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12/4/2011 1 Prof Dr Marcio Eduardo de Barros Bioeletrogênese Prof. Dr. Marcio Eduardo de Barros Bioeletrogênese ? Existem potenciais elétricos em todas as membranas de virtualmente todas as células do corpo, além disso, algumas células, como as células nervosas e as dos músculos, são capazes de gerar impulsos eletroquímicos que se modificam com grande rapidez em suas membranas, e esses impulsos são usados para transmitir sinais por toda a membrana dos nervos e músculos transmitir sinais por toda a membrana dos nervos e músculos. ? Ainda, em outros tipos de células, como, por exemplo, as células glandulares, os macrófagos e as células ciliadas, alterações locais dos potenciais de membrana também ativam muitas funções celulares. Bioeletricidade — Potenciais Bioelétricos — Bioeletrogênese ? Sendo os seres vivos máquinas elétricas, é natural que seus elementos produzam e usam eletricidade. ? As células vivas apresentam uma diferença de potencial entre os dois l d d b lados da membrana. ? Com exceção de algumas raras células vegetais, o interior é sempre negativo, e o exterior, positivo. ? A origem desses potenciais é uma distribuição assimétrica de íons, especialmente de Na+, K+, Cl- e HPO4+. Bioeletricidade — Potenciais Bioelétricos — Bioeletrogênese ? O potencial existe sob duas formas principais: ? Potencial de Repouso, ou de estado fixo, mais ou menos em estado estacionário. ? Potencial de Ação, que é uma variação e propagação brusca do potencial, e pode conduzir importantes mensagens. Potenciais de Membrana Causados pela Difusão ? "Potencial de Difusão" Causado pela Diferença entre as Concentrações tónicas nos Dois Lados da Membrana. ? A [K+] é maior no lado interno da membrana da fibra nervosa, mas bastante baixa na sua face externa (considerando que a membrana é permeável aos íons ( q p K+ e a mais nenhum outro íon). ? Por causa do alto gradiente de [K+] de dentro para fora, existe uma forte tendência para que um maior número de íons K+ se difunda para fora, através da membrana. Potenciais de Membrana Causados pela Difusão ? Quando o fazem, eles levam cargas elétricas positivas para o exterior, criando, assim, eletropositividade do lado externo da membrana e eletronegatividade interna, por causa dos ânions negativos que permanecem no lado interno, não se difundindo para fora com o K+. fora com o K . ? Em cerca de um milissegundo, a diferença de potencial entre as partes interna e externa, chamada potencial de difusão, torna-se suficientemente grande para bloquear a difusão efetiva do K+ para o exterior, apesar do alto gradiente de concentração dos íons K+. ? Nas fibras nervosas normais de mamíferos, a diferença de potencial necessária é de cerca de 94 milivolts, com negatividade no lado interno da membrana. 12/4/2011 2 Potenciais de Membrana Causados pela Difusão ? O mesmo fenômeno, porém com alta [Na+] fora da membrana e baixa quantidade de Na+ do lado de dentro. Esses íons têm também carga positiva. (considerando a membrana é muito permeável aos íons Na+, mas impermeável a todos os outros íons). ? A difusão dos íons Na+, positivamente carregados, para a parte interna, cria um potencial de membrana com polaridade oposta ao de K+, com negatividade externa e positividade interna. ? Novamente, o potencial de membrana aumenta o suficiente, dentro de milissegundos, para bloquear a difusão efetiva dos íons Na+ para dentro; entretanto, a esse tempo, nas fibras nervosas de mamíferos, o potencial fica em torno de 61 milivolts, positivo dentro da fibra. Potenciais de Membrana Causados pela Difusão ? Desse modo, nas duas partes da Figura, vê-se que as diferenças entre as concentrações iônicas nos dois lados de uma membrana seletivamente permeável, pode, sob condições apropriadas, criar um potencial de membrana. Diferença de Diferença de POTENCIAL ELÉTRICOPOTENCIAL ELÉTRICO Em (mV) ANALOGIAANALOGIA Apesar da diferença de Potenciais de Membrana Causados pela Difusão EQUILIBRIO Tensão Peso Diferença de Diferença de CONCENTRAÇÃO QUÍMICA CONCENTRAÇÃO QUÍMICA (mEq/Kg)(mEq/Kg) p potenciais químico, há potencial elétrico que se opõe ao movimento passivo do íon. Fluxo resultante = 0 Equilíbrio Relação do Potencial de Difusão com a Diferença de Concentração — O Potencial de Nernst ? O nível do potencial de difusão em toda a membrana que se opõe exatamente ao da difusão efetiva de um íon em particular, através da membrana, é conhecido como potencial de Nernst para esse íon. ? A grandeza desse potencial de Nernst é determinada pela proporção g p p p p ç entre as concentrações desse íon específico nos dois lados da membrana. ? Quanto maior essa proporção, maior será a tendência para que o íon se difunda em uma direção, e, por conseguinte, maior o potencial de Nernst necessário para evitar difusão efetiva adicional. Relação do Potencial de Difusão com a Diferença de Concentração — O Potencial de Nernst ? A equação a seguir, chamada de equação de Nernst, pode ser usada para o cálculo do potencial de Nernst para qualquer íon univalente, na temperatura normal do corpo de 37°C: ? onde EMF é a força eletromotiva, C1= [ ]i e C2=[ ]e Cálculo do Potencial de Difusão Quando a Membrana é Permeável a Vários íons Diferentes ? Quando a membrana é permeável a vários íons diferentes, o potencial de difusão que se desenvolve depende de três fatores: ? a polaridade das cargas elétricas de cada íon, ? a permeabilidade da membrana (P) para cada íon e ? as concentrações (C) dos respectivos íons no lado interno (i) e no lado ç ( ) p ( ) externo (e) da membrana. 12/4/2011 3 Cálculo do Potencial de Difusão Quando a Membrana é Permeável a Vários íons Diferentes ? Assim, a seguinte fórmula, referida como equação de Goldman-Hodgkin- Katz, dá o potencial calculado do lado interno da membrana quando dois íons positivos univalentes, sódio (Na+) e potássio (K+) e um íon univalente negativo, cloreto (Cl-), estão envolvidos. ? EMF (mv) = - 61.log CNa+i PNa+ + CK+i PK+ +CCl-e PCl- CNa+e PNa+ + CK+e PK+ +CCl-i PCl- Cálculo do Potencial de Difusão Quando a Membrana é Permeável a Vários íons Diferentes ? Os íons Na+, K+ e Cl- são os íons mais importantes envolvidos no desenvolvimento dos potenciais de membrana nas fibras musculares e nervosas, bem como nas células neuronais do sistema nervoso, o gradiente de concentração de cada um desses íons, através da membrana, ajuda a determinar a voltagem do potencial de membrana. ? O grau de importância de cada um desses íons na determinação da voltagem é proporcional à permeabilidade da membrana para cada íon em particular, isto é, se a membrana tiver permeabilidade zero para os íons K+ e Cl- , o potencial de membrana passa a ser totalmente dominado pelo gradiente de concentração dos íons Na+, e o potencial resultante será igua ao potencial de Nernst para o Na+. O mesmo acontece para cada um dos outros dois íons, se a membrana ficar seletivamente permeável somente para um ou para outro. Cálculo do Potencial de Difusão Quando a Membrana é Permeável a Vários íons Diferentes ? Um gradiente positivo de concentração iônica de dentro para fora da membrana causa eletronegatividade no lado de dentro da membrana, a razão para isso é que o excesso de íons positivos se difunde de fora quando sua concentração é maior dentro do que fora. Isso leva cargas positivas para fora mas deixa os ânions negativos não-difusíveis na parte interna, criando, i l i id d i assim, eletronegatividade na parte interna. ? O efeito oposto ocorre quando existe um gradiente para um íon negativo, isto é, um gradiente de íon Cl- da parte externa para aparte interna causa eletronegatividade dentro da célula porque o íon Cl-,com cargas negativas, difunde-se para dentro, deixando os íons positivos não-difusíveis do lado de fora. Cálculo do Potencial de Difusão Quando a Membrana é Permeável a Vários íons Diferentes ? A permeabilidade dos canais de Na+e K+ passa por rápidas alterações durante a transmissão dos impulsos nervosos, enquanto a permeabilidade dos canais de Cl- não tem grandes alterações durante esse processo. ? Assim, rápidas alterações da permeabilidade do Na+e do K+ são p ç p primariamente responsáveis pela transmissão de sinais nos nervos. Medida do Potencial de Membrana ? O método para medir o potencial de membrana é simples na teoria mas em geral complicado na prática, em razão das pequenas dimensões da maioria das fibras. ? Uma pipeta é introduzida, através da membrana celular, para o interior da p p p fibra. Então, outro eletrodo é colocado no líquido extracelular, e a diferença potencial entre as partes interna e externa da fibra é medida usando-se um voltímetro apropriado. Eletrodo de cloreto de prata Registro do Potencial de Membrana ? Para registrar as rápidas alterações do potencial de membrana durante a transmissão dos impulsos nervosos, o microeletrodo é conectado a um osciloscópio de raios catódicos. ? Para objetivos práticos é o único tipo comum de medidor capaz de j p p p responder corretamente às rápidas variações do potencial de membrana. 12/4/2011 4 Registro do Potencial de Membrana ? O tubo de raios catódicos é composto, basicamente, por um canhão de elétrons e por tela fluorescente contra a qual os elétrons são disparados. ? Onde os elétrons atingem a superfície da tela, o material fluorescente brilha. Caso o feixe de elétron seja movido pela tela, o local da luz j p brilhante também se movimenta e desenha uma linha fluorescente na tela. ? Um circuito de eletrônico de controle apropriado modifica a voltagem, de forma que o feixe de elétron possa ser deslocado para cima e para baixo, em resposta aos sinais elétricos vindos dos eletrodos de registro, nos nervos. O feixe de elétrons também varre horizontalmente a tela com velocidade constante, determinada por um circuito eletrônico interno do osciloscópio. Registro do Potencial de Membrana ? Esse conjunto produz o registro na face do tubo de raios catódicos, fornecendo uma linha de tempo no eixo horizontal e a variação da voltagem dos eletrodos dos nervos mostrada no eixo vertical. Registro do Potencial de Membrana Medida do Potencial de Membrana Potencial de Repouso das Membranas dos Nervos ? O potencial de repouso das membranas das fibras nervosas mais grossas, quando estas não estão transmitindo sinais nervosos, é de cerca de -90 milivolts. ? Isto é, o potêncial dentro da fibra é 90 milivolts mais negativo do que p g q o potencial no líquido extracelular, do lado de fora da fibra. 12/4/2011 5 Transporte Ativo dos íons Na+ e K+ através da Membrana — A Bomba de Na+-K+ ? Todas as membranas celulares do corpo contêm uma forte bomba de Na+-K+ que transporta continuamente íons Na+ para fora da célula e íons K+ para dentro da célula, além disso, essa é uma bomba eletrogênica, porque mais cargas positivas são bombeadas para fora que para dentro (3 íons Na+para fora, a cada 2 íons K+ para dentro), d i d défi i l d í i i d d deixando um déficit real de íons positivos na parte de dentro, que gera um potencial negativo no lado de dentro das membranas celulares. Transporte Ativo dos íons Na+ e K+ através da Membrana — A Bomba de Na+-K+ ? A bomba de Na+-K+ produz, também, grande gradiente de concentração para o Na+ e para o K+, através da membrana nervosa em repouso. Esses gradientes são os seguintes: ? Na+(externo): 142mEq/L ? Na+(interno): 14 mEq/L ? K+(externo): 4mEq/L ? K+(interno): 140 mEq/L ? As proporções entre esses dois íons respectivos, de dentro para fora, são: ? Na+i/Na+e= 0,1 ? K+i/K+e= 35,0 Extravasamento do K+ e do Na+ através da Membrana Nervosa ? Um canal proteico na membrana nervosa, pelo qual íons K+ e Na+ podem extravasar, referido como canal de "extravasamento" de Na+-K+. ? A ênfase é no extravasamento de K+ porque, em média, os canais são muito mais permeáveis ao K+ do que ao Na+, normalmente cerca de 100 p q X mais permeáveis, esse diferencial na permeabilidade é muito importante na determinação do nível do potencial de repouso normal da membrana. Origem do Potencial de Repouso Normal da Membrana Contribuição do Potencial de Difusão do K+. ? Considerando que o único movimento iônico através da membrana for o de difusão do K+, como demonstrado pelos canais abertos entre os símbolos de K+ dentro e fora da membrana. ? Por causa da alta proporção do K+dentro e fora 35:1 o potencial de Nernst Por causa da alta proporção do K dentro e fora, 35:1, o potencial de Nernst correspondente a essa proporção é de -94 mV, porque o logaritmo de 35 é 1,54, que, multiplicado por -61 mV, dá -94 mV. ? Portanto, se os K+ fossem os únicos fatores causadores do potencial de repouso, o potencial de repouso dentro da fibra seria igual a -94 mV. Canais de K sem comporta Íons K Íons Na Difusão simples de K para fora, a favor do gradiente Grandes anions impermeantes (proteínas intracelulares) Formação de dipolo elétrico através da membrana, isto é, a saída de cargas positivas torna a membrana carregada eletricamente. Origem do Potencial de Repouso Normal da Membrana Contribuição da Difusão do Na+ através da Membrana Nervosa ? Com a adição da pequena permeabilidade da membrana nervosa aos íons Na+ causada pela difusão diminuta dos íons Na+ pelos canais de extravasamento de Na+-K+, a proporção entre os íons Na+, através da membrana, de dentro para fora, é de 0,1, o que corresponde ao potencial calculado de Nernst no lado de dentro da membrana de +61 mV. ? Baseado na equação de Goldman o Na+e o K+ interagem. Assim, pode-se observar que se a membrana for muito permeável ao K+mas apenas pouco permeável ao Na+, é lógico que a difusão do K+ contribuirá muito mais para o potencial de membrana do que para a difusão do Na+(100X >). Será obtido o potencial do lado de dentro da membrana de -86 mV, que se aproxima do potencial de K+. 12/4/2011 6 Origem do Potencial de Repouso Normal da Membrana Contribuição da Bomba de Na+-K+ ? A bomba Na+-K+ é mostrada como contribuindo, adicionalmente, para o potencial de repouso. Ocorre bombeamento contínuo de3 Na+para o exterior para cada 2 K+ bombeados para o interior da membrana. ? O fato de mais Na+ serem bombeados para fora do que K+ para dentro produz perda contínua de cargas negativas pelo lado interno da membrana; isso cria um grau adicional de negatividade (em torno de -4 milivolts adicionais) no lado interno, além da produzida pela difusão. Por essa razão, o potencial de membrana efetivo, com todos esses f atores atuantes ao mesmo tempo, é de cerca de -90 mV. Determina e mantém a diferença de gradiente químico do Na e de K O K tende a sair facilmente criando o dipolo Apesar da baixa permeabilidade tende a entrar a favor do gradiente EXTRA Na+ K+ Bomba Na+K+ K+Na+ ++++++++++++++++ INTRA Na+ K+ (Ativo) K+ canal K+ Na+ canal Na+ - - - - - - - -- - - - - - - - Canais de Na com baixa permeabilidade Canais de K Alta permeabilidade Bomba de Na e K Potencial de Ação dos Nervos Estimular a contração muscular Estimular a liberação de neurotransmissores Estimular a secreção de outras substâncias por células neurais e Estimular a secreção de outras substâncias por células neurais e neuroendócrinas Potencial de Ação dos Nervos ? Os sinais nervosos são transmitidos por potenciais de ação (PA), que são rápidas alterações do potencial de membrana que se propagam com grande velocidade por todaa membrana da fibra nervosa. ? Cada PAcomeça por uma alteração súbita do potencial de membrana ç p ç p normal negativo para um potencial positivo, terminando, então, com retorno quase tão rápido para o potencial negativo. ? Para conduzir um sinal nervoso, o PA se desloca ao longo da fibra nervosa até sua extremidade final. Potencial de Ação dos Nervos ? A figura mostra as alterações que ocorrem na membrana durante o potencial de ação, com a transferência de cargas positivas para o interior da fibra, no seu início, e o retorno das cargas positivas para o exterior, a seu término. ? O gráfico mostra as sucessivas alterações do potencial de membrana, por poucos décimos de milésimos de segundo, ilustrando o início explosivo do potencial de ação e sua quase idêntica recuperação. Potencial de Ação dos Nervos ? Os estágios sucessivos do PA são os seguintes: ? Estágio de Repouso: ? É o potencial de repouso da membrana antes do início do PA? É o potencial de repouso da membrana, antes do início do PA. ? Diz-se que a membrana está "polarizada" durante esse estágio, em razão do potencial de membrana de -90 milivolts negativo existente. 12/4/2011 7 Potencial de Ação dos Nervos ? Estágio de Despolarização: ? A esse tempo, a membrana fica subitamente muito permeável aos íons Na+, permitindo que grande número de íons Na+, positivamente carregados, se difunda para o interior do axônio, o estado normal de "polarização“ é neutralizado pelo influxo dos Na+com carga positiva, com o potencial aumentando, rapidamente, para um valor positivo isso é referido como despolarização para um valor positivo, isso é referido como despolarização. ? Nas fibras nervosas de maior calibre, o grande excesso dos Na+ positivos que se deslocam para o interior da fibra faz com que o potencial de membrana "ultrapasse" (overshoot) rapidamente o nível zero e torne-se positivo. Fonte: http://psych.hanover.edu/Krantz/neurotut.html Despolarização Canal de Na+ Vo lta ge m (m V ) Tempo(ms) Potencial de repouso Potencial de Ação dos Nervos ? Estágio de Repolarização: ? Em alguns décimos de milésimos de segundo após a membrana ter ficado muito permeável aos íons Na+, os canais de Na+ começam a se fechar e os canais de K+ se abrem mais que o normal. ? Então, a rápida difusão dos K+ para o exterior restabelece o potencial de repouso negativo da membrana, isso é referido como repolarização da membrana. Repolarização Despolarização Vo lta ge m (m V ) Tempo(ms) Potencial de repouso Hiperpolarização Fonte: http://psych.hanover.edu/Krantz/neurotut.html Potencial de Ação dos Nervos ? Estágio de Hiperpolarização: ? Após a repolarização, ocorre ainda uma condutância de K+ porque o fechamento desses canais é lento, onde se observa uma hiperpolarização,até que os canais de K+ se fechem, assim a célula retorna a sua permeabilidade de repouso. ar iz aç ão iz aç ão Potencial de Membrana Potencial de Ação dos Nervos Potencial de repouso D es p ol a R ep ol ar Tempo Hiperpolarização ar iz aç ão Potencial de Membrana Potencial de Ação dos Nervos Potencial de repouso D es p ol a R ep ol ar iz aç ão TempoHiperpolarização Neurônio Gigante de lula 12/4/2011 8 Não há diferença de potencial elétrico (ddp=0mV) quando os eletrodos está do lado de fora. Quando o eletrodo (vermelho) atravessa a membrana, o voltímetro acusa a existência de uma DDP de 60mV sendo que a face interna da membrana citoplasmática é negativa em relação à externa . Se o neurônio for estimulado (com corrente elétrica), o voltímetro registrará respostas de alteração transitória do potencial de membrana, seja em forma de ondas de despolarização de baixa amplitude ou na forma de um potencial de ação, conforme a intensidade do estimulo . Despolarização Potencial de ação Canais de Na+e K+ Regulados pela Voltagem ? O agente necessário para provocar a depolarização e a repolarização das membranas nervosas durante o PA é o canal de Na+ regulado pela voltagem. ? O canal de K+ regulado pela voltagem também tem participação m g p g p p ç importante, por aumentar a rapidez da repolarização da membrana. ? Esses dois canais regulados pela voltagem atuam, deforma adicional, com a bomba de Na+-K+ e com os canais de extravasamento de K+-Na+. Canais de Na+e K+ Regulados pela Voltagem ? O Canal de Sódio Regulado pela Voltagem — Ativação e Inativação do Canal ? A figura mostra o canal de Na+ regulado pela voltagem em 3 estados distintos. ? Esse canal tem duas comportas — uma perto da abertura externa do canal, referida como comporta de ativação, e a outra perto da abertura interna do canal, referida como comporta de motivação. Canais de Na+e K+ Regulados pela Voltagem ? O estado das duas comportas na membrana normal em repouso, quando o potencial de membrana é -90 milivolts, nessa condição, a comporta de ativação está fechada, impedindo a entrada, por menor que seja, de íons Na+ para o interior da fibra através desses canais de Na+. 12/4/2011 9 Canais de Na+e K+ Regulados pela Voltagem ? Ativação do Canal de Na+: Quando o potencial de membrana se torna menos negativo que durante o estado de repouso, aumentando de -90 mV até zero, ele atinge a voltagem - em geral, de cerca de -70 a -50 mV - o que provoca alteração conformacional abrupta da comporta de ativação, fazendo com que o canal fique totalmente aberto. Essa condição é referida como d i d d d N + d d l l estado ativado; durante esse estado, os Na+podem se derramar pelo canal, aumentando a permeabilidade da membrana ao sódio por 500 a 5.000 vezes. Fonte: http://psych.hanover.edu/Krantz/neurotut.html Despolarização Canal de Na+ Vo lta ge m (m V ) Tempo(ms) Potencial de repouso Canais de Na+e K+ Regulados pela Voltagem ? Inativação do Canal de Na+: O mesmo aumento da voltagem que faz com que a comporta seja ativada também faz com que essa comporta seja inativada. A comporta é desativada em poucos décimos de milésimos de segundo após ter sido ativada. Isto é, a alteração conformacional que provoca o fechamento da comporta de ativação é um processo mais lento que a alteração conformacional que abre a comporta de ativação. Assim, após o canal de Na+ ter permanecido aberto por alguns décimos de milésimos d d l é i ti d f h í N + ã d t de segundo, o canal é inativado e se fecha, e os íons Na+ não podem atravessar a membrana. Nesse momento, o potencial de membrana começa a retornar ou se aproxima de seu estado normal de repouso, que é o processo de repolarização. Outra característica importante do processo de inativação do canal de Na+ é que a comporta inativada só vai reabrir quando o potencial de membrana retornar ou se aproximar do potencial de repouso na condição original. Por essa razão, usualmente, não é possível para o canal de Na+ voltar a abrir sem que a fibra nervosa seja primeiro repolarizada. Canais de Sodio voltagem- dependentes: “dois tempos” Na+ Na + Abertura Na+ Fechamento Portão Inativação Portão Inativação No potencial de repouso ( –70 mV) (a) Fechado mas capaz de ser aberto Do limiar até o pico do PA (–50 mV a +30 mV) (b) Abertura rápida Aberto (Ativado) Do pico ao potential do PA (+30 mV a –70 mV) (c) Fechado e incapaz de ser aberto (inativado) Fechamento lento Canais de Na+e K+ Regulados pela Voltagem ? O Canal de K+ Regulado pela Voltagem e Sua Ativação: Durante o estado de repouso, a comporta do canal de K+ está fechada, sendo impedidos de passarem para o exterior. Quando o potencial de membrana aumenta, de -90 mV para 0, essa variação da voltagem provoca a aberturaconformacional da comporta, permitindo aumento da difusão de K+ para fora. Entretanto, devido ao pequeno retardo na abertura dos canais de K+, em sua maioria eles só abrem exatamente no mesmo momento em que os canal de Na+ estão começando a se q ç fechar. Assim, a ↓ da entrada de Na+ e o ↑ simultâneo da saída de K+ da célula fazem com que o processo de repolarização seja acelerado, levando à completa recuperação do potencial de repouso da membrana dentro de poucos décimos de milésimos de segundo. Repolarização Despolarização Vo lta ge m (m V ) Tempo(ms) Potencial de repouso Hiperpolarização Fonte: http://psych.hanover.edu/Krantz/neurotut.html Canais de Potássio Voltagem-dependentes Extracelular Intracelular K+ Abertura lenta No potencial de repouso; Abre no potencial limiar (-70mV a +30mV) (d) (e) Fechado Aberto K+ Do pico do PA até a Hiperpolarização pós-potencial (-30mV a -80mV) A existência de canais para diferentes íons com diferentes velocidades de abertura e fechamento garante o controle espacial e temporal dos eventos elétricos. Canais de Na+e K+ Regulados pela Voltagem ? Método de Pesquisa para Medir o Efeito da Voltagem sobre a Abertura e o Fechamento dos Canais Controlados por Volta-gem — O "Grampo da Voltagem". (Hodgkin e Huxley, ganharam o Prêmio Nobel) 12/4/2011 10 Veja uma animação http://www.blackwellpublishing.com/matthews/channel.html Canais de Na+e K+ Regulados pela Voltagem ? Ver flash 03 - Potencial de ação - canais Papéis de Outros íons no PA ? Foi considerado apenas a participação dos íons Na+ e K+ na geração do PA, pelo menos dois outros tipos de íons devem ser considerados: os ânions negativos e os íons cálcio. ? íons (Ânions) Impermeantes com Carga Negativa no Interior ( ) p g g do Axônio. Nos axônios existem muitos íons com carga negativa que não podem passar pelos canais da membrana, dentre eles estão os ânions das proteínas moleculares e de muitos compostos orgânicos de fosfato, compostos de sulfato e assim por diante. ? Como esses íons não podem sair do axônio, qualquer déficit de íons positivos no lado de dentro da membrana cria excesso desses ânions impermeantes negativos. Por conseguinte, esses íons impermeantes negativos são responsáveis pela carga negativa dentro da fibra, quando existe um déficit real de íons K+ com carga positiva e de outros íons positivos. Papéis de Outros íons no PA ? íons Cálcio. A membrana de quase todas as células do corpo contém uma bomba de Ca++ semelhante à bomba de Na+, e o Ca++, em algumas células, junto com (ou no lugar do) Na+, causa a maior parte do PA. Como a bomba de Na+, esta transfere os íons Ca++ do interior da membrana celular para o exterior (ou para o RER), criando gradiente iônico de Ca++ de cerca de 10.000 X. ? Além disso, existem canais de Ca++ regulados pela voltagem, que são ligeiramente á i í N + d b í C ++ í N + fl permeáveis aos íons Na+; quando se abrem, os íons Ca++ e os íons Na+ fluem para o interior da fibra. Assim, esses canais são conhecidos como canais de Ca++-Na+. Os canais de Ca++ são de lenta ativação, necessitando de 10 a 20 X mais tempo para serem ativados do que os canais de Na+. Por essa razão, eles são chamados de canais lentos, em contraste com os canais de sódio, que são chamados de canais rápidos. ? Os canais de Ca++ são muito numerosos no músculo cardíaco e no músculo liso. Na verdade, em alguns tipos de músculo liso, os canais rápidos de Na+ são bastante raros, de forma que o PA ocorre, quase exclusivamente, pela ativação dos lentos canais de Ca++ . 12/4/2011 11 Início do Potencial de Ação Um Círculo Vicioso de Feedback Positivo Abre os Canais de Na+ ? Contanto que a membrana da fibra nervosa permaneça sem ser perturbada, nenhum PA ocorre no nervo normal. ? Entretanto, caso ocorra qualquer evento capaz de provocar o ↑ inicial do potencial de membrana de -90 mV para o nível zero, a própria voltagem b d á d + l d l l crescente causa a abertura de vários canais de Na+ regulados pela voltagem. ? Isso permite o influxo rápido de íons Na+, resultando em maior ↑ do potencial de membrana, e, conseqüentemente, abrindo mais canais regulados pela voltagem e permitindo fluxo mais intenso de íons Na+ para o interior da fibra. ? Esse processo é um círculo vicioso de feedback positivo que, uma vez que esse feedback seja suficientemente intenso, continua até que todos os canais de Na+ regulados pela voltagem tenham sido ativados (abertos). Então, em outra f ração de milissegundo, o ↑ do potencial de membrana causa o fechamento dos canais de Na+ e a abertura dos canais de K+, e o PA termina. Início do Potencial de Ação O Limiar para o Início do PA ? O PA só vai ocorrer se o ↑ inicial do potencial de membrana for suficientemente intenso para gerar o círculo vicioso descrito. ? Isso ocorre quando o número de íons Na+ que entram na fibra fica Isso ocorre quando o número de íons Na que entram na fibra fica maior que o número de íons K+ que saem da fibra. ? Um ↑ repentino do potencial de membrana entre 15 e 30 mV em geral é necessário, assim, qualquer ↑ abrupto do potencial de membrana de uma fibra nervosa calibrosa de -90 mV para cerca de -65 mV usualmente provoca o explosivo desenvolvimento do PA. ? Esse nível de -65 mVé referido como o limiar para a estimulação. Início do Potencial de Ação O Limiar para o Início do PA Despolarização Potencial de ação O potencial de ação possui um limiar de disparo Excitação — O Processo de Geração do PA ? Basicamente, qualquer fator que promova a difusão de grande número de íons Na+ para o interior da célula pode desencadear a abertura regenerativa automática dos canais de Na+, isso pode resultar de: ? distúrbio mecânico da membrana ? a pressão mecânica para excitar as terminações sensoriais nervosas na ? a pressão mecânica para excitar as terminações sensoriais nervosas na pele ? efeitos químicos na membrana ? os neurotransmissores químicos para transmitir sinais de um neurônio para o próximo no cérebro ? passagem de eletricidade através da membrana ? a corrente elétrica para transmitir sinais entre as sucessivas células musculares no coração e no intestino Excitação — O Processo de Geração do PA O Limiar para a Excitação e o "Potencial Local Agudo" ? Um estímulo negativo fraco pode não ser suficiente para excitar a fibra, p porém, quando a voltagem do estímulo é ↑, atinge-se um valor no qual ocorre excitação. ? A: Um estímulo muito fraco no ponto A faz com que o potencial de membrana varie de -90 para -85 milivolts, mas essa não é uma alteração suficiente para que o processo regenerativo automático do PA se desenvolva. 12/4/2011 12 Excitação — O Processo de Geração do PA O Limiar para a Excitação e o "Potencial Local Agudo" ? B: o estímulo é maior mas, de novo, a intensidade ainda não é suficiente, contudo, esse estímulo modifica o potencial de membrana local por um período de l ms ou mais após esses 2 estímulos fracos, essas alterações dos potenciais locais são referidas como potenciais locais agudos, e quando deixam de desencadear um PA, elas são designadas como potenciais subliminares agudos. Propagação do PA Princípio do Tudo ou Nada ? Uma vez em que o PA foi gerado em algum lugar da membrana de fibra normal, o processo de despolarização trafega por toda a membrana se as condições forem adequadas, ou não se propaga de nenhum modo se as condições não forem adequadas, isso é conhecido como princípio do tudo ou nada e se aplica a todos os tecidos excitáveis normais ou nada, e se aplica a todos os tecidos excitáveis normais. ? Ocasionalmente, o PA atinge uma região da membrana que não gera voltagem suficiente para estimular a área seguinte da membrana.? Quando isso ocorre, a propagação da despolarização é interrompida, por conseguinte, para que ocorra propagação contínua de um impulso, a proporção entre o PA e o limiar de excitação deve ser sempre maior que 1, este requisito "maior que 1" é referido comofator de segurança para a propagação. Propriedades do Potencial de Ação EVENTO TUDO-OU-NADA - Estímulo sublimiar (E1, E2): não causa PA - Estimulo limiar (E3): causa um único PA - Estímulo supra-limiar: causa mais de 1 PA, sem alterar a amplitude E1 E2 E3 amplitude. - Uma vez iniciado o PA, é impossível impedi-lo de acontecer. Excitação — O Processo de Geração do PA O Limiar para a Excitação e o "Potencial Local Agudo" ? C: o estímulo é ainda mais intenso, e agora o potencial local atingiu, nitidamente, o nível necessário para a produção do PA, conhecido por nível limiar, mas o PA só ocorre após um pequeno "período latente". ? D: o estímulo é ainda mais forte, o potencial agudo local é também mais intenso, e o PA ocorre em menos tempo do que o período latente. Excitação — O Processo de Geração do PA O Limiar para a Excitação e o "Potencial Local Agudo" ? Assim, essa figura mostra que até mesmo estímulos muito fracos causam alteração local do potencial da membrana, mas a amplitude do potencial local deve aumentar até o nível limiar para que seja produzido o PA. Período Refratário ? Um novo PA não pode ocorrer na fibra excitável enquanto a membrana ainda estiver despolarizada pelo PA precedente. ? A razão para isso é que logo após o PA ser desencadeado, os canais de Na+ (ou canais de Ca++, ou ambos) ficam inativos, e qualquer quantidade de i l it tó i li d i t ã i b i sinal excitatório aplicado a esses canais nesse momento não vai abrir as comportas de inativação. ? A única condição que permitirá sua reabertura é o retorno do potencial de membrana ao valor original, ou próximo disso, do potencial de repouso da membrana. 12/4/2011 13 Período Refratário ? Então, em uma pequena fração de segundo, as comportas de inativação dos canais se abrirão, e novo PA poderá ser iniciado. ? O período durante o qual o 2º PA não pode ser produzido, mesmo com estímulo muito intenso, é designado como período refratário g p absoluto, esse período, para as fibras nervosas mielinizadas mais calibrosas, é de cerca de 1/2.500 segundo. ? Portanto, pode-se prontamente calcular que esse tipo de fibra pode transmitir cerca de no máximo 2.500 impulsos por segundo. Período Refratário Absoluto Período Refratário Relativo Refratariedade de resposta Período Refratário Absoluto os canais de Na estão todos inativos Período Refratário Relativo os canais de Na estão parcialmente inativos Propriedades do Potencial de Ação Período Refratário Estímulos limiar p O período refratário impede que o nervo entre em curto circuito após o potencial da ação. Após o disparo de um potencial de ação, a célula necessita de um tempo antes de disparar um próximo PA. Esse tempo chama-se período refratário Período Refratário •O Período refratário ABSOLUTO não depende da intensidade do estímulo •O período refratário RELATIVO depende da intensidade do estímulo Inibição da Excitabilidade "Estabilizadores" e Anestésicos Locais ? Em contraste com os fatores que aumentam a excitabilidade nervosa, ainda outros, conhecidos como fatores estabilizadores da membrana, podem diminuir a excitabilidade. ? Ex: ↑ concentração de íons Ca++ no líquido exlracelular ↓ a permeabilidade para os íons Na+, ao mesmo tempo reduzindo a excitabilidade. Por essa razão, í C ++ ã dit " t bili d "os íons Ca++ são ditos serem "estabilizadores". ? Anestésicos Locais: entre os estabilizadores mais importantes estão as muitas substâncias usadas clinicamente como anestésicos locais, incluindo a procaína e a tetracaína, a maioria desses agentes atua diretamente sobre as comportas de ativação dos canais de Na+, dificultando, de forma muito acentuada, a abertura dessas comportas,e, desse modo, reduzindo a excitabilidade da membrana. Quando a excitabilidade tiver ↓ de modo que a proporção da intensidade do PA para o limiar da excitabilidade fique reduzida para menos de l ,0, os impulsos nervosos deixam de passar pelos nervos anestesiados. Propagação do PA Propagação do PA ? Um PA provocado em qualquer parte de uma membrana excitável em geral excita as porções adjacentes da membrana, resultando na propagação do PA por toda a membrana. ? A fibra nervosa que foi estimulada na sua região central - isto é, essa região repentinamente desenvolve permeabilidade aumentada para o Na+. As setas mostram o "circuito local" do fluxo de corrente das áreas despolarizadas da membrana para as áreas adjacentes da membrana em repouso. 12/4/2011 14 Propagação do PA ? Isto é,cargas elétricas positivas são levadas pelos íons Na+ que se difundem para o interior através das membranas despolarizadas, e então por muitos milímetros em ambas as direções, ao longo do cerne do axônio. Essas cargas positivas aumentam a voltagem em cerca de l a 3 milímetros pelo interior das grandes fibras mielinizadas até um valor i d l li i d d d PA maior que o da voltagem limiar para o desencadeamento do PA. ? Como consequência, os canais de Na+, nessas novas áreas, imediatamente se abrem, e o explosivo PA se alastra. Propagação do PA ? Essas novas áreas despolarizadas produzem, por sua vez, outros circuitos locais de fluxo de corrente nas áreas adjacentes da membrana, causando, progressivamente, mais e mais despolarização. ? Assim, o processo de despolarização percorre todo o comprimento da fibra, essa transmissão do processo de despolarização por uma fibra nervosa muscular é referida como impulso nervoso ou muscular. Propagação do PA Propagação do PA Direção da propagação do PA Chegada da excitação Zona de gatilho Potencial de membrana em função do local Por que o PA não se propaga retrogradamente? Por que a amplitude e a duração do PA são fixas? u ção o oca Propagação do PA http://www.blackwellpublishing.com/matthews/channel.html 12/4/2011 15 Propagação do PA ? Ver vídeo: 03 - propagação de PAp p g ç Propagação do PA Direção da Propagação ? A membrana excitável não tem direção única de propagação, mas o PA trafega em todas as direções para longe do estímulo — mesmo por todas as ramificações da fibra nervosa — até que toda a membrana ç q tenha sido despolarizada. CONDUÇÂO DO POTENCIAL DE AÇÂO http://lessons.harveyproject.org/developmen t/nervous_system/cell_neuro/action_potenti al/propagation.html Restabelecimento dos Gradientes lônicos do Na+ e do K+ após o Término do PA ? A transmissão de cada PA ao longo de fibra nervosa reduz muito pouco a diferença de [Na+] e [K+] dentro e fora da membrana, devido à difusão para o interior dos íons Na+ durante a despolarização, e pela difusão para o exterior dos íons K+, durante a repolarização. ? Para um só PA, esse efeito é tão pequeno que não pode ser medido. Na verdade, de 100.000 a 50 milhões de impulsos podem ser transmitidos por fibras nervosas calibrosas antes que as diferenças de concentração atinjam o ponto em que cessa a condução dos PA. Restabelecimento dos Gradientes lônicos do Na+ e do K+ após o Término do PA ? Ainda assim, com o passar do tempo, é necessário o restabelecimento das diferenças de [Na+] e [K+] na membrana, isso é realizado pela ação da bomba de Na+-K+, para o estabelecimento original do potenciais de repouso. ? Como essa bomba requer energia para seu funcionamento, essa "recarga" da fibra nervosa é processo metabólico ativo, usando energia derivada do ATP do sistema de energia da célula, a fibra nervosa produz excesso de calor durante a recarga, que éuma medida do consumo de energia quando a frequência dos impulsos nervosos aumenta. 12/4/2011 16 Restabelecimento dos Gradientes lônicos do Na+ e do K+ após o Término do PA ? Uma característica especial da bomba da Na+-K+ ATPase é que o grau de sua atividade é intensamente estimulado quando ocorre acúmulo excessivo de íons Na+ no interior da membrana celular. ? Enquanto a concentração interna de Na+ ↑ em 10 a 20 mEq/L, a q ç q , atividade da bomba não apenas duplica, mas aumenta em cerca de 8X, portanto, é fácil de entender como o processo de "recarga" da fibra nervosa pode ser posto rapidamente em ação, toda vez que as diferenças de [Na+] e [K+] através da membrana comecem a "diminuir“. O Platô em Alguns PA ? Em alguns casos, a membrana estimulada não se repolariza imediatamente após a despolarização; ao contrário, o potencial permanece em um platô perto do pico do potencial em ponta, por vários milissegundos, e somente então é que se inicia a repolarização. ? Esse tipo de PA ocorre nas fibras musculares do coração, onde o platô dura por um período de 0,2 a 0,3 segundo e faz com que a contração dos músculos do coração dure por esse mesmo período de tempo. O Platô em Alguns PA ? A causa do platô é uma combinação de vários fatores. ? no músculo do coração, dois tipos de canais participam do processo de despolarização: ? canais usuais de Na+ regulados pela voltagem, conhecidos como canais g p g rápidos ? canais de Ca++- Na+ regulados pela voltagem, conhecidos como canais lentos. ? A abertura dos canais rápidos causa a parte em ponta (spike) do potencial de ação, enquanto a morosa e prolongada abertura dos canais lentos de Ca++- Na+ permite principalmente o influxo de íons Ca++ para a fibra, sendo, também, responsável, em grande parte, pela parte de platô do PA. O Platô em Alguns PA ? Um segundo fator que pode ser parcialmente responsável pelo platô é que a abertura dos canais de K+ regulados pela voltagem é mais lenta do que a usual, em geral só se abrindo de forma completa até o final do platô. Isso retarda o retorno do potencial de membrana a seu valor negativo normal de -80 a -90 milivolts. Potencial de ação (em milivolts) de fibra de Purkinje do coração, mostrando um "platô“. Ritmicidade de alguns tecidos excitáveis — descarga repetitiva ? Descargas repetitivas espontâneas ocorrem normalmente no coração, na maior parte dos músculos lisos, e em muitos neurônios do SNC. ? Essas descargas rítmicas causam: ? batimento ritmado do coraçãoç ? peristaltismo rítmico dos intestinos ? alguns eventos neuronais como o controle ritmado da respiração. Ritmicidade de alguns tecidos excitáveis — descarga repetitiva ? Quase todos os outros tecidos excitáveis podem descarregar repetitivamente se o limiar de excitabilidade dos tecidos celulares for suficientemente reduzido. ? Ex: mesmo as fibras nervosas mais calibrosas e as fibras dos músculos esqueléticos, que são normalmente muito estáveis, descarregam de forma repetitiva quando colocadas em uma solução contendo a substância veratrina ou quando a concentração dos íons Ca++ cai abaixo de valor crítico, em ambos os casos, elas aumentam a permeabilidade da membrana ao Na+. 12/4/2011 17 Processo de Reexcitação Necessário para a Ritmicidade Espontânea ? Para que ocorra a ritmicidade espontânea, a membrana, mesmo em seu estado natural, deve ser suficientemente permeável aos íons Na+ (ou aos íons Ca++- Na+, pelos canais lentos) para permitir a despolarização automática da membrana. ? Assim, o potencial de "repouso" da membrana no centro de controle do ritmo cardíaco é de somente -60 a -70 mV. Essa não é voltagem negativa suficiente para manter os canais de Ca++- Na+ totalmente fechados. Por essa razão, a seguinte sequência ocorre: ? alguns íons Na+ e Ca++ fluem para dentro; ? isso ↑ a voltagem da membrana na direção positiva, o que ↑ ainda mais a permeabilidade da membrana; ? ainda mais íons fluem para dentro; ? a permeabilidade ↑ mais e mais, até que o PA seja gerado. Processo de Reexcitação Necessário para a Ritmicidade Espontânea ? Então, ao final do PA, a membrana se repolariza. ? Após outro retardo de alguns milissegundos ou segundos, a excitabilidade espontânea causa nova despolarização, e novo PA ocorre espontaneamente. p ? Esse ciclo continua ininterruptamente, causando a excitação rítmica auto-induzida dos tecidos excitáveis. Ritmicidade de alguns tecidos excitáveis — descarga repetitiva ? PA rítmicos (em mV) semelhantes aos registrados no centro de controle rítmico do coração. Note suas relações com a condutância do K+ e com o estado de hiperpolarização. Características Especiais da Transmissão dos Sinais nos Troncos Nervosos Fibras Nervosas Mielinizadas e Amielinizadas. ? Corte transversal de um típico nervo pequeno, revelando muitas fibras nervosas calibrosas que constituem a maior parte da área desse corte transversal. ? As fibras calibrosas são mielinizadas, e as mais delgadas são amielinizadas (2X). Características Especiais da Transmissão dos Sinais nos Troncos Nervosos Fibras Nervosas Mielinizadas e Amielinizadas. ? A bainha de mielina é depositada em torno do axônio pelas células de Schwann da seguinte maneira: ? a membrana das células de Schwann envolve o axônio. ? em seguida, as células de Schwann giram muitas vezes em torno do axônio, g g formando camadas múltiplas de membrana, contendo a substância lipídica esfingomielina (excelente isolante elétrico), reduzindo o fluxo iônico através da membrana em cerca de 5.000 X. ? na junção entre 2 células Schwann sucessivas ao longo do axônio, existe uma área não isolada, com comprimento de 2 a 3 µm, por onde os íons ainda podem passar facilmente através da membrana do axônio, do líquido extracelular para o intracelular, dentro do axônio, essa área forma o nodo de Ranvier. Características Especiais da Transmissão dos Sinais nos Troncos Nervosos Fibras Nervosas Mielinizadas e Amielinizadas Células de Schwann ? Fibra mielinizada típica. O cerne central da fibra é o axônio, e a membrana do axônio é a que conduz o PA. O axônio é preenchido, na sua parte central, por axoplasma. Em volta do axônio existe a bainha de mielina, que é frequentemente mais espessa que o próprio axônio. A cada l a 3 mm da extensão da bainha de mielina, existe um nodo de Ranvier. Nodos de Ranvier 12/4/2011 18 A bainha de mielina aumenta a velocidade de propagação do potencial de ação A bainha de mielina aumenta a velocidade de propagação do potencial de ação Os nodos de Ranvier concentram os canais Os nodos de Ranvier concentram os canais de sódio do nervode sódio do nervo axônio Célula de Shwann internodo nodo de Ranvier Canais de K Canais de K Canais de Na caspr caspr Características Especiais da Transmissão dos Sinais nos Troncos Nervosos Fibras Nervosas Mielinizadas e Amielinizadas. ? Fibras nervosas amielinizadas http://www.blackwellpublishing.com/matthews/actionp.html Propagação do PA ? Ver flash : 03 - propagação de PA a e mielinizadop p g ç Características Especiais da Transmissão dos Sinais nos Troncos Nervosos Condução "Saltatória" de Nodo a Nodo nas Fibras Mielinizadas ? Mesmo que quase nenhum íon possa fluir através das grossas bainhas de mielina dos nervos mielinizados, eles podem passar, com facilidade, através dos nodos de Ranvier, assim os PAs só ocorrem nestes. ? Os PAs são então conduzidos de nodo para nodo, esse tipo de condução é chamado de condução saltatória, ou seja, a corrente elétrica flui pelo líquido extracelular que circunda a parte externa da bainha de mielina, assim como pelo axoplasma dentro do axônio, de nodo a nodo (saltando), excitando os nodos sucessivos, um após o outro. 12/4/2011 19 CaracterísticasEspeciais da Transmissão dos Sinais nos Troncos Nervosos Condução "Saltatória" de Nodo a Nodo nas Fibras Mielinizadas Características Especiais da Transmissão dos Sinais nos Troncos Nervosos Condução "Saltatória" de Nodo a Nodo nas Fibras Mielinizadas ? A condução saltatória é de grande valor por duas razões. ? ao fazer com que o processo de despolarização pule longos trechos ao longo do eixo da fibra nervosa, esse mecanismo ↑ a velocidade da transmissão nervosa nas fibras mielinizadas em 5 a 50 X. ? a condução saltatória conserva energia para o axônio, porque somente os nodos se despolarizam, permitindo talvez apenas perda de íons até 100 X menor da que seria necessária, e requerendo metabolismo menos intenso para restabelecer as diferenças de concentração de Na+ e K+ através da membrana, após uma série de impulsos nervosos. Características Especiais da Transmissão dos Sinais nos Troncos Nervosos Condução "Saltatória" de Nodo a Nodo nas Fibras Mielinizadas ? Ainda outra característica da condução saltatória, nas fibras mielinizadas mais grossas, é o excelente isolamento produzido pela membrana de mielina e a redução de 50 X da capacitância dessa membrana permitem ç p p que a repolarização ocorra com transferência muito pequena de íons. Características Especiais da Transmissão dos Sinais nos Troncos Nervosos Velocidade de Condução nas Fibras Nervosas. ? A velocidade de condução nas fibras nervosas varia do mínimo de 0,25 m/s, nas fibras amielínicas mais delgadas, até o máximo de 100 m/s (o comprimento de um campo de futebol em um segundo) nas fibras ( p p g ) mielinizadas mais calibrosas. Doenças que causam a perda de mielina afetam a velocidade de condução do impulso nervoso. Prof Dr Marcio Eduardo de Barros Sinapse Prof. Dr. Marcio Eduardo de Barros 12/4/2011 20 Transmissão Sináptica ? A sinapse é o local no qual uma resposta elétrica é transmitida entre células. ? Em uma sinapse elétrica, 2 células excitáveis se comunicam por passagem direta de corrente por meio de junções comunicantes (gap p g p j ç g p junction). ? Em uma sinapse química, o PA na célula pré-sináptica causa uma resposta elétrica na célula pós-sináptica por meio de uma substância neurotransmissora liberada pela célula pré-sináptica. Sinapses Elétricas ? Na sinapse elétrica, uma mudança do potencial de membrana de uma célula é transmitida para a outra célula por fluxo direto de corrente. ? Já que a corrente flui diretamente entre as 2 células que fazem sinapse elétrica, a transmissão ocorre essencialmente sem retardo sináptico. p ? Geralmente, as sinapses elétricas permitem condução em ambas as direções, (diferentes das sinapses químicas, que são unidirecionais). ? Certas sinapses elétricas conduzem com menor resistência em uma direção do que em outra; esta propriedade é chamada retificação. Sinapses Elétricas ? Células que formam sinapses elétricas se unem por junções comunicantes, estas junções são estruturas nas quais as membranas plasmáticas das células acopladas estão muito próximas (< 3 nm). ? A micrografia eletrônica de fraturas por congelamento mostra arranjos l d í l i i b i 6 regulares de partículas proteicas intramembranosas, que consistem em 6 subunidades ao redor de um canal central que é acessível à água, íons e moléculas com peso molecular (PM) de até 1.500, o arranjo hexagonal é chamado de conéxon, cada uma das subunidades é uma proteína única chamada de conexina (=25.000 PM). ? Na junção comunicante, os conéxons das células acopladas são alinhados para formar os canais de conéxon, que permitem a passagem de íons e moléculas hidrossolúveis de uma célula para outra. Sinapses Elétricas ? Os canais não estão sempre abertos; eles se abrem e fecham aleatoriamente, assim como os canais para íons dependentes de voltagem. ? A probabilidade de os canais estarem abertos pode ser alterada pelo aumento da concentração intracelular de Ca++ou H+ em uma das células ou em resposta à despolarização de uma ou ambas as célulasou em resposta à despolarização de uma ou ambas as células. ? Sinapses elétricas ocorrem por todo o SNC e SNP de vertebrados e invertebrados. Alguns neurônios no cérebro recebem sinais tanto de sinapses elétricas quanto de químicas. ? As sinapses elétricas são particularmente úteis em vias reflexas, nas quais a transmissão rápida entre células (pouco retardo sináptico) é necessária, ou quando a resposta sincronizada de um número de células é requerida. Sinapses Elétricas Sinapses Químicas ? Há vários tipos de sinapses químicas, a maioria apresenta as seguintes propriedades: ? O terminal nervoso da célula pré-sináptica contém vesículas com substâncias neurotransmissoras ou neuromoduladoras, como acetilcolina ou norepinefrina, são pequenas (=50 nm de diâmetro) e muitas estão ancoradas perto de locais específicos, chamados zonas ativas, no lado intracelular da membrana pré-sináptica. As vesículas que contêm neuropeptídios são maiores e estão distribuídas ao longo do terminal nervoso. Muitos terminais nervosos contêm tanto pequenas vesículas de molécula pequena com neurotransmissores, quanto vesículas grandes com neuropeptídios. 12/4/2011 21 Sinapses Químicas Sinapses Químicas ? Um PA no neurônio pré-sináptico abre canais de Ca++ voltagem- dependentes que estão concentrados perto das zonas ativas nos terminais nervosos. A entrada de Ca++ no terminal nervoso eleva a [ ]i, que desencadeia a liberação de neurotransmissores por exocitose para a fenda sináptica (espaço estreito (20 a 40 nm) entre as células pré e pós-sináptica. ? A substância neurotransmissora se difunde através da fenda sináptica e se liga a uma proteína receptora específica ao neurotransmissor na membrana pós-sináptica. A ligação do neurotransmissor com seu receptor resulta numa alteração transitória na condutância da membrana pós-sináptica a um ou mais íons, o que causa uma alteração transitória no potencial de membrana da célula pós-sináptica. Uma despolarização da célula pós- sináptica é um potencial excitatório pós-sináptico (PEPS) e uma hiperpolarização da célula pós-sináptica é um potencial inibitório pós-sináptico (PIPS). Sinapses Químicas ? As proteínas receptoras para muitos neurotransmissores são canais para íons ativados por ligantes. A ligação do neurotransmissor com seu receptor altera a probabilidade de o canal iônico estar no estado aberto. Em outros casos, o receptor para neurotransmissor é a 1ª proteína na cascata de transdução do sinal que altera a probabilidade de o canal iônico estar aberto. ? Em alguns casos, as substâncias neuroefetoras, tanto não-peptídios como neuropeptídios, atuam mais como neuromoduladores do que como neurotransmissores. Em geral, um neuromodulador une-se a uma proteína receptora na membrana plasmática da célula pós-sináptica ou do terminal nervoso pré-sináptico para desencadear uma cascata de transdução de sinais, que influencia a resposta da célula pós-sináptica a um neurotransmissor ou altera a quantidade do neurotransmissor liberado pela célula pré-sináptica. Sinapses Químicas ? A ação de grande parte dos neurotransmissores não-peptídicos é concluída mediante o retorno dessas substâncias à terminação nervosa pré- sináptica pelo transporte ativo secundário potencializado pelo Na+. O efeito dos neuropeptídios é finalizado por meio de proteólise ou por difusão em direção oposta à membrana pós-sináptica. ? A transmissão nas sinapses químicas é unidirecional. Um PA na célula pós- sináptica não induz a uma reposta elétrica da célula pré-sináptica. O tempo transcorrido entre um PA no terminal nervoso pré-sináptico e o potencial pós-sináptico evocado por ele, tipicamente em torno de 0,5 ms, recebe o nome de retardo sináptico. Sinapses Químicas ? O terminal nervoso pré-sinápticocontém as enzimas responsáveis pela síntese de transmissores de molécula pequena a partir de precursores simples. O terminal nervoso corresponde ao local de síntese dos neurotransmissores não-peptídicos. Em contraste, os neuropeptídios são sintetizados no RER do soma celular do neurônio pré-sináptico, e as í l l d ídi h i l l vesículas repletas de peptídios chegam ao terminal nervoso pelo transporte axonal. Sinapses Químicas ? Após a fusão entre uma vesícula contendo um neurotransmissor não- peptídico e a membrana plasmática, seus componentes são reciclados como vesículas revestidas por meio de endocitose. As vesículas revestidas fundem-se com os endossomas, dando origem a novas vesículas sinápticas. A membrana da vesícula do neurotransmissor recém-formado contém ATP á l l b b d í H+ i i d uma ATPase, responsável pelo bombeamento dos íons H+ ao interior da vesícula, bem como um transportador de neurotransmissor, o qual acopla o efluxo difusional do H+ a partir das vesículas ao acúmulo ativo do neurotransmissor para dentro da vesícula. Em contraste, as vesículas contendo neuropeptídios não são recicladas, pois a membrana integrante dessas vesículas sofre degradação. 12/4/2011 22 Junção Neuromuscular ? As sinapses entre os axônios de neurônios motores e as fibras musculares esqueléticas são chamadas junções neuromusculares, junções mioneurais ou placas motoras terminais. ? A junção neuromuscular foi a 1ª sinapse de vertebrados bem caracterizada, e seu estudo fornece a base para o entendimento de outras sinapses e seu estudo fornece a base para o entendimento de outras sinapses químicas. ? O nervo motor ao aproximar-se da junção neuromuscular perde a bainha de mielina e divide-se em finos ramos terminais, os quais repousam sobre as invaginações sinápticas na superfície das células musculares. ? A membrana plasmática das células musculares que reveste a fenda forma numerosas dobras juncionais. Junção Neuromuscular Junção Neuromuscular ? Nas terminações do axônio, há muitas vesículas sinápticas, que contêm acetilcolina (ACh), o neurotransmissor desta sinapse. ? As vesículas sinápticas nas terminações nervosas estão nas zonas ativas na membrana pré-juncional, situadas em frente às aberturas das dobras p j juncionais. A terminação do axônio e a célula muscular são separadas pela fenda juncional, que contém material amorfo rico em carboidrato. ? As moléculas do receptor para ACh estão concentradas nas aberturas das dobras juncionais. Quando a acetilcolina é liberada, é distribuída através da fenda para ligar-se ao receptor para ACh na membrana pós- juncional. Junção Neuromuscular ? A enzima colina-O-acetiltransferase, encontrada no neurônio motor, catalisa a condensação de acetil coenzima A (acetil CoA) e colina para produzir ACh. Embora acetil CoA seja produzida por neurônios, assim como acontece na maioria das células, a colina não é suficientemente sintetizada por neurônios motores, mas é obtida por captação ativa do lí id l llíquido extracelular. ? A membrana plasmática do neurônio motor tem sistema de transporte ativo secundário, acoplado ao Na+, que pode acumular colina contra um grande gradiente de potencial eletroquímico. Junção Neuromuscular ? Os receptores de ACh são canais ativados por ligante que conduzem Na+ e K+. ? A ligação da ACh com o receptor para ACh causa a abertura transitória de seu canal iônico, o que ↑ a condutância da membrana pós-juncional ao , q p j Na+ e K+. ? Pelo fato de a força motriz do Na+ ser maior que do K+, a força de entrar do Na+ predomina, resultando em uma despolarização transitória da região da placa motora, esta é chamada de potencial de placa motora (PPM). PPM ? PPMs no músculo sartório da rã. A preparação foi tratada com curare para reduzir o PPM um pouco abaixo do limiar de disparo do PA ic ad as d a pl ac a te rm in al (m m ) limiar de disparo do PA. ? O PPM registrado em distâncias crescentes da junção neuromuscular diminui em amplitude e na velocidade de despolarização. PP M sr eg ist ra da s n as d ist ân ci as in d 12/4/2011 23 Junção Neuromuscular ? O PPM é transitório porque a acetilcolina é hidrolisada em colina e acetato. ? A hidrólise de ACh é catalisada pela enzima acetilcolinesterase, que está presente em altas concentrações na membrana pós-juncional. p ç p j ? Grande parte da colina liberada na fenda sináptica é recapturada pelo terminal nervoso motor por um transporte ativo secundário potencializado pelo Na + na membrana plasmática pré-juncional. Junção Neuromuscular ? Drogas que inibem a acetilcolinesterase são chamadas de anticolinesterásicas. ? Na presença de um agente anticolinesterásico, o PPM é maior em magnitude e duração. O anticolinesterásico é útil no tratamento de g ç distúrbios nos quais a função das junções neuromusculares está prejudicadacada, como a miastenia grave. ? Os hemicolínios são drogas que bloqueiam o sistema de transporte de colina e inibem sua captação. O tratamento prolongado com hemicolínios esgota o estoque de transmissor e finalmente diminui o conteúdo de acetilcolina das vesículas. Junção Neuromuscular ? O PPM deflagra um PA na membrana plasmática da célula muscular, aada PPM despolariza a membrana pós-juncional em 15 a 20 mV. ? Pela ausência de uma quantidade adequada decanais voltagem-dependentes de Na+ e K+, a membrana pós-juncional não é capaz de deflagrar um PA. ? As correntes de circuitos locais promovem a despolarização da membrana plasmática da célula muscular em qualquer um dos lados da junção mioneural até seu limiar, gerando PA responsáveis pela propagação do impulso, desde as regiões adjacentes a essa junção até ambas as extremidades da fibra muscular, o que leva à contração da mesma. ? Sob condições normais, um PA isolado no neurônio motor gera um único PA e uma única contração (abalo muscular) em cada uma das células musculares inervadas por esse neurônio motor. Junção Neuromuscular ? A ACh não é liberada continuamente pelos terminais nervosos pré- juncionais, de fato, ela é liberada em pacotes, cada pacote correspondendo à liberação de uma vesícula sináptica. ? Mesmo que os neurônios motores não sejam estimulados, ocorrem despolarizações pequenas e espontâneas, conhecidas como PPM em miniatura PPMM, sua frequência de ocorrência é aleatória, com uma frequência média de aproximadamente 1/s. ? Cada PPM em miniatura despolariza a membrana pós-juncional em apenas aproximadamente 0,4 mV, em média, esta despolarização não é suficiente para desencadear um PA na membrana muscular plasmática adjacente. O PPM em miniatura tem o mesmo decurso temporal que um PPM, que é evocado por um PA na terminação nervosa. Sinapse - resumo ? Sequência das etapas da transmissão neuromuscular. 1.O PA se propaga ao longo do axônio do motoneurônio até a terminação pré-sináptica. 2.A despolarização da terminação pré-sináptica abre canais de Ca2+ e Ca2+ flui para dentro da terminação. 3. A ACh é liberada, na sinapse, por exocitose. 4.A ACh se fixa a seus receptores na placa motora. 5.Canais para Na+ e K+ se abrem na placa motora. 6. A despolarização da placa motora faz com que a membrana celular das fibras musculares adjacentes gere PA. 7. A ACh é degradada a acetato e colina, pela acetilcolinesterase e a colina é recaptada pela terminação pré-sináptica, por meio de co- transnporte Na+-colina. Sinapse - resumo 12/4/2011 24 Sinapse - resumo Sinapse ? Ver vídeo e flash: 03 - sinapsep Junção Neuromuscular ? O PPMM é também similar ao PPM na resposta à maioria das drogas. O PPM e o PPMM são ambos aumentados em magnitude e prolongados por drogas que inibem a acetilcolinesterase.E, ainda, ambos são similarmente deprimidos por compostos que p p p q competem com a ACh pela ligação ao receptor. A frequência de PPMM pode variar, mas as amplitudes deles estão dentro de uma faixa relativamente estreita . ? Um PPMM é causado pela liberação espontânea de um quantum de ACh dentro da fenda sináptica. Junção Neuromuscular ? Cada placa motora possui de 107 a 108 proteínas receptoras para ACh por placa motora terminal, a proteína receptora para ACh é uma proteína integral de membrana. ? O receptor para ACh consiste em 5 subunidades, que por sua vez, p p q p envolvem um canal iônico central. Cada subunidade α contém um sítio de ligação para a Ach, as 2 subunidades α devem ligar a ACh para abrir o canal iônico. ? Se um axônio motor é lesado, os receptores para ACh tendem a se dispersar por toda a superfície da célula muscular, estas então se tornam sensíveis à ACh sobre toda a superfície celular, este fenómeno é conhecido como supersensibilidade de desnervação. Junção Neuromuscular Substância transmissora Canal de potássio Ativadores químicos celulares específicos Alterações estruturais e das proteínas Junção Neuromuscular ? As assim chamadas α-toxinas do veneno de serpentes são responsáveis pela paralisação de suas presas. ? Estas toxinas unem-se a sítios de ligação nas subunidades α da proteína do receptor para ACh e impedem a ação da ACh. p p p ç ? Flechas envenenadas por imersão das pontas em curare, uma otoxina extraída de certas plantas, são usadas por alguns índios sul-americanos para paralisar suas presas. ? A succinilcolina, que se une à subunidade α mas não é capaz de abrir o canal iônico, é utilizada como um relaxante muscular em alguns procedimentos clínicos e cirúrgicos. 12/4/2011 25 Propriedades Compartilhadas entre as Junções Neuromusculares e entre Neurônios ? Uma célula pré-sináptica pode estabelecer sinapses com os dendritos, o soma, ou o axônio de um neurônio pós-sináptico. ? A: sinapses axodendríticas: entre um axônio é i á i d d i d él lpré-sináptico e um dendrito de uma outra célula, são as mais numerosas no SNC. ? B: sinapses axossomáticas: contato sináptico entre os axônios e o soma celular de um neurônio pós-sináptico. ? C: sinapses axoaxônicas: contato de um axônio com o axônio de um neurônio pós-sináptico. Propriedades Compartilhadas entre as Junções Neuromusculares e entre Neurônios ? Cada célula muscular esquelética tem apenas uma junção neuromuscular. Um único PA no neurônio motor provoca um único PA na célula muscular, esta junção neuromuscular é chamada de sinapse um-para-um, alguns neurônios recebem uma única entrada sináptica. À? Às vezes, um PA único na célula pré-sináptica provoca vários PA na célula pós-sináptica, denominada sinapse um-para-muitos. ? A situação mais comum é a célula pós-sináptica receber várias entradas, um arranjo sináptico muitos-para-um, nesse caso, um PAem uma célula pré- sináptica não é suficiente para estimular a célula pós-sináptica a disparar um PA, a chegada quase simultânea de PA pré-sinápticos, de vários neurônios que fazem sinapse com a mesma célula pós-sináptica, é necessária para despolarizar a célula pós-sináptica até o limiar. Propriedades Compartilhadas entre as Junções Neuromusculares e entre Neurônios ? O neurônio motor espinhal tem este tipo de organização sináptica muitos- para-um, cerca de 10.000 axônios pré-sinápticos fazem sinapses com cada neurônio motor espinhal, cerca de 8.000 nos dendritos e 2.000 no soma do neurônio motor. Propriedades Compartilhadas entre as Junções Neuromusculares e entre Neurônios ? Algumas dessas são entradas excitatórias que causam uma despolarização transitória, o PEPS, da célula pós-sináptica. ? Outras entradas causam a hiperpolarização i ó i PIPS PIPS transitória, o PIPS. ? O PEPS traz o potencial da membrana de uma célula pós-sináptica para próximo do limiar, enquanto o PIPS o afasta. ? O PEPS despolariza a célula pós-sináptica em l a 2 mV, o mesmo valor que o PIPS a hiperpolariza. PEPS Propriedades Compartilhadas entre as Junções Neuromusculares e entre Neurônios ? A somação espacial ocorre quando 2 entradas separadas chegam quase simultaneamente, 2 potenciais pós- sinápticos são então adicionados. ? Se 2 entradas fossem PEPS, elas despolarizariam a célula pós-sináptica por cerca de 2X mais que cada uma das entradas individualmente. ? S t d é PEPS t é PIPS l ? Se uma entrada é um PEPS e a outra é um PIPS, elas tendem a se anular mutuamente. ? A somacão temporal ocorre quando 2 ou mais PA em um neurônio pré-sináptico ocorrem em rápida sucessão, de forma que os potenciais pós-sinápticos resultantes se superpõem no tempo, uma sequência de impulsos em um neurônio pré-sináptico único pode modificar o potencial da célula pós-sináptica em degraus, assim, cada degrau de modificação no potencial pós-sináptico é causado por um dos impulsos pré-sinápticos. A estimulação repetitiva pode modular a quantidade de transmissor liberada pelo neurônio pré-sináptico ? Quando um axônio pré-sináptico é estimulado repetidamente, a resposta pós-sináptica pode ↑a cada estimulação, este fenômeno é chamado facilitação. ? A extensão da facilitação depende da frequência dos impulsos pré-ç p q p p sinápticos. A facilitação extingue-se rapidamente, em dezenas a centenas de milissegundos, após a cessação da estimulação. ? Quando um neurônio pré-sináptico é estimulado tetanicamente (muitos estímulos em frequência alta) por vários segundos, ocorre um longo aumento da resposta pós-sináptica. A potenciação pós-tetânica persiste por mais tempo que a facilitação; dura por dezenas de segundos a vários minutos após a cessação da estimulação tetânica. 12/4/2011 26 A estimulação repetitiva pode modular a quantidade de transmissor liberada pelo neurônio pré-sináptico ? A potenciação pós-tetânica e a facilitação resultam dos efeitos da estimulação repetida no neurônio pré-sináptico. Estes fenômenos não envolvem uma mudança na sensibilidade da célula pós-sináptica ao transmissor. Com a estimulação repetida, um número aumentado de quanta do transmissor é liberado, em parte porque a estimulação repetitiva ocasiona um aumento no nível de Ca++ intracelular. ? Quando uma sinapse é repetidamente estimulada por um longo tempo, chega-se a uma situação na qual cada estímulo pré-sináptico sucessivo provoca menores respostas pós-sinápticas. Este fenómeno é chamado fadiga sináptica (depressão neuromuscular na junção neuromuscular). A célula pós-sináptica em uma sinapse em fadiga responde normalmente a um transmissor aplicado por uma micropipeta; portanto, o defeito é pré-sináptico. Em alguns casos, um decréscimo no conteúdo quântico (a quantidade de transmissor por vesícula sináptica) contribui para fadiga sináptica. Uma sinapse em fadiga tipicamente se recupera em alguns segundos. A estimulação repetitiva pode modular a quantidade de transmissor liberada pelo neurônio pré-sináptico ? A: Facilitação em uma junção neuromuscular. ? B: PPMs na junção neuromuscular de rã provocados por estimulação repetida do axônio motor em diferentes frequências, o grau de facilitação aumentou com o aumento da frequência da estimulação. ? C: Potenciação pós-tetânica na junção neuromuscular de rã. Os dois traços superiores indicam PPMs controles em resposta a PA únicos no axônio motor. Traços subsequentes indicam PPMs em resposta a PA únicos depois de estimulação tetânica do neurônio motor. O intervalo de tempo entre o fim da estimulação tetânica e o PA único é mostrado em cada traço. Propriedades Compartilhadas entre as Junções Neuromusculares e entre Neurônios ? A estimulação repetida de alta frequência de certas sinapses no cérebro aumenta a eficiênciade transmissão nestas sinapses, este fenômeno é chamado de potenciação a longo prazo, pode persistir por dias ou semanas e provavelmente está envolvido nos processos de aprendizado e memória. ? A estimulação repetida de baixa frequência da sinapse mencionada pode induzir à depressão a longo prazo, uma redução persistente na eficiência sináptica. Neurotransmissores e Neuromoduladores ? É frequentemente difícil provar que uma substância seja o transmissor em uma determinada sinapse, um composto candidato ou em potencial deve satisfazer os seguintes critérios antes de ser aceito como um mediador comprovado de transmissão em uma sinapse: ? O neurônio pré-sináptico deve conter o composto e deve ser capaz de sintetizá-lo. ? O composto deve ser liberado por neurônios pré-sinápticos em resposta à estimulação apropriada. ? A microaplicação do composto na membrana pós-sináptica deve mimetizar os efeitos da estimulação do neurônio pré-sináptico. ? Os efeitos da estimulação pré-sináptica e da microaplicação do composto devem ser alterados da mesma forma por drogas. Neurotransmissores e Neuromoduladores ? Alguns neurotransmissores e neuromoduladores têm efeitos rápidos e transitórios nas células pós-sinápticas. ? Outros têm efeitos que se instalam mais lentamente e podem durar por minutos ou até mesmo por horas. p ? A maioria mas não todos os neurotransmissores e neuromoduladores conhecidos, pertencem às principais classes químicas: ? Aminas ? Aminoácidos ? Oligopeptídios Neurotransmissores e Neuromoduladores ? Acetilcolina ? Aminas biogênicas: Epínefrina, Norepinefrina, Dopamina, Serotonina, Histamina. ? Aminoácidos: GABA, Glutamato, Aspartato, Glicina. ? P i / l tídi d i Ad i ATP? Purinas/nucleotídios de purina: Adenosina, ATP ? Gás: Óxido nítrico ? Peptídios: Activinas, Angiotensina II, Peptídio natriurético atrial, Peptídio relacionado ao gene da calcitonina, Colecistocinina, Hormônio liberador da corticotropina (CRH), Dinorfinas, β-Endorfinas, Endotelinas, Encefalinas, Galanina, Gastrina, Peptídio liberador da gastrina, Hormônio liberador da gonadotropina (GnRH), Inibinas, Motilina, Neuropeptídio Y, Neurotensina, Ocitocina, Secretina, Somatostatina, Substância P, Polipeptídio intestinal vasoativo. 12/4/2011 27 ACh ? É provavelmente um importante neuro-transmissor nos gânglios basais, que estão envolvidos no controle do movimento. Além disso, a acetilcolina pode ser o transmissor em muitas outras vias neurais centrais. ? É o transmissor usado por todos os axônios motores que emergem da p q g espinha espinhal, também desempenha um papel central no SN autônomo. ? Déficits em vias envolvendo ACh (vias colinérgicas) no cérebro têm sido implicados em algumas formas de demência senil (como doença de Alzheimer). O tratamento com drogas anticolinesterásicas de ação prolongada, que atravessam a barreira hematoencefálica, pode melhorar a função cognitiva em alguns indivíduos que sofrem dessa demência. Aminas ? Dopamina, norepinefrina e epinefrina são catecolaminas que compartilham uma via biossintética comum que começa com o aminoácido tirosina. ? Tirosina é convertida a L-dopa pela enzima tirosina-hidroxilase. ? L-dopa é convertido em dopamina por uma descarboxilase específica, em neurônios dopaminérgicos, a via se interrompe aqui. ? Em neurônios noradrenérgicos, outra enzima, a dopamina p- hidroxilase, converte dopamina em norepinefrina. A norepinefrina é o transmissor primário dos neurônios pós-ganglionares simpáticos. ? As células cromafins na medula adrenal adicionam um grupo metil à norepinefrina para produzir o hormônio epinefrina. Aminas ? Neurônios que possuem altos níveis de dopamina são proeminentes nas regiões mesencefálicas, conhecidas como substância negra e tegumento ventral. ? Alguns dos axônios destes neurônios terminam no corpo estriado, onde participam do controle de movimentos complexos. ? A d ã d i d i é i t i d d d ? A degeneração de sinapses dopaminérgicas no corpo estriado ocorre na doença de Parkinson e esta degeneração pode ser a maior causa dos tremores musculares e da rigidez que caracterizam a doença. ? O tratamento com L-dopa, o precursor da dopamina, aumenta o controle motor, mas apenas temporariamente. ? Em contraste, a hiperatividade das sinapses dopaminérgicas pode estar envolvida em algumas formas de psicose. A clorpromazina e drogas antipsicóticas relacionadas inibem os receptores de dopamina nas membranas pós-sinápticas e, assim, diminuem os efeitos da dopamina liberada pelas terminações nervosas pré-sináfiticas. Aminoácidos ? São os neurotransmissores inibitórios e excitatórios mais comuns no sistema nervoso central. ? A glicina, o aminoácido mais simples, é um neurotransmissor inibitório liberado por certos interneurônios na medula espinhal e no tronco encefálico. ? O ácido γ-aminobutírico (GABA) não é incorporado em proteínas, nem está presente em todas as células, como se dá com os outros aminoácídos que ocorrem naturalmente, o GABA é produzido do glutamato por uma descarboxilase específica, presente somente em certos neurônios no SNC. Em todos os casos conhecidos, o GABA funciona como um transmissor inibitório. O GABA pode ser o neurotransmissor em até ¼ das sinapses no cérebro. ? Glutamato e aspartato, que são aminoácidos dicarboxílicos, excitam fortemente muitos neurônios. Gases ? O óxido nítrico é um importante neurotransmissor e neuromodulador ? O óxido nítrico (ON) medeia a transmissão entre os neurônios motores inibitórios do SN entérico e as células do músculo liso gastrointestinal, g também funciona como um neurotransmissor e um neuromodulador no SNC. ? Como um gás e não é armazenado em vesículas sinápticas nem liberado por exocitose. Ele é altamente permeante e simplesmente se difunde de seu local de produção para células vizinhas. A enzima ON sintase catalisa a produção de ON, e é estimulada por um aumento no Ca++ citosólico. Nucleotídios e Nucleosídios de Purina ? ATP e adenosina funcionam como neurotransmissores e neuromoduladores nos sistemas nervoso central, autónomo e periférico. 12/4/2011 28 Neuropeptídios ? Certas células liberam peptídios que atuam em baixas concentrações para excitar ou inibir neurônios. Muitos deles, chamados peptídios neuroativos ou neuropeptídios, com dois a quatro aminoácidos, têm sido identificados. ? Embora haja exceções, os neuropeptídios tipicamente afetam seus neurônios- alvo em concentrações mais baixas que os neurotransmissores clássicos ç q discutidos previamente, e as ações dos neuropeptídios usualmente perduram mais que as desses neurotransmissores. ? Alguns neuropeptídios são mais conhecidos como hormônios, que são substâncias liberadas no sangue e que alcançam suas células-alvo via circulação. ? Alguns neuropeptídios atuam como verdadeiros transmissores em sinapses específicas e como neuromoduladores em outras sinapses. Neuropeptídios ? Peptídios opióides modulam a via da dor e são importantes neuromoduladores no SNC e trato gastrointestinal. ? Opiáceos são drogas derivadas do suco da papoula. Compostos que não são derivados do ópio da papoula, mas que exercem efeitos diretos por ligação a receptores opióides, são chamados opióides. ? Operacionalmente, opióides são definidos como compostos de ação direta, cujos efeitos são especificamente antagonizados pela naloxona, um derivado da morfina. Opiáceos e opióides são usados terapeuticamente como potentes analgésicos (para alívio da dor), e exercem esse efeito pela ligação a receptores específicos para opiáceos. ? As 3 maiores classes de peptídios opióides endógenos nos mamíferos são: ? Encefalinas ? Endorfinas ? Dinorfinas Neuropeptídios ? A substância P é um transmissor nas vias da dor e no trato
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