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03 aula 03 teoria vantagens comparativas (cont)

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COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS
PROF. MARTA LEMME
1º SEMESTRE 2014
1
� Método indireto de produção
Queijo Vinho
Local 1 h / kg 2 hs /l
Resto do Mundo 6 hs / kg 3 hs / l
2
Marta Lemme /IE-UFRJ
� Se PQ/PL = 1
Local => produz 1 Kg de queijo (1 h) e troca por 1 l de vinho 
(se fosse produzir, gastaria 2 hs)
RM => produz 1 l de vinho (3 hs) e troca por 1 kg de queijo 
(se fosse produzir, gastaria o dobro do tempo)
Krugman & Obstfeld (Cap. 2)
� Ampliação das possibilidades de consumo
T F *
Quantidade
de vinho, QV
Quantidade
de vinho, Q*V
80
80
3
Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
F
P
T *P *
(a) Local (b) Estrangeiro
Quantidade
de queijo, Q*Q
Quantidade
de queijo, Q*Q
L = 120 horas
120
60
L* = 240 horas
40 120
Marta Lemme /IE-UFRJ
� Como há diferenças tecnológicas entre os dois
países, o comércio em bens não torna os salários
iguais entre eles.
4
�Um país com vantagem absoluta nos dois produtos
obterá um salário mais alto após o comércio.
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
� Com especialização, 
w = 1kg queijo e w* = 1/3 l de vinho
Queijo Vinho
Local 1 h / kg 2 hs /l
Resto do Mundo 6 hs / kg 3 hs / l
5
Sendo PQ/PL = 1 
1 kg Queijo = $ 12 = 1 l vinho
w = $ 12 / hora ; w* = $ 4 /hora 
w /w* = 3
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
Salário relativo se situa entre as razões das 
produtividades dos dois países :
- Local: 6 x melhor no queijo e 1,5 x melhor vinho
Vantagem de custo no queijo – maior produtividade 
6
Vantagem de custo no queijo – maior produtividade 
compensa maior salário
- RM: 
Vantagem de custo no vinho – menor salário compensa 
menor produtividade
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
• Produtividade e competitividade
– Mito 1: O livre comércio é benéfico somente se um país é 
suficientemente forte para resistir à concorrência estrangeira.
• Esse argumento não reconhece que o comércio se baseia em 
vantagens comparativas, não absolutas.
7
• O argumento do trabalho miserável
– Mito 2: A concorrência estrangeira é injusta e prejudica outros 
países quando se baseia em salários baixos.
• O que importa ao Local é que é mais barato em termos de seu 
próprio trabalho produzir queijo e comercializá-lo por vinho.
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
• Exploração
– Mito 3: O comércio prejudica os trabalhadores em países 
com salários mais baixos.
• Na ausência de comércio, esses trabalhadores estariam 
em situação ainda pior. 
8
em situação ainda pior. 
• Negar a oportunidade de exportar é condenar os 
pobres a continuarem pobres.
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
• NICs – elevadas taxas de crescimento nos anos 60 / 70
- 1975: Produto/trabalhador – Coreia (20% dos EUA)
- Com crescimento (e aumento produtividade) =>
aumento salarial
- Se crescimento da produtividade > aumento salarial 
(custos do trabalho cairiam, comparados com EUA)
9
(custos do trabalho cairiam, comparados com EUA)
=> Aumentos de produtividade se refletem em aumentos salariais
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
• Estabelecimento do modelo
– Os dois países consomem e podem produzir um grande número, N, de 
bens diferentes.
– aL1 / a*L1 < aL2 / a*L2 < aL3 / a*L3 < ... < aLn / a*Ln
10
• Salários relativos e especialização
– O padrão do comércio depende da taxa de salários do Local em 
relação ao Estrangeiro (Resto do Mundo).
– Os bens sempre serão produzidos onde isso for mais barato.
• Por exemplo, será mais barato produzir bens no Local se
waLi < w
*a*Li ou, rearranjando-se, se a
*
Li/aLi > w/w
*.
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
Tabela 2-4: Necessidades unitárias de trabalho do Local e do Estrangeiro
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• Local terá vantagem de custo para qualquer bem que sua
produtividade relativa seja maior que seu salário relativo.
• Estrangeiro terá vantagem na produção dos demais
• Se, por exemplo, w/w* = 3, o Local produzirá maçãs, bananas e caviar, 
enquanto o Estrangeiro produzirá apenas tâmaras e enchiladas (tortilhas 
mexicanas).
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
GANHOS COM COMÉRCIO
• Se, por exemplo, w/w* = 3, o Local produzirá maçãs, bananas e caviar, 
enquanto o Estrangeiro produzirá apenas tâmaras e enchiladas (tortilhas 
mexicanas).
12
mexicanas).
• Uma unidade de tâmaras requer 12 hs de trabalho Estrangeiro, mas seu 
custo (em termos de trabalho local) é de apenas 4 homens-hora
=> CUSTO MENOR DO QUE PRODUZIR NO LOCAL (6 horas)
• Uma unidade de maçãs requer 10 hs de trabalho Estrangeiro, mas se 
importar – com apenas 3 hs de trabalho – pode adquirir uma maçã. 
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
COMO DETERMINAR O SALÁRIO RELATIVO?
– Para determinar os salários relativos em uma economia 
multibens, devemos olhar por trás da demanda relativa 
por bens (i.e., a demanda derivada relativa).
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– A demanda relativa pelo trabalho do Local é inversamente 
proporcional à taxa de salário do Local em relação ao 
Estrangeiro.
– Quanto maior w / w* 
=> Bens locais se tornam relativamente mais caros 
(queda da demanda mundial por esses bens)
=> Redução do número de bens produzidos no local
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
Se w/w* = 3,5 Local
(w.aLi)
Estrangeiro
(w*.a*Li)
Local de Produção
Maçã 3,5 10 LOCAL
Banana 17,5 40 LOCAL
Caviar 10,5 12 LOCAL
Tâmara 21,0 12 ESTRANGEIRO
Enchilada 42 9 ESTRANGEIRO
EMBORA NÃO 
ALTERE O PADRÃO 
DE 
ESPECIALIZAÇÃO, 
AUMENTO 
SALARIAL =>
14
Enchilada 42 9 ESTRANGEIRO
Se w/w* = 3,99 Local
(w.aLi)
Estrangeiro
(w*.a*Li)
Local de Produção
Maçã 3,99 10 LOCAL
Banana 19,95 40 LOCAL
Caviar 11,97 12 LOCAL
Tâmara 23,94 12 ESTRANGEIRO
Enchilada 47,88 9 ESTRANGEIRO
REDUÇÃO DA 
DEMANDA 
RELATIVA 
MUNDIAL E, POR 
ISSO, DEMANDA 
TRABALHO LOCAL 
DIMINUIRIA
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
Se w/w* = 4,01 Local
(w.aLi)
Estrangeiro
(w*.a*Li)
Local de Produção
Maçã 4,01 10 LOCAL
Banana 20,04 40 LOCAL
Caviar 12,03 12 ESTRANGEIRO
15
Tâmara 24,06 12 ESTRANGEIRO
Enchilada 48,12 9 ESTRANGEIRO
SE O SALÁRIO DO PAÍS LOCAL CONTINUAR A AUMENTAR 
EM RELAÇÃO AO ESTRANGEIRO, MUDA O PADRÃO DE 
ESPECIALIZAÇÃO!!
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
10
Maçãs
8 Bananas
OR
Salário relativo, w / w *
Figura 2-5: Determinação dos salários relativos
16
3
8
4 Caviar
2
Tâmaras
0,75
Enchiladas
DR
Quantidade relativa 
de trabalho, L / L*
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
• Há três motivos principais pelos quais a especialização na 
economia internacional do mundo real não chega a extremos:
– A existência de mais de um fator de produção.
– Os países algumas vezes protegem suas indústrias da 
concorrência estrangeira.
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concorrência estrangeira.
– É caro transportar bens e serviços.
• A inclusão de custos de transporte faz com que alguns 
produtos se tornem bens não comercializáveis.
• Em alguns casos, o transporte é praticamente impossível.
– Exemplo: Serviços como corte de cabelo e conserto de 
automóveis não podem ser comercializados internacionalmente.
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
• Exemplo anterior, se w/w* = 3, Local exportará maçã, banana e 
caviar (NA AUSÊNCIA DE CUSTOS DE TRANSPORTE).
• Porém, se custo de transporte = 100%
Local Estrangeiro Quem 
Com custo 
de 
Quem 
18
Local
(w.aLi)
Estrangeiro
(w.aLi)
Quem 
Produz?
de 
Transporte
Quem 
Produz?
Maçã 3 10 Local 6 Local
Banana 15 40 Local 30 Local
Caviar 9 12 Local 18 Loc / Est
Tâmaras 18 12 Estrangeiro 24 Loc
/ Est
Enchilada 36 9 Estrangeiro 18 Estrangeiro
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
• Modelo é adequado ao mundo real? Faz projeções precisas 
sobre os fluxos reais do comércio internacional?
SIM, FORTEMENTE QUALIFICADO
• Especialização extrema não se observa: bens não comercializáveis
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• Especialização extrema não se observa: bens não comercializáveis
• Ganhos generalizados. Porém, comércio internacional => efeitos 
distributivos => PROTEÇÃO
• Não considera diferenças de recursos entre países como uma 
causa do comércio
• Ignora papel das economias de escala (não adequado para explicar 
comércio entre países semelhantes em termos de produtividade) 
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
• PORÉM, diversos estudos confirmaram prognóstico de que os 
países tenderiam a exportar bens cuja produtividade é 
relativamente alta.
Figura 2-6: Produtividade e exportações (Estudo de Balassa, 1963 – dados de 1951)
20
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
• Evidências empíricas em estudos mais recentes são menos 
contundentes (países não produzem bens nos quais detêm 
desvantagens comparativas – não há como calcular 
produtividade), porém, algumas evidências:
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a) comércio automóveis e autopeças: Japão (vantagens 
absolutas)
b) têxteis (vantagens relativas dos PEDs)
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)
• DIFERENÇAS DE PRODUTIVIDADE desempenham um papel 
importante no comércio internacional;
• VANTAGENS COMPARATIVAS, em vez de absolutas, é que 
importam
22
importam
Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 3)

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