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Crime - Fato típico Conceito: é o fato material que se amolda perfeitamente aos elementos constantes do modelo previsto na lei penal. Elementos componentes Conduta; é a ação ou omissão humana, consciente e voluntária, dirigidaa uma finalidade. Resultado; Nexo causal; Tipicidade. Conduta a) ação: comportamento positivo, movimentação corpórea, facere; b) omissão: comportamento negativo, abstenção de movimento, non facere. Ausência de conduta Falta de voluntariedade decorrente de coação física irresistível, de reflexo decorrente de reação automática de um nervo sensitivo, ou de sonambulismo ou hipnose. Crimes omissivos próprios ou puros Quando o próprio tipo penal descreve uma omissão. Ex.: omissão de socorro. Impróprios ou comissivos por omissão São hipóteses em que o agente tinha o dever de agir para evitar o resultado, de modo que o não agir constitui crime, tal como ocorre quando a mãe, dolosamente, deixa de alimentar o filho pequeno. Resultado É a consequência da conduta humana, ou seja, o que é produzido por uma conduta dolosa ou culposa do homem. Estão excluídos: Os fenômenos da natureza, Caso fortuito e força maior, E o comportamento dos animais irracionais, que são eventos, mas não resultados no sentido jurídico do termo. Nexo casual Art. 13 CP É a relação de causa e efeito existente entre a conduta e o resultado. A teoria adotada é a da equivalência dos antecedentes causais que considera como causa toda circunstância antecedente sem a qual o resultado não teria ocorrido. É também chamada de teoria da conditio sine qua non. Art 13, Caput. Só podem ser punidos, entretanto, aqueles que tenham agido com dolo ou culpa na provocação do resultado, de modo que o fabricante de um revólver não pode ser punido por um homicídio, mas quem o emprestou ao homicida sim, caso o tenha feito de forma intencional. Relevância causal da omissão Art. 13, § 2º CP A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado, mas não o faz. O dever de agir existe a quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, a quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado e a quem, com seu comportamento anterior, criou o risco. Superveniên- cia causal A superveniência de causa relativamente independente que, por si só, produza o resultado exclui o nexo causal e a imputação, devendo o agente responder apenas pelos fatos anteriores. Tipicidade É o enquadramento da conduta concretizada pelo agente na norma penal descrita em abstrato. Formas de adequação típica Imediata ou direta Quando houver uma correspondência total da conduta ao tipo, nas hipóteses de autoria e consumação do ilícito penal. Mediata ou indireta Quando a materialização da tipicidade exige a utilização de uma norma de extensão sem a qual seria impossível enquadrar a conduta no tipo. É o que ocorre nas hipóteses de tentativa e participação, em que é necessário conjugar o dispositivo infringido da Parte Especial do Código Penal com os art. 14 e 29 do mesmo Código, que são as normas de extensão. Conceito São os elementos fundamentais da figura típica, sem os quais o crime não existe. Espécies de elementos do tipo a) objetivos – são aqueles cujo significado se extrai da própria observação. Ex.: matar, coisa móvel etc. Todo tipo penal possui elementos objetivos. b) normativos – são aqueles cujo significado depende de interpretação, de análise no caso concreto. Ex.: no crime de furto, para saber se uma coisa é alheia é necessário avaliar de que bem se trata e quem o subtraiu. c) subjetivos – mostram-se presentes quando o tipo penal exige alguma finalidade específica por parte do agente ao cometer o crime. Ex.: a intenção de obter vantagem no crime de extorsão mediante sequestro. Classificação dos tipos a) normal – aquele que só contém elementos objetivos. Ex.: homicídio. b) anormal – aquele que contém algum elemento subjetivo ou normativo, além dos objetivos. c) fechados – não exigem juízo de valor. d) abertos – exigem juízo de valor.
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