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resumo 1807695 paulo igor 12301200 direito penal novo parte geral aula 18 eficacia da sentenca estrangeira

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Eficácia da Sentença Estrangeira
DIREITO PENAL
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA
Pegadinha da banca
Quando em provas de concursos houver a menção à “aplicação da Lei Penal” 
sem especificações, essa aplicação pode se referir à aplicação da Lei Penal no 
tempo, no espaço, em relação às pessoas ou em relação às disposições finais.
1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL
1.1. Disposições Finais
1.1.1. Eficácia da Sentença Estrangeira (Art. 9 do Código Penal):
Em regra, em respeito ao princípio da soberania, a sentença estrangeira não 
pode ser executada no Brasil, ou seja, a sentença estrangeira não produz efei-
tos jurídicos no território soberano brasileiro. Geralmente no Brasil só se executa 
sentenças nacionais proferidas por juízes brasileiros. 
Entretanto, em casos específicos, havendo sua homologação pela justiça bra-
sileira, as sentenças estrangeiras podem ser executadas para produzir alguns 
efeitos específicos no Brasil. 
Os casos específicos em que podem ocorrer esses efeitos produzidos com a 
homologação são:
• Para obrigar à reparação do dano, restituições e outros efeitos civis;
• Para sujeitar o agente ao cumprimento de medida de segurança;
Atenção!
Sempre quando um crime é praticado se é gerado efeitos civis. 
A medida de segurança é o tratamento aplicado àqueles indivíduos inimputáveis 
que cometem um delito penal; àqueles que praticam crimes e que, por serem 
portadores de doenças mentais, não podem ser considerados responsáveis 
pelos seus atos e, portanto, devem ser tratados e não punidos. 
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Eficácia da Sentença Estrangeira
DIREITO PENAL
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Para que esses efeitos sejam produzidos há alguns requisitos genéricos para 
homologação. Esses são:
• Prova do trânsito em julgado (Súmula 420 do STF). A sentença proferida no 
estrangeiro não deve ser alterada; uma sentença imutável;
• Constatando que essa sentença estrangeira é imutável, ela deve ser levada 
para o STJ para que o mesmo realize a homologação (art. 105, I, “i”, da 
CF/88);
Atenção!
Sentenças estrangeiras são contabilizadas para fins de reincidência. Se um 
indivíduo que praticou um crime em território estrangeiro, por exemplo, e foi 
julgado pelas autoridades desse território, volte a praticar um crime no Brasil, 
ele será considerado reincidente. 
Não é exigida homologação da sentença estrangeira para os fins de reincidência! 
Para que esses efeitos sejam produzidos há também alguns requisitos espe-
cíficos para homologação. Esses são:
• Existência do pedido de homologação da parte interessada (para que obri-
gue à reparação do dano, restituição ou outro efeito civil);
• Existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária 
emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da 
Justiça (para sujeição à medida de segurança); 
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1.1.2. Contagem do Prazo:
O prazo penal é improrrogável e diferentemente do que ocorre no prazo pro-
cessual penal, o dia do começo deve ser incluído em sua contagem e do dia do 
fim deve ser excluído. 
Atenção!
Apesar de ser improrrogável, o prazo penal pode ser suspenso ou interrompido, 
como ocorre com a prescrição (Arts. 116 e 117 do CP). 
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.
Exemplo: Se um indivíduo recebeu uma pena de 5 dias e a contagem deverá 
começar no dia 10. Logo, essa pena irá se encerrar no dia 14, uma vez que 
serão contabilizados os dias 10, 11, 12, 13 e 14 para assim totalizar 5 dias.
Em relação aos meses, conta-se até a véspera do dia de início do mês final 
do prazo. 
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Exemplo: Se um indivíduo recebeu uma pena de 3 meses e a contagem 
deverá começar no dia 10 de junho. Logo, essa pena irá se encerrar no dia 9 de 
setembro, pois será contabilizada uma parte do mês se junho, os meses de julho 
e agosto e uma parte do mês de setembro.
Em relação aos anos, conta-se até o mesmo mês do ano do fim do prazo.
 Exemplo: Se um indivíduo recebeu uma pena de 2 anos e a contagem 
deverá começar em abril de 2010. Logo, essa pena irá se encerrar no mês de 
abril de 2012.
QUESTÃO
1. O condenado começa a cumprir a pena às 23h59min do dia 12 de agosto de 
2002. Quando se encerra a pena?
a. se a pena for de: 7 anos, 4 meses e 3 dias.
Primeiro se determina o dia do início da pena que o foi dia 12. Depois deve-se 
determinar o ano, depois o mês e depois o dia do final do cumprimento da pena. 
Já que o ano de início foi 2002, o ano final será 2009 depois do cumprimento 
de uma pena de 7 anos. 
Com o início da pena no mês de agosto, contabilizando 4 meses, o mês final 
será dezembro.
Com o início da pena no dia 12, contabilizando 3 dias, o dia final será o dia 14.
Logo, o condenado irá terminar de cumprir sua pena no dia 14 de dezembro 
de 2009.
b. se a pena for de: 9 anos, 10 meses e 5 dias.
Já que o ano de início foi 2002, o ano final será 2011 depois do cumprimento 
de uma pena de 9 anos. 
Com o início da pena no mês de agosto, contabilizando 10 meses, o mês 
final será junho do ano seguinte (2012).
Com o início da pena no dia 12, contabilizando 5 dias, o dia final será o dia 16.
Logo, o condenado irá terminar de cumprir sua pena no dia 16 de junho de 
2012.
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Atenção!
Quando na contabilização dos meses há um rompimento/ultrapassagem de 
ano, deve ser contabilizada também a mudança no ano final encontrado.
1.1.3. Frações Não Computáveis da Pena
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de 
direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
Atenção!
Em relação a esse enunciado, deve ser feito uma correção no que diz respeito 
às frações da pena de multa, tendo em vista que hoje em dia deve-se utilizar 
as frações da nova moeda nacional, o real.
A aplicação da Lei Penal não utiliza fração de dias (horas, minutos, segundos, 
etc.) na contabilização dos prazos das penas.
�Os.:� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, 
de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Paulo Igor.

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