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Gabarito AP2 Educação Infantil 1

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GABARITO AP 2 - EDUCAÇÃO INFANTIL I
Questão 1 - Valor: 3,0 (três pontos) 
Ângela Borba, em seu texto O brincar como um modo de ser e estar no mundo, nos provoca uma visitação memorialística em nossa própria infância, o que nos leva a refletir sobre a criança contemporânea. Ela faz a seguinte indagação: “De que forma o mundo contemporâneo, marcado pela falta de espaço nas grandes cidades, pela pressa, pela influência da mídia, pelo consumismo e pela violência, se reflete nas brincadeiras?”
A partir dos anseios de Mafalda expressos na ‘tirinha’ que ilustra esta questão e dos questionamentos de Ângela Borba, explique por que e como podemos, assumindo a função de professores, incorporar o brincar em sua dimensão cultural, como processo de desenvolvimento infantil, de constituição de conhecimento e de formação humana no contexto escolar.
Resposta: Valorizando o brincar pelo brincar, sem torná-lo mera ferramenta de ensino, mas considerando a riqueza simbólica que envolve as atividades lúdicas infantis. Não devemos limitar o ensino às habilidades e competências relacionadas aos conteúdos básicos das ciências no programa escolar, mas contemplar, também, a dimensão lúdica no processo ensino-aprendizagem. Este processo deve engendrar dever e prazer, seriedade e brincadeira, garantindo na rotina das práticas docentes, horários e organização de atividade de jogos e brincadeiras, não só para as crianças, mas tendo a participação efetiva do professor como observador, incentivador, parceiro e mediador das situações de brincadeiras apoiando, respeitando e contribuindo para ampliar o repertório de atividades lúdicas de seus alunos. Esta é também uma excelente fonte de conhecimento sobre as vidas das crianças e suas formas de pensar, sentir e agir no mundo e com seus pares. São oportunidades que envolvem a aprender, o conhecer, o desenvolver-se integralmente, ou seja, envolvem trocas importantes na relação ensino-aprendizagem e que devem ter espaço e tempo garantido no contexto educacional, visto que crianças-Mafaldas manifestam espontaneamente um desejo de brincar e têm, por dispositivos legais, esse direito. 
Comentário: A temática brincar na educação infantil foi abordada em textos do curso e, principalmente, por meio das vivências/experiências dos alunos na ocasião da realização da Oficina de Ludicidade. A primeira atividade realizada na disciplina, “Breves reflexões sobre minha infância”, também teve um viés sobre jogos e brincadeiras, visto que muitas das narrativas que recebemos como amostragens, contemplaram esta temática, por isso o uso da expressão “visitação memorialística” no enunciado. A ilustração da Mafalda entrou como foi condutor para se pensar o tempo-espaço da ludicidade na atualidade e sua relação com o contexto escolar. O aluno deveria, então, apontar a importância do jogo e da brincadeira no desenvolvimento infantil. 
Questão 2 - Valor: 2,0 (dois pontos) 
 	Desde os anos 80, com o retorno à democracia no Brasil, as intenções de universalização da escola básica se intensificaram. Prova disto é a inclusão das creches, conseqüentemente, a municipalização das mesmas, como destacado no texto "Entre a instrução e o diálogo: a construção da identidade educacional das creches", no qual Daniela Guimarães faz a seguinte afirmativa:
Hoje, no Brasil, o atendimento às crianças de 0 a 3 que se realiza na creche é contemplado na legislação como direito da criança, ambiente de relações complementares à família. Assim, esta instituição consolida-se como espaço educacional, e, portanto, possibilidade de experiências significativas e afetivas no seio das interações das crianças entre si, delas com os adultos e também deles entre si. 
Indique, portanto, quais são as determinações normativas e legais do reconhecimento das creches e faça um breve comentário.
Resposta: O aluno deveria fazer um comentário, desde que pertinente à legislação e seus desdobramentos. Então, poderia fazer referência à Constituição de 1988, a própria LDB de 1996, por exemplo, aos documentos curriculares, como o Referencial Curricular de Educação Infantil ou mesmo o texto “Orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade” (MEC). A partir da indicação das determinações legais, fazendo opção por citar uma ou algumas das descritas acima, o aluno deveria apontar algumas condutas que qualificam o atendimento nas creches a partir das propostas deste aparato legal, como, por exemplo, os aspectos relativos ao desenvolvimento da autonomia da criança, a compreensão de que este espaço deve promover o desenvolvimento de múltiplas linguagens, deve ser constituído por relacionamentos marcados pelo afeto, pelo diálogo, pela compreensão, o papel do educador que nela atua como sujeito que deve ser atento, ter disponibilidade de escuta, etc. Seu comentário poderia incluir a relação entre a legislação e o cotidiano destas instituições, as creches, como também poderia ser sustentado pelas idéias da autora do texto na vertente bakhtiniana.
Comentário: Embora a autora no texto que orienta a questão faça uma reflexão sobre o surgimento das creches e as concepções que as foram perpassando no período em questão ou, ainda, apresente resultados de seu trabalho investigativo em creches, o objetivo da pergunta era levar o aluno a apontar a legislação e as determinações normativas. A questão do binômio-cuidar educar, outra temática forte no contexto da educação infantil, por exemplo, não era o foco da resposta, por isso o comentário não deviria se limitar a esta idéia, a não ser que complementassem o que foi pedido, ou seja, o suporte legal e os princípios organizadores do cotidiano da creche como forma de possibilitar o pleno desenvolvimento infantil. 
Questão 3 - Valor: 2,0 (dois pontos)
 Embora na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9394/96), como no R.C.N. (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil), a avaliação seja considerada um processo que visa o acompanhamento do processo ensino-aprendizagem da criança, esses documentos, por apresentarem conceitos amplos sobre a avaliação, não possibilitam aos educadores uma compreensão sobre o conceito de linguagem (Bakhtin/Volochinov, 1929), o uso do relatório como instrumento de mediação entre professor e aluno pela perspectiva sócio-histórica-cultural (Vygotsky 1930,1934) e a linguagem argumentativa (Carreher 1983, Koch 1984, Bronckart 1997, Liberali,2000).
 Tendo em vista os resultados da pesquisa da autora Cristina Aparecida Colasanto em seu texto “Relatório de Avaliação na Educação Infantil: um estudo sobre a linguagem argumentativa”, disserte sobre a importância da linguagem argumentativa para a compreensão e avaliação do processo ensino-aprendizagem.
Resposta: Os resultados da pesquisa da autora mostram, através de exemplos de relatórios, que a linguagem argumentativa, tanto favorece a reflexão do professor sobre a sua prática, quanto ao processo de aprendizagem da criança, bem como a comunicação com os pais sobre este processo.
 Comentário: Vale ressaltar que cada item poderia ser exemplificado, mas não necessariamente. Assim, se poderia fazer referência ao uso de relatórios, a importância dada as diferentes vozes deste espaço educacional, ou ainda as questões de argumentação, contra-argumentação, premissa e conclusão, fases da linguagem argumentativa apresentadas pela autora, pautada, sobretudo, no pensamento de Bronckart.
 
Questão 4 - Valor total: 3,0 (1,5 ponto para a letra a e 1,5 ponto para a letra b)
 A organização do espaço, em instituições de Educação Infantil, ganha centralidade nos discursos e práticas pedagógicas como elemento importante na educação de crianças. Diferentes educadores, como Léa Tiriba, por exemplo, defendem que o espaço escolar é rico em vivências que perpassam a complexidade do próprio processo pedagógico. Pautando-se nas idéias desta autora, indique em cada afirmativa abaixo se ela é falsa ou verdadeira justificando sua resposta.
a) As salas deaula, com carteiras enfileiradas, uma organização espacial alinhada e um ambiente reservado, garantem às crianças uma privacidade necessária ao seu processo de desenvolvimento físico, moral, social e cultural.
Gabarito: Falso - Segundo a autora, esta forma de organização é estranha e inadequada, em especial, nos lindos “dias-de-sol-lá-fora”. Fechada entre muros, estranha à interação com a realidade social, é desarticulada dos cenários onde ocorre a vida de verdade. O espaço das salas deve promover prazer, liberdade de ações e de expressão de múltiplas linguagens pelos pequenos. Um espaço confinado e reservado é inadequado à saúde do corpo, à relação dos humanos com o mundo natural, ao desfrute do sol, do vento. Indiferente à beleza do universo mais amplo em que estamos situados. A escola é o único espaço social que é freqüentado diariamente, e durante um número significativo de horas, por adultos e crianças. Para os pequenos, que freqüentam creches, pré-escolas e as séries iniciais, especialmente os que permanecem em horário integral. É aí que, para além do convívio familiar, as crianças aprendem a viver e a conviver interagindo com o mundo e com as pessoas de suas relações.
Comentário: Deseja-se com esta questão compreender através da resposta dada e da argumentação defendida, a relação que o professor (você, aluno) estabelece com a organização espacial da sala de aula. A percepção com relação à garantia de um espaço da educação infantil que promova a relação da criança com o mundo, com diferentes culturas e contextos da realidade social e que rompa com a lógica de docilidade corporal e confinamento da infância é o ponto forte da argumentação. 
b) Um dos desafios do professor de educação infantil, para além se superar a precariedade do sistema de ensino, a desvalorização da profissão e os limites financeiros tanto para o salário quanto para a estrutura de funcionamento das escolas, é não reforçar práticas pedagógicas pautadas no pensamento do período da modernidade que separam corpo e mente; razão e emoção.
Gabarito: Verdadeiro - As formas de organização do espaço e o modo de funcionamento das creches e pré-escolas expressam uma situação de ‘emparedamento’, segundo Tiriba, havendo um desrespeito aos desejos do corpo. Isto acontece porque o divórcio entre corpo e mente é paradigmático: atravessa toda a sociedade e, conseqüentemente, as instituições educacionais em todos os seus segmentos. De um modo geral, a partir do Ensino Fundamental, as crianças são afastadas de forma ainda mais radical do mundo da brincadeira, da vida ao ar livre, estabelecendo-se um impasse entre o desejo das crianças e as normas impostas. No entanto, os espaços educacionais precisam ser pensados em função desta dupla dimensão, corpo e mente; razão e emoção, como instâncias indissociáveis na formação do individuo. O espaço pedagógico de ver um espaço da norma, mas sem desconsiderar a pulsão da vida expressa pela emoção e pela linguagem corporal. O desafio do professor, para além de suas lutas profissionais e estruturais para o melhor desempenho de suas funções, é romper com este paradigma dominante, fruto de uma concepção carteziana e compartimentalizada da era Moderna, que separa o que por natureza é inseparável: corpo e mente; razão e emoção.
Comentário: A questão da desvalorização profissional é ‘pano de fundo’ na questão, logo, o foco para justificativa deveria recair na relação corpo/mente; razão/emoção.
 
Fonte: <http://clubedamalda.blogspt.com/2007_08_01_archive.html>
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