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assistencia a enfermagem no puerpério

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1
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO
Disciplina ERM - 0304 Cuidado Integral à Mulher
Flávia Gomes-Sponholz
2015
2
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO
PUERPÉRIO
Intervalo entre o parto e a volta do corpo da mulher ao estado anterior à gestação.
A involução começa logo após o parto e permanece por aproximadamente 6 semanas.
QUARTO PERÍODO DO PARTO: primeiras 1 ou 2 horas pós-parto.
Risco de hemorragia
Risco de choque 
hipovolêmico
3
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO
Principais riscos no puerpério
HEMORRAGIA
CHOQUE 
INFECÇÃO
Avaliação e intervenção de enfermagem são direcionadas para a 
prevenção e redução de riscos e promover a recuperação 
fisiológica e psicológica naturais da mulher
4
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO
Modificações anatômicas e fisiológicas no puerpério:
fenômenos regressivos - retorno do organismo a condições pré-gravídicas
fenômeno progressivo - lactação
-Puerpério imediato (1o ao 10o dia), tardio (11o ao 45o dia) e remoto (a partir do 46o dia). 
(MS, 2001; MARIN et al., 2002). 
5
FENÔMENOS REGRESSIVOS
INVOLUÇÃO DO ÚTERO
Encontra-se na linha média, na altura da cicatriz umbilical. 
Involução diária  1cm. Em 10 dias está intra-pélvico.
O local da placenta: 8 cm de diâmetro com seios venosos abertos
• A contratilidade uterina após a dequitação da placenta
– involução do útero
– hemostase do sítio de inserção placentária (globo de segurança de Pinard).
Fonte: BOBAK, 2002
6
FENÔMENOS REGRESSIVOS
Útero (cont.):
Peso: após o parto - 1000g, retorna ao peso de 60 g em 6 semanas.
Nas primeiras 24 horas o útero alcança a cicatriz umbilical, mantendo um dextrodesvio, e 
apresentando-se de consistência firme, indolor à palpação.
Fatores que retardam a involução uterina
 Trabalho de parto prolongado
Anestesia
Parto difícil
Multiparidade
Retenção urinária
Expulsão incompleta de membranas e placenta
Infecção
Superdistenção uterina
Avaliação importante
Localizar o fundo e a 
consistência do útero.
7
FENÔMENOS REGRESSIVOS
Lóquios:
Composição: exsudatos, transudatos misturados com elementos de descamação e 
sangue que procedem da ferida placentária, do colo e da vagina.
Volume: inicio moderado e passa a escasso
Classificação:
- Rubro ou sanguinolento - vermelho vivo ou escuro
- Serosanguinolento – róseo ou amarronzado
- Seroso – esbranquiçado ou creme
Obs.: qualquer estimativa do fluxo de lóquios é imprecisa e incompleta.
O fluxo aumenta com a amamentação e com a deambulação precoce.
8
FENÔMENOS REGRESSIVOS
Lóquios (cont.):
Nem todo sangramento vaginal pós-parto constitui em lóquios.
Lacerações cervicais e vaginais não reparadas.
LÓQUIOS SANGRAMENTO DE NÃO LÓQUIOS
Geralmente gotejam da abertura
vaginal. O fluxo é maior quando o
útero contrai-se.
Sangue que jorra da vagina, podendo
haver laceração cervical ou vaginal
adicional aos lóquios.
Um jorro de lóquios pode ocorrer
se o útero for massageado. Se a
cor for escura, sinaliza que esteve
depositado na vagina
Sangue contínuo e em forma de fio,
vermelho vivo, com saída independente
de estímulo ao útero.
9
FENÔMENOS REGRESSIVOS
Vulva, vagina e períneo:
Vulva geralmente edemaciada, com fissuras na comissura inferior.
Pode haver lacerações e congestão dos pequenos lábios na região himenal (carúnculas 
himenais)
Hemorróidas tendem a regredir espontaneamente (seis semanas).
Episiorrafia: processo de cicatrização em 20 dias (três semanas).
Presença de hematoma, edema, processo inflamatório e deiscência de sutura.
10
FENÔMENOS REGRESSIVOS
Sinais vitais:
No puerpério de baixo habitual, preconiza-se verificar 2 vezes ao dia.
Pressão arterial: deve manter-se nos níveis de normalidade; em queda de PA, observar 
sangramento, estado nutricional.
Temperatura: não deve ultrapassar 38oC nas primeiras 24 horas. Temperatura acima de 38oC, é 
sugestivo de infecção e deve ser investigado. Comum estado febril de 36,8 a 37,9.
Pulso: geralmente com freqüência diminuída, porém com labilidade, variando de 50 a 70 bpm. 
Estabiliza-se ainda na primeira semana. 
Respiração: tende a normalizar-se, com a descida do diafragma, pelo esvaziamento do útero, 
passa do padrão intercostal para o abdominal.
11
FENÔMENOS REGRESSIVOS
Peso:
Perda média de 2 a 3 kg na primeira semana pós-parto (expulsão do feto, lóquios, diurese, suor)
O retorno ao peso pré-gravídico é gradual, variando de mulher para mulher.
Recomenda-se que durante o aleitamento, a nutriz não faça regime alimentar para perder peso.
Aspecto geral da puérpera:
Imediatamente após o parto: extenuada, franca sudorese, pele úmida, sonolenta.
Mucosas hipocoradas, com palidez cutânea.
Ocasionalmente há calafrios: atribuída a estímulos nervosos, resfriamento corporal, bacteremia.
Queixa de sede - desgaste do trabalho de parto.
12
FENÔMENOS REGRESSIVOS
Abdome:
Presença de estrias;
Elasticidade e tônus da pele diminuídos. 
Em múltípara há afastamento do m. reto abdominal, formando uma escavação na 
linha nigra, perceptível à palpação.
13
FENÔMENOS REGRESSIVOS
Sistema Cardiovascular:
Alterações dependem da perda de sangue no parto e do edema fisiológico (mobilizado e 
excretado).
O volume de sangue aumentado durante a gestação retorna aos valores não grávidos em seis 
meses após o parto.
A hipervolemia da gestação permite que a maioria das mulheres tolere a perda sanguínea no 
parto.
Apesar da perda de líquidos durante o parto ( 500 ml), o volume sanguíneo permanece elevado.
Sistema hematológico:
Observa-se diminuição do hematócrito no pós-parto, mais acentuada nas primeiras 48horas.
Retorna ao normal na primeira semana.
O nível de hemoglobina cai imediatamente após o nascimento devido à perda sanguínea. Seu 
restabelecimento se dá em torno de 6 semanas.
A leucocitose ocorre na primeira semana pós-parto (20.000 e 25.000/mm3).
14
FENÔMENOS REGRESSIVOS
Sistema endócrino
Eliminação da placenta (queda na produção de hormônios placentários):
- queda de gonadotrofina coriônica,
- queda da progesterona e estrógeno - elevação progressiva a depender do aleitamento.
Hormônios hipofisários e função ovariana:
- aumento da prolactina e ocitocina.
- lactantes: prolactina elevada ocorrendo a supressão da ovulação. O ovário não responde ao 
estímulo do FSH na presença da prolactina. 
Permanecem elevados até a 6a semana após o parto
- não-lactante: níveis de prolactina declinam atingindo nível pré-gestacional em 2 semanas.
Ovulação retorna em 2 meses após o parto (média)
Sistema urinário:
Inicia-se o processo de eliminação do excesso de líquido retido na gestação. Na primeira semana 
há um aumento acentuado da diurese. Retorna em três meses após o parto.
15
FENÔMENOS REGRESSIVOS
Sistema gastrointestinal:
Apetite: fome logo após o parto;
Motilidade: a redução do tono muscular e da motilidade gástrica persiste após o parto.
A analgesia pode retardar o retorno à tonicidade e motilidade pré-gravídica.
Evacuação intestinal: pode demorar entre dois a três dias após o parto, devido à que da do tono 
muscular do intestino.
As transformações que se iniciam no puerpério, com a finalidade de
restabelecer o organismo da mulher à situação pré-gravídica, ocorrem não
somente nos aspectos endócrino e genital, mas no seu todo.
A mulher neste momento, como em todos os outros, deve ser vista como
um ser integral, não excluindo seu componente psíquico.
16
Adaptação psicológica à maternidade e à parternidade:
Alterações no humor com labilidade emocional, são comuns no puérpério.
Observar o estado psicológico da mulher, pois os distúrbios psiquiátricos no puerpério devem ser 
identificados precocemente.O puerpério exige uma grande capacidade de adaptação da mulher, companheiro e família.
Após a alta hospitalar, a família deve ser acompanhada em consultas ambulatoriais e ou no 
domicílio.
Condição social e cultural da mulher e da família
Fatores que dificultam: - acesso
- assistência no pós parto sem sistematização
- Referência e contra-referência que não funcionam
- Revisão puerperal em no máximo 40 dias após o parto
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO
17
PONTOS -CHAVE:
• o útero involui rapidamente após o parto, retornando à pelve em uma semana.
• A rápida queda no estrogênio e na progesterona após a expulsão da placenta é responsável por 
desencadear muitas mudanças anatômicas e fisiológicas no puerpério.
• A avaliação dos lóquios e da altura uterina é essencial para monitorizar o progresso da involução 
normal e para identificar possíveis problemas.
• A amamentação não constitui uma forma confiável de controle da natalidade.
• Sob circunstancias normais, poucas alterações são observadas nos sinais vitais após o parto.
• As mudanças fisiológicas pós-parto permitem que a mulher tolere uma considerável perda de 
sangue no parto.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO
18
META DO CUIDADO DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO:
Auxiliar as mulheres e seus companheiros durante a transição inicial para a
maternidade/paternidade, enfocando a recuperação fisiológica da mulher, bem estar psicológico e
sua capacidade para cuidar de si e do bebê.
Modelo do auto-cuidado, orientado para a saúde, normalidade.
Papel da enfermeira no puerpério imediato :
Monitorizar a recuperação da mãe e do bebê, identificar e controlar, imediatamente, qualquer 
desvio dos processos normais.
Ex.: atonia uterina, queda de PA, com aumento do sangramento vaginal, vômito com aspiração.
Momento de iniciar a amamentação: bebê em estado de alerta e pronto para mamar. Amamentar 
promove a contração uterina, prevenindo hemorragia.
Colostro age como laxante, promovendo rápida eliminação de mecônio, reduz hipoglicemia, 
hiperbilirrubinemia fisiológica, benefícios imunológicos importantes.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO
19
Avaliação da puérpera:
Condições que podem dispor a mulher à hemorragia:
- Rn grande,
- parto induzido, com evolução muito rápida,
- multiparidade,
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO
A HEMORRAGIA É A COMPLICAÇÃO POTENCIAL MAIS PERIGOSA PARA A 
PUÉRPERA
Puérpera em alojamento conjunto:
Mulher é estimulada a iniciar o processo de amamentação e
estabelecimento do vínculo afetivo mãe-filho na primeira
hora após o parto, devendo permanecer com o Rn durante
toda a internação
20
Avaliação da puérpera/ Exame físico:
Busca a constatação do aspecto geral, da manutenção do globo de segurança de Pinard,
quantidade e aspecto do sangramento, condições do períneo (íntegro, episiorrafia ou laceração),
incisão cirúrgica.
Sinais vitais: verificar no horário programado na primeira hora; não superior a 6h no primeiro dia.
Recomenda-se a deambulação precoce, em parto normal, imediatamente após chegar ao AC, se
estiver disposta; cesárea, após 6 horas.
Mamas: avaliar o processo de lactação, presença de colostro, apojadura. Aspecto, volume, 
temperatura, consistência, tipo de secreção, mamilo, integridade.
Abdome: palpação - consistência da parede abdominal, sensibilidade dolorosa, involução 
uterina;
Períneo: lóquios, edema, hematoma, varizes, lesões.
MMII: detectar presença de varizes, edema.
Avaliação psico-social
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO
Assistência de enfermagem à puérpera de 
volta à comunidade
21
22
Visita domiciliar à puérpera
• uma visita na primeira semana após a alta da maternidade. Quem faz a visita?
• incentivar o retorno do binômio ao serviço de saúde.
Objetivos da visita domiciliar à puérpera
• Avaliar o estado de saúde da mulher e do recém-nascido.
• Orientar e apoiar a família na amamentação.
• Orientar os cuidados básicos como o recém-nascido.
• Avaliar a interação da mãe com o recém-nascido.
• Identificar situações de risco ou intercorrências e conduzi-las.
• Orientar o planejamento familiar.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO
23
Retorno da puérpera ao serviço de saúde
• Acolhimento da mulher e do recém-nascido.
• Atenção à puérpera.
Consulta de enfermagem à puérpera
• Verificar o cartão da gestante e o resumo de alta hospitalar.
• Anamnese:
– Condições da gestação.
– Condições do atendimento ao parto e ao recém-nascido.
– Uso de medicamentos.
– Realização de testagem para sífilis ou HIV.
– Uso de medicamentos.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO
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FUNDAMENTAL na primeira consulta pós-parto
• Aleitamento – frequência, dificuldades, satisfação do rn, condições das mamas
• Alimentação, sono, atividades diárias
• Dor, fluxo vaginal, sangramento, queixas urinárias, febre
• Planejamento familiar
• Condições psicoemocionais – estado de humor, preocupações, fadiga
• Condições sociais – pessoas de apoio, enxoval do bebê, condições para atendimento das
necessidades básicas
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO
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Avaliação clínico ginecológica e condutas
• Verificar sinais vitais
• Avaliar estado psíquico da mulher
• Observar o estado geral: pele, mucosas, edema, cicatriz do parto, membros inferiores
• Examinar as mamas: ingurgitamento mamário, sinais inflamatórios, infecciosos
• Examinar abdome: condição do útero, dor à palpação
• Examinar períneo e genitais externos: sinais de infecção, presença e característica dos
loquios.
• Retirar pontos de cesárea quando necessário e orientar cuidados locais
• Acompanhar uma mamada
• ATENÇÃO: alteração emocional, hipertensão, febre, dor em baixo ventre ou mamas,
secreção vaginal odor fétido, sangramento.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO
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Consulta puerperal entre 42 e 60 dias pós-parto
• Avaliação das condições de saúde do binômio
• Avaliar vínculo mãe-filho
• Registro das alterações relatadas e apresentadas
• Investigação da amamentação
• Retorno da menstruação e atividade sexual
• Uso de método contraceptivos durante a amamentação
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