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Psicodiagnóstico Aula 1 Origem e Histórico do Psicodiagnóstico A palavra diagnostico origina-se do grego diagôstikos e significa conhecimento (efetivo ou em confirmação) sobre algo, ao momento do seu exame; ou descrição minunciosa de algo, feita pelo examinador, classificador ou pesquisador; ou ainda juizo declarado ou proferido sobre a caracteristica, a composição, o comportamento, a natureza, etc. De algo, com base nos dados e/ou informações deste obtidos por meio de exame, ou seja, discernimento, faculdade de conhecer. Utiliza- s este termo para referir-se à possibilidade de conhecimento que vai além daquela que o senso comum pode dar, ou seja, a possibilidade de significar a realidade fazendo uso de conceitos, noções e teorias cientificas. Origem e Histórico do Psicodiagnóstico Segundo Ancona-Lopez (2002), Psicodiagnostico pode ser conceituado como: • Um processo de intervenção; • Intervir é meter-se de permeio, estar presente, assistir, interpor os seus bons oficios; • Mete-se de permeio indica a atuação, posição ativa de alguem que interfere, que se coloca entre pessoas, que de algum modo estabelece um elo, uma ligação; • Estar presente parece indicar uma posição, alguem a quem se pode recorrer e que está inteiro na situação; • Assistir indica ajudar, cuidar, apoiar; • Interpolar os seus bons oficios indica ação de quem tem algum preparo em determinada área e põe seus conhecimentos a disposição de quem dele necessita ou ação de quem acredita no que faz. Origem e Histórico do Psicodiagnóstico Quanto à avaliação diagnostica, podemos dizer que ela é mais ampla que o psicodiagnostico, e seus objetos de estudo podem ser um sujeito, um grupo, uma instituição, uma comunidade; dai a importancia dos trabalhos interdisciplinares já que o objeto a avaliar é sempre um sistema complexo, integrado por subsistemas diversos: como o biológico, psicológico, social, cultural, em interação permanente. Percebemos que o Psicodiagnostico é apenas uma parte da avaliação diagnostica. Origem e Histórico do Psicodiagnóstico Enquanto os psicólogos em geral realizam avaliações, os psicólogos clínicos entre outras tarefas realizam psicodiagnósticos. Pode-se dizer que a avaliação psicológica é um conceito muito amplo. Psicodiagnóstico é uma avaliação diagnostica, feita com proposito clinico e, portanto, não abrange todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais (Cunha, 2004) Psicodiagnóstico Quanto à avaliação diagnostica, podemos dizer que ela é mais ampla que o psicodiagnóstico, e seus objetos de estudo podem ser um sujeito, um grupo, um instituição, uma comunidade; dai a importância dos trabalhos interdisciplinares já que o objeto a avaliar é sempre um sistema complexo, integrado por subsistemas diversos: como o biológico, psicológico, social, cultural, em interação permanente. Percebemos que o Psicodiagnóstico é apenas uma parte da avaliação diagnostica. Psicodiagnóstico Enquanto os psicólogos em geral realizam avaliações, os psicólogos clínicos entre outras tarefas realizam psicodiagnósticos. Pode-se dizer que a avaliação psicológica é um conceito muito amplo. Psicodiagnóstico é uma avaliação diagnostica, feita com proposito clinico e portanto, não abrange todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais (Cunha, 2004) Psicodiagnóstico O Psicodiagnóstico derivou da Psicologia Clinica, introduzida, segundo Cunha (2003) por Lgther Witmer em 1986, e criada sobre a tradição da psicologia acadêmica e da tradição médica. Mas de acordo com Fernandez-Ballesteros (1986), a paternidade do psicodiagnóstico também é atribuída a três autores, que deram os primeiros passos nos estudos sobre Psicodiagnóstico lançados no final do Século XIX e no inicio do Século XX: - Galton, que introduziu os estudos da diferenças individuais; - Catell, a quem se devem as primeiras provas chamadas de testes mentais; - Bineet, que propôs a utilização dos exames psicológicos por meio de medidas intelectuais. Psicodiagnóstico O Psicodiagnóstico surgiu como consequência do advento da psicanalise, que ofereceu novo enfoque para o entendimento e a classificação dos transtornos mentais; anteriormente, o modelo para o estudo das doenças mentais remontava ao trabalho Kraepelin e outros, e as suas tentativas para estabelecer critérios de diagnósticos diferencial para a esquizofrenia. Psicodiagnóstico No período anterior a Freud, o enfoque do transtorno mental era nitidamente médico, onde os pacientes de interesse para a ciência medica apresentavam quadros graves, estavam hospitalizados, e eram identificados apenas sinais e sintomas que compunham as síndromes. Mas já no período Freudiano, os pacientes atendidos não apresentavam quadros tão severos, não estavam internados, e embora fossem levados em conta os seus sintomas, estes eram percebidos de maneira compreensiva e dinâmica. Psicodiagnóstico Ocampo (1981) faz um panorama sobre alguns modelos que seguiu o processo de psicodiagnósticos ao longo do tempo: - Modelo medico: aqui é sintetizada a distancia do paciente, a falta de identidade do psicólogo, onde o mais importante seria aplicar testes e mandar relato ao outro profissional - Modelo da Psicanalise: marco de referencia, influencia no estudo da personalidade´, mas é diferente pela sua metodologia própria. - Diagnostico de tipo compreensivo: o importante aqui seria encontrar sentido relevância e significativo e entrar em contato. - Diagnostico interventivo: aqui, segundo Ancora-Lopes (1984), seria enfatizada a impossibilidade de separação entre as fases de avaliação e intervenção. Psicodiagnóstico Ate algum tempo o processo Psicodiagnóstico era considerado, como uma situação em que o psicólogo apenas aplicava testes em alguém. De acordo com Ocampo (1981), ele então cumpria uma solicitação seguindo os passos e utilizando os instrumentos indicados por outros profissionais, quase sempre na área medica (psiquiatria, pediatria, neurologista). Assim, o psicólogo atuava como alguém que aprendeu a aplicar testes e esperava que o paciente colaborasse Percebe-se que as origens da avaliação psicológica e do psicodiagnóstico se deram sob uma tradição da medicina e da psicologia acadêmica, de orientações tanto comportamentalistas ou psicanalistas, predominantemente, que seguiam estratégias de avaliação comportamental, ou seja, identificação de comportamentos-alvo, ou por uma orientação conceitual buscando uma visão de homem especifica, segundo as diretrizes de uma comunidade acadêmica. Assim, percebemos a ênfase dada ao aspecto do sujeito em sofrimento, disfuncional ou em desajuste com um ideal de saúde e normalidade. Psicodiagnóstico Além do que citamos anteriormente, a avaliação psicológica perpassaria também a psicometria, que tinha como métodos principais a aplicação de testes psicológicos estruturados ou de testes projetivos. Não esquecendo também no percurso dessas origens o uso de entrevistas psicológicas, herdada pela psiquiatria.. Cunha (2003) deixa claro que tanto o uso de testes quanto o de entrevistas dirigidas para a identificação de sinais e sintomas seriam enfatizados, voltados para uma perspectiva de saúde dissociada da doença ou do psicopatológico Psicodiagnóstico
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