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resumo 1807695 paulo igor 12710475 direito penal novo parte geral aula 26 conduta culposa

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Conduta Culposa
DIREITO PENAL
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CONDUTA CULPOSA
Espécies de Conduta
As condutas podem ser classificadas quanto à forma de exteriorização da 
vontade (comissiva ou omissiva) e quanto à voluntariedade (dolosa ou culposa).
Quanto à Voluntariedade
Quanto à voluntariedade, as condutas podem ser dolosas e culposas.
b) Conduta Culposa (Art. 18, II, do CP): Ocorre quando o agente produz um 
resultado ilícito que lhe era previsível (ou excepcionalmente previsto) no momento 
em que dirigia sua conduta para a realização de outro resultado (lícito). Na con-
duta culposa, temos a culpa como elemento normativo inserido no fato típico.
Culpa: Consiste numa conduta voluntária que realiza um evento ilícito não 
querido ou aceito pelo agente, mas que lhe era previsível (culpa inconsciente) 
ou excepcionalmente previsto (culpa consciente) e que poderia ser evitado se 
empregasse a cautela necessária.
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Conduta Culposa
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Quando pensar em culpa, lembre-se de uma regra:
Culpa = Conduta Voluntária + Resultado Involuntário
A culpa é composta por 6 elementos:
1) Conduta humana voluntária;
2) Violação de um dever de cuidado objetivo;
3) Resultado naturalístico involuntário;
4) Nexo causal entre conduta e resultado;
5) Resultado involuntário previsível (previsibilidade);
6) Tipicidade;
Conduta Humana Voluntária
É a ação ou omissão dirigida ou orientada pelo querer, causando um resul-
tado involuntário. É a vontade dirigida à realização de um resultado lícito, diverso 
daquele que efetivamente se produz. 
Exemplo: Quando um indivíduo, para chegar a sua consulta médica no tempo 
marcado, dirige de maneira imprudente e acaba causando um acidente de trân-
sito. O resultado desejado era o de chegar à consulta médica, algo lícito, porém 
o resultado provocado foi o acidente de trânsito, algo ilícito. Logo, o indivíduo 
será indiciado por uma conduta culposa.
Violação de um Dever de Cuidado Objetivo
O agente na culpa viola o seu dever de diligência (regra básica para o conví-
vio social). O comportamento do agente não atende o que era esperado pela lei 
e pela sociedade.
Como saber se o dever de diligência foi violado? De acordo com a maio-
ria, o operador deve analisar as circunstâncias do caso concreto, pesquisando 
se uma pessoa de inteligência mediana (homem médio) evitaria o perigo. Se evi-
tável pelo homem médio, caracterizada estará a violação ao dever de diligência. 
Caso contrário, não.
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Formas de violação do dever de cuidado objetivo:
1. Imprudência: É a forma positiva da culpa (in agendo). Atuação sem obser-
vância das cautelas necessárias. É a ação precipitada, afoita (forma positiva de 
culpa). Exemplo: Velocidade excessiva. 
2. Negligência: É a forma negativa da culpa (in omitendo). Omissão da con-
duta cuidadosa imposta a todos. Exemplo: Deixar de fazer a manutenção do 
veículo.
3. Imperícia: Conhecida como culpa profissional, pois somente pode ser pra-
ticado no exercício de arte, ofício ou profissão. Falta de aptidão técnica (des-
conhecimento de regra técnica). Exemplo: Cirurgião plástico que tenta realizar 
uma cirurgia cardíaca.
Atenção!
• Não confunda negligência profissional com imperícia. Negligência profissional 
é quando o profissional conhece a regra técnica, mas não a observa, enquanto 
na imperícia, ele desconhece a regra técnica.
Resultado Naturalístico Involuntário
Em regra, o crime culposo é material (exige modificação no mundo exterior).
Atenção!
• O Art. 38 da Lei n. 11.343/2006 estabelece um crime culposo e formal. 
Nesse caso, não há a necessidade de haver resultado material para 
indiciar uma conduta culposa. Exemplo: Quando um médico prescreve 
uma medicação sem que o paciente necessite dela, já caracteriza um 
crime culposo e formal.
Nexo Causal entre Conduta e Resultado
É necessário relacionar a conduta praticada ao resultado infringido. 
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Resultado Involuntário Previsível
Previsível é a possibilidade de prever o perigo advindo da conduta. A análise 
deve ser objetiva.
Atenção!
• Previsão é diferente de previsibilidade. 
Quando um resultado é previsível, ele deve ser previsto por quem estiver 
praticando o ato; esse indivíduo deve prever que esse ato pode infringir esse 
resultado. Se o indivíduo continua praticando esse ato, mesmo tendo previsto o 
resultado, ele deverá ser indiciado por dolo e culpa.
E a previsibilidade subjetiva? É entendida como a possibilidade de conhe-
cimento do perigo, analisada sob o prisma subjetivo do autor, levando em consi-
deração os seus dotes intelectuais, sociais e culturais. Não é elemento da culpa, 
mas será analisada pelo magistrado na culpabilidade (no estudo da exigibilidade 
de conduta diversa).
Tipicidade
Para que a conduta seja punida em sua forma culposa deve haver previsão 
legal expressa (art. 18, parágrafo único).
Art. 18. (...) Parágrafo único – Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode 
ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Ou seja, o crime só pode ser punido em sua forma dolosa, porém, desde 
que esteja expresso em lei, o crime pode, excepcionalmente ser punido em sua 
forma culposa.
Espécies de Culpa
1. Culpa Inconsciente: O agente não prevê o resultado que, entretanto, era 
previsível. Qualquer pessoa de diligência mediana (homem médio) teria condi-
ções de prever o risco.
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2. Culpa Consciente (com previsão/ “ex lascivia”): O agente prevê o resul-
tado, mas espera que ele não ocorra, supondo poder evitá-lo com suas habili-
dades ou com a sorte. Nesse caso o agente tem a previsão do resultado que, 
entretanto, continua involuntário.
3. Culpa Própria (propriamente dita): O agente não quer e não assume 
o risco de produzir o resultado, mas acaba lhe dando causa por imprudência, 
negligência ou imperícia.
4. Culpa Imprópria: É aquela em que o agente, por erro evitável, imagina 
certa situação de fato que, se presente, excluiria a ilicitude (descriminante puta-
tiva). O agente provoca intencionalmente determinado resultado típico, mas res-
ponde por culpa, por razões de política criminal. Culpa imprópria é a consequên-
cia da descriminante putativa por erro evitável.
Dolo Consciente Dolo Eventual
O resultado ilícito é previsto. O resultado ilícito é previsto.
O agente acredita sinceramente que pode 
evitar a sua ocorrência. O agente assume o risco de produzi-lo.
Atenção!
• Na culpa imprópria, o crime tem estrutura dolosa, mas é punido a título 
de culpa.
Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, 
de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Paulo Igor.

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