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Paola Góes - Seminário II

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Módulo Incidência e Crédito Tributário
ALUNA: PAOLA DE GÓES CARVALHO
SEMINÁRIO II - CRÉDITO TRIBUTÁRIO, LANÇAMENTO E ESPÉCIES DE LANÇAMENTO
Questões
1.	Considerando os conceitos de norma, incidência e crédito tributário, responda: 
	a) Que é lançamento? Definir o conceito especificando: quem pode lançar, se é ato ou procedimento e qual a sua finalidade.
Resposta: Lançamento é todo o processo de determinação do sujeito passivo e apuração da dívida tributária, como também, a norma individual e concreta vinculada no sistema com a expedição do ato de lançamento.
 
Dessa forma, trata-se de um ato ou uma série de atos de competência privativa da autoridade administrativa (procedimento), desenvolvido com obediência a certas formalidades legalmente impostas, por meio do qual se constitui o crédito tributário, tornando-o líquido, certo e exigível. 
	b) É correto afirmar que o lançamento tributário se apresenta em três espécies? Se positiva a resposta, qual o critério que orienta tal classificação, ou seja, o que diferencia uma espécie da outra?
Resposta: Consoante artigos 147 à 150, do Código Tributário Nacional, apresentam-se três espécies de lançamento tributário, sendo eles de declaração, de ofício e por homologação. 
Entretanto, Eurico Diniz de Santi (1996, p. 174), seguindo a mesma crítica de PBC, sustenta não possuir sentido “teórico classificar o ato administrativo de lançamento sob o enfoque de qualquer daqueles critérios propostos pelo CTN, pois são exteriores à estrutura desta norma individual e concreta, em nada corroboram para o deslinde dessa estrutura normativa.”
Porém, entendo que o CTN trás a finalidade de definir e delimitar o campo de atuação, orientando o intérprete quanto à correta compreensão dos preceitos normativos. 
Dessa forma, o que diferencia uma espécie da outra é o grau de participação do sujeito no lançamento, sendo eles: i) de ofício por iniciativa da autoridade fazendária; ii) por declaração mediante informações prestadas do sujeito passivo ao fisco; e, iii) por homologação, quando o sujeito passivo possui o dever de efetuar a apuração do crédito tributário e o seu pagamento. 
	c) O chamado lançamento por homologação é efetivamente lançamento? E o lançamento por declaração?
Resposta: Importante destacar que parte da doutrina estabelece que o lançamento por homologação é um autolançamento, devido o próprio sujeito passivo possuir o dever de antecipar o pagamento do tributo. Contudo, o art. 142 do CTN não admite a existência dessa modalidade, vez que trata-se de ato privativo da autoridade administrativa.
		
Dessa forma, o lançamento por homologação é efetivamente lançamento quando houver o pagamento do tributo, pois a autoridade sempre pode controlar a realização do fato gerador, inclusive a sua confirmação ou não do que foi lançado pelo sujeito passivo. 
No mesmo sentido, quanto não ocorrer o pagamento do tributo declarado (homologação), trata-se de mera declaração que necessita de um lançamento por declaração, consoante artigo 147 do CTN. 
	d) O lançamento tem eficácia declaratória e/ou constitutiva? O que é declarado e/ou constituído? Quando isso ocorre?
Resposta: A doutrina majoritária adota o lançamento misto, no qual é declaratória a obrigação e constitutiva o seu crédito, ou seja, o fato gerador faz nascer a obrigação tributária e o lançamento faz surgir o crédito tributário. 
A respeito, disserta Paulo de Barros Carvalho[footnoteRef:1]: [1: CARVALHO, Paulo de barros. Curso de Direito Tributário.30ª edição. Saraiva, eBook.] 
“Meditemos sobre a construção desse segmento de linguagem. Seu conteúdo semântico será o relato de um evento passado, devidamente caracterizado no tempo e no espaço. Dizendo de outro modo, o enunciado de que tratamos declara ter ocorrido uma alteração no plano físico –social. Nesse sentido, vale dizer que o fato jurídico tributário tem caráter declaratório. Aí está o motivo pelo qual se aplica ao fato a legislação em vigor no momento em que o evento ocorreu. Entretanto, podemos esquecer que o relato do acontecimento pretérito é exatamente o modo como se constitui o fato, como essa entidade aparece e é percebida no recinto do direito, o que nos autoriza a proclamá-lo como constitutivo do evento, e que sem esse relato, quedaria à margem do universo jurídico. Por outros torneios, o enunciado projeta-se para o passado, recolhe o evento e, ao descrevê-lo, constitui-se como fato jurídico tributário. Retenhamos estes dois aspectos, o enunciado do antecedente da norma individual e concreta que analisamos se constitui como fato ao descrever o evento.”
	e) Confrontar as noções de tempo no fato e tempo do fato.
Resposta: O tempo no fato é o momento em que ocorre o evento tributável, sendo o próprio critério temporal da regra matriz. Já o tempo do fato, é o momento de produção da norma concreta individual. 
Dessa forma, aplicando-se ao lançamento do tributo, trata-se do evento ocorrido que possibilitou a causa e do enunciado que transformou o ocorrido em fato. 
	f) O que é erro de fato e erro de direito? E mudança de critério jurídico? 
Resposta: O erro de fato ocorre quando a autoridade administrativa apura fatos não conhecidos por ocasião do lançamento tributário. Por sua vez, o erro de direito ocorre quando o lançamento é feito ilegalmente, em virtude de ignorância ou errada interpretação da lei. 
Em relação a mudança de critério jurídico, diz respeito a alteração da legislação aplicável a um mesmo fato para um mesmo sujeito passivo. 
2.	Dado o auto de infração fictício (anexo I), pergunta-se:
	a) Identifique as normas individuais e concretas veiculadas no respectivo auto de infração;
Resposta: Existem duas normas individuais e concretas vinculadas no respectivo auto de infração, sendo elas: o lançamento do tributo e a penalidade pelo não pagamento. 
	b) Confronte as noções de (i) auto de infração – documento, (ii) ato administrativo de imposição de multa, (iii) ato administrativo de lançamento e (iv) ato de notificação;
Resposta: i) auto de infração – documento: constatação pela autoridade administrativa de que o sujeito passivo praticou um ilícito tributário, sendo deveres não cumpridos nos quais aplicam-se as sanções cabíveis; 
ii) ato administrativo de imposição de multa: descreve o fato ilícito e enquadra-o na norma, imponto ao final um valor pecuniário a obrigação;
iii) ato administrativo de lançamento: ocorre quando a autoridade administrativa verifica a ocorrência de fatos que geram o crédito tributário, constituindo-o;
iv) ato de notificação: é a notícia dirigida ao sujeito passivo do tributo, dando-lhe conhecimento do ato administrativo e dos termos de exigibilidade do crédito.
	c) Em sua opinião, em que instante nasce a obrigação tributária? E o crédito tributário? E, a multa tributária? Que significa “constituição definitiva do crédito”?
Resposta: O obrigação tributária consiste em uma relação obrigacional descrita em norma jurídica, surgindo com a ocorrência do fato gerador e da constituição do crédito através do lançamento, com a finalidade de pagamento do tributo ou penalidade pecuniária (obrigação de dar).
 
O crédito tributário é constituído com o lançamento estabelecido nas espécies do CTN, que passa a ser exigível na relação jurídico tributária. 
Por fim, a multa tributária é uma espécie de sanção pelo descumprimento de uma obrigação tributária, sendo diferente da infração por se tratar de uma punção advinda de inobservância de um dever jurídico. 
3.	Empresa XXX, contribuinte de IPI, declara e formaliza seus créditos e débitos, compensa tais valores (não-cumulatividade) e, de acordo com a lei, realiza o pagamento do saldo devedor conforme discriminado abaixo:
	Posteriormente, o Fisco Federal glosa os créditos de IPI utilizados pela empresa devedora, sem, contudo, efetuar o lançamento de qualquer valor a título de tributo. Em seguida, encaminha para inscrição na dívida ativa os valores não pagos em razão do aproveitamento indevido dos créditos (R$ 200.000,00), pois entende não ser necessário olançamento de ofício. Esses valores, por sua vez, são acrescidos das penalidades que o Fisco entende cabíveis, além dos juros de mora. Na sua opinião, está correto o proceder da Fazenda? Ainda, o aproveitamento de créditos da não-cumulatividade pode ser equiparado a pagamento antecipado? A glosa, por sua vez, resultaria em não pagamento? Justifique sua resposta (Vide anexo II e III).
Resposta: Não, pois não houve notificação do contribuinte acerca do lançamento do crédito, devendo a Fazenda abrir um procedimento adminsitrativo garantindo ao contribuinte o direito de contraditório e ampla defesa, e a publicidade dos atos administrativos. 
A análise do aproveitamento dos créditos d anão cumulatividade apresenta entendimento diverso, sendo: i) o aproveitamento do crédito glosado pode ser equiparado ao não pagamento, uma vez que é necessário a apuração contábil a fim de verificar se o crédito tributário aproveitado é indevido; e, ii) o aproveitamento do crédito glosado pode ser equiparado ao pagamento, vez que o contribuinte não tinha o animus de não pagar o débito tributário.
Assim sendo, observando que o contribuinte pagou o débito subtraído da glosa, entendo que o crédito tributário glosado pelo Fisco não pode ser interpretado como não pagamento. 
4.	Com relação ao lançamento por homologação, pergunta-se:
	a) Que é homologação? O que se homologa: (i) o pagamento efetuado antecipadamente; (ii) a norma individual e concreta posta pelo contribuinte; ou (iii) ambos? Justifique sua resposta.
Resposta: O lançamento por homologação é aquele em que o contribuinte auxilia o Fisco na atividade de lançamento, mensurando o valor do tributo e realizando o recolhimento antecipado sem qualquer atividade da autoridade administrativa. 
Nesse ínterim, o que se homologa é toda a atividade realizada pelo contribuinte como norma individual e concreta, até a efetivação do pagamento antecipado. 
	b) Quando se verifica a homologação expressa? Trata-se de ato administrativo? Ainda, é possível revisar-se o ato homologatório expresso? Há no direito positivo a possibilidade de pagamento de tributos sem lançamento?
Resposta: A homologação expressa ocorre quando a autoridade administrativa edita um ato atestando a concordância com as atividades do sujeito passivo, tratando-se de um ato administrativo. 
No tocante a revisão do ato homologatório expresso de um lançamento, deve-se verificar a ocorrência do preceito estatuído no art. 149 do CTN, desde que a alteração se enquadre nas possibilidades previstas e que o crédito não esteja extinto pela decadência. 
Por fim, entendo que não é possível o pagamento do tributo sem a realização de um lançamento, seja qual for a sua espécie: de ofício, por declaração ou por homologação. O lançamento é um procedimento imprescindível na relação jurídico tributária, constituindo o crédito tributário para o pagamento. 
5.	A Lei n. 10.035/00 estabelece que serão executados, nos autos da reclamação trabalhista, os créditos previdenciários devidos em decorrência da decisão proferida pelos Juízes e Tribunais, resultantes de condenação ou homologação do acordo. Pergunta-se: a decisão judicial, cognitiva ou homologatória, constitui o crédito tributário? E, eventuais acordos posteriores entre os litigantes? Há necessidade de lançamento? Como ficam os princípios do contraditório e da ampla defesa? (Vide anexos IV, V e IV).
Resposta: Pela interpretação literal da Lei 10.035/00, denota-se que as decisões judiciais cognitivas ou homologatórias constituem o crédito tributário, uma vez que com base nessas decisões os créditos previdenciários serão executados de ofício pelo próprio Juiz do trabalho.
Os eventuais acordos entre os litigantes no processo trabalhista, mesmo que após o transito em julgado ou em fase de liquidação de sentença, formará novo título executivo sobre o qual incidirá o recolhimento da contribuição previdenciária. 
Há necessidade de lançamento na fase de liquidação de cálculos, que serão efetuados das contribuições previdenciárias devidas, conforme estabelece o artigo 879, §1º, B, da CLT. 
Dessa forma, como a situação fática só veio a conhecimento da autoridade administrativa em virtude de uma demanda judicial, houve uma supressão da fase administrativa, na fase de liquidação é oportunizado a impugnação do crédito tributário previdenciário, garantindo o contraditório e a ampla defesa, nos termos do artigo 884, §4º da CLT.
6.	Sobre as hipóteses correlatas às alterações do lançamento, responda:
	a) Há diferença entre erro de direito e mudança de critério jurídico, para fins de revisão do lançamento tributário? Há possibilidade de revisão do lançamento fundado em erro de direito? E em erro de fato? Qualquer erro de fato é suficiente para fundamentar a alteração do lançamento? (Vide anexos VII, VIII e IX).
Resposta: Não há diferença entre erro de direito e mudança de critério jurídico, pois ambas são vícios de feição normativa, um descompasso entre a norma geral e abstrata e individual e concreta. Outrossim, não há possibilidade de revisão de lançamento fundada em erro de direito, uma vez que o Fisco detém a obrigação legal de aplicar e interpretar corretamente. 
Já para o erro de fato, é possível ser revisado desde que seja apenas um desajuste interno na estrutura do enunciado. 
	b) A alteração da base de cálculo, ou da sistemática de apuração do tributo pode ser feita mediante retificação do lançamento? A eleição errônea da base de cálculo, ou da sistemática de apuração configura-se como erro de fato, erro de direito ou mudança do critério jurídico? Tem o condão de acarretar anulação do lançamento? (Vide anexos X, XI e XII)
Resposta: A alteração da base de cálculo tida como um erro de fato, uma vez que a simples conferência se apura o equívoco cometido, admitindo-se a revisão de lançamento. De outro modo, a sistemática de apuração do tributo é entendida como um critério jurídico para o lançamento, o que é classificado como um erro de direito, sendo vedado a modificação do lançamento. 
Assim, um erro na sistemática de apuração do lançamento, entendido como erro de direito, gera a anulação do lançamento por vício material.

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