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Controle biológico de pragas Msc. Elaine R. Santos UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA Curso de Agronomia Disciplina: Tecnologias apropriadas à agricultura familiar Desvantagens Aspectos econômicos: a curto prazo, o uso de muitos patógenos ainda não apresenta a economicidade necessária para o estímulo do seu uso, quando comparados com os produtos químicos de largo espectro. Desvantagens Planejamentos das aplicações: deve envolver aspectos relacionados com o período de incubação do patógeno, de modo que o inseto seja eliminado antes que cause dano econômico. Condições favoráveis: necessidade de umidade, temperatura e luminosidade ideais podem tornar alguns dos patógenos inviáveis em determinadas épocas Desvantagens Armazenamento: inseticidas microbianos requerem maiores cuidados no armazenamento, visando manter a sua viabilidade e patogenicidade Comercial: alguns patógenos levam os insetos a ficarem presos em frutos ou partes das plantas que são consumidas levando a sua desvalorização. Controle Biológico: Patógenos Vírus: são parasitas obrigatórios intracelulares. Os principais grupos de vírus patógenos de insetos são: a) Vírus em corpos de inclusão (os vírions estão numa matriz proteica) i. Vírus da poliedrose molecular (VPN) (Família Baculoviridae) ii. Vírus da granulose (VG) ) (Família Baculoviridae) iii. Vírus da poliedrose citoplasmática (VPC) (Família Reovíridae). b) Vírus de partícula livre (vírions livres) i. Alguns da Família Baculoviridae. ii. Família Iridoviridae iii. Gênero Reovírus iv. Virus de RNA (Picornaviridae, Nodaviridae, Rhabdoviridae). Controle biológico - Patógenos: Vírus Mecanismo de penetração e ação de vírus: Ingestão (corpos poliédricos de inclusão); Ação alcalina do tubo digestivo e degradação enzimática liberando os vírions; Infestação viral das células do trato digestivo; Infestação generalizada (em Lepidoptera colonizam células de vários tecidos, em outros insetos alguns tipos de células); morte. Em geral o inseto infestado para de se alimentar um o dois dias após ser infestado e morre de 4 a 7 dias. 6 Controle biológico - Patógenos: Vírus Sintomas externos da praga atacada por vírus: perda de apetite; redução da mobilidade; descoloração do corpo; corpo oleoso, flácido, amarelado ou esbranquiçado; lagartas desfolhadoras morrem dependuradas pelas pernas abdominais no ápice da planta hospedeira. Controle biológico - Patógenos: Vírus Vantagens do uso de vírus no controle de pragas: especificidade; segurança aos vertebrados; persistência e multiplicação no meio; uso das mesmas técnicas de aplicação de inseticidas convencionais; não contaminação do meio. Desvantagens de seu uso no controle de pragas: restrita ação (apenas determinadas pragas); técnica mais apurada (amostragens, época de aplicação); baixa disponibilidade de produtos no mercado. a) Bactérias não formadoras de esporo i. Pseudomonas ii. Serratia marcescens b) Bactérias formadora de esporo i. Bacillus popilliae (mata Coleoptera: Scarabeidae) ii. Bacillus lentimorbus (mata Coleoptera: Scarabeidae) iii. Bacillus thuringiensis (mata Lepidoptera, Diptera e Coeleoptera) iv. Bacillus sphaericus (mata Diptera: Culicidae e Simulidae) Controle biológico - Patógenos: Bactérias Mecanismo de ação e penetração: Ingestão de esporos com toxinas; Ação da gama endotoxina ao nível do epitélio intestinal (parada alimentar) colonização do corpo do inseto pelos bacilos produção de alfa e beta exotoxinas e, morte do inseto. Perda de apetite do inseto. Controle biológico - Patógenos: Bactérias Sintomas externos: parada alimentar; regurgitação e diarréia; tegumento de cor fosca - marrom escura - preto seco. Controle biológico - Patógenos: Bactérias Vantagens de seu uso no controle de pragas: Especificidade ao grupo de lagartas; Alta patogenicidade; Não contaminação do meio; Difícil resistência. Desvantagens de seu uso no controle de pragas: Produto que pode perder atividade; Cuidados com armazenagem e transporte; Aplicação ao entardecer (evitar alta radiação solar); Restritos produtos comerciais no mercado. Controle biológico - Patógenos: Bactérias Primeiros agentes de C. microbiano 80% das doenças de insetos Primeiro registro – 1726 Primeiro artigo- Agostinho Bassi 1835 – Beauveria bassiana – bicho da seda Controle biológico - Patógenos: Fungos Mecanismo de penetração e ação: Penetração via cutícula (áreas intersegmentais); Colonização do corpo do inseto, Produção de micotoxinas (morte do inseto); Bloqueio mecânico do aparelho digestivo; Crescimento do micélio e envolvimento externo do inseto. Controle biológico - Patógenos: Fungos Sintomas externos: Presença de crescimento macroscópico visível na superfície dos insetos; Mudança de cor do tegumento, Manchas escuras nas pernas e regiões; Perda do apetite; Tegumento torna-se rósea (B. bassiana e M. anisopliae) e depois esbranquiçado ou amarelado pelo micélio; Encontrados em praticamente todas as ordens de insetos,mais comuns em Hemiptera, Diptera, Coleoptera, Lepidoptera. Controle biológico - Patógenos: Fungos Fungos Ação por contato Grande quantidade na natureza – solo Dificuldade dos insetos adquirirem resistência- variabilidade genética Largo espectro ovos-pupas-ninfas-adultos Vantagens de seu uso no controle de pragas: Seletividade; Persistência no meio; Baixa toxicidade a vertebrados; Baixo impacto no meio ambiente. Desvantagens de seu uso no controle de pragas: Dependência do meio ambiente (alta umidade, temperatura, luz); Dificuldade na produção e armazenamento; Efeito não imediato. Controle biológico - Patógenos: Fungos
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