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* * Ciência dos Materiais Profª: Pricyla Corrêa FACULDADE MERIDIONAL / IMED ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL * * Difusão Materiais de todos os tipos são submetidos com frequência a tratamentos térmicos para aprimorarem as suas propriedades. Os fenômenos que ocorrem durante o tratamento térmico quase sempre envolvem a difusão atômica. * * Difusão Muitas das reações e processos que são importantes no tratamento de materiais dependem da transferência de massa. Isso é realizado obrigatoriamente através da difusão, que é o fenômeno de transporte de material através do movimento dos átomos. A temperatura utilizada na difusão é elevada porém inferior a temperatura de fusão de ambos os materiais. * * * * Mecanismos da Difusão De uma perspectiva atômica, a difusão é tão somente a migração em etapas dos átomos de um sítio para outro sítio do retículo cristalino Para um átomo fazer esse tipo de movimento, duas condições devem ser atendidas: Deve existir um sítio adjacente vazio; O átomo deve possuir energia suficiente para quebrar as ligações atômicas que os une aos seus átomos vizinhos e então causar alguma distorção na rede cristalina durante o deslocamento. * * Difusão por Lacuna Difusão Intersticial * * Propriedades Mecânicas Muitos materiais quando em serviço, estão sujeitos a forças ou cargas. O comportamento mecânico de um material reflete a relação entre a sua resposta ou deformação a uma carga ou força que esteja sendo aplicada. Algumas propriedades mecânicas importantes são a resistência, a dureza, a ductilidade e a rigidez. * * Propriedades Mecânicas As propriedades mecânicas dos materiais são verificadas pela execução de experimentos de laboratório cuidadosamente programados, que reproduzem o mais fielmente possível as condições de serviço. Dentre os fatores a serem considerado incluem-se a natureza da carga aplicada e a duração da sua aplicação, bem como as condições ambientais. A carga pode ser de tração, compressiva, ou de cisalhamento, e a sua magnitude pode ser constante ao longo do tempo ou então flutuar continuamente. A temperatura de operação pode ser também um fator importante. * * Propriedades Mecânicas O uso de técnicas de ensaio padronizadas torna-se imperativo para que exista alguma consistência na maneira segundo a qual os ensaios são conduzidos e na interpretação de seus resultados. Nos EUA, a organização mais ativa é a Sociedade Americana para Ensaios e Materiais (ASTM – American Society for Testing and Materials) O papel dos engenheiros estruturais é o de determinar as tensões e as distribuições de tensão dentro dos membros que estão sujeitos a cargas bem definidas . * * Conceitos de tensão e deformação Se uma carga é estática ou se ela se altera de uma maneira relativamente lenta ao longo do tempo e é aplicada uniformemente sobre uma seção reta ou superfície de um membro, o comportamento mecânico pode ser verificado mediante um ensaio de tensão-deformação. Existem três maneiras principais segundo as quais uma carga pode ser aplicada: tração, compressão e cisalhamento. Na prática da engenharia, muitas cargas são de natureza torcional, e não de natureza puramente cisalhante. * * Tração. Compressão. Cisalhamento. Torção. * * Conceitos de tensão e deformação Ensaio de Tração Um dos ensaios mecânicos de tensão-deformação mais comuns é executado sob tração. Uma amostra é deformada, geralmente até a sua fratura, mediante uma carga de tração gradativamente crescente que é aplicada uniaxialmente ao longo do eixo mais comprido de um corpo de prova. * * A máquina de ensaios de tração é projetada para alongar o corpo de prova a uma taxa constante, além de medir contínua e simultaneamente a carga instantânea aplicada (com uma célula de carga) e os alongamentos resultantes (usando um extensômetro). Demora alguns minutos e é um ensaio destrutivo. O resultado é mostrado em um gráfico na forma de carga ou força em função do alongamento. * * * * * * Conceitos de tensão e deformação Ensaio de Tração σ = tensão de engenharia (MPa no SI ou psi); F = carga instantânea aplicada em uma direção perpendicular à seção reta da amostra (N no SI ou lbf); A0 = área da seção reta original da amostra (m² no SI ou pol²); ϵ = deformação de engenharia (x100 para expressar em %); l0 = comprimento original (m no SI ou pol); li = comprimento instantâneo (m no SI ou pol); ∆l = variação do comprimento a um dado instante (m no SI ou pol). * * Conceitos de tensão e deformação Ensaio de Compressão Um ensaio de compressão é conduzido de uma maneira semelhante à de um ensaio de tração, exceto pelo fato de que a força é compressiva e o corpo de prova se contrai ao longo ao longo da direção da tensão. As mesmas equações usadas no ensaio de tração são empregadas no ensaio de compressão para calcular a tensão e a deformação. Por convenção, uma força compressiva é considerada como sendo negativa, o que produz uma tensão também negativa. Como l0 é maior do que li, as deformações compressivas calculadas são também negativas. * * Conceitos de tensão e deformação Ensaio de Cisalhamento e de Torção Para um ensaio puramente cisalhante, a tensão cisalhante é calculada de acordo com a equação: t = tensão cisalhante; F = carga ou força imposta paralelamente às faces superior e inferior; A0 = áreas das faces superior e inferior. A deformação de cisalhamento g é definida como sendo a tangente do ângulo de deformação q. * * Conceitos de tensão e deformação Ensaio de Cisalhamento e de Torção A torção é uma variação do cisalhamento puro, onde um membro estrutural é torcido. As forças torcionais produzem um movimento de rotação em torno do eixo longitudinal de uma das extremidades do membro em relação à outra extremidade. * * Deformação Elástica Comportamento Tensão-Deformação O grau ao qual uma estrutura se deforma ou se esforça depende da magnitude da tensão imposta. Para a maioria dos metais que são submetido à uma tensão de tração em níveis relativamente baixos, a tensão e a deformação são proporcionais entre si, de acordo com a relação: Lei de Hooke E = módulo de elasticidade ou módulo de Young (Gpa ou psi). * * * * Deformação Elástica Comportamento Tensão-Deformação O processo de deformação no qual a tensão e a deformação são proporcionais é chamado de deformação elástica. Um gráfico de tensão (ordenada) e deformação (abscissa) resulta em uma relação linear. A inclinação (coeficiente angular) deste segmento linear corresponde ao módulo de elasticidade E. * * Deformação Elástica Comportamento Tensão-Deformação O módulo de elasticidade E pode ser considerado como sendo uma rigidez, ou uma resistência do material à deformação elástica. Quanto maior for esse módulo, mais rígido será o material ou menor será a deformação elástica que resultará da aplicação de uma dada tensão. O módulo de elasticidade é um importante parâmetro de projeto usado para calcular flexões elásticas. A deformação elástica não é permanente, o que significa que quando a carga aplicada é liberada, a peça retorna à sua forma original. * * Existem alguns materiais (ferro fundido, concreto e muitos polímeros) para os quais essa porção elástica inicial da curva tensão-deformação não é linear; assim não é possível determinar um módulo de elasticidade conforme visto anteriormente. Para esse comportamento não-linear, utiliza-se normalmente um módulo tangencial ou um módulo secante. * * * * * * Deformação Elástica Comportamento Tensão-Deformação Em uma escala atômica, a deformação elástica macroscópica é manifestada como pequenas alterações no espaçamento interatômico e na ligação de extensões interatômicas. A magnitude de E representa uma medida da resistência à separação de átomos adjacentes, isto é, às forças de ligação interatômicas. Os valores de E para materiais cerâmicos são caracteristicamente maiores do que para os metais; para os polímeros, são menores. Essas diferenças são uma consequência direta dos diferentes tipos de ligação atômica nesses três tipos de materiais. Com o aumento da temperatura, o valor de E tende a diminuir. * * Deformação Elástica Comportamento Tensão-Deformação Com o aumento da temperatura, o valor de E tende a diminuir. * * Deformação Elástica Comportamento Tensão-Deformação A imposição de tensões compressivas, de cisalhamento ou torcionais também induz um comportamento elástico. As características de tensão-deformação a baixos níveis de tensão, são virtualmente as mesmas, tanto para uma situação de tração como para uma situação de compressão, incluindo a magnitude do módulo de elasticidade. A tensão e a deformação de cisalhamento são proporcionais uma à outra através da equação: Onde G representa o módulo de Cisalhamento (ou módulo transversal). * * Deformação Elástica Comportamento Tensão-Deformação Exemplo: Um pedaço de cobre originalmente com 305 mm (12 pol) de comprimento é puxado em tração com uma tensão de 276 Mpa (40 000 psi). Se a sua deformação é inteiramente elástica, qual será o alongamento resultante? * * Propriedades Elásticas dos Materiais Quando uma tensão de tração é imposta sobre um corpo de prova de um metal, um alongamento elástico e sua deformação correspondente ϵz resultam na direção da tensão aplicada. Como resultado desse alongamento, existirão constrições nas direções laterais (x e y), perpendiculares á tensão aplicada. A partir dessas contrações, as deformações compressivas ϵx e ϵy podem ser determinadas. * * Propriedades Elásticas dos Materiais Um parâmetro conhecido por coeficiente de Poisson n, é definido como sendo a razão entre as deformações lateral e axial: Para materiais isotrópicos, os módulos de cisalhamento e de elasticidade estão relacionados entre si e com o coeficiente de Poisson de acordo com a expressão: * * Exemplo: Uma tensão de tração deve ser aplicada ao longo do eixo referente ao comprimento de um bastão cilíndrico de latão, que possui um diâmetro de 10 mm (0,4 pol). Determine a magnitude da carga exigida para produzir uma alteração de 2,5 x 10-3 mm (10-4 pol) no diâmetro. A deformação é puramente elástica. Propriedades Elásticas dos Materiais * * Propriedades Elásticas dos Materiais * * Deformação Plástica Para a maioria dos materiais metálicos, o regime elástico persiste apenas até deformações de aproximadamente 0,005. À medida que o material é deformado além deste ponto, a tensão não é mais proporcional à deformação, ocorrendo então uma deformação permanente e não recuperável, ou deformação plástica. P = limite de proporcionalidade; σe = limite de escoamento. * * * * Deformação Plástica A partir de uma perspectiva atômica, a deformação plástica corresponde à quebra de ligações com os átomos vizinhos originais e em seguida formação de novas ligações com novos átomos vizinhos. Com a remoção da tensão, eles não retornam às sua posições originais. No caso de sólidos cristalinos, a deformação ocorre mediante um processo chamado de escorregamento, que envolve o movimento de discordâncias. * * Propriedades de Tração Escoamento e Limite de Escoamento A maioria das estruturas são projetadas para assegurar que apenas uma deformação elástica irá assegurar quando da aplicação de uma tensão. Torna-se então desejável conhecer o nível de tensão onde a deformação plástica tem início, ou onde ocorre o fenômeno do escoamento. Para metais que experimentam essa transição elastoplástica gradual, o ponto de escoamento pode ser determinado como sendo o ponto onde ocorre o afastamento inicial da linearidade na curva tensão-deformação; este é chamado de limite de proporcionalidade P. * * Propriedades de Tração Escoamento e Limite de Escoamento Em tais casos a posição deste ponto não é bem definida. Assim, estabeleceu-se uma convenção onde uma linha reta é construída paralelamente à porção elástica da curva tensão-deformação, a partir de uma pré-deformação específica de 0,002. A tensão que corresponde à interseção desta linha com a curva tensão-deformação, à medida que esta última se inclina à região plástica, é definida como sendo tensão limite de escoamento σe. A magnitude da tensão limite de escoamento para um metal representa uma medida da sua resistência à deformação plástica. * * Alguns aços e outros materiais exibem um comportamento tensão-deformação em tração semelhante à figura ao lado. A transição elastoplástica é muito bem definida, e ocorre de forma abrupta, o que é conhecido por fenômeno do pico de escoamento descontínuo. Na tensão limite de escoamento superior, a deformação plástica tem seu início, com uma diminuição real na tensão. Propriedades de Tração Escoamento e Limite de Escoamento * * Propriedades de Tração Limite de Resistência à Tração Após o escoamento, a tensão necessária para continuar a deformação plástica em metais aumenta até um valor máximo, o ponto M, e então diminui até a fratura do material, no ponto F. * * * * * * O limite de resistência à tração LRT (MPA ou psi) é a tensão no ponto máximo da curva tensão-deformação de engenharia. Este corresponde à tensão máxima que pode ser sustentada por uma estrutura que se encontra sob tração. Se essa tensão for aplicada e mantida o resultado será uma fratura. Toda deformação até esse ponto é uniforme ao longo da região estreita do corpo de prova que se encontra sob tração. Contudo, nessa tensão máxima, uma pequena constrição, ou pescoço, começa a se formar em algum ponto determinado, e toda a deformação subsequente fica confinada neste pescoço. Esse fenômeno é conhecido por “empescoçamento” e a fratura ocorre, enfim, nesse pescoço. Propriedades de Tração Limite de Resistência à Tração * * A resistência à fratura corresponde à tensão aplicada quando da ocorrência da fratura. Normalmente, quando a resistência de um metal é citada para fins de projeto, a tensão limite de escoamento é o parâmetro utilizado. Este é o caso, pois, no momento em que a tensão correspondente ao limite de resistência à tração chega a ser aplicada, com frequência uma estrutura já experimentou tanta deformação plástica que ela já se tornou inútil. Propriedades de Tração Limite de Resistência à Tração * * * * A partir do comportamento tensão-deformação em tração para amostra de latão da figura, determine o seguinte: Exemplo O Módulo de Elasticidade; A tensão limite de escoamento a um nível de pré-deformação de 0,002; A carga máxima que pode ser suportada por um corpo de prova cilíndrico com diâmetro original de 12,8 mm; A variação no comprimento de um corpo de prova originalmente com 250 mm que é submetido à uma tensão de tração de 345 Mpa. * * * * O Módulo de Elasticidade. O Módulo de Elasticidade é o coeficiente angular da porção elástica (ou linear) da curva tensão-deformação. b) A tensão limite de escoamento a um nível de pré-deformação de 0,002. A linha passando pela pré-deformação de 0,002 é construída conforme no detalhe; a sua interseção com a curva tensão deformação ocorre em aproximadamente 250 Mpa, que correspondo à tensão limite de escoamento do latão. Valor muito próximo dado para o latão na tabela, 97 Gpa. * * c) A carga máxima que pode ser suportada por um corpo de prova cilíndrico com diâmetro original de 12,8 mm; A carga máxima que pode ser suportada está relacionada ao limite de resistência à tração lido diretamente no gráfico (450 MPa). * * d) A variação no comprimento de um corpo de prova originalmente com 250 mm que é submetido à uma tensão de tração de 345 Mpa. Para calcular a variação no comprimento ∆l, torna-se necessário determinar a deformação que é produzida por uma tensão de 345 Mpa. Isso é realizado pela localização do ponto de tensão sobre a curva tensão-deformação, ponto A, seguido pela leitura da deformação correspondente sobre o eixo da deformação, que é de aproximadamente 0,06. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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