, tais fatos não poderão excluí-las1 (vide art. 393,CC; § único – definição genérica para ambos).
Responsabilidade Civil - Tem haver com grana, indenização.
Na Responsabilidade Civil não há diferenciação entre dolo ou culpa.
A Responsabilidade Civil preestabelece uma multa num contrato, é a cláusula penal, prevê uma antecipação da Responsabilidade Civil.
Exemplos: Artigo em inglês: Professor Accácio contratou a Vanessa para fazer a tradução de um texto técnico para o Inglês. Eles firmaram um contrato excluindo o caso fortuito e a força maior, ou seja, caso a Vanessa não entregue o trabalho no prazo irá pagar uma multa preestabelecida nesse contrato.
Entrega de apartamento fora do prazo: Geralmente o prazo de atraso é de 6 meses previsto em contrato. Depende muito do caso em concreto, mas não se exclui a força maior.
Fatos Jurídicos Humanos – São os atos jurídicos
Podem ser:
Lícitos Simples: é sempre uma conseqüência. É aquele cuja conseqüência já vem predeterminada na lei, independentemente da vontade de seus agentes.
Ex.: ao efetuar o trancamento da faculdade para mudar de cidade, automaticamente efetuou-se também a transferência de domicílio. Essa mudança independe da vontade de quem se mudou.
Ato Jurídico Complexo = Negócio Jurídico: é aquele que visa criar, modificar ou extinguir direitos e deveres, que correspondam exatamente de acordo com a vontade de seus agentes.
Ex.: dono de funerária adquire um carro que aparentemente parece caber um caixão. Porém, ao verificar viu que não cabia, esse é um exemplo onde não correspondeu exatamente com a vontade dos dois agentes. Aqui existe a possibilidade de desfazer o negócio.
A diferença entre ele é a conseqüência.
Casamento é uma união de valor sentimental, afetivo, mas gera um negócio jurídico porque casamento é um contrato.
Ex.: casamento entre menores, um de 16 anos e outro de 17. Automaticamente ocorre a emancipação. Código Civil artigos 1533, 1534, 1535 e 1538:
“Art. 1.533. Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente designados pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes, que se mostrem habilitados com a certidão do art. 1.531.
Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular.
§ 1o Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas durante o ato.
§ 2o Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever.
Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos:"De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados."
Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos contraentes:
I - recusar a solene afirmação da sua vontade;
II - declarar que esta não é livre e espontânea;
III - manifestar-se arrependido.
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia.”
NEGÓCIO JURÍDICO
1 – Conceito
2 – Classificação dos Negócios Jurídicos
A – Onerosos ou Gratuitos
B – Unilaterais ou Bilaterais
C – “Inter vivos” ou “Causa mortis”
D – Negócios Jurídicos Formais ou Informais
3 – Elementos
25.08.2011
2 – Classificação dos Negócios Jurídicos
A – Onerosos ou Gratuitos: NJs onerosos são aqueles onde há contrapartida de direito e deveres. Ex.: compra e venda (art. 481, CC). NJs gratuitos são aqueles em que não há contrapartida de direitos e deveres. Ex.: doação pura (art. 531, CC). Obs.: neste caso, se a doação estiver sujeita ao cumprimento de uma obrigação (encargo), deixa de ser NJ gratuito para ser oneroso.
B – Unilaterais ou Bilaterais: NJ unilateral é aquele que requer apenas uma manifestação de vontade. Ex.: testamento. NJ bilateral é aquele que requer ao menos duas manifestações de vontade. Ex.: locação.
C – “Inter vivos” ou “Causa mortis”: “Inter vivos” é o NJ organizado para surtir efeito sobre a vida de quem realiza. “Causa mortis” é o NJ organizado para surtir efeito após a morte de quem realiza. Ex.: testamento.
D – Negócios Jurídicos Formais ou Informais: os formais (solenes2) são os NJs que exigem uma formalidade especial como requisito de validade3. Ex. testamento ou escritura pública (art. 108, CC). Os informais são aqueles que não requerem nenhuma formalidade especial para sua validade; constituem a regra no Brasil, ou seja, art. 107, CC. Ex.: contrato de aluguel para casa de temporada; art. 1533, CC – celebração de casamento.
Obs.: existem determinados NJs que, embora informais, requerem solenidades internas para sua validade.
3 – Elementos dos Negócios Jurídicos
- Essenciais: para existência, a manifestação autônoma da vontade é expressa ou tácita; validade, partes, objeto ou formas.
- Acidentais: envolvem a eficácia dos negócios.
Obs.: a manifestação autônoma da vontade quer dizer a capacidade livre e consciente de realizar negócios jurídicos.
- Existência4:
- Observação 1: a tricotomia dos NJs é a análise dos planos da existência, da validade e da eficácia.
- Observação 2: a MAV expressa quer dizer inequívoca e pode ser feito de forma verbal, escrita ou gestual.
- Observação 3: a MAV pode ser também tácita que é o silêncio interpretado como concordância, aquiescência (art. 111, CC).
- Observação 3a: a MAV tácita só se aceita em NJ gratuito. Ex.: art. 539 – da doação.
- Observação 4: a MAV subsistirá e o NJ será considerado existência ainda que seu autor tenha feito uma reserva mental de que não deseja seus resultados. Ex.: origem CC português; art. 110, CC; casamento Débora Secco em “América” (reserva mental); casamento para adquirir “Green card”; se comprovado, passa a inexistir.
- Validade:
- Observação 1: o primeiro elemento para validade dos NJs é a CAPACIDADE DAS PARTES, isto é, que elas sejam maiores e sem qualquer alienação mental; ou emancipadas sem alienação.
- Observação 2: os INCAPAZES podem praticar NJs válidos? Sim, se forem representados ou assistidos5.
- Observação 3: a conseqüência da não observância dessa regra gera invalidade do NJ.
	Art. 3º*
	Art. 4º*
	Causa da
Incapacidade
	Quem?
Representa / Assiste
	Não tem pais
	I
	I
	Idade
	Pais
	Tutela
	II
III
	II
III
IV
	Alienaçãomental
	Pais
	Curatela
	Representados
	Assistidos
	
	
	
*Artigos referentes às capacidades das partes
- Objeto do NJ: deve ser lícito, possível, determinado ou determinável.
- Lícito: não contrário è Lei; possível = fisicamente viável; determinado ou determinável = possível de apuração ou de quantificação.
- A forma: o NJ que exigir formalidade especial como requisito de sua validade dependerá desta observância sempre. Trata dos NJs solenes.
- Observação 1: a formalidade exigida como requisito de validade é a maneira especial de manifestação de vontade das pessoas.
A figura jurídica da Representação - A representação pode ser legal ou voluntária.
- Legal: é aquela determinada pela própria lei;
- Voluntária: nasce por força de contrato.
Representação Legal
Art. 1634º, V: “Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores: V – representá-los, até aos dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento;”
(a leitura do artigo todo é boa para uma interpretação mais abrangente)
Corresponde à representação dos pais dos filhos menores.
Art. 1690º: “Compete aos pais, e na falta de um deles ao outro, com exclusividade,
representar os filhos menores de dezesseis anos, bem como assisti-los até completarem
a maioridade ou serem emancipados.”
É a representação dos pais para a administração de bens dos filhos menores.
Art. 1747, I: “Compete mais ao tutor: I – representar o menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo, após essa idade, nos atos em que for parte;”
É a representação do tutor, quando haver tutela. Tutela = art. 1728º: “Os filhos menores são postos em tutela: I – com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes; II – em caso de os pais decaírem do poder familiar.”
Art. 1774º:
Representação Voluntária
Artigo muito importante para os advogados.
Art. 653º (contrato de mandato): “Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.”
Diferenças:
- Poder Familiar: existe mesmo quando há separação entre pai e mãe.
- Guarda: pode ser compartilhada entre pai e mãe.
- Companhia: a criança fica com um ou com outro em determinado período.
Artigos 1635 até 1638 e art. 1736º:
DA SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PODER FAMILIAR
Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:
I – pela morte dos pais ou do filho;
II – pela emancipação, nos termos do art. 5o, parágrafo único;
III – pela maioridade;
IV – pela adoção;
V – por decisão judicial, na forma do artigo 1.638.
Art. 1.636. O pai ou a mãe que contrai novas núpcias, ou estabelece união estável, não perde, quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos ao poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferência do novo cônjuge ou companheiro.
Parágrafo único. Igual preceito ao estabelecido neste artigo aplica-se ao pai ou à mãe solteiros que casarem ou estabelecerem união estável.
Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando convenha.
Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do poder familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão.
Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I – castigar imoderadamente o filho;
II – deixar o filho em abandono;
III – praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV – incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.
Art. 1.736. Podem escusar-se da tutela:
I – mulheres casadas;
II – maiores de sessenta anos;
III – aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos;
IV – os impossibilitados por enfermidade;
V – aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela;
VI – aqueles que já exercerem tutela ou curatela;
VII – militares em serviço.
Ler os artigos 115 à 120 = capítulo da representação
“Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado.
Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado.
Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos.
Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem.
Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou. Parágrafo único. É de cento e oitenta dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo de decadência para pleitear-se a anulação prevista neste artigo.
Art. 120. Os requisitos e os efeitos da representação legal são os estabelecidos nas normas respectivas; os da representação voluntária são os da Parte Especial deste Código.
Elementos acidentais dos Negócios Jurídicos6
- Condição: é o elemento acidental aos NJs que ora suspende (condição suspensiva), ora termina com seus efeitos (condição terminativa), dependendo de um acontecimento de um evento futuro e incerto.
- Termo: é o elemento acidental aos NJs que ora suspende (termo inicial), ora se faz terminar (termo final) dependendo de um evento futuro certo.
- Encargo: é o elemento acidental aos NJs que consiste numa obrigação a ser cumprida que, caso contrário, o NJ se revoga, se desfaz, termina com seus efeitos.
- observação 1: são válidas todas as condições; porém, o CC veda as seguintes condições:
condições impossíveis (física e juridicamente);
condições perplexas ou contraditórias;
condições puramente potestativas.
As condições meramente potestativas são válidas. O que não pode são as puramente potestativas.
Condições ilícitas
1. Fisicamente impossíveis: são aquelas cujo evento futuro e incerto nunca poderá acontecer; daí porque ilícitas.
2. Juridicamente impossível: é a condição contrária à Lei, à moral e aos bons costumes.
- Observação 1: seria lícita, por exemplo, a condição que veda o casamento com determinada pessoa, motivando-se a vedação: em sentido contrário, ilícita a vedação genérica de casar-se pela violação de uma liberdade garantida pela Constituição.
- Observação 2: as condições perplexas ou contraditórias são aquelas condições que privam o NJ de seus principais efeitos. Ex.: a venda de um automóvel com a condição determinativa de nunca ser utilizado.
3. Condições puramente potestativas: são aquelas cujo evento futuro e incerto fica exclusivamente ao arbítrio de uma das partes para que aconteça, isto é, o evento pode até ser futuro, mas perde a característica da incerteza. Ex.: financiamento da casa própria com correção do saldo devedor.
- Observação 1: meramente potestativa é a condição que além de participação das partes sempre depende de algum fator externo para o acontecimento do evento. Ex.: arrendamento de um terreno para plantação que está condicionada à chuva para produzir.
- Observação 2: conseqüência das condições ilícitas: as impossíveis quando forem suspensivas, as perplexas ou contraditórias e as puramente potestativas invalidam todo o NJ; as impossíveis quando terminativas são consideradas não escritas e permanece válido o NJ.
- Observação geral sobre o tema: uma importantíssima diferença entre condição suspensiva e termo inicial, além da incertezada condição e da certeza do termo é a diferença quanto a aquisição dos direitos, sendo que o NJ pendente de condição suspensiva gera mera expectativa do direito, sendo que o NJ pendente de termo inicial gera direitos adquiridos aos seus efeitos.
- Observação geral II: salvo disposição em contrário no contrato, os prazos serão computados excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento. Ex.: 01.11.2010 – 02.12.2011.
- Observação geral III: quando o termo final do contrato, ou seja, seu vencimento cair em sábado, domingo ou feriado, prorroga-se até o próximo dia útil, salvo disposição em contrário no contrato.
- Observação geral IV: se o contrato mencionar meado do mês, será considerado sempre dia 15.
- Observação geral V: os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número de início ou no dia imediato se faltar a correspondência. Ex.: 01.12.2010 – 01.12.2011.
- Observação geral VI: os prazos fixados por hora são contados de minuto a minuto.
DEFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
- Esses defeitos tornam os NJs anuláveis.
- Nos vícios do consentimento a manifestação da vontade do agente não corresponde ao seu íntimo e verdadeiro querer.
- Nos vícios sociais a manifestação de vontade do agente é perfeita, porém tem a intenção de prejudicar terceiras pessoas.
Revisão
LICC
Ver: Lei 45 D – public. – salvo contrário na própria Lei
Public. => Vacatio legis (período entre a publicação até a sua vigência) => vigência
Ex.: L. 8.009/90 – bem de família – art. 6º, 7º e 8º
Ex.: CTB – 23.09.97, corrigido em 25.09.97 – L. 9.503
Art. 2.045 – revog. expressa Lei CC e CCom (pode ser expresso ou tácito)
Retroage em benefício do réu ou do contribuinte.
Revogação total: ab-rogação
Revogação parcial: derrogação
Lei perde vigência quando: temporária; inconstitucional; revogada.
Represtinação
O que é represtinação: LINDB, § 3º (antiga LICC)
	
Lei A
	Lei B
	Lei C
	
represtinação
Exemplo dado em aula: interpretação teleológica – art. 5º
- Companheira do PM morto tem direito à pensão, se o PM fosse: I – solteiro; II – viúvo; III – divorciado; IV – separado judicialmente
DEFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
IMPORTANTÍSSIMO!!!!! ISSO CAI NA PROVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
OS DEFEITOS TORNAM OS NEGÓCIOS JURÍDICOS ANULÁVEIS
Vício de consentimento
1. Erro - É a falsa ideia da realidade e é equiparado à ignorância, que é o total desconhecimento. São necessários três requisitos para que um erro possa anular um NJ:
a) O erro deve ser substancial ou essencial: isto quer dizer que deve ser um erro grave, isto é, foi a causa do NJ.
a.1) Quando se referir à natureza do NJ. Ex.: pensa que é doação, mas é compra e venda.
a.2) Quando se referir ao objeto do NJ. Ex.: pensa que é um brilhante, mas é bijuteria.
a.3) Quando se referir à pessoa do outro negociante. Ex.: art. 1556 e 1557, CC
Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir erro essencial quanto à pessoa do outro.
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I – o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II – a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjungal;
III – a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave e transmissível, pelo contágio ou herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;
IV – a ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua natureza, torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado.
b) O erro deve ser escusável ou desculpável: aquele que comete o erro deve ter a justificativa, ou seja, a pessoa não poderia conhecer a realidade; depende de cada caso concreto. Ex.: advogado.
c) O erro deve ser real ou prejudicial: não se anula NJ com base em erro se não houver efetivo prejuízo, ou seja, não é qualquer mero dissabor que ensejará a anulação do NJ. Ex.: o carro comprado não é azul-marinho, e sim preto.
Erro essencial e erro acidental: o primeiro anula o NJ, o segundo só dá direito a perdas e danos.
1ª Observação: o erro material de cálculo não anula NJ, podendo ser retificado.
2ª Observação: o erro manifestado por interpostos meios geram o mesmo efeito se manifestados pessoalmente.
3ª Observação: não se anulará o NJ quando a parte a quem for dirigida a vontade errada realizar a vontade correta do agente.
DOLO: mais frequente e mais fácil de provar.
ERRO: menos frequente e mais difícil de provar.
	Art. 1.557, IV
“Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
...a ignorância anterior do casamento, de doença mental grave que, por sua natureza, torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado.”
	X
	Ignorância antes do casamento
	Art. 1.572, § 2º
“Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação judicial, imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum.
...O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o outro estiver acometido de doença mental grave, manifestada após o casamento, que torne impossível a continuação da vida em comum, desde que, após uma duração de dois anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável.”
	
	Ignorância após o casamento
	Art. 178, CC – anulação
“É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico contado:
I – no caso de coação , do dia em que ela cessar;
II – no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
III – no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.”
2. Dolo - É o induzimento ou a instigação ao erro; quando a conduta for a de induzir significa criar uma ideia que não existe. Induzir é criar uma ideia que não existe na mente do agente; instigar é açular, fomentar uma ideia preexistente. No primeiro caso, o dolo é chamado principal, e o NJ é anulável; no segundo, o dolo é chamado acidental e não anula o NJ, gerando direito a perdas e danos.
Observação: somente o dolus malus tanto principal quanto acidental é que gera conseqüência negativa para os NJs; o dolus bônus é aceito como prática comum no comercial.
Ex.: o suicídio não é crime, mas participar é (induzir, instigar e auxiliar).
“Ganchos” para desenvolvimento de tema:
- CDC – propaganda enganosa
- Dolo por omissão
- Dolo de terceiro
- Dolo bilateral
1 Observação particular: Validade do negócio jurídico - OAF = Objeto lícito, Agente capaz, Forma prescrita ou não defesa em lei; tudo pode ser contratado desde que lícito.
2 Forma estabelecida pela Lei para a validade do ato.
3 Observação do professor: regra do sistema brasileiro é a informalidade; se houver algum ponto divergente da regra, opta-se pela formalidade. Quando exigência de Lei, obrigatoriamente deve-se utilizar da formalidade.
4 Condição da ação judicial: legitimidade, interesse processual e possibilidade jurídica do pedido juridicamente possível. Desfazimento do NJ: invalidação, rescisão.
5 Vontade do incapaz diferente da de seu representante legal: art. 119, CC – anulável.
6 Arts. 121 e SS, CC.

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