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CRÉDITO TRIBUTÁRIO dependencia

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CRÉDITO TRIBUTÁRIO
CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA
 Crédito tributário é definido como o direito subjetivo de que é portador o sujeito ativo de uma obrigação tributária no qual lhe permite exigir do sujeito passivo o seu objeto. O Código Tributário Nacional traz a definição do crédito tributário no seu Título III, nos artigos. 139 a 193. O primeiro ponto de vista como sendo de extrema importância para a compreensão deste tema é o que diz respeito à natureza do crédito tributário, já que não há um entendimento pacífico em nossa doutrina. Com efeito, sobre ele existem duas teorias: uma, segundo a qual o crédito tributário nasce no exato instante em que irrompe o laço obrigacional, não estando, no entanto, sempre pronto a ser postulado, por lhe faltar o elemento liquidez; outra corrente oposta, de que entre os dois existe uma separação no tempo, visto que a obrigação nasce com a lei e a realização do fato tributável, enquanto o crédito decorre da obrigação, mas depende, para sua determinação, de um procedimento administrativo formal. Essa dúvida em saber se o crédito tributário nasce com a obrigação ou com o lançamento surgiu em decorrência das disposições do Código Tributário sobre a matéria, quando diz, em seu art. 139, que: 
 “Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta”. 
Extrai-se do Código Tributário Nacional que, para todos os efeitos legais, o crédito tributário é o formalmente constituído na data da notificação do lançamento feita ao sujeito passivo. Entende-se, portanto, por que o Código diz que o crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta. Por um lado, se sabe que a obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto as prestações, na forma do disposto no §1º do art.113. O crédito, por sua vez, é esta mesma prestação, obviamente decorrente da obrigação principal, mas que com ela não se confunde. Não deixa de ser a própria obrigação, mas convertida em vínculo cujo montante é perfeitamente apurado e matematicamente expresso. A obrigação, enquanto pretensão é indeterminada, enquanto o crédito é a sua própria determinação.
CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO POR LANÇAMENTO
 O CTN traz a definição de lançamento como sendo o procedimento administrativo tendente á verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e sendo o caso, propor a aplicação de penalidade cabível.
ATO OU PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO?
 A correta definição de lançamento nos remete á origem e sua própria existência, uma vez que o CTN ora trás definição ora como ato administrativo, ora como procedimento. 
A maior parte da doutrina o considera como ato administrativo, assim definido como o manejado pela autoridade competente ou até mesmo pelo contribuinte (sob a forma de autolançamento), a fim de obter a formalização da obrigação tributária decorrente da subsunção da conduta do sujeito passivo da relação à norma tributária, aplicando todas as disposições regulamentares da referida norma ao fato concreto, no intuito de atingir os fins de direito necessários à satisfação do crédito tributário, ou seja, o lançamento é ato indispensável para que o fisco possa exigir do contribuinte o seu direito de receber os valores correspondentes às exações por ele devidas, não possuindo, entretanto, o condão de constituir o crédito tributário.
ESPÉCIES DE LANÇAMENTO
Lançamento de Ofício, Unilateral ou Direto
 Este lançamento é feito sem qualquer participação ou intervenção do contribuinte. A denominação lançamento de ofício é empregada por alguns autores em virtude de este tipo de lançamento ser efetuado pela autoridade administrativa, em função do ofício que exerce. Unilateral porque participa do lançamento apenas a autoridade administrativa, e direto devido à participação direta e exclusiva da mesma autoridade. É o caso do IPTU, onde a própria autoridade verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e propõe a aplicação da pena cabível, se for o caso (art. 142 CTN). A conclusão desta modalidade de lançamento ocorre com a notificação do contribuinte.
Lançamento por Declaração
 Está prevista no art. 147 do CTN, quando diz: "O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta a autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação". No caso de o contribuinte cometer erros, apuráveis no exame da declaração, estes serão retificados pela autoridade administrativa de ofício. Sendo assim, a retificação da declaração por iniciativa do contribuinte ou declarante, quando vise reduzir ou excluir o tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde e antes de notificado o lançamento (art.147, § 1º, do CTN).
2.2.3 Lançamento por Homologação ou auto lançamento.
 Está previsto no art. 150, do CTN: "O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa". Para Rafael Moreno Rodrigues:
 "Lançamento por homologação é aquele no qual a lei atribui ao contribuinte, praticamente, toda a série de tarefas necessárias à constituição do crédito tributário. É usual, que o devedor do imposto emita documentos fiscais, escriture livros especiais para demonstrar a determinação da base de cálculo e obter o produto deste pela alíquota correspondente, apurando assim o montante do tributo devido, que terá a obrigação de recolher, sem qualquer participação direta da administração tributária." Exemplos: IPI, ICMS, ISSQN e IR. Se a lei não fixar o prazo para a homologação, será ele de cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador; expirando esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito (homologação tácita), salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação (art.150,§ 4º do CTN)

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