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Trabalho de Logística sobre Efeito Chicote Márcia Jaqueline da Cruz

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Aluna: Márcia Jaqueline da Cruz
Disciplina: Logística 
Professora: Caroline da Costa Duschitz
Relatório: Efeito Chicote: O que é e consequências nas atividades logísticas
Efeito Chicote: O Que É:
Efeito descoberto por Forrester, “...um pesquisador do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT)...”, qual, no artigo Industrial Dynamics, publicado em 1958, descreveu o mesmo, porém sem sua atual intitulação. Contudo, só recebeu importância, além do mundo acadêmico, no campo empresarial, em 2004, a partir de estudo dirigido por executivos da ‘Procter&Gambel’, em qual constataram “...que a demanda por fraldas descartáveis aumentava consideravelmente em determinados períodos do ano, ao passo que as vendas no varejo do produto sofriam pequenas oscilações.” (MACHADO 2017)
Também chamado de Jogo da Distribuição da Cerveja, Jogo da Cerveja, Efeito Forester, o Efeito Chicote é outra denominação para ampliação da demanda. É o acúmulo de estoques e atrasos ao longo das cadeias de suprimentos; o aumento na variação na cadeia de suprimentos; representado no gráfico com padrão oscilatório, semelhante à imagem de um Chicote:
Fonte: TURBAN&VOLONINO, (2013, p.303)
	Efeitos Chicotes são pequenas variações (aleatórias e insignificantes) amplificadas a montante na cadeia, provocando bruscas oscilações descontroladas na cadeia de suprimentos das matérias-primas; causadas por práticas de trabalho. Resultado da contínua ampliação das menores variações nas vendas a montante na cadeia, qual exerce um impacto devastador nos fornecedores a montante na cadeia. (TAYLOR, 2005, p. 38, 80, 271, 321 e 326) Fatores que contribuem com o aumento na variação na cadeia de suprimentos. (SIMCHI-LEVI et al., p. 201-202, 2010)
	É o “...resultado da discrepância entre a demanda real e a prevista, unida à intenção das empresas [em] alinharem sua oferta a essa demanda, sem deixar de atendê-la...”; assim, “...as empresas, por não possuírem a informação correta de seus clientes, buscam se proteger e garantir o estoque para uma possível variação nesta demanda.” (MACHADO, 2017)
	Efeito muito “...nocivo ao gerenciamento das cadeias de suprimentos...” percebido quando ocorre “...uma variação pequena na demanda do varejo...” que “...provoca sucessivas variações, cada vez maiores nos estoques a montante, ou seja, no atacadista, no distribuidor e por fim a variação mais alta na fábrica.” (MACHADO, 2017)
	Segundo Machado (2007), esta variação abrupta tem por principal consequência “...a concentração de materiais no topo da cadeira de suprimento, especialmente no fabricante e a falta do item no comércio varejista...”, o que provoca o custo elevado da armazenagem da cadeia e da sua falta no mercado. Devendo a sua existência à contribuição da comunicação deficiente.
	É uma dinâmica própria da cadeia de suprimentos, qual se caracteriza por “...mudanças relativamente pequenas na demanda final da cadeia...” que “...ampliam-se cada vez mais em grandes distúrbios conforme [...] se movem a montante.” (SLACK et al., p.258) Um fenômeno que ocorre devido à variabilidade da demanda de pedidos na cadeia de suprimentos (entre consumo e fabricação); oscilações que parecem com chicotes (em gráfico) e que intensificam-se dos varejistas até aos distribuidores, e dos distribuidores até os fabricantes. Um exemplo é o consumo com taxa constante, concomitantemente a uma variabilidade da demanda de pedidos na cadeia de suprimentos ampliados na fabricação; que “...ocorre quando as empresas reduzem ou aumentam significativamente seus estoques...”; chamado de Chicote pelos economistas devido a “...até mesmo pequenos aumentos na demanda...” poderem “...causar grande aumento na necessidade de peças e materiais mais abaixo na cadeia de suprimentos...”; seu efeito atinge a todos – do “...varejista até as empresas de suprimentos industriais...” etc. (TURBAN e VALONINO, 2013, p.303) Resultado da falta de colaboração B2B na cadeia de suprimentos; muitos problemas da cadeia de suprimentos são resolvidos “...por meio do compartilhamento de informações...” (“...frequentemente chamado de cadeia de suprimentos colaborativa...”) ao longo da mesma. TURBAN e VALONINO, 2013, p.303) É o efeito que ocorre sempre que há uma cadeia de distribuição com muitos níveis.
Consequências do Efeito Chicote: 
	Com relação às consequências do Efeito Chicote nas atividades logísticas, estão “...as dinâmicas entre as empresas da cadeia de suprimentos que causam erros, falta de exatidão e volatilidade...” o que “...aumenta as operações futuras a montante na cadeia de suprimentos.” É “...um pequeno distúrbio em um extremo da cadeia...” que “...causa distúrbios cada vez maiores ao se aproximar do extremo oposto.” (SLACK, et al., p. 258 e 259)
	Sendo reflexo de “...desvios de previsões [...] significativas o bastante para causar um descompasso entre o que a empresa planejou para a produção e o que realmente é necessário para atender aos pedidos alterados.” Esses desvios, “...em relação aos pedidos previstos causam uma oscilação ao longo da cadeia de suprimentos...”, o Efeito Chicote. Com isso, os “...pedidos de venda alterados aumentam os desvios na medida em que a informação sobre pela cadeia de suprimentos.” E, como resultado disso (oscilações de Efeito Chicote), “...as empresas por toda a cadeia de suprimentos são sobrecarregadas com...” (TURBAN&VOLONINO, 2013, p.304):
-Excesso de estoque;
-Custos de aquisição extrapolados;
-Custos de transporte; e,
-Problemas de qualidade.
	Situação essa, em que “...as empresas do topo têm a opção de aceitar o prejuízo dos pedidos alterados ou repercutir os custos, reduzindo outros atributos do produto. (TURBAN&VOLONINO, 2013, p.304) 
2.1) Ao Longo de Cadeia de Suprimentos (SLACK et al., 2013, p. 260):
-Reação de cada operação na cadeia somente aos pedidos colocados pelo seu cliente imediato – devido pouca visão das cadeias ao que ocorre ao longo da cadeia de suprimentos;
-Flutuações sérias a ocorrer;
-Não monitoramento da verdadeira demanda – ficando sujeito a distorções;
-Não transmissão das informações relacionadas aos problemas de suprimentos ou faltas;
-Impossibilidade de informar demanda atual a jusante na cadeia de suprimentos para operações de montante;
-Inconsolidação dos dados das vendas dos caixas pela não transmissão aos armazéns, empresas de transporte, e para operações do fornecedor na cadeia de suprimentos;
-Impossibilidade de aviso aos fornecedores sobre a verdadeira movimentação no mercado.
2.2) Nos Canais de Informação e Suprimentos (SLACK et al., 2013, p. 260-261):
-Não alinhamento de canais, que significa o não ajuste:
	-da programação;
	-da movimentação de materiais;
	-dos níveis de estoque;
	-da colocação de preços;
	-de outras estratégias de vendas;
	-de todas as operações na cadeia (umas com as outras)
-Desarmonia ao longo da cadeia de sistemas e métodos de planejamento e controle das tomadas de decisão;
-Flutuações nos pedidos entre as operações na cadeia;
-Impossibilidade de gerenciamento dos estoques dos clientes pelo montante ao jusante (impossibilidade de aplicação do VMI – Vendor-Manager Inventory)
2.3) Ineficiência Operacional pela Cadeia (SLACK, et al., 2013, p. 261):
-Nos esforços que cada operação faz na cadeia para redução de sua própria complexidade;
-Dos custos de negociação com outras operações na cadeia;
-Do tempo de processamento de cada operação;
-Do efeito cumulativo:
	-Complexidade do processamento em toda a cadeia;
	-Operações com nível de desempenho relativamente baixo:
		-Defeitos de qualidade;
		-Lead times dos pedidos de produtos e serviços longo;
		-Entrega não confiável.
	-Sequência contínua de erros e de esforços gastos no replanejamento (para atenuar erros)
	-Baixa qualidade com:
			-Colocação de pedidos extras e/ou não planejados com:
				-Entregas não confiáveis;
				-Prazos de entrega longos.
	-Maior parte do tempo dos gerentes das operações gasto com a lida para solução de ineficiência;
	-Baixos níveis de desempenho nas operações de uma cadeia de suprimentos(o que maximiza as flutuações da cadeia de fornecimento):
			-Imprevisível;
		-Com processamento lento.
2.4) Na Piora das Previsões (SLACK, et al., 2013, p. 261)::
	-Inexatidão nas previsões:
-Piora da inexatidão das previsões eleva diretamente as necessidades de participação no estoque que atingirão as metas do nível do serviço ao cliente.
	-Ocorrência do efeito estoque por 
		-Um padrão de demanda;
		-Lead times:
		-Aumento do lead times acarreta a imprevisão de futuro mais próximo – o que significa grande impacto nos custos de estoque.
		-Mecanismos de previsão;
		-Decisões de reposição usadas para realização de pedidos de produtos das instalações de produção ou fornecedores.
	-Demandas negativamente correlacionadas, que requerem menos estoque na cadeia de suprimentos;
	-Inevitabilidade do Efeito Chicote:
	-Com falta de política de reposição sofisticada, projetada usando princípios de engenharia de controle.
	-Situação Perde-Perde;
	-Aumento das necessidades de estoque;
	-Piora do serviço aos cliente.
	
Referenciais:
SIMCHI-LEVI, D. KAMINSKY, P. SIMCHI-LEVI E. Cadeia de suprimentos, projeto e gestão: conceitos, estratégias e estudos de caso. 3. ed. atual. e rev. Porto Alegre: Bookman, 2010. E-Book. ISBN 978-0—07-298239-8. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?id=haBqqsKjzTkC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false >. Acesso em: 24.06.2018.
MACHADO, O. A. Gerenciamento da cadeia de suprimentos reparáveis: um enfoque prático. 1. ed. Timburu: Cia da Base, 2017. E-Book. ISBN 978-8—55-585094-3. Disponível em: < https://books.google.com.br/books?id=vd49DwAAQBAJ&pg=PT15&dq=efeito+chicote&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiX3faxuOvbAhWHCpAKHXGDBGIQ6AEILzAB#v=onepage&q=efeito%20chicote&f=false>. Acesso em: 24.06.2018.
SLACK, N. CHAMBERS, S. JOHNSTON, R. BETTS, A. Gerenciamento de operações e de processos: princípios e práticas de impacto estratégico. 2. ed. atual. e rev. Porto Alegre: Bookman, 2013. E-Book. ISBN 0-273-71851-7/978-0—273-71851-2. Disponível em: < https://books.google.com.br/books?id=wLo3AgAAQBAJ&pg=PA261&dq=efeito+chicote&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiX3faxuOvbAhWHCpAKHXGDBGIQ6AEINDAC#v=onepage&q=efeito%20chicote&f=false>. Acesso em: 24.06.2018.
TURBAN, E. VOLONINO, L. Tecnologia da informação para gestão: em busca de melhor desempenho estratégico e operacional. 8. ed. atual. e rev. Porto Alegre: Bookman, 2013. E-Book. ISBN 047091680X/978-0—47-091680-3. Disponível em: < https://books.google.com.br/books?id=S7g3AgAAQBAJ&pg=PA303&dq=efeito+chicote&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiX3faxuOvbAhWHCpAKHXGDBGIQ6AEIPDAD#v=onepage&q=efeito%20chicote&f=false>. Acesso em: 24.06.2018.