Buscar

Defensivo Fitossanitario Rev10_Fim2_ebook_bx

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
2
Coordenador: Eng. Agrônomo José Fernandes de Melo Filho
Coordenador Adjunto: Eng. Florestal Moisés Pedreira de Souza
Conselheiros: 
Eng. Agrônomo Adriano Salles Costa 
Eng. Agrônoma Ana Dalva Souza Santana 
Eng. Agrônomo Breno Lothhammer Wrasse 
Eng. Florestal Dalton Longue Júnior 
Eng. Agrícola Dian Lourençoni 
Eng. Florestal Izabel Cristina Ceron de Paula 
Eng. Agrônomo João Kuffel 
Eng. Agrônomo José Fernandes de Melo Filho
Eng. Agrônomo José Humberto Félix de Souza
Eng. Agrônomo José Rafael de Souza
Eng. Florestal Moisés Pedreira de Souza
Eng. Agrônomo Renato Dias Fiorese
Câmara Especializada de Agronomia
3
APRESENTAÇÃO
Em sua belíssima trajetória de 
contribuições para defender a 
sociedade e aperfeiçoar as con-
dições de exercício profissional 
legalizado, a Câmara de Agro-
nomia do CREA – BA tem sido 
um instrumento social de rele-
vância ímpar. Assim, vem de-
senvolvendo ações de aproxi-
mação com os profissionais do 
grupo Agronomia e a socieda-
de no sentido de amplificar sua 
missão e refirmar a importân-
cia dos Conselhos Profissionais 
para o desenvolvimento nacio-
nal. Nesse sentido, a CEAGRO 
BA realizou mais um esforço de 
concepção de um instrumento 
perene de conscientização so-
cial para ampliar a percepção 
da importância do uso racional 
e ambientalmente correto dos 
produtos fitossanitários, comu-
mente denominados de agro-
tóxicos, cuja utilização e apli-
cação exige, além de rigoroso 
controle, também recomenda-
ção técnica por profissionais 
tecnicamente habilitados, pos-
to que as consequências para 
a saúde humana e do planeta 
terra são graves. É com o sen-
timento do dever cumprindo 
que a CEAGRO BA disponibiliza 
a sua cartilha sobre agrotóxicos 
para a sociedade da Bahia. 
Eng. Agrônomo 
José Fernandes de Melo Filho
4
Foto: Rui Rezende 
5
Utilizados como sinônimos pela sociedade, agrotóxicos ou defensi-
vos fitossanitários, tratam dos produtos químicos, físicos e biológicos 
utilizados nas áreas produtivas e de proteção, em ambientes rurais 
ou urbanos, para prevenir ou controlar doenças e pragas. Apesar da 
popularização do termo “agrotóxico”, tecnicamente, esses produtos 
são denominados defensivos fitossanitários.
A palavra fitossanitária é formada pelo prefixo grego fito (planta) e 
a palavra sanitária (saúde). O significado está associado à prevenção 
e cura de doenças das plantas. O tratamento das plantas com esses 
produtos afeta toda a cadeia alimentar, podendo atingir os seres hu-
manos através da ingestão de alimentos contaminados, e estes efei-
tos ficam mais difíceis de serem alertados a população quando desa-
parece a palavra agrotóxico, que indica a toxicidade que os produtos 
químicos podem causar no meio ambiente, na plantação, na saúde 
dos agricultores e aos consumidores. Esse é um dos motivos que o 
termo agrotóxico seja mantido na identificação desses produtos.
Por outro lado, defendido pelo setor produtivo, o termo defensivo 
fitossanitário parece menos agressivo à população e é o termo mais 
usado na nomenclatura internacional, enquanto o termo agrotóxico 
traz uma sensação desconfortável de algo ligado a veneno, tóxico.
A alteração do termo “agrotóxico” por “defensivo fitossanitário” ado-
tado atualmente pela legislação vigente tem sido bastante debatido 
nas universidades e entre entidades ligadas ao setor produtivo e en-
tidades envolvidas com saúde e meio ambiente.
O QUE SÃO 
AGROTÓXICOS 
OU DEFENSIVOS 
FITOSSANITÁRIOS?
6
Naturalmente, pragas (insetos ou outros animais), doenças (bacteria-
nas, fúngicas, virais etc) e ervas daninhas concorrem com as plantas 
cultivadas (milho, soja, tomate, feijão, eucalipto, pinus etc), a fim de 
obter alimento para sua sobrevivência e proliferação. O problema 
ocorre quando o crescimento da população de pragas/doenças é 
muito grande, ultrapassando o que se chama de nível de dano eco-
nômico (NDE), podendo gerar danos irreversíveis à lavoura, causando 
perdas de qualidade e quantidade, comprometendo a segurança ali-
mentar dos produtos agrícolas.
A grande maioria dos consumidores não aceita grãos, frutas ou legu-
mes severamente atacados por fungos ou bactérias (doenças), que 
além de possuírem características indesejáveis de sabor e visual, tam-
bém podem gerar sérias intoxicações alimentares. Ao mesmo tempo, 
no campo, o produtor não consegue sobreviver se a sua lavoura não 
produzir o suficiente para cobrir as suas despesas com os custos de 
produção.
POR QUE OS 
AGROTÓXICOS 
OU DEFENSIVOS 
FITOSSANITÁRIOS 
SÃO UTILIZADOS NA 
AGRICULTURA?
7
À medida que a população cresce e a agricultura começa a produzir 
em maior quantidade, os plantios ficam mais densos, e as plantas fi-
cam cada vez mais próximas umas das outras. Do mesmo modo que 
as doenças se manifestam em maior intensidade onde há aglomera-
dos de pessoas, as pragas e doenças agrícolas e florestais também se 
espalham mais fácil em grandes aglomerados de plantas. 
Utilizar defensivos fitossanitários ou agrotóxicos não é simplesmen-
te uma questão de opção. Na grande maioria das vezes, o seu uso 
é necessário e, por vezes, indispensável para manter a produção de 
alimentos nos níveis necessários. No Brasil, o uso desses produtos é 
extremamente controlado e fortemente regulamentado por leis es-
pecíficas, de modo que, quando prescritos corretamente por pessoal 
técnico e qualificado (Engenheiro Agrônomo ou Engenheiro Flores-
tal) e usados corretamente, eles não representam qualquer risco para 
a saúde humana ou animal.
Foto: Rui Rezende 
8
- investir na nutrição e irrigação 
específicas para as culturas vi-
sando a melhoria da saúde das 
plantas tornando-as natural-
mente mais resistentes;
- avaliar de forma mais precoce 
possível os níveis de ataque/in-
festação para o controle maise-
fetivo e menos intenso. 
- praticar o MIP (Manejo Inte-
grado de Pragas), que constitui 
uma filosofia de controle de 
pragas que procura preservar 
e incrementar fatores de mor-
talidade natural, através do uso 
integrado dos métodos de con-
trole selecionados com base 
em parâmetros econômicos, 
ecológicos e sociológicos.
- manter as florestas de preser-
vação nas bordas das áreas pro-
Existem sim, e muitas são as alternativas. O controle de 
pragas e doenças pode ser feito de várias formas, como: 
EXISTEM ALTERNATIVAS 
AO USO DOS DEFENSIVOS 
FITOSSANITÁRIOS OU 
AGROTÓXICOS?
dutivas, pois muitos organismos 
que atacam as culturas preferem 
alimentação diversificada; 
- praticar o consorciamento e a 
rotação de culturas, para evitar 
a propagação das pragas/doen-
ças;
- plantar variedades de plantas 
que são resistentes a algumas 
doenças. Essa resistência é con-
seguida pelo melhoramento ge-
nético e pesquisa constante;
- respeitar os períodos de en-
tressafra que são definidos pelos 
órgãos sanitários; 
- quando possível aplicar pro-
dutos naturais (óleos de plan-
tas, sabões, etc) em substituição 
aos defensivos fitossanitários ou 
agrotóxicos.
9
São diversos os tipos de defensivos fitossanitários ou agrotóxicos e 
variam de acordo com a praga/doença/planta a ser controlada. São 
cerca de 900 princípios ativos em mais de 4.000 formulações dife-
rentes. Como medida de segurança à saúde pública, o Brasil possui 
uma legislação federal, estadual e até municipal, que orienta os pro-
fissionais habilitados e os executores determinando a quantidade a 
ser aplicada, o tempo de carência para cada produto em questão, e o 
tipo de produto a ser usado. 
Cada local reúne condições climáticas diferentes e as pragas, doen-
ças, plantas daninhas também se desenvolvem em função dessas 
condições. É isso que determina o tipo de defensivo fitossanitário 
a ser usado na plantação, razão pela qual não pode relacionar cada 
agrotóxico a um grupo de alimentos específicos. Normalmente, se as 
normas de prescrição e aplicação forem seguidas à risca, esses produ-
tos – apesar de altamente tóxicos – deixam no produto final apenas 
resíduos químicos considerados “toxicologicamente aceitáveis” – ou 
seja, nãonocivos à saúde.
O risco maior de intoxicação está nas pessoas que manuseiam e 
aplicam esses produtos nas plantações, principalmente quando não 
utilizam os EPIs apropriados e não seguem as orientações dos pro-
fissionais. Há também casos em que feirantes ou donos de supermer-
cados usam por conta própria o agrotóxico para que seus produtos 
permaneçam em bom estado por mais tempo, na maioria das vezes 
QUAIS SÃO AS RESTRIÇÕES 
QUANTO AO USO DOS DEFENSIVOS 
FITOSSANITÁRIOS OU AGROTÓXICOS?
10
de forma equivocada. É bom lembrar que a pene-
tração dos agrotóxicos se limita à parte externa do 
fruto ou da folha. Por isso, uma boa lavagem em 
água corrente dos alimentos que são ingeridos in 
natura (crus) pode retirar a maior parte do produto, 
tornando-o não prejudicial.
Os defensivos fitossanitários podem ser agrupados 
de acordo com seus princípios ativos. Sobre as res-
trições e limitações de uso, seguem alguns comen-
tários sobre os principais grupos usados no Brasil.
Os organoclorados são considerados “muito perigosos” e estão proi-
bidos desde 1985. Esses produtos deixam resíduos permanentes nos 
tecidos gordurosos de mamíferos, peixes e aves. Uma pessoa que co-
mer a carne de um desses animais contaminados é da mesma forma 
intoxicado. Esse produto tem um tempo de permanência no meio 
ambiente de mais de 100 anos.
O grupo dos organofosforados são considerados “menos perigosos”. 
Após a intoxicação, os efeitos desses agrotóxicos se manifestam em 
até 24 horas. Eles fazem parte da família dos chamados inibidores da 
acetilcolinesterase e, além de efeitos fisiológicos, ainda podem causar 
reações esquizofrênicas em seres humanos. Por isso, devem ser usa-
dos com bastante cautela.
Um terceiro grupo bastante usado é dos carbamatos, considerados 
“pouco perigosos”. Enquanto os efeitos dos organofosforados levam 
um mês para desaparecer, os dos carbamatos levam apenas uma se-
mana. Ambos têm as mesmas características e fazem parte da família 
dos inibidores da acetilcolinesterase.
 Inseticidas 
 (que combatem os insetos em diferentes fases da vida – larva a adulto)
11
Os produtos do grupo Paraquat são considerados “muito perigosos”. 
Extremamente tóxico, esse tipo de produto ataca gravemente to-
dos os tecidos do organismo. A intoxicação pode se dar por inala-
ção ou ingestão. O grupo Glifosate é considerado “menos perigoso”. 
Apresenta toxicidade relativamente baixa para o ser humano, mas a 
ingestão acidental causa náuseas, vômitos e outros distúrbios gas-
trointestinais.
Por fim, os produtos do grupo clorofenóxicos são “pouco perigosos”. 
Se manuseados corretamente, os produtos desse grupo são muito 
pouco tóxicos. No entanto, em sua fabricação, é liberada uma subs-
tância chamada dioxina, uma das mais mortais desenvolvidas pelo 
homem, que deve ser mantida separada. Caso ela contamine o her-
bicida, a mistura torna-se cancerígena.
Não há dúvidas de que os defensivos fitossanitários ou agrotóxicos 
causam sérios danos à saúde e podem matar, da mesma forma que 
os remédios também podem matar. Entretanto, existem formas ade-
quadas de utilizar esses produtos, que os tornam seguros e com re-
sultados positivos para a sociedade, como o aumento da produção 
e redução nos preços dos produtos agrícolas e florestais. 
 Herbicidas 
 (combatem ervas daninhas)
Foto: Rui Rezende 
12
Reclassificação Toxicológica dos Agrotóxicos
13
Normalmente, os problemas derivados do uso incorreto dos agro-
tóxicos são os mais sérios e relevantes, pois tratam do desrespei-
to aos períodos entre a aplicação do produto e a colheita, falta 
de atenção ao momento adequado de aplicação (tempo seco ou 
úmido, ao amanhecer ou no meio do dia) considerando as condi-
ções climáticas, o tamanho da área e a forma de aplicação (manual, 
com trator ou aérea).
A falsa ideia de que quanto maior a dosagem mais eficaz o produ-
to será na lavoura leva a uma contaminação desproporcional do 
ambiente e das plantas, acima da sua capacidade de absorção e 
de depuração pelo ambiente, apresentando resíduos acima dos 
níveis aceitáveis para a população. Além do problema de saúde 
pública, o uso acima do recomendado leva a um maior custo de 
produção, por se tratar de produtos de alto valor e de elevados 
custos de aplicação e mão-de-obra além da possibilidade de tole-
rância ou resistência dos organismos alvo ao agrotóxico utilizado.
Na realidade, o treinamento e a capacitação dos profissionais que 
prescrevem o seu uso adequado, bem como daqueles que execu-
tam as atividades, ajustando as tecnologias disponíveis para cada 
sistema de cultivo e observando o momento adequado para sua 
aplicação são estratégias importantes nessa discussão. Também é 
necessário aumentar a fiscalização acerca de como estes produtos 
estão sendo recomendados, comercializados e utilizados. 
A DOSAGEM DO PRODUTO: 
REMÉDIO x VENENO
14
A resposta é não! O Brasil regula através da AN-
VISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitá-
ria - a autorização para comercialização e uso 
dos produtos fitossanitários ou agrotóxicos. 
Trata de um processo burocrático e impor-
tante para a sociedade. O tempo de avaliação 
deve ser suficiente para assegurar a seguran-
ça alimentar da população, sem, contudo, ser 
longo e inviabilizar novas tecnologias menos 
impactantes.
TODOS OS DEFENSIVOS 
FITOSSANITÁRIOS OU 
AGROTÓXICOS SÃO 
PERMITIDOS NO BRASIL?
Foto: Banco de imagem
15
- “Histórico de alterações de 
monografia”: planilha contendo 
alterações legais sobre os pro-
dutos (proibições, ampliações de 
uso em diferentes culturas, limi-
tações) e seus respectivos mar-
cos legais;
- “Monografias autorizadas”: 
são os resultados da avaliação e 
reavaliação toxicológica dos in-
gredientes ativos destinados ao 
uso agrícola, domissanitário, não 
agrícola, ambientes aquáticos e 
preservante de madeira. Trazem, 
entre outras informações, os no-
mes comum e químico, a classe 
de uso, a classificação toxicológi-
ca e as culturas para as quais os 
ingredientes ativos encontram-
se autorizados, com seus respec-
tivos limites máximos de resíduo;
- “Monografias excluídas”: inclui 
uma relação de ingredientes ati-
vos de agrotóxicos, domissanitá-
rios e preservantes de madeira 
que, atualmente, não possuem 
autorização de uso no Brasil. 
No site da ANVISA, através do link 
h t t p : / / p o r t a l . a nv i s a . g o v. b r / r e g i s t r o s - e - a u t o r i z a c o e s /
agrotoxicos é possível acessar várias informações re-
lativas aos defensivos fitossanitários ou agrotóxicos.
ONDE ENCONTRAR A LISTAGEM 
DOS PRODUTOS PROIBIDOS?
Dentre os assun-
tos relacionados 
aos agrotóxicos 
contidos no 
site da ANVISA, 
alguns mere-
cem destaque:
Na página principal da ANVISA, o mesmo conteúdo pode ser acessa-
do clicando no item “Assunto” e depois clicando na palavra “Agrotó-
xico”.
16
Engenheiros Agrônomos e Engenheiros Florestais, registrados no 
CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), respeitados 
seus componentes curriculares e atribuições conferidas pelo CONFEA 
(Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) e legislação vigente 
em conformidade com o art. 11 do Decreto Estadual 6.033/1996 que 
regulamenta a Lei Estadual 6.455/1993.
Os Engenheiros Agrônomos estão mais aptos a receitarem para cultu-
ras agrícolas e pomares, enquanto os Engenheiros Florestais normal-
mente se especializam nas doenças e pragas que atacam as florestas 
e as árvores. Esses profissionais devem ser buscados não somente no 
campo, mas também na cidade, para controle de pragas e doenças 
em condomínios, ruas, parques e jardins.
Todo profissional habilitado deve seguir estritamente as normas e 
preencher todos os documentos exigidos por lei para garantia da se-
gurança da população. Entre esses documentos, tem-se o receituário 
agronômico e a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) que 
garante a presença de pessoa técnica e qualificada orientando o uso 
dos produtos fitossanitários ou agrotóxicos.
 
QUAIS PROFISSIONAIS PODEM 
INDICAR O USO DE DEFENSIVOS 
FITOSSANITÁRIOSOU AGROTÓXICOS?
17
O receituário agronômico é um documento prescrito por Engenhei-
ros Agrônomos ou Engenheiros Florestais para orientar os executores 
e/ou os produtores rurais sobre a utilização de defensivos agrícolas 
ou agrotóxicos. A sua emissão é obrigatória para a compra de qual-
quer defensivo agrícola registrado pelo MAPA (Ministério da Agricul-
tura, Pecuária e Abastecimento).
Quando o plantio começa a apresentar algum sintoma estranho, 
como manchas, pragas ou infestação de plantas daninhas, o produ-
tor rural deve entrar em contato com um profissional habilitado para 
que ele avalie o problema. Com base nessa análise, o especialista che-
gará a um diagnóstico sobre o problema que está prejudicando a 
lavoura. Assim, o profissional habilitado irá prescrever qual a melhor 
técnica, e quando necessário, qual é o melhor defensivo fitossanitá-
rio ou agrotóxico para o caso e, além disso, qual é a dose e a forma 
mais adequada de aplicação do produto. Dessa forma, o produtor 
terá muito mais segurança para fazer a aplicação, menores custos e 
melhores resultados na plantação.
O QUE É O 
RECEITUÁRIO 
AGRONÔMICO?
Foto: Banco de imagem
18
Uma das principais vantagens do receituário agronômico é que 
ele só pode ser emitido após a visita de um profissional habilita-
do à propriedade. Essa característica é fundamental para que os 
defensivos fitossanitários ou agrotóxicos sejam utilizados apenas 
se necessário e sempre com a orientação de um especialista no 
assunto, o que é essencial para o meio ambiente, para a socieda-
de e para o benefício do produtor.
A análise realizada por um profissional especializado contribui 
para a conservação do meio ambiente, pois a partir dela apenas 
produtos realmente indicados para determinado problema se-
rão recomendados e sempre com a dose correta e o modo de 
aplicação adequado. Isso ajuda a impedir que o solo, a água e 
outros recursos naturais sejam contaminados pelo uso incorreto 
de algum produto.
Com o receituário agronômico, o produtor também tem mais 
segurança na utilização dos defensivos fitossanitários ou agro-
tóxicos, já que todas as orientações estão prescritas de forma 
detalhada e são indicadas por um profissional habilitado. Dessa 
forma, o agricultor ganha mais assertividade com a aplicação do 
produto e tem menor custo, que garante, ainda, produtividade e 
qualidade na lavoura.
Além disso, o receituário agronômico beneficia e valoriza os pro-
fissionais da área, que são os únicos capacitados e autorizados a 
emitir o documento. Por fim, a emissão do documento também 
facilita a fiscalização em relação à venda, à compra e à utilização 
dos defensivos, assim como no que diz respeito ao descarte cor-
reto das embalagens vazias.
A IMPORTÂNCIA 
DO RECEITUÁRIO 
AGRONÔMICO
19
O receituário agronômico precisa conter informações sobre o produ-
tor rural, o diagnóstico, a forma de aplicar o agrotóxico e o profissio-
nal que emite o documento.
O QUE DEVE 
CONSTAR NUM 
RECEITUÁRIO 
AGRONÔMICO?
Responsável técnico: dados do 
profissional que emitiu o recei-
tuário agronômico, como nome, 
número de registro no CREA 
(Conselho Regional de Enge-
nharia e Agronomia), endereço e 
empresa em que atua;
Contratante: dados do contra-
tante, como nome da proprie-
dade, nome do produtor rural, 
telefone, endereço e CPF;
Dados técnicos: identificação da 
cultura e da variedade da cultu-
ra, do tipo das instalações ou da 
área infestada e sobre o diagnós-
tico realizado pelo profissional;
Prescrição técnica: informações 
sobre a aplicação do defensivo 
agrícola, como o modo de apli-
cação, a dosagem, condições 
climáticas adequadas para a apli-
cação, as precauções de uso e 
manuseio, os equipamentos de 
proteção individual e outras prá-
ticas de manejo;
Prescrição de controle: dados 
específicos sobre o produto re-
comendando, como período de 
carência, classe toxicológica, for-
mulação, entre outros.
20
Ao fim do documento, deve constar o local, a data e a assinatura do 
profissional responsável pela emissão. Vale lembrar que o receituário 
agronômico precisa ser expedido em conjunto com a ART e nota fis-
cal dos produtos, que deve especificar o local para a devolução das 
embalagens vazias dos agrotóxicos. Os dois documentos devem ser 
guardados por, no mínimo, dois anos.
Em casos mais específicos, documentos suplementares podem ser 
solicitados, como no caso da aplicação aérea.
Foto: Banco de imagem
21
?COMO DENUNCIAR O PROFISSIONAL QUE NÃO ORIENTA NA APLICAÇÃO OU PRESCREVE DOSAGENS QUESTIONÁVEIS
Os profissionais Engenheiros Agrônomos e En-
genheiros Florestais que possuem atribuições 
para receitarem esses produtos, dentro de suas 
limitações profissionais, devem seguir as condu-
tas éticas do Conselho Federal de Engenharia e 
Agronomia (CONFEA).
A denúncia pode ser feita em qualquer inspeto-
ria do CREA na Bahia ou de preferência, no CREA 
do estado onde a falta ética ocorreu. O denun-
ciante deverá se identificar e registrar de forma 
clara e com comprovação do fato ocorrido.
Todo cidadão deve denunciar um profissional 
ao seu CREA quando:
- prescrever agrotóxicos 
para plantios sem utilizar 
o receituário agronô-
mico acompanhado da 
ART correlata ao serviço;
- prescrever produtos 
proibidos ou não au-
torizados para a cul-
tura em tratamento;
- não tiver habilitação 
profissional para desem-
penhar tal atividade;
- negar ou prestar má 
orientação técnica 
acerca da aplicação;
- não preencher todos 
os documentos de for-
ma completa e clara.
22
Os profissionais registrados no Sistema CONFEA-CREA que não 
observarem a legislação e forem denunciados ou flagrados por 
práticas que violam a conduta ética profissional, tanto nas ativi-
dades relativas aos agrotóxicos quanto a todas as demais ativi-
dades técnicas, estarão sujeitos às penalidades previstas na Lei 
5.194/1966 (Título IV – Das penalidades), Resolução 1.002/2002 
(Anexo) e Resolução 1.090/2017, sem prejuízo das penalidades 
civil e penal, inclusas na Lei 7.802/1989 regulamentada pelo De-
creto 4.074/2002.
QUAIS AS 
CONSEQUÊNCIAS PARA O 
PROFISSIONAL QUE NÃO 
OBSERVA A LEGISLAÇÃO ?
Foto: Banco de imagem
24

Outros materiais