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Aula 04
Português p/ TRT-MT (Analista e Técnico Judiciário) - Todos os Cargos
Professor: Rafaela Freitas
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 Teoria e Questões Comentadas 
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CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL 
A 
 
 
Olá, alunos! Vamos começar mais uma aula! 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta aula vamos falar sobre uma das regras do bem falar e do bem 
escrever: concordância nominal e verbal. Um texto coeso é aquele que, 
além de outros aspectos, tem a concordância impecável! Veremos as regras e 
os usos, bem como as exceções, hehe! 
 
Temos muito trabalho pela frente! Vamos para a aula! 
 
 
 
 
 
 
 
³1mR�p�D�IRUoD�GR�JRWHMDU�GD�iJXD�TXH�IXUD�D�SHGUD��PDV�VLP�D�
persistência incansável desta ação´ 
Ivan Teorilang 
 
 
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CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
Na concordância nominal, os determinantes do substantivo (adjetivos, 
numerais, pronomes adjetivos e artigos) são flexionados (em gênero e em 
número) para se adequarem a ele (ou ao pronome substantivo ou numeral 
substantivo) a que se referem na frase. 
 
 
A concordância nominal é a adequação entre o substantivo e os 
seus determinantes, que podem ser adjetivos, numerais, pronomes 
adjetivos e artigos! 
 
O problema da concordância nominal ocorre quando o adjetivo se 
relaciona a mais de um substantivo e surgem palavras ou expressões que 
causam dúvida. 
 
Observe estas frases: 
1) Aquele beijo foi dado num inoportuno lugar e hora. 
2) Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportuna. 
3) Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportunos. 
 
Explicando... 
1) O adjetivo inoportuno está concordando com o substantivo mais 
próximo no masculino singular: lugar. 
2) O adjetivo inoportuna, agora posposto aos substantivos, concorda 
com o mais próximo: hora. 
3) Neste caso, o adjetivo inoportunos concorda com os dois 
substantivos, estando no masculino plural: lugar e hora. 
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Observe que, para concordar com os dois substantivos, o adjetivo 
ficou posposto a eles. 
 
REGRA GERAL - a partir desses exemplos, pode-se formular o 
princípio de que o adjetivo anteposto concorda com o substantivo 
mais próximo. Mas, se o adjetivo estiver depois do substantivo, 
além da possibilidade de concordar com o mais próximo, ele pode 
concordar com os dois termos, ficando no plural, indo para o 
masculino se um dos substantivos for masculino. 
 
9 Um adjetivo anteposto em referência a nomes de pessoas deve 
estar sempre no plural (As simpáticas Joana e Marta agradaram a todos). 
 
9 Quando o adjetivo tiver função de predicativo, concorda com todos 
os núcleos a que se relaciona. (São calamitosos a pobreza e o desamparo / 
Julguei insensatas sua atitude e suas palavras). 
 
E o que é um predicativo? 
É o termo da oração que dá características ou ao sujeito da oração ou ao 
objeto (complemento verbal). Assim, nos exemplos: 
 
São calamitosos a pobreza e o desamparo. 
Calamitosos�� SUHGLFDWLYR� GR� VXMHLWR� FRPSRVWR� ³a pobreza e o 
desamparo´� 
 
Julguei insensatas sua atitude e suas palavras. 
Insensatas�� SUHGLFDWLYR� GR� REMHWR� GLUHWR� ³VXD� DWLWXGH� H� VXDV� YHUGDGHV´�
GR�YHUER�³MXOJDU´� 
Sujeito oculto: eu 
 
 
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9 Quando um substantivo determinado por artigo é modificado por 
dois ou mais adjetivos, podem ser usadas as seguintes construções: 
 
a) Estudo a cultura brasileira e a portuguesa. 
b) Estudo as culturas brasileira e portuguesa. 
(QWHQGD�� R� VXEVWDQWLYR� ³FXOWXUD´� HVWi� VHndo modificado pelos adjetivos 
³EUDVLOHLUD´�H� ³SRUWXJXHVD´��1R�FDVR�GH�RV�GRLV�DGMHWLYRV�HVWDUHP�SUHFHGLGRV�
por um determinante, o substantivo fica no singular (exemplo a). No caso de 
os adjetivos não estarem determinados, o substantivo vai para o plural 
(exemplo b). 
O mesmo ocorre aqui: 
c) Os dedos indicador e médio estavam feridos. 
d) O dedo indicador e o médio estavam feridos. 
 
A construção: Estudo a cultura brasileira e portuguesa, embora 
esteja errada pela regra oficial, é aceita por alguns gramáticos. Se for 
VHJXLGD�D�UHJUD��³D�FXOWXUD´�GHYHULD�HVWDU�QR�SOXUDO�� 
 
9 No caso de numerais ordinais que se referem a um único 
substantivo, podem ser usadas as seguintes construções: 
 
a) Falei com os moradores do primeiro e segundo andar/ (...) do primeiro 
e segundo andares. 
Tanto faz! 
 
9 Adjetivos regidos pela preposição de, que se referem a pronomes 
indefinidos, ficam normalmente no masculino singular, podendo surgir 
concordância atrativa. 
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a) Sua vida não tem nada de sedutor (embora pareça errado, está 
certo! O adMHWLYR� ³VHGXWRU´�HVWi� UHJLGR�SHOD�SUHSRVLomR� ³GH´��SRU� LVVR� ILFD�QR�
masculino singular). 
b) Sua vida não tem nada de sedutora. (Concordância atrativa para o 
feminino ± FRQFRUGD�FRP�³VXD�YLGD´� 
c) Os edifícios da cidade nada têm de elegantes. (Aqui houve 
concordância atrativa para o plural ± ³RV�HGLItFLRV�HOHJDQWHV´�� 
 
Vejamos agora grupos de palavras que costumam cair em 
questões e que causam muitas dúvidas: 
 
Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio - são sempre adjetivos ou 
pronomes adjetivos, devendo concordar com o substantivo a que se 
referem. 
a) O livro segue anexo. 
b) A fotografia vai inclusa. 
c) As duplicatas seguem anexas. 
d) Elas mesmas resolveram a questão. 
Observações: 
Mesmo = até, inclusive é invariável (Mesmo eles ficaram chateados). 
A expressão em anexo é invariável (Seguem em anexo as cartas para 
apreciação). 
 
Meio, bastante, menos - meio e bastante, quando se referem a um 
substantivo, devem concordar com esse substantivo. Quando funcionarem 
como advérbios, permanecerão invariáveis. "Menos" é sempre invariável (não 
existe MENAS, hehe). 
a) Tomou meia garrafa de vinho (metade). 
b) Ela estava meio aborrecida (invariável ± um pouco aborrecida). 
c) Bastantes alunos foram à reunião (muitos). 
d) Eles falaram bastante (invariável ± falaram muito). 
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e) Eram alunas bastante simpáticas (invariável ± muito simpáticas). 
f) Havia menos pessoas vindo de casa (menos, sempre no masculino 
plural). 
 
Muito, pouco, longe, caro, barato - podem ser palavras adjetivas 
(referindo-se a substantivos), mantendo concordância com os substantivos, ou 
advérbios (invariáveis). 
a) Compraram livros caros (adjetivando livros). 
b) Os livros custaram caro (advérbio). 
c) Poucas pessoas tinham muitos livros (adjetivando pessoas). 
d) Leram pouco as moças muito vivas (advérbio). 
e) Andavam por longes terras (adjetivando terras). 
f) Eles moram longe da cidade (advérbio). 
g) Eram mercadorias baratas (adjetivando mercadorias). 
h) Pagaram barato aqueles livros (advérbio). 
 
É bom, é proibido, é necessário - expressões formadas pelo verbo ser 
+ adjetivo. Variam se o sujeito vier determinado, caso contrário a 
concordância não acontece. 
a) Água é bom (não varia). 
b) A água é boa (variou porque o substantivo água está determinado 
pelo artigo A). 
c) Bebida é proibido para menores (não varia). 
d) As bebidas são proibidas para menores (o substantivo bebidas está 
determinado pelo artigo As). 
e) Chuva é necessário (não varia). 
f) Aquela chuva foi necessária (o substantivo chuva está determinado 
pelo pronome aquela). 
 
Só = sozinho (adjetivo ± varia normalmente) 
Só = somente, apenas (é invariável, não flexiona). 
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a) Só elas não vieram (somente). 
b) Vieram só os rapazes (somente). 
c) Ela veio só / Elas vieram sós (sozinha/sozinhas). 
 
Só forma a expressão invariável "a sós" (sozinhos). 
a) Eles ficaram a sós. 
 
A locução adverbial "a olhos vistos" (= visivelmente) é invariável. 
a) Ela crescia a olhos vistos. 
 
Conforme = conformado (adjetivo ± varia normalmente). 
Conforme = como (invariável, não flexiona). 
a) Eles ficaram conformes com a decisão (conformados ± adjetivo). 
b) Dançam conforme a música (como ± invariável) 
 
O (a) mais possível = verbo e determinantes no singular. 
As, os mais possíveis = verbo e determinantes no plural. 
a) É uma moça a mais bela possível / São moças as mais belas possíveis. 
 
Os particípios concordam como adjetivos. 
a) A refém foi resgatada no bote. 
b) Os materiais foram comprados a prazo. 
 
Haja vista - não se flexiona, exceto por concordância atrativa antes de 
substantivo no plural sem preposição. 
a) Haja vista os comentários feitos. 
b) Hajam vistas os comentários feitos (concordância atrativa). 
b) Haja vista dos recados do chefe (aqui não pode haver concordância 
atrativa, pois, antes do substantivo recados, tem uma preposição - de). 
 
Pseudo, salvo (= exceto) e alerta não se flexionam. 
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a) Eles eram uns pseudossábios. 
b) Salvo nós dois, todos fugiram. 
c) Eles ficaram alerta. 
 
Os adjetivos que funcionam como advérbios são invariáveis. 
a) Vamos falar sério (funcionando como o advérbio seriamente). 
b) Ele e a esposa raro (funcionando como o advérbio raramente) vão ao 
cinema). 
 
Silepse com expressões de tratamento ± o adjetivo fará concordância 
ideológica com TXHP�HVWi�³SRU�WUD]´�GR�SURQRPH�GH�WUDWDPHQWR��DVVLP� 
a) Vossa Majestade, o rei, mostrou-se animado. 
2� ³FRUUHWR´� VHULD� 9RVVa Majestade = animada. A concordância no 
masculino (animado) se dá por ser a Majestade um rei, homem. Isso é silepse: 
a concordância que se faz não com o nome em si (pronome de tratamento) , 
mas com a figura que está por traz: homem ou mulher. 
b) Vossa Excelência é injusto. 
Concordância feita não com o pronome vossa (feminino), mas com a 
ideia de que a referida excelência seja um homem. 
 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
 
Ocorre quando o verbo é flexionado para concordar com o seu 
sujeito. 
 
 
Exemplos: 
 
Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser. 
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Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser. 
 
 
 
Casos de concordância verbal: 
 
1) Sujeito simples (apenas um núcleo) 
 
Regra geral: 
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. 
 
Ex.: Nós vamos ao cinema. 
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o 
sujeito (nós). 
 
Casos especiais: 
 
a) Quando o sujeito é um coletivo, o verbo fica no singular, pois o 
núcleo é único. 
Ex.: A multidão gritou pelo rádio. 
 
Atenção: 
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir 
para o plural. 
Ex.: A multidão de fãs gritou. 
A multidão de fãs gritaram. 
 
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria etc.) ± o 
verbo fica no singular ou vai para o plural. 
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão. 
A maioria dos alunos foram à excursão. 
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c) O sujeito é um pronome de tratamento - o verbo fica sempre na 3ª 
pessoa (do singular ou do plural). 
 
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio. 
Vossas Altezas pediram silêncio. 
Embora os pronomes de tratamento estejam na posição da 
segunda pessoa do discurso, eles fazem concordância verbal em 
terceira pessoa. 
 
d) O sujeito é o pronome relativo "que" ± o verbo concorda com o 
antecedente do pronome. 
Ex.: Fui eu que derramei o café. ± R�DQWHFHGHQWH�GR�UHODWLYR�³TXH´ p�³HX´�
por isso o verbo está na primeira pessoa do singular. 
Fomos nós que derramamos o café. ± o verbo está na primeira pessoa 
GR�SOXUDO�SDUD�FRQFRUGDU�FRP�R�DQWHFHGHQWH�³QyV´�� 
 
e) O sujeito é o pronome relativo "quem" ± o verbo pode ficar na 3ª 
pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome. 
Ex.: Fui eu quem derramou o café. ± não concordou com o antecedente. 
Fui eu quem derramei o café. ± verbo na primeira pessoa do singular 
para concordar com o antecedente. 
 
f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de 
vós, quais de..., quantos de... etc. ± o verbo poderá concordar com o 
pronome interrogativo ou indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós). 
Ex.: Quais de vós me punirão? 
 Quais de vós me punireis? 
 
Dicas: 
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Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o 
verbo concorda em pessoa e número. 
Ex.: Qual de vós me punirá. 
 
g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural - se o 
sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha 
antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo. 
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa. 
Os Estados Unidos são a maior potência mundial. 
 
h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de 
dois, cerca de... etc. ± o verbo concorda com o numeral. 
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula. 
Mais de cinco alunos não compareceram à aula. 
 
i) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior 
parte, grande parte etc. ± o verbo poderá ser usado no singular 
(concordância lógica) ou no plural (concordância atrativa). 
Ex.: A maioria dos candidatos desistiu. 
A maioria dos candidatos desistiram (no plural por ter sido mais de um 
candidato). 
 
j) O sujeito tem por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o 
verbo poderá ser usado no singular ou plural se vier afastado do substantivo. 
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em 
casa. 
A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa 
(aqui o plural é permitido por estar o verbo longe do sujeito com sentido 
coletivo). 
 
 
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2) Sujeito composto (dois ou mais núcleos) 
 
Regra geral 
O verbo vai para o plural. 
Ex.: João e Maria foram passear no bosque. 
 
Casos especiais: 
 
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais 
diferentes ± o verbo ficará no plural, seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 
2ª e 3ª pessoa. 
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) 
amigos. 
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sobre a 3ª. 
 
Ex.: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) 
amigos. 
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sobre a 3ª. 
 
 
No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a 
terceira pessoa. 
Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural) 
 
Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por 
atração com o núcleo mais próximo do verbo. 
Ex.: Irei eu e minhas amigas. 
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O verbo concordou no singular apenas com o núcleo mais próximo (eu). 
 
b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente 
(sem conjunção) ou ligados por ³H´ ± o verbo concordará com os dois 
núcleos. 
Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé. 
 
 
Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por 
atração com o núcleo mais próximo do verbo. 
Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga. 
 
c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no 
singular - o verbo poderá ficar no plural (concordância lógica) ou no singular 
(concordância atrativa). 
Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar. 
A angústia e ansiedade não o ajudava a se concentrar. 
 
d) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo pode concordar 
com todos os núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo. 
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam. 
Uma palavra, um gesto, um olhar bastava. 
 
e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... 
± o verbo concordará com o aposto resumidor. 
Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu. 
 
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f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, 
nem um nem outro... - o verbo poderá ficar no singular ou no plural. 
Ex.: Um e outro já veio. 
Um e outro já vieram. 
 
g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou - o verbo 
irá para o singular quando a ideia for de exclusão, e para o plural quando 
for de inclusão. 
Exemplos: 
Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (Exclusão) 
A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (Adição, 
inclusão). 
 
h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas 
(tanto... como/ assim... como/ não só... mas também etc.) ± o que 
comumente ocorre é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável 
se os núcleos estiverem no singular. 
Exemplos: 
Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São 
Paulo. 
Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo. 
 
Outros casos: 
 
1) Partícula ³6(´� 
A - Partícula apassivadora (voz passiva): o verbo (transitivo direto) 
concordará com o sujeito passivo. 
Ex.: Vende-se carro. 
Vendem-se carros. 
 
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B - Índice de indeterminação do sujeito (sujeito indeterminado): o 
verbo (transitivo indireto) ficará, obrigatoriamente, no singular. 
Exemplos: 
Precisa-se de secretárias. 
Confia-se em pessoas honestas. 
 
2) Verbos impessoais 
São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão sempre na 3ª 
pessoa do singular. 
Exemplos: 
Havia sérios problemas na cidade. 
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar. 
Deve haver sérios problemas na cidade. 
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar. 
 
 
Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais. 
O verbo existir não é impessoal, vai flexionar normalmente. Veja: 
Existem sérios problemas na cidade. 
Devem existir sérios problemas na cidade. (verbo auxiliar flexionado + 
verbo principal em uma das formas nominais). 
 
3) Verbos dar, bater e soar 
 
Quando usados na indicação de horas, possuem sujeito (relógio, hora, 
horas, badaladas...), e com ele devem concordar. 
Exemplos: 
O relógio deu duas horas. 
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Deram duas horas no relógio da estação 
Deu uma hora no relógio da estação. 
O sino da igreja bateu cinco badaladas. 
Bateram cinco badaladas no sino da igreja. 
Soaram dez badaladas no relógio daescola. 
 
4) Sujeito oracional 
 
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal 
fica na 3ª pessoa do singular. 
Ex.: Ainda falta dar os últimos retoques na pintura. 
Oração principal com verbo no singular: ainda falta 
Oração subordinada com função de sujeito: dar os últimos retoques. 
 
5) Concordância com o infinitivo 
 
a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração: 
 
- NÃO se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome 
pessoal oblíquo átono. 
Ex.: Esperei-as chegar. (as = elas ± sujeito do verbo chegar) 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por 
pronome átono e se o verbo da oração determinada pelo infinitivo for causativo 
(mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e sinônimos). 
Exemplos: 
Mandei sair os alunos. 
Mandei saírem os alunos. 
Os alunos = sujeito do verbo sair 
 
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- flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de 
pronome átono e determinante de verbo não causativo nem sensitivo. 
 
Ex.: Esperei saírem todos. 
 
b) Infinitivo pessoal e sujeito oculto 
 
- não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com valor de 
gerúndio. 
Ex.: Passamos horas a comentar o filme. (Passamos horas comentando) 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da 
oração principal. 
Ex.: Antes de (tu) responder, (tu) lerás o texto. 
Antes de (tu) responderes, (tu) lerás o texto. 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do 
sujeito da oração principal e está indicado por algum termo do contexto. 
Ex.: Ele nos deu o direito de contestar. 
Ele nos deu o direito de contestarmos. 
 
Ele = sujeito do verbo dar, da oração principal. 
Nos = sujeito da segunda oração, indicado por nos (nos deu) na primeira 
frase e pela terminação do verbo contestarmos, na segunda frase. 
 
- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do 
sujeito da oração principal e não está indicado por nenhum termo no contexto. 
Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato. 
Eu = sujeito da oração principal 
O sujeito da segunda oração é indeterminado. 
 
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c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal 
 
- não se flexiona o infinitivo, sendo este o verbo principal da locução 
verbal, quando, em virtude da ordem dos termos da oração, sua ligação com o 
verbo auxiliar for nítida. 
Ex.: Acabamos de fazer os exercícios. 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo, sendo este o verbo principal da 
locução verbal, quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto. 
Exemplos: 
Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidar e 
reclamar dela. 
Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidarmos e 
reclamarmos dela. 
 
6) Concordância com o verbo ser: 
 
a) Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por 
um dos pronomes: tudo, nada, isto, isso, aquilo - R�YHUER�³VHU´�RX�
³SDUHFHU´�FRQFRUGDUmR�FRP�R�SUHGLFDWLYR� 
Exemplos: 
Tudo são flores (flores = predicativo). 
Aquilo parecem ilusões (ilusões = predicativo). 
 
 
Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer 
enfatizá-lo. 
Ex.: Aquilo é sonhos vãos. 
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b) O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for 
os pronomes interrogativos: que ou quem. 
Exemplos: 
Que são gametas? 
Quem foram os escolhidos? 
 
c) Em indicações de horas, datas, tempo, distância - a concordância 
será feita com a expressão numérica. 
Exemplos: 
São nove horas. 
É uma hora. 
 
 
Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois 
subentende-se a palavra dia. 
Exemplos: 
Hoje são 24 de outubro (concordou com o numeral). 
Hoje é (dia) 24 de outubro (concordou com a palavra dia mesmo que 
subentendida). 
 
d) Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, 
a concordância se dará com o pronome. 
Ex.: Aqui o presidente sou eu. 
 
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Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a 
concordância será com o que aparece primeiro, considerando o sujeito 
da oração. 
Ex.: Eu não sou tu. 
 
e) Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o 
predicativo. 
Ex.: O menino era as esperanças da família. 
 
f) Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é menos de, junto a 
especificações de preço, peso, quantidade, distância etc., o verbo fica 
sempre no singular. 
Exemplos: 
Cento e cinquenta é pouco. 
Cem metros é muito. 
 
g) Nas expressões do tipo: ser preciso, ser necessário, ser bom, o 
verbo e o adjetivo podem ficar invariáveis (verbo na 3ª pessoa do 
singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com o sujeito 
posposto. 
Exemplos: 
É necessário aqueles materiais. 
São necessários aqueles materiais. 
 
h) Na expressão: é que, usada como expletivo (para dar ênfase, 
que pode ser retirado), se o sujeito da oração não aparecer entre o 
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verbo ³VHU´ e o ³TXH´� ficará invariável. Se aparecer, o verbo 
concordará com o sujeito. 
Exemplos: 
Eles é que sempre chegam atrasados. 
São eles que sempre chegam atrasados (eles apareceu aqui entre o 
verbo ser e o que). 
 
 
 
Prazer sem humilhação 
 
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: 
³$� FUDVH� QmR� H[LVWH� SDUD� KXPLOKDU� QLQJXpP��� (QWHQGD-se: há normas 
gramaticais cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso escrito, valendo 
como ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de 
alguém. 
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-VH��³$�DUWH�QmR�H[LVWH�SDUD�
humilhar ninguém", entendendo-se com isso que os artistas existem para 
estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligência do mundo, e não 
para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no 
terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam, não 
aquilo que alguémdetermina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a pena 
discutir: estamos mesmo em condições de escolher livremente as músicas de 
que gostamos? 
Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um 
carro passa com o som altíssimo de graves repetidos praticamente sem 
variação, num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar: houve aí 
uma escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu som motorizado 
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pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece 
muitos outros ritmos, as canções de outros países, os compositores de outras 
épocas, as tendências da música brasileira, os incontáveis estilos musicais já 
inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que está 
vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e enganoso 
GR�³YHQGH�SRUTXH�p�ERP��p�ERP�SRUTXH�YHQGH�"� 
Não digo que A é melhor que B, ou que X é superior a todas as letras do 
alfabeto; digo que é importante buscar conhecer todas as letras para escolher. 
Nada contUD�TXHP�HVFROKH�XP�³EDWLGmR��VH�Mi�RXYLX�P~VLFD�FOiVVLFD��GHVGH�TXH�
tenha tido realmente a oportunidade de ouvir e escolher compositores clássicos 
que lhe digam algo. Não acho que é preciso escolher, por exemplo, entre os 
grandes Pixinguinha e Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forró e a 
música eletrônica das baladas, entre a música dançante e a que convida a uma 
audição mais serena; acho apenas que temos o direito de ouvir tudo isso antes 
de escolher. A boa música, a boa arte, esteja onde estiver, também não existe 
para humilhar ninguém. 
(João Cláudio Figueira, inédito) 
 
01. (TCM/GO ± 2015 ± Auditor de Controle Externo ± FCC) As 
normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na 
frase: 
a) Ao autor do texto não incomodam as pessoas ouvirem qualquer coisa, 
mas sim o que a elas não é facultado conhecerem. 
b) Não deve representar uma humilhação para nós as eventuais falhas de 
redação, que pode e precisa ser sanada. 
c) Difunde-se, já há muito tempo, preconceitos contra a grande arte, sob 
a alegação de que ela é produzida para uma pequena elite. 
d) Caso não hajam opções reais, o público acabará tendo acesso não a 
obras de arte, mas a mercadorias em oferta. 
e) Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a 
alguns motoristas reagir com violência a esses abusos. 
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Comentário: 
a) Ao autor do texto não incomodam as pessoas ouvirem qualquer coisa, 
mas sim o que a elas não é facultado conhecerem. ± ERRADA. O erro está no 
verbo incomodar, ele deveria estar no singular, uma vez que o seu sujeito é 
oracional, ou seja, é uma oração. Colocando o período na ordem direta 
podemos perceber isso: as pessoas ouvirem qualquer coisa (oração 
subjetiva ± sujeito) não incomoda ao autor. 
b) Não deve representar uma humilhação para nós as eventuais falhas de 
redação, que pode e precisa ser sanada. ± ERRADA. As falhas de redação 
podem e precisam ser sanadas. Faltou concordância com o sujeito de núcleo 
falhas. 
c) Difunde-se, já há muito tempo, preconceitos contra a grande arte, sob 
a alegação de que ela é produzida para uma pequena elite. ± ERRADA. A 
RUDomR� ³GLIXQGH-VH� ������ SUHFRQFHLWRV���´� HVWi� HUUDGD�� SRLV� WUDWD-se de voz 
passiva sintética. Estando o sujeito posposto preconceitos no plural, o verbo 
difundir também deveria estar: difundem-se preconceitos. 
d) Caso não hajam opções reais, o público acabará tendo acesso não a 
obras de arte, mas a mercadorias em oferta. ± ERRADA. O verbo haver no 
sentido de existir é impessoal e deve ficar no singular: caso não haja opções 
reais. 
e) Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a 
alguns motoristas reagir com violência a esses abusos. ± CORRETA. O verbo 
atormentar está no singular porque o sujeito dele é som, não decibéis. 
GABARITO: E 
 
Leia o texto que segue. 
 
A literatura de cordel, hoje 
 
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No Brasil, literatura de cordel designa a literatura popular produzida em 
versos. A expressão se deve ao fato de que os folhetos eram comumente 
vendidos em feiras, pendurados em cordéis. Nota-se, hoje em dia, uma 
crescente visibilidade dessa literatura tradicional. Editoras e poetas trabalham 
intensamente para divulgar os folhetos, professores realizam experiências em 
sala de aula, pesquisas são realizadas no âmbito acadêmico, muitas delas são 
apresentadas como teses universitárias. Esse dinamismo pode ser ainda 
observado na publicação de antologias de folhetos por grandes editoras, ou na 
edição em livro de obras de escritores populares, e sobretudo no aparecimento 
de inúmeros poetas e poetisas em diferentes pontos do país. 
Todo esse dinamismo precisa ser analisado com cuidado. Fala-se muito na 
presença da literatura de cordel na escola, várias intervenções vêm sendo 
realizadas sobretudo em estados do Nordeste. Abrir as portas da escola para o 
conhecimento da literatura de cordel em particular, ou mesmo da literatura 
popular em geral, é uma conquista da maior importância. Porém, há que se 
pensar de que modo efetivar esse processo tendo em vista a melhor 
contribuição possível para a formação dos alunos. 
A literatura de cordel deve ter, sim, um espaço na escola, nos níveis 
fundamental e médio, levando-se sempre em conta, porém, as especificidades 
desse tipo de produção artística. Considerá-la tão somente como uma 
ferramenta ocasional, utilizada para a assimilação de conteúdos disseminados 
nas mais variadas disciplinas (história, geografia, matemática, língua 
portuguesa) não parece uma atitude que contribua para uma significativa 
experiência da leitura dos folhetos. Há que respeitá-los e admirá-los sobretudo 
pelo que já são: testemunhos do mundo imaginário a que se dedicaram 
talentosos escritores de extração popular. 
(Adaptado de: MARINHO, Ana Cristina e PINHEIRO, Hélder. O cordel no cotidiano 
escolar. São Paulo: Cortez, 2012) 
 
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02. (TJ-AP ± 2014 - Analista Judiciário - Área Judiciária e 
Administrativa ± FCC) As normas de concordância verbal acham-se 
plenamente respeitadas na construção da seguinte frase: 
a) Cabem às editoras zelar pelaboa qualidade da literatura de cordel cuja 
publicação foi assumida. 
b) Não se privem os leitores de usufruir belas edições que perenizem em 
livro os grandes autores de cordel. 
c) Quanto às edições de literatura de cordel, não se tratam apenas de 
produzir bons livros, mas de saber trabalhar com eles. 
d) O fato de haverem muitos poemas de cordel não significa que a maioria 
dos brasileiros tenham dado por sua real importância. 
e) A um grande número de leitores interessam que os folhetos de cordel 
sejam dignamente publicados em livro. 
 
Comentário: a alternativa B é a única que está inteiramente correta. 
Vejamos o erro das outras: 
a) Cabem às editoras zelar pela boa qualidade da literatura de cordel cuja 
publicação foi assumida. ± ERRADA. O erro está no verbo caber. Ele deveria 
estar no singular, pois seu sujeito é oracional: zelar pela boa qualidade... 
Veja como fica a frase na ordem direta e já com o verbo no singular: Zelar 
pela boa qualidade da literatura de cordel cuja publicação foi assumida cabe 
às editoras. 
c) Quanto às edições de literatura de cordel, não se tratam apenas de 
produzir bons livros, mas de saber trabalhar com eles. ± ERRADA. Com sujeito 
indefinido, o verbo deve ficar no singular. Não se trata de ALGUMA COISA 
(produzir bons livros). 
d) O fato de haverem muitos poemas de cordel não significa que a maioria 
dos brasileiros tenham dado por sua real importância. ± ERRADA. Verbo haver, 
no sentido de existir, deve ficar no singular, pois ele é impessoal. 
e) A um grande número de leitores interessam que os folhetos de cordel 
sejam dignamente publicados em livro. - Os folhetos de cordel sejam 
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dignamente publicados em livro) ISSO interessa a um grande número de 
leitores. Com sujeito oracional o verbo deverá ficar no singular. 
GABARITO: B 
 
Leia o texto a seguir: 
 
O conceito de indústria cultural foi criado por Adorno e Horkheimer, dois 
dos principais integrantes da Escola de Frankfurt. Em seu livro de 1947, 
Dialética do esclarecimento, eles conceberam o conceito a fim de pensar a 
questão da cultura no capitalismo recente. Na época, estavam impactados pela 
experiência no país cuja indústria cultural era a mais avançada, os Estados 
Unidos, local onde os dois pensadores alemães refugiaram-se durante a 
Segunda Guerra. 
Segundo os autores, a cultura contemporânea estaria submetida ao poder 
do capital, constituindo-se num sistema que englobaria o rádio, o cinema, as 
revistas e outros meios - como a televisão, a novidade daquele momento -, 
que tenderia a conferir a todos os produtos culturais um formato semelhante, 
padronizado, num mundo em que tudo se transformava em mercadoria 
descartável, até mesmo a arte, que assim se desqualificaria como tal. Surgiria 
uma cultura de massas que não precisaria mais se apresentar como arte, pois 
seria caracterizada como um negócio de produção em série de mercadorias 
culturais de baixa qualidade. Não que a cultura de massa fosse 
necessariamente igual para todos os estratos sociais; haveria tipos diferentes 
de produtos de massa para cada nível socioeconômico, conforme indicações de 
pesquisas de mercado. O controle sobre os consumidores seria mediado pela 
diversão, cuja repetição de fórmulas faria dela um prolongamento do trabalho 
no capitalismo tardio. 
Muito já se polemizou acerca dessa análise, que tenderia a estreitar 
demais o campo de possibilidades de mudança em sociedades compostas por 
consumidores supostamente resignados. O próprio Adorno chegou a matizá-la 
depois. Mas o conceito passou a ser muito utilizado, até mesmo por quem 
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diverge de sua formulação original. Poucos hoje discordariam de que o mundo 
todo passa pelo "filtro da indústria cultural", no sentido de que se pode 
constatar a existência de uma vasta produção de mercadorias culturais por 
setores especializados da indústria. 
Feita a constatação da amplitude alcançada pela indústria cultural 
contemporânea, são várias as possibilidades de interpretá-la. Há estudos que 
enfatizam o caráter alienante das consciências imposto pela lógica capitalista 
no âmbito da cultura, a difundir padrões culturais hegemônicos. Outros frisam 
o aspecto da recepção do espectador, que poderia interpretar criativamente - e 
não de modo resignado - as mensagens que lhe seriam passadas, ademais, de 
modo não unívoco, mas com multiplicidades possíveis de sentido. 
(RIDENTI, Marcelo. Indústria cultural: da era do rádio à era da informática no 
Brasil. In: Agenda brasileira. São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 292 a 301) 
 
03. (TCE/GO ± 2014 - Analista de Controle Externo - Jurídica ± 
FCC) As normas de concordância estão plenamente respeitadas em: 
a) Cada uma das expressões dos produtos da indústria cultural 
reproduzem as pessoas tais como foram estereotipadas pela indústria como 
um todo. 
b) Na atual era da informática, o uso de computadores pessoais e de 
diversos recursos interativos levanta novas questões para a indústria cultural. 
c) Com o fim de preencherem todos os sentidos dos trabalhadores de 
modo útil ao capital, a cultura teria passado ao domínio da racionalidade 
administrativa. 
d) A história da indústria cultural, nos países de industrialização recente, 
confundem-se com as da própria implantação tardia da indústria. 
e) Como sistema mundial, a indústria da cultura não se restringe ao 
centro e impõem-se também em nações periféricas. 
 
Comentário: 
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a) Cada uma das expressões dos produtos da indústria cultural 
reproduzem as pessoas tais como foram estereotipadas pela indústria como 
um todo. - Errada. Cada um (a), (as), (de), (dos), (das) sendo o sujeito 
da frase, a regra geral é: verbo na 3ª do singular = cada uma das 
expressões dos produtos da indústria cultural reproduz as pessoas tais como... 
b) Na atual era da informática, o uso de computadores pessoais e de 
diversos recursos interativos levanta novas questões para a indústria 
cultural. Correta. Segundo a regra geral,o verbo deve concordar com o 
sujeito: o uso. O uso de computadores é que levanta novas questões. 
c) Com o fim de preencherem todos os sentidos dos trabalhadores de 
modo útil ao capital, a cultura teria passado ao domínio da racionalidade 
administrativa. Errada. Segundo a regra geral, o verbo deve concordar com o 
sujeito. Nessa alternativa a frase estava invertida: A cultura teria passado ao 
domínio da racionalidade administrativa com o fim de preencher todos os 
sentidos dos da racionalidade administrativa. 
d) A história da indústria cultural, nos países de industrialização recente, 
confundem-se com as da própria implantação tardia da indústria. Errada. Mais 
um erro segundo a regra geral: o verbo confundir deve concordar com o seu 
sujeito: a história. A história da indústria cultural confunde-se com... 
e) Como sistema mundial, a indústria da cultura não se restringe ao 
centro e impõem-se também em nações periféricas. Errada. Mais uma 
alternativa que fera a regra geral (verbo concorda com o sujeito): 
A indústria da cultura não se restringe ao centro e impõe-se (...) 
GABARITO: B 
 
Nosso jeitinho 
 
Um amigo meu, estrangeiro, já há uns seis anos morando no Brasil, 
lembrava-me outro dia qual fora sua principal dificuldade - entre várias - de se 
adaptar aos QRVVRV� FRVWXPHV�� ³&HUWDPHQWH� IRL� OLGDU� FRP� R� WDO� GR� MHLWLQKR´��
H[SOLFRX�� ³&XVWHL� D� HQWHQGHU� TXH� DTXL� QR� %UDVLO� QDGD� HVWi� SHUGLGR�� QHQKXP�
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impasse é definitivo: sempre haverá como se dar um jeitinho em tudo, desde 
fazer o motor do carro velho funcionar com um pedaço de arame até conseguir 
que o primo do amigo do chefe da seção regional da Secretaria de Alimentos 
FRQYHQoD� HVWH� ~OWLPR� D� LQIOXHQFLDU� R� 'LUHWRU� QR� GHVSDFKR� GH� XP� SURFHVVR´�� 
 Meu amigo estrangeiro estava, como se vê, reconhecendo a nossa 
³LQIRUPDOLGDGH´�- que é o nome chique do tal do jeitinho. O sistema - também 
EDWL]DGR� SHORV� VRFLyORJRV� FRPR� R� GR� ³IDYRU´� - não deixa de ser simpático, 
embora esteja longe de ser justo. Os beneficiados nunca reclamam, e os que 
jamais foram morrem de inveja e mantêm esperanças. Até o poeta Drummond 
WUDWRX�GD�TXHVWmR�QR�SRHPD�³([SOLFDomR´��HP�TXH�GL]�D�FHUWD�DOWXUD��³(�QR�ILP�
Gi� FHUWR´�� (VVD� FRQFOXVmR� DSRQWD� SDUD� XPD� HVSpFLH� GH� SURYLGHQFLDOLVPR�
místico, contrapartida divina do jeitinho: tudo se há de arranjar, porque Deus 
é brasileiro. Entre a piada e a seriedade, muita gente segue contando com 
nosso modo tão jeitoso de viver. 
É possível que os tempos modernos tenham começado a desfavorecer a 
solução do jeitinho: a informatização de tudo, a rapidez da mídia, a divulgação 
instantânea nas redes sociais, tudo se encaminha para alguma transparência, 
que é a inimiga mortal da informalidade. Tudo se documenta, se registra, se 
formaliza de algum modo - e o jeitinho passa a ser facilmente desmascarado, 
comprometido o seu anonimato e perdendo força aquela simpática 
clandestinidade que sempre o protegeu. Mas há ainda muita gente que acha 
que nós, os brasileiros, com nossa indiscutível criatividade, daremos um jeito 
de contornar esse problema. Meu amigo estrangeiro, por exemplo, não perdeu 
a esperança. 
(Abelardo Trabulsi, inédito) 
04. (TCE-RS ± 2014 - Auditor Público Externo - Engenharia Civil ± 
FCC) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a 
concordar com o termo sublinhado na frase: 
a) As soluções postas em prática pelo jeitinho brasileiro não (deixar) de 
intrigar os estrangeiros, que não entendem tamanha informalidade. 
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b) Mesmo os brasileiros a quem que não (ocorrer) valer-se do jeitinho 
sabem reconhecê-lo como uma prática social até certo ponto legítima. 
c) Os avanços da tecnologia, sobretudo os da informática, (conspirar) 
contra a prática tradicional do jeitinho brasileiro. 
d) Acredita-se que a transparência dos meios de comunicação (tender) a 
se converter numa espécie de inimiga mortal da informalidade. 
e) Informalidade, sistema de favor, jeitinho, muitas são as denominações 
que se (aplicar) a um mesmo fenômeno social. 
 
Comentário: Os verbos devem concordar com o sujeito. 
A) o verbo deixar deve concordar com soluções posta. 
B) o verbo ocorrer deve concordar com o seu sujeito oracional valer-se 
do jeitinho. 
C) o verbo avançar deve concordar com os avanços. 
D) Esta é a alternativa correta: é a única em que o verbo (tender) 
concorda com termo sublinhado (transparência). 
E) o verbo aplicar deve concordar com o antecedente do pronome 
relativo que: denominações. 
GABARITO: D 
 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo 
 
Um programa a ser adotado 
 
 O PET - Programa de Educação pelo Trabalho - está fazendo dez anos, 
que serão comemorados num evento promovido pelo TRF4, que contará com 
representantes da Fase - Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio 
Grande do Sul. 
Há dez anos seria difícil imaginar um interno da Fase em cumprimento de 
medida socioeducativa saindo para trabalhar em um tribunal e, no final do dia, 
retornar à fundação. Muitos desacreditariam da iniciativa de colocar um 
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adolescente infrator dentro de um gabinete de desembargador ou da 
Presidência de um tribunal. Outros poderiam discriminar esses jovens e 
desejá-los longe do ambiente de trabalho. 
Todas essas barreiras foram vencidas. Em uma década, o PET do TRF4 se 
tornou realidade, quebrou preconceitos, mudou a cultura da própria instituição 
e a vida de 154 adolescentes que já passaram pelo projeto. São atendidos 
jovens entre 16 e 21 anos, com escolaridade mínima da 4a série do ensino 
fundamental. O tribunal enfrenta o desafio de criar, desenvolver e, 
principalmente, manter um programa de reinserção social. Os resultados do 
trabalho do PET com os menores que cumprem medida socioeducativa na Fase 
são considerados muito positivos quando se fala de jovens em situação de 
vulnerabilidade social. Durante esses dez anos, 45% dos participantes foram 
inseridos no mercado de trabalho e muitos já concluíram o ensino médio; cerca 
de 70% reorganizaram suas vidas e conseguiram superar a condição de 
envolvimento em atividades ilícitas. 
Na prática, os jovens trabalham durante 4 horas nos gabinetes de 
desembargadores e nas unidades administrativas do tribunal. Recebem 
atendimento multidisciplinar, com acompanhamento jurídico, de psicólogos e 
de assistentes sociais.Por meio de parcerias com entidades, já foram 
realizados cursosde mecânica, de padaria e de garçom. Destaque a considerar 
p� R� SURMHWR� ³9LUDQGR� D� SiJLQD´�� RILFLQDV� GH� OHLWXUD� H� SURGXomR�WH[WXDO��
coordenadas por servidores do TRF4 e professores e formandos de faculdades 
de Letras. 
(Adaptado de: wttp://www2.trf4.jus.br /trf4/controlador.php? acao= 
noticia_visualizar&id_noticia=10129) 
 
05. (TRF - 4ª REGIÃO ± 2014 - Analista Judiciário - Área Judiciária 
± FCC) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se, 
obrigatoriamente, em uma forma do plural para preencher de modo adequado 
a lacuna da frase: 
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a) A muitos daqueles que torceram o nariz para as iniciativas do PET não 
...... (ocorrer) que tais medidas afirmativas poderiam ser tão eficazes. 
b) A um projHWR�FRPR�R�³9LUDQGR�D�SiJLQD´���������dever) emprestar todo 
o apoio os agentes envolvidos na reabilitação dos menores infratores. 
c) A situação de vulnerabilidade social que a tantos jovens ...... 
(constranger) pode ser plenamente superada por programas como o PET. 
d) Aos desafios de criar, desenvolver e sobretudo manter um programa de 
reinserção social ...... (corresponder), felizmente, um número expressivo de 
conquistas. 
e) Durante mais de dez anos só ...... (vir) a crescer a convicção de que as 
medidas adotadas pelo PET eram bastante eficazes. 
 
Comentário: apenas na alternativa B o verbo irá obrigatoriamente para o 
plural. Vejamos cada alternativa: 
 
a) A muitos daqueles que torceram o nariz para as iniciativas do PET não 
OCORRE que tais medidas afirmativas poderiam ser tão eficazes. ± 
Que tais medidas afirmativas poderiam ser tão eficazes (sujeito oracional 
± verbo no singular) não ocorre a muitos... 
ISSO não ocorre. 
 
E��$�XP�SURMHWR�FRPR�R�³9LUDQGR�D�SiJLQD´���������dever) emprestar todo 
o apoio os agentes envolvidos na reabilitação dos menores infratores. ± é 
preciso colocar o período, que está invertido, na ordem direta para visualizar o 
plural do verbo dever: 
Os agentes envolvidos na reabilitação dos menores infratores devem 
emprestar todo o apoio D�XP�SURMHWR�FRPR�R�³9LUDQGR�D�SiJLQD´. 
Sujeito no plural (agentes) = verbo no plural (devem)! Achamos o 
gabarito! 
 
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c) A situação de vulnerabilidade social que a tantos jovens ...... 
(constranger) pode ser plenamente superada por programas como o PET. ± A 
situação de vulnerabilidade constrange os jovens.... 
Sujeito no singular (a situação) = verbo no singular (constrange). 
 
d) Aos desafios de criar, desenvolver e sobretudo manter um programa de 
reinserção social ...... (corresponder), felizmente, um número expressivo de 
conquistas. - Um número expressivo de conquistas corresponde aos 
desafios de criar, desenvolver e sobretudo manter um programa de reinserção 
social 
Sujeito no singular (um número) = verbo no singular (corresponde). 
 
e) Durante mais de dez anos só ...... (vir) a crescer a convicção de que as 
medidas adotadas pelo PET eram bastante eficazes. - A convicção de que as 
medidas adotadas pelo PET eram bastante eficazes veio a crescer... a 
convicção veio a crescer... 
Sujeito no singular (convicção) = verbo no singular (veio). 
 
GABARITO: B 
 
06. (AL-PE ± 2014 - Analista Legislativo - Direito Constitucional, 
Administrativo e Eleitoral ± FCC) Ou me engano, ou isto quis dizer que se 
lançam véus sobre certas notícias a pretexto de que, sujeitas a tantas e tão 
virulentas críticas, faz mal às pessoas. 
Tomando como parâmetro a norma-padrão escrita, comentário adequado 
sobre o acima transcrito é: O período 
a) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente mais um acento 
indicativo da crase, em "à pretexto". 
b) está correto em todos os seus aspectos. 
c) tem de receber duas correções: "quiz", em lugar de "quis", e "que se 
lança", em lugar de "que se lançam. 
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d) merece uma única correção: "fazem mal", em lugar de "faz mal". 
e) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente a alteração de "às 
pessoas" para "as pessoas". 
 
Comentário: vejamos cada frase: 
a) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente mais um acento 
indicativo da crase, em "à pretexto". ± ERRADA. Antes de palavra masculina 
(pretexto) não se usa crase. 
b) está correto em todos os seus aspectos. - ERRADA. Existe um erro na 
concordância de verbo fazer. 
c) tem de receber duas correções: "quiz", em lugar de "quis", e "que se 
lança", em lugar de "que se lançam. ± ERRADA. Quis é com s, não com z. 
Véus são lançados. O verbo lançar deve ficar no plural para concordar com o 
sujeito véus. 
d) merece uma única correção: "fazem mal", em lugar de "faz mal". 
CORRETA. O verbo fazer deve concordar no plural com o sujeito notícias: As 
notícias ... fazem mal às pessoas. 
e) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente a alteração de "às 
pessoas" para "as pessoas". ERRADA. A crase deve permanecer, pois fazer mal 
é a alguém, o uso da preposição a, que aglutina com o artigo feminino de as 
pessoas formando a crase, é obrigatório (a prep.. + as artigo = às. 
GABARITO: D 
 
Delicadezas colhidas com mão leve 
 
 Era sábado e estávamos os dois na redação vazia da revista. Esparramado 
na cadeira, Guilherme roía o que lhe restava das unhas, levantava-se, andava 
de um lado para outro, folheava um jornal velho, suspirava. Aí me veio com 
esta: 
 - Meu texto é melhor que eu. 
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A frase me fez rir, devolveu a alegria a meu amigo e poderia render uma 
discussão sobre quem era melhor, Guilherme Cunha Pinto ou o texto do 
Guilherme Cunha Pinto. Os que foram apenas leitores desse jornalista tão 
especial, morto já faz tempo, não teriam problema em escolher as matérias 
que ele assinava, que me enchiam de uma inveja benigna. 
Inveja, por exemplo, da mão leve com que ele ia buscar e punha em 
palavras as coisas mais incorpóreas e delicadas. Não era com ele, 
definitivamente, a simplificação grosseira que o jornalismo tantas vezes se 
concede, com a desculpa dos espaços e horários curtos, e que acaba fazendo 
do mundo algo chapado, previsível, sem graça. Guilherme não aceitava ser um 
mero recolhedor de aspas, nas entrevistas, nem sair à rua para ajustar os 
fatos a uma pauta. Tinha a capacidade infelizmente rara de se deixar tocar 
pelas coisas e pessoas sobre as quais ia escrever, sem ideias prontas nem pé 
atrás. Pois gostava de coisase de pessoas, e permitia que elas o 
surpreendessem. Olhava-as com amorosa curiosidade - donde os detalhes que 
faziam o singular encanto de suas matérias. O personagem mais batido se 
desdobrava em ângulos inéditos quando o repórter era ele. Com suavidade 
descia ao fundo da alma de seus entrevistados, sem jamais pendurá-los no 
pau de arara do jornalismo inquisitorial. Deu forma a textos memoráveis e 
produziu um título desde então citado e recitado nas redações paulistanas: 
³3LFDVVR�PRUUHX��VH�p�TXH�3LFDVVR�PRUUH´� 
(Adaptado de: WERNECK Humberto. Esse inferno vai acabar. 
Porto Alegre: Arquipélago, 2001. p.45 e 46) 
 
07. (METRÔ-SP ± 2014 - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior - 
Administração de Empresas ± FCC) Na frase Caso os leitores ...... (vir) a 
ler o jornal com maior rigor, certamente ...... (poder) perceber os 
estereótipos que ...... (predominam) nas reportagens de hoje, as 
lacunas serão corretamente preenchidas, na ordem dada, por: 
a) vierem - poderiam - predominariam 
b) virem - poderão ± predominam 
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c) viessem - poderão ± predominassem 
d) vierem - podem ± predominem 
e) viessem - poderiam ± predominam 
 
Comentário: o verbo que preencherá a primeira lacuna deverá indicar 
possibilidade, condição, pois o advérbio caso está indicando incerteza: caso os 
leitores viessem a ler... Já na segunda lacuna, o verbo deverá estar no futuro 
so pretérito: poderiam perceber... 
Ocorreu aqui uma correlação verbal, que a FCC adora: imperfeito do 
subjuntivo = vieSSEm + o futuro do pretérito do indicativo = poderiam. 
O verbo da terceira lacuna irá concordar com o sujeito estereótipos, 
retomado pelo pronome relativo que: os estereótipos que predominam... 
Vale ressaltar: na opção B, o verbo VIREM é conjugação do verbo 
VER e não do verbo VIR, cuidado! 
GABARITO: E 
 
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08. (TRT - 2ª REGIÃO (SP) ± 2014 - Analista Judiciário - Área 
Administrativa ± FCC) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se 
concordando com o elemento sublinhado na frase: 
a) As incertezas quanto ao meu próprio futuro não (dever) eximir-me de 
ser responsável por minhas decisões. 
b) Os desafios que cada um de nós hoje se (obrigar) a enfrentar 
fortalecem-nos diante do futuro. 
c) Há trabalhos que a gente (executar) sem imaginar o sentido que 
ganharão no futuro. 
d) Os minutos de que se (necessitar) viver plenamente devem trazer 
consigo uma expectativa de futuro. 
e) As privações que me (competir) enfrentar não devem desestimular 
meus empreendimentos. 
 
Comentário: vejamos cada caso: 
a) As incertezas quanto ao meu próprio futuro não (dever) eximir-me de 
ser responsável por minhas decisões. ± CORRETA. Verbo dever concorda no 
plural com as incertezas = As incertezas quanto ao meu próprio futuro não 
devem eximir-me... 
b) Os desafios que cada um de nós hoje se (obrigar) a enfrentar 
fortalecem-nos diante do futuro. ± ERRADA. O verbo obrigar deve concordar no 
singular com cada um de nós: cada um de nós hoje se obriga a enfrentar... 
c) Há trabalhos que a gente (executar) sem imaginar o sentido que 
ganharão no futuro. ± A gente executa ± concordar com a gente no singular. 
d) Os minutos de que se (necessitar) viver plenamente devem trazer 
consigo uma expectativa de futuro. ± ERRADA. O verbo necessitar deve ficar 
na terceira pessoa do singular porque o sujeito dele é indeterminado. 
Alterando a ordem, mas não o sentido do período temos: Necessita-se viver 
plenamente os minutos que devem trazer consigo uma expectativa de futuro. 
Necessita-se = verbo necessitar + índice de indeterminação do sujeito. 
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e) As privações que me (competir) enfrentar não devem desestimular 
meus empreendimentos. ERRADA. O verbo competir não concorda com 
privações, mas com enfrentar as privações - Enfrentar as privações 
compete a mim. Sujeito oracional = verbo no singular. ISSO compete a mim. 
GABARITO: A 
 
 Maias usavam sistema de água eficiente e sustentável 
 
Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia da 
América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água. Esse 
sistema hidráulico, aperfeiçoado por mais de mil anos, foi pesquisado por uma 
equipe norte-americana. 
As antigas civilizações têm muito a ensinar para as novas gerações. O 
caso do sistema de coleta e armazenamento de água dos maias é um exemplo 
disso. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram uma escavação 
arqueológica nas ruínas da antiga cidade de Tikal, na Guatemala. 
Durante o estudo, coordenado por Vernon Scarborough, da Universidade 
de Cincinnati, em Ohio, e publicado na revista científica PNAS, foram 
descobertas a maior represa antiga da área maia, a construção de uma 
barragem ensecadeira para fazer a dragagem do maior reservatório de água 
em Tikal, a presença de uma antiga nascente ligada ao início da colonização da 
região, em torno de 600 a.C., e o uso de filtragem por areia para limpar a 
água dos reservatórios. 
No sistema havia também uma estação que desviava a água para diversos 
reservatórios. Assim, os maias supriam a necessidade de água da população, 
estimada em 80 mil em Tikal, próximo ao ano 700, além das estimativas de 
mais cinco milhões de pessoas que viviam na região das planícies maias ao sul. 
No final do século IX a área foi abandonada e os motivos que levaram ao 
seu colapso ainda são questionados e debatidos pelos pesquisadores. Para 
Scarborough é muito difícil dizer o que de faWR�DFRQWHFHX��³0LQKD�YLVmR�SHVVRDO�
é que o colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal modo 
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nessa sociedade altamente bem-VXFHGLGD� TXH� DJLUDP� FRPR� XPD� µSHUIHLWD�
WHPSHVWDGH¶��1HQKXP�IDWRU�LVRODGR�QHVVD�FROHomR�SRGHULD�Wr-los derrubado tão 
sevHUDPHQWH´��GLVVH�R�SHsquisador à Folha de S. Paulo. 
Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa 
sociedade, uma vez que eles dependiam muito dos reservatórios que eram 
preenchidos pela chuva. É provável que a população tenha crescido muito além 
da capacidade do ambiente, levando em consideração as limitações 
WHFQROyJLFDV� GD� FLYLOL]DomR�� ³e� LPSRUWDQWH� OHPEUDU� TXH� RV� PDLDV� QmR� HVWmR�
mortos. A população agrícola que permitiu à civilização florescer ainda é muito 
viva na América CHQWUDO´��OHPbra o pesquisador. 
(Adaptado de Revista Dae, 21 de Junho de 2013, 
www.revistadae.com.br/novosite/noticias_interna.php?id=8413)09. (SABESP ± 2014 - Analista de Gestão - Administração ± FCC) Considerada 
a substituição do segmento grifado pelo que está entre parênteses ao final da 
transcrição, o verbo que deverá permanecer no singular está em: 
 
a) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisadores) 
b) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa 
sociedade... (as mudanças do clima) 
c) No sistema havia também uma estação... (várias estações) 
d) ... a civilização maia da América Central tinha um método sustentável 
de gerenciamento da água. (os povos que habitavam a América Central) 
e) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia... 
(Estudos como o que acabou de ser publicado) 
 
Comentário: vamos reescrever cada alternativa para verificar em qual 
delas verbo permanecerá no singular: 
a) ... disseram os pesquisadores à Folha de S. Paulo. ± Verbo concorda 
no plural com o sujeito pesquisadores. 
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b) Segundo ele, as mudanças climáticas contribuíram para a ruína dessa 
sociedade... ± verbo no plural concordando com o sujeito as mudanças 
climáticas. 
c) No sistema havia também várias estações... ± o verbo haver, usado no 
sentido de existir, é impessoal e deve ficar no singular, independentemente da 
palavra que vem a seguir, não flexiona. Eis o gabarito! 
d) ... os povos que habitavam América Central tinham um método 
sustentável de gerenciamento da água. ± Concordância no plural do verbo ter 
com o núcleo do sujeito povos. 
e) Estudos como o que acabou de ser publicado mostram que a civilização 
maia... ± o verbo mostrar concorda no plural com o núcleo do sujeito 
estudos. 
GABARITO: C 
 
10. (SABESP ± 2014 ± Técnico em Gestão ± informática ± FCC) 
Quanto à concordância verbal, a frase inteiramente correta é: 
a) Grande parte dos efeitos da urbanização no século XXI se produz nas 
cidades do chamado sul global. 
b) O hipercrescimento, dizem os especialistas, caracterizam algumas 
cidades no século XXI. 
c) Nem sempre existiu cidades tão populosas como as do século XXI. 
d) Devem haver muitos contrastes entre as pessoas que vivem nas 
cidades e aqueles que moram no campo. 
e) Os otimistas, que são a maioria, vê as cidades como arenas de 
transformação social. 
 
Comentário: 
a) Correta. Grande parte se produz... o verbo concordou com o sujeito 
partitivo. 
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E�� HPERUD� VHSDUDGRV� SRU� ³GL]HP� RV� HVSHFLDOLVWDV´� R� VXMHLWR� GR� YHUER�
caracterizar é hipercrescimento e deve concordar com ele: o 
hipercrescimento caracteriza algumas... 
c) o verbo existir deve concordar normalmente com o seu sujeito: nem 
sempre existiram cidades tão populosas... 
d) o verbo haver no sentido de existir é impessoal e sendo o verbo 
principal da oração, ele transmite a sua impessoalidade para o verbo auxiliar 
(dever). O ideal é: deve haver muitos contrastes entre as pessoas ou devem 
existir muitos contrastes entre as pessoas. 
e) o verbo ver deve concordar no plural com o sujeito os otimistas, 
mesmo estando este distante: Os otimistas, que são a maioria, veem as 
cidades como arenas de transformação social. 
GABARITO: A 
 
Menino do mato 
 
Eu queria usar palavras de ave para escrever. 
Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem nomeação. 
Ali a gente brincava de brincar com palavras tipo assim: Hoje eu vi uma 
formiga ajoelhada na pedra! 
A Mãe que ouvira a brincadeira falou: 
Já vem você com suas visões! 
Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis e nem há pedras de 
sacristias por aqui. 
Isso é traquinagem da sua imaginação. 
O menino tinha no olhar um silêncio de chão e na sua voz uma candura de 
Fontes. 
O Pai achava que a gente queria desver o mundo para encontrar nas 
palavras novas coisas de ver assim: eu via a manhã pousada sobre as 
margens do rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão de uma 
pedra. 
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Eram novidades que os meninos criavam com as suas palavras. 
Assim Bernardo emendou nova criação: Eu hoje vi um sapo com olhar de 
árvore. 
Então era preciso desver o mundo para sair daquele lugar imensamente e 
sem lado. 
A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas 
pela inocência. 
O que a gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias 
para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis. 
A gente gostava das palavras quando elas perturbavam o sentido normal 
das ideias. 
Porque a gente também sabia que só os absurdos enriquecem a poesia. 
(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa, São Paulo, Leya, 2013, p. 
417-8.) 
 
11. (TRF - 3ª REGIÃO ± 2014 - Analista Judiciário - Informática ± 
FCC) Considere as frases abaixo. 
I. No verso O que a gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias, o 
verbo destacado pode ser flexionado no plural, sem prejuízo para a correção e 
o sentido original. 
II. Em seguida ao termo voz, no verso e na sua voz uma candura de 
Fontes, pode-se acrescentar uma vírgula, sem prejuízo para a correção e o 
sentido original. 
III. Sem que nenhuma outra alteração seja feita, no verso e nem há 
pedras de sacristias por aqui, o verbo pode ser substituído por existe, 
mantendo-se a correção e o sentido original. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II e III. 
b) I e III. 
c) II. 
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d) III 
e) I e II 
 
&RPHQWiULR��QD�DILUPDWLYD�,��R�YHUER�³HUD´�SRGH�FRQFRUGDU�QR�SOXUDO�FRP�
³LJQRUkQFLDV´��(VWD�SDODYUD��SRU�HVWDU�QR�SOXUDO��ID]�FRP�TXH�R�YHUER�WDPEpP�
seja flexionado no plural (concordância atrativa). 
Na afirmativa II, a vírgula pode ser usada para indicar a elipse do verbo 
³WLQKD´�QR�YHUVR��³2�menino tinha no olhar um silêncio de chão / e na sua voz 
µWLQKD¶�XPD�FDQGXUD�GH�)RQWHV´���SRUWDQWR�D�DILUPDomR�HP�,,�HVWi�FRUUHWD� 
Na afirmativa III, o YHUER�³KDYHU´�p�LPSHVVRDO�� ORJR�QmR�VRIUH�IOH[mR��6H�
IRU� VXEVWLWXLU� SRU� ³H[LVWH´�� D� RUDomR� VRIUHUi� PXGDQças, o que é contra a 
afirmação III. 
GABARITO: E 
 
 
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12. (TRF - 3ª REGIÃO ± 2014 - Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador ± FCC) O verbo flexionado no plural que também estaria 
corretamente flexionado no singular, sem que nenhuma outra alteração fosse 
feita, encontra-se em: 
a) Não é à toa que partiram daqui várias manifestações culturais... 
b) Sempre me pareceram sem sentido as guerras... 
c) São Paulo são muitas cidades em uma. 
d) São Paulo não tem símbolos que dêem conta de... 
e) .. onde as informações diversas se misturam... 
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Comentário: vamos analisar a alternativa C, a única possível do verbo 
concordar no singular: O verbo ser tem a particularidade de concordar tanto 
com o sujeito quanto com o predicativo. Desta forma, pode ser: São Paulo é 
muitas cidades em uma (concordância com o sujeito São Paulo), ou São Paulo 
são muitas cidades em uma (concordância com o predicativo muitas cidades 
em uma). 
GABARITO: C 
 
 
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13. (TRT - 15ª Região ± 2013 - Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador ± FCC) Leia as frases abaixo. 
I. Os problemas advindos da exploração indiscriminada dos recursos 
naturais e das práticas predatórias em determinadas culturas; pode em muito 
pouco tempo, inviabilizar o uso de terras e a extração desses recursos 
naturais. 
II. O aquecimento global e o desequilíbrio que provocam, a aparição de 
pragas e de catástrofes climáticas passa, com toda certeza pelo desrespeito e 
por más práticas, em relação ao meio ambiente e aos processos adotados em 
nossas lavouras e criações. 
III. O efeito estufa, potencializado pela queima de combustíveis fósseis, 
tem colaborado com o aumento da temperatura no globo terrestre nas últimas 
décadas. Pesquisas recentes indicaram que o século XX foi o mais quente dos 
últimos 500 anos. 
 
Tanto a concordância quanto a pontuação estão corretas APENAS em 
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a) II. 
b) III. 
c) I e III. 
d) I e II. 
e) II e III. 
 
Comentário: vamos analisar cada uma: 
I - Os problemas advindos da exploração indiscriminada dos recursos 
naturais e das práticas predatórias em determinadas culturas; pode em muito 
pouco tempo, inviabilizar o uso de terras e a extração desses recursos 
naturais. - ERRADA. Não se separa sujeito do verbo. Verbo concorda com o 
sujeito (os problemas podem). 
II ± O aquecimento global e o desequilíbrio que provocam, a aparição de 
pragas e de catástrofes climáticas passa, com toda certeza pelo desrespeito e 
por más práticas, em relação ao meio ambiente e aos processos adotados em 
nossas lavouras e criações. ERRADA. Não se separa verbo do seu complemento 
(OD ou OI): O aquecimento global e o desequilíbrio que provocam a aparição 
de pragas e de catástrofes... 
III - O efeito estufa, potencializado pela queima de combustíveis fósseis, 
tem colaborado com o aumento da temperatura no globo terrestre nas últimas 
décadas. Pesquisas recentes indicaram que o século XX foi o mais quente dos 
últimos 500 anos. CORRETO. 
GABARITO: B 
 
 "Te embalarei com uma canção sentida." 
 
Senta-te aqui ao meu lado, amiga, e te contarei uma história. Faz tempo 
que não te conto uma história na beira deste cais. A noite está cheia de 
estrelas, são homens valentes que morreram. Senta-te aqui, dá-me tua mão, 
vou te contar a história de um homem valente. Vês aquela estrela lá longe, 
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mais além do navio fundeado, mais além do forte velho, da sombra das ilhas? 
Deve ser ele iluminando o céu da Bahia. [...] 
Já viste da beira do cais o vento noroeste se despenhar sobre a cidade e o 
mar, levar embarcações, desatracar navios, mudar o rumo de transatlânticos, 
transformar a cor das águas? É rápido, inquietante, belo, quase irreal. Dura 
um instante na medida do tempo. Mas, mesmo depois que o noroeste passa e 
volta a calmaria, fica a sua lembrança e é impossível esquecê-lo porque tudo 
mudou na face das coisas: é outra a fisionomia do cais e o ar que se respira é 
mais puro. Assim, negra, foi Castro Alves. Tinha a força do vento noroeste, o 
seu ímpeto, a sua violência. Tinha a sua beleza também. E deixou o ar mais 
puro, a sua lembrança imortal. 
Tinha a precocidade desses moleques de rua a quem acaricias a cabeça e 
dos quais te contei a história. Começou muito moço e muito moço terminou. 
Foi o mais belo espetáculo de juventude e de gênio que os céus da América 
presenciaram. 
No tempo que andou nestas e noutras ruas, disse tantas e tão belas 
coisas, amiga, que sua voz ficou soando para sempre e é cada vez mais alta e 
cada vez mais a voz de centenas, de milhares, de milhões de pessoas. É a sua 
voz, negra, é a voz do cais inteiro e da cidade lá atrás também. Falou por 
todos nós como nenhum de nós falaria. É ainda hoje o maior e o mais moço de 
todos nós. 
No teatro grande lá de cima ouviste certa vez uma numerosa orquestra. 
Lembras-te da hora em que os músicos se juntaram todos num esforço 
supremo e produziram com os seus instrumentos e com sua virtuosidade uma 
nota mais alta que todas, que todas mais bela, nota que ficou soando na sala 
mesmo após a saída dos espectadores? Pois assim foi Castro Alves. Há 
momentos no mundo em que todas as forças de uma nação se conjugam e, 
como uma nota mais alta que todas, aparece, tranquilo e terrível, 
demoniacamente belo, justo e verdadeiro, um gênio. Nasce dos desejos do 
povo, das necessidades do povo. Nunca mais morre, imortal como o povo. 
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Este, cuja história vou te contar, foi amado e amou muitas mulheres. 
Vieram brancas, judias e mestiças, tímidas e afoitas, para os seus braços e 
para o seu leito. Para uma, no entanto, guardou ele as melhores palavras, as 
mais doces, as mais ternas, as mais belas. Essa noiva tem umnome lindo, 
negra: liberdade. 
Vê no céu, ele brilha, é a mais poderosa das estrelas. Mas o encontrarás 
também nas ruas de qualquer cidade, no quarto de qualquer casa. Seja onde 
for que haja jovens, corações pulsando pela humanidade, em qualquer desses 
corações encontrarás Castro Alves. 
Dá-me agora tua mão direita, ouve o ABC do poeta. 
 
Obs.: Ortografia atualizada segundo as normas vigentes. 
 
(Jorge Amado. ABC de Castro Alves; 14. ed. São Paulo: Martins, 1968. p. 15-17) 
 
14. (TRT - 5ª Região (BA) ± 2013 - Analista Judiciário - Serviço 
Social ± FCC) Ambos os verbos flexionados nos mesmos tempo, modo e 
pessoa estão grifados em: 
a) No teatro grande lá de cima ouviste certa vez uma numerosa 
orquestra. Lembras-te da hora em que os músicos... 
b) São homens valentes que morreram. 
c) Faz tempo que não te conto uma história na beira deste cais. 
d) Vês aquela estrela lá longe... Já viste da beira do cais o vento 
noroeste... 
e) Vê no céu... ouve o ABC do poeta. 
 
Comentário: vamos fazer a classificação de todos os verbos: 
Não é a alternativa A: 
Ouviste: segunda pessoa do pretérito perfeito do indicativo. 
Lembras: segunda pessoa do presente do indicativo. 
 
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Não é a alternativa B 
São: terceira pessoa do presente do indicativo. 
Morreram: terceira pessoa do pretérito perfeito do indicativo. 
 
Não é a alternativa C 
Faz: terceira pessoa do presente do indicativo. 
Conto: primeira pessoa do presente do indicativo. 
 
Não é a alternativa D 
 
Vês: segunda pessoa do presente do indicativo. 
Viste: segunda pessoa do pretérito perfeito do indicativo. 
 
Alternativa correta: E 
Vê: terceira pessoa do presente do indicativo. 
Ouve: terceira pessoa do presente do indicativo. 
 
GABARITO: E 
 
15. (TRF - 3ª REGIÃO ± 2014 - Analista Judiciário - Área Judiciária 
± FCC) As regras de concordância estão plenamente respeitadas em: 
a) O crescimento indiscriminado que se observa na cidade de São Paulo 
fazem com que alguns de seus bairros sejam modificados em poucos anos. 
b) Devem-se às múltiplas ofertas de lazer e cultura a atração que São 
Paulo exerce sobre alguns turistas. 
c) Apesar de a cidade de São Paulo exibir belas alamedas arborizadas, 
deveriam haver mais áreas verdes na cidade. 
d) O ruído dos carros, que entram pelas janelas dos apartamentos, 
perturbam boa parte dos paulistanos. 
e) Na maioria dos bairros de São Paulo, encontram-se referências 
culinárias provenientes de diversas partes do planeta. 
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Comentário: Vamos analisar cada alternativa para buscarmos a correta: 
1D� DOWHUQDWLYD� $�� D� FRQFRUGkQFLD� HVWi� LQFRUUHWD� SRUTXH� R� YHUER� ³ID]HP´�
GHYH� FRQFRUGDU� FRP� R� VHX� VXMHLWR�� TXH� p� ³2� FUHVFLPHQWR� LQGLVFULPLQDGR´�� 2�
sujeito é simples, logo o verbo deveria estar no singular. 
Na alternativa B, não há como identificar o sujeito, então o verbo deveria 
estar na terceira pessoa do singular, seguido do índice de indeterminação do 
sujeito ± se (deve-se). 
1D�DOWHUQDWLYD�&��D� LQFRUUHomR�HVWi�QD� ORFXomR�³GHYHULDP�KDYHU´�� -i�TXH�
³KDYHU´� p� YHUER� LPSHVVRDO�� R� YHUER� TXH� R� DFRPSDQKD� �³GHYHULDP´� não 
deveria estar flexionado, mas sim no singular. 
1D�DOWHUQDWLYD�'��R�HUUR�p�R�PHVPR�TXH�HP�$��SRLV�R�YHUER�³SHUWXUEDP´�
GHYHULD�FRQFRUGDU�FRP�³2�UXtGR�GRV�FDUURV´� 
A única alternativa correta é a letra E. 
GABARITO: E 
 
16. (TRT-11ª Região ± 2012 - Analista Judiciário ± Administrativa ± 
FCC) As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas 
em: 
(A) A utilidade dos dicionários, mormente quando se trata de palavras 
polissêmicas, manifestam-se nas argumentações ideológicas. 
(B) Não se notam, entre os preconceituosos, qualquer disposição para 
discutir o sentido de um juízo e as consequências de sua difusão. 
(C) Não convém aos injustiçados reclamar por igualdade de tratamento 
quando esta pode levá-los a permanecer na situação de desigualdade. 
(D) Como discernimento e preconceito são duas acepções de 
discriminação, hão que se esclarecer o sentido pretendido. 
(E) Uma das maneiras mais odiosas de refutar os argumentos de alguém 
surgem na utilização de preconceitos já cristalizados. 
 
Comentário: 
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A alternativa que está correta com relação às regras de concordância 
verbal é a C: o verbo convir está corretamente flexionada no singular 
(convém)�� SRLV� FRQFRUGD� FRP�R� VXMHLWR� RUDFLRQDO� ³UHFODPDU� SRr igualdade de 
WUDWDPHQWR´�� 1R� WUHFKR� ³1mR� FRQYpP� DRV� LQMXVWLoDGRV� reclamar por 
LJXDOGDGH� GH� WUDWDPHQWR� �����´� o segmento em destaque é uma oração 
subordinada substantiva subjetiva (aquela que exerce a função de sujeito em 
relação à oração principal), podHQGR�VHU�VXEVWLWXtGR�SHOR�SURQRPH�³LVVR´: ISSO 
não convém aos injustiçados. 
Vejamos o erro das outras: 
A) ERRADA. A H[SUHVVmR� ³$� XWLOLGDGH� GRV� GLFLRQiULRV´� GHVHPSHQKD� D�
IXQomR� GH� VXMHLWR�� &RPR� R� Q~FOHR� ³XWLOLGDGH´� HVWi� QR� VLQJXODU�� R� YHUER�
³PDQLIHVWDU-VH´ também deveria permanecer nesse número. A FRUUHomR�p� ³$�
utilidade dos dicionários, mormente (...), manifesta-se nas argumentações 
LGHROyJLFDV´� 
B) ERRADA. O WUHFKR� ³1mR� VH� QRWDP�� HQWUH� RV� SUHFRQFHLWXRVRV��
qualquer disposição´ está na voz passiva sintética, formada por um verbo 
transitivo direto + SDUWtFXOD� ³VH´� �SURQRPH�DSDVVLYDGRr) e do sujeito, assim: 
não se notam (...) qualquer disposição (...), o que eTXLYDOH�GL]HU� ³4XDOTXHU�
GLVSRVLomR�QmR�p�QRWDGD������´� 3RUWDQWR��R�YHUER�³QRWDU´�GHYH�SHUPDQHFHU�QR�
singular para concordar com núcleo GR�VXMHLWR�³GLVSRVLomR´��³1mR�VH�nota (...) 
TXDOTXHU�GLVSRVLomR������´� 
D) ERRADA. 1R�FRQWH[WR��R�YHUER�³KDYHU´� IRL� LQFRUUHWDPHQWH�IOH[LRQDGR�
no plural. Há uma estrutura de voz passiva sintética, devendo a forma verbal 
conFRUGDU�QR� VLQJXODU� FRP�R�VXMHLWR� ³R� VHQWLGR�SUHWHQGLGR´�� ³�����¶� Ki�TXH�VH�
HVFODUHFHU�R�VHQWLGR�SUHWHQGLGR´� 
E) ERRADA. O YHUER�³VXUJLU´�GHYH�FRQFRUGDU�QR�VLQJXODU�FRP�R�QXPHUDO�
³8PD´��³Uma das maneiras mais odiosas de refutar os argumentos de alguém 
surge QD�XWLOL]DomR�GH�SUHFRQFHLWRV�Mi�FULVWDOL]DGRV´�� 
GABARITO: C 
 
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Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 8617. (TRT ± 16ª REGIÃO ± 2014 ± Analista Judiciário ± FCC) Há, além 
disso, uma dificuldade relativa à ciência. Algumas das terapias disponíveis já 
têm quatro ou cinco décadas de existência. Investimentos em pesquisa 
poderiam levar a estratégias de prevenção e cura mais efetivas. Como essas 
doenças não são rentáveis, porém, os grandes laboratórios raras vezes se 
interessam por esse nicho. 
 
Considerado o trecho acima, é adequado o seguinte comentário: 
a) A supressão da vírgula após a palavra Há preserva a correção da frase. 
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b) A correlação entre as formas verbais Há e poderiam levar evidencia a 
relação estabelecida entre o que efetivamente existe e a hipótese considerada 
bastante improvável. 
c) Formulação alternativa ao uso de têm está correta assim - "existe a". 
d) A expressão mais efetivas, em virtude do segmento que caracteriza, 
pode ser deslocada para depois da palavra estratégias, sem prejudicar o 
sentido original. 
e) No contexto, o emprego de já contribui para a construção da ideia de 
que certas terapias têm longevidade que comprova sua eficiência. ± ERRADA. 
 
Comentário: vejamos cada alternativa para buscarmos a correta: 
a) A supressão da vírgula após a palavra Há preserva a correção da frase. 
± ERRADA. Tal supressão deixa a pontuação inadequada, pois a expressão 
³DOpP� GLVVR´� GHYH� ficar entre vírgulas por estar entre o verbo e o seu 
complemento. 
b) A correlação entre as formas verbais Há e poderiam levar evidencia a 
relação estabelecida entre o que efetivamente existe e a hipótese considerada 
bastante improvável. ± ERRADA��1mR�Ki�XPD�FRUUHODomR�H[SUHVVD�HQWUH� ³Ki´ 
(no presente) H� ³SRGHULDP� OHYDU´ (no futuro do pretérito), além disso, esta 
locução verbal não está indicando algo improvável de acontecer, pelo 
contrário. 
c) Formulação alternativa ao uso de têm está correta assim - "existe a". ± 
ERRADA. Substituindo na frase temos: Algumas das terapias disponíveis já 
existe a quatro ou cinco décadas de existência. Com a substituição, o verbo 
existir deveria estar no plural para concordar adequadamente com o seu 
sujeito algumas das terapias. Não podemos substituir um verbo no plural 
(têm) por um verbo singular (existir). Além disso, o a após existe, indicando 
tempo decorrido, deveria vir com H, assim: existem há quatro ou cinco 
décadas. 
d) A expressão mais efetivas, em virtude do segmento que caracteriza, 
pode ser deslocada para depois da palavra estratégias, sem prejudicar o 
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sentido original. ± CORRETA. $OWHUDQGR� ³PDLV� HIHWLYDV´� GH� OXJDU��
³Investimentos em pesquisa poderiam levar a estratégias mais efetivas de 
SUHYHQomR�H�FXUD´��R�VHQWLGR�SHUPDQHFHX�R�PHVPR�� 
e) No contexto, o emprego de já contribui para a construção da ideia de 
que certas terapias têm longevidade que comprova sua eficiência. ± ERRADA. 
O já quer indicar que as terapias estão atrasadas, antigas, não que comprova 
a sua eficiência. 
GABARITO: D 
 
18. (AL/RN ± 2013 ± Analista Legislativo ± FCC) O uso correto da 
concordância nominal e verbal está em: 
a) A surpresa é os prêmios e era preciso a coragem para descartar as 
grandes emoção e as lágrimas. 
b) Os falsos poetas perceberam que haviam muitas estruturas poéticas 
que ainda desconheciam. 
c) Aos poetas, foi-lhe penoso participar daquelas concentrações monstros 
na frente da academia. 
d) As artistas com seus trajes amarelo-laranja, haviam horas que 
aguardavam para se apresentarem. 
e) Eu mesma, na qualidade de defensora do meu cargo de programador, 
busco criatividade. 
 
Comentários: vamos analisar a concordância em cada alternativa: 
a) A surpresa é os prêmios e era preciso a coragem para descartar as 
grandes emoção e as lágrimas. ± ERRADA. Dois erros nesta alternativa: o 
determinante a HQWUH� ³SUHFLVR´� H� ³FRUDJHP´� GHYH� VHU� UHWLUDGR� RX� ID]HU� D�
FRQFRUGkQFLD� DGHTXDGD� ³HUD� SUHFLVa a FRUDJHP´�� TXH� ILFDULD� HVWUDQKR� H�
inclusive geraria uma ambiguidade. Faltou concordância entre os termos 
³JUDQGHV´�H�³HPRomR´��JUDQGHs emoções. 
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b) Os falsos poetas perceberam que haviam muitas estruturas poéticas 
que ainda desconheciam. ± ERRADA. O verbo haver, no sentido de existir, fica 
sempre na terceira pessoa do singular: havia. 
c) Aos poetas, foi-lhe penoso participar daquelas concentrações monstros 
na frente da academia. ± ERRADA. 2� SURQRPH� ³OKH´� HVWi� VXEVWLWXLQGR�
³SRHWDV´��SRU�WDQWR�GHYH�HVWDU�QR�SOXUDO�� OKHV��Quando temos um substantivo 
IXQFLRQDQGR�FRPR�DGMHWLYR�GHYH� ILFDU�QR�VLQJXODU��2EVHUYH�TXH�R� ³PRQVWURV´�
HVWi� DGMHWLYDQGR� ³FRQFHQWUDo}HV´, embora seja um substantivo, deve, então, 
ficar no singular: concentrações monstro. 
d) As artistas com seus trajes amarelo-laranja, haviam horas que 
aguardavam para se apresentarem. ± ERRADO. O verbo haver, no sentido de 
tempo decorrido, deve ficar no singular: havia horas... fazia horas... Observe 
DJRUD� TXH� R� VXMHLWR� GR� IRUPD� YHUEDO� ³DJXDUGDYDP´� p� R� PHVPR� GD� IRUPD�
³DSUHVHQWDUHP´ (as artistas), por este motivo, o infinitivo apresentar deve 
ficar no singular. 
e) Eu mesma, na qualidade de defensora do meu cargo de programador, 
busco criatividade. CORRETA. O termo que poderia causar dúvidas é cargo de 
programador se referindo a uma mulher, certo? Mas está no masculino 
adequadamente porque é um cargo de programador, o programador. Ela é 
uma programadora, ok, mas o cargo é de programador, no masculino. 
GABARITO: E 
 
Duas sociedades 
 
Na formação histórica dos Estados Unidos, houve desde cedo uma 
presença constritora da lei, religiosa e civil, que plasmou os grupos e os 
indivíduos, delimitando os comportamentos graças à força punitiva do castigo 
exterior e do sentimento interior do pecado. 
Esse endurecimento do grupo e do indivíduo confere a ambos grande 
força de identidade e resistência, mas desumaniza as relações com os outros, 
sobretudo os indivíduos de outros grupos, que não pertençam à mesma lei e, 
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portanto, podem ser manipulados ao bel-prazer. A alienação torna-se ao 
mesmo tempo marca de reprovação e castigo do réprobo; o duro modelo 
bíblico do povo eleito, justificando a sua brutalidade com os não eleitos, os 
outros, reaparece nessas comunidades de leitores cotidianos da Bíblia. Ordem 
e liberdade - isto é, policiamentos internose externos, direito de arbítrio e de 
ação violenta sobre o estranho - são formulações desse estado de coisas. 
No Brasil, nunca os grupos ou os indivíduos encontraram efetivamente 
tais formas; nunca tiveram a obsessão da ordem senão como princípio 
abstrato, nem da liberdade senão como capricho. As formas espontâneas de 
sociabilidade atuaram com maior desafogo e por isso abrandaram os choques 
entre a norma e a conduta, tornando menos dramáticos os conflitos de 
consciência. 
As duas situações diversas se ligam ao mecanismo das respectivas 
sociedades: uma que, sob alegação de enganadora fraternidade, visava a criar 
e manter um grupo idealmente monorracial e monorreligioso; outra que 
incorpora de fato o pluralismo étnico e depois religioso à sua natureza mais 
íntima. 
Não querendo constituir um grupo homogêneo e, em consequência, não 
precisando defendê-lo asperamente, a sociedade brasileira se abriu com maior 
largueza à penetração de grupos dominados ou estranhos. E ganhou em 
flexibilidade o que perdeu em inteireza e coerência. 
(Adaptado de Antonio Candido, Dialética da malandragem) 
19. (TCM/PA ± 2010 ± Técnico de Controle Externo ± FCC) As 
normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase: 
a) Vejam-se que os intentos de formação de uma sociedade monorracial 
redundam em sentimento de intolerância com a diversidade étnica. 
b) Devem-se à rigidez da formação histórica dos Estados Unidos os 
conflitos dramáticos de consciência dos indivíduos. 
c) Nos Estados Unidos, conferem-se aos grupos e aos indivíduos o 
intolerável arbítrio das discriminações sociais. 
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d) Corresponde ao duro modelo bíblico do povo eleito as brutalidades com 
que são tratados os estranhos. 
e) Não se permitem juízos e comportamentos mais flexíveis quem se 
formou na mais rigorosa ordem legal e religiosa. 
 
Comentário: 
a) Vejam-se que os intentos de formação de uma sociedade monorracial 
redundam em sentimento de intolerância com a diversidade étnica. ± ERRADA. 
O sujeito do verbo ver é oracional, é a segunda oração. Quando isso ocorre a 
regra diz que o verbo deverá ficar no singular: Veja-se. 
b) Devem-se à rigidez da formação histórica dos Estados Unidos os 
conflitos dramáticos de consciência dos indivíduos. ± CORRETA. O sujeito que 
deixa o verbo no plural é os conflitos dramáticos de consciência dos 
indivíduos. Na ordem direta temos: os conflitos dramáticos de consciência 
dos indivíduos devem-se à rigidez da formação histórica dos Estados Unidos. 
c) Nos Estados Unidos, conferem-se aos grupos e aos indivíduos o 
intolerável arbítrio das discriminações sociais. ± ERRADA. O sujeito do verbo 
conferir é o intolerável arbítrio GDV� GLVFULPLQDo}HV� VRFLDLV´�� R� TXH� QmR�
justifica o verbo QR�SOXUDO��XPD�YH]�TXH�R�Q~FOHR�p�³DUEtWULR´, no singular e o 
verbo deve concordar com ele. 
d) Corresponde ao duro modelo bíblico do povo eleito as brutalidades com 
que são tratados os estranhos. ± ERRADA. A concordância do verbo deveria se 
GDU� FRP� ³DV� EUXWDOLGDGHV� FRP� TXH� VmR� WUDWDGRV� RV� HVWUDQKRV´�� QR� SOXUDO��
correspondem. 
e) Não se permitem juízos e comportamentos mais flexíveis quem se 
formou na mais rigorosa ordem legal e religiosa. ± ERRADA. Quem se formou 
na mais rigorosa ordem legal e religiosa não se PERMITE juízos e 
comportamentos... sujeito oracional = verbo no singular. 
GABARITO: B 
 
 
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Texto I 
 
Este caderno de Jorge de Lima bem que se poderia chamar "as 
impressões dum homem que esteve no cárcere". E são estes poemas mesmo 
um canto comovido à terra de que ele esteve segregado. E há neles qualquer 
coisa das surpresas e dos espantos que sofre um homem que tudo via em 
névoa, ao sair de uma operação de catarata. As cores como que vivem com 
outra intensidade. 
Tudo isso nos versos de Jorge de Lima está contado com muita força e 
comoção. Da boa e legítima comoção que é a que vem da simplicidade, que é 
a que sai das fontes mais preciosas do coração. [...] 
É vinda de dentro da terra, da vida sentimental do Nordeste, a maior 
parte dos poemas desse caderno. Quem os escreveu fez como um desterrado 
que a saudade conduziu ao retorno. E que voltasse com todos os sentidos 
atacados de fome. E se encontra o Nordeste por toda a parte em seus poemas. 
[...] É ainda no caráter puramente regionalista de sua poesia que se distingue 
o Sr. Jorge de Lima. Porque o seu regionalismo não é um limite à sua emoção 
e não tem por outra parte o caráter de partido político daquele que rapazes de 
S. Paulo oferecem ao país com as insistências de anúncios de remédio. O 
regionalismo do jovem poeta nordestino é a sua emoção mais que a sua 
ideologia. O Nordeste não vem em sua poesia como um tema ou uma 
imposição doutrinária, vem como a expressão lírica de um nordestino evocar a 
sua terra. 
(Nota preliminar a Poemas escolhidos. REGO, José Lins do. in: LIMA, Jorge de. Poesias 
completas. Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1974, vol. I, p. 140-142) 
 
20. (TRT ± 19 REGIÃO ± 2014 ± Técnico Judiciário ± FCC) O 
Nordeste não vem em sua poesia como um tema ou uma imposição 
doutrinária... (Texto I, 3º parágrafo) 
Nos segmentos transcritos do Texto I, o verbo flexionado nos mesmos 
tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em: 
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a) ... fez como um desterrado... 
b) ... "as impressões dum homem que esteve no cárcere". 
c) ... que tudo via em névoa... 
d) ... a que sai das fontes mais preciosas do coração. 
e) E que voltasse com todos os sentidos atacados de fome. 
 
Comentário: questão que sempre aparece nas provas da FCC. O verbo vir 
está no presente do indicativo, um verbo que está também neste tempo e 
modo é: sai, alternativa D. 
Fez, esteve: pretérito perfeito do indicativo. 
Via: pretérito imperfeito do indicativo. 
Voltasse: pretérito imperfeito do subjuntivo. 
GABARITO: D 
 
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
 
Prazer sem humilhação 
 
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: 
³$� FUDVH� QmR� H[LVWH� SDUD� KXPLOKDU� QLQJXpP��� (QWHQGD-se: há normas 
gramaticais cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso escrito, valendo 
como ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de 
alguém. 
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-VH��³$�DUWH�QmR�H[LVWH�SDUD�
humilhar ninguém", entendendo-se com isso que os artistas existem para 
estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligência do mundo, e não 
para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no 
terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam, não 
aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que valea pena 
discutir: estamos mesmo em condições de escolher livremente as músicas de 
que gostamos? 
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Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um 
carro passa com o som altíssimo de graves repetidos praticamente sem 
variação, num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar: houve aí 
uma escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu som motorizado 
pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece 
muitos outros ritmos, as canções de outros países, os compositores de outras 
épocas, as tendências da música brasileira, os incontáveis estilos musicais já 
inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que está 
vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e enganoso 
GR�³YHQGH�SRUTXH�p�ERP��p�ERP�SRUTXH�YHQGH�"� 
Não digo que A é melhor que B, ou que X é superior a todas as letras do 
alfabeto; digo que é importante buscar conhecer todas as letras para escolher. 
1DGD�FRQWUD�TXHP�HVFROKH�XP�³EDWLGmR��VH�Mi�RXYLX�P~VLFD�FOiVVLFD��GHVGH�TXH�
tenha tido realmente a oportunidade de ouvir e escolher compositores clássicos 
que lhe digam algo. Não acho que é preciso escolher, por exemplo, entre os 
grandes Pixinguinha e Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forró e a 
música eletrônica das baladas, entre a música dançante e a que convida a uma 
audição mais serena; acho apenas que temos o direito de ouvir tudo isso antes 
de escolher. A boa música, a boa arte, esteja onde estiver, também não existe 
para humilhar ninguém. 
(João Cláudio Figueira, inédito) 
 
01. (TCM/GO ± 2015 ± Auditor de Controle Externo ± FCC) As 
normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na 
frase: 
a) Ao autor do texto não incomodam as pessoas ouvirem qualquer coisa, 
mas sim o que a elas não é facultado conhecerem. 
b) Não deve representar uma humilhação para nós as eventuais falhas de 
redação, que pode e precisa ser sanada. 
c) Difunde-se, já há muito tempo, preconceitos contra a grande arte, sob 
a alegação de que ela é produzida para uma pequena elite. 
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d) Caso não hajam opções reais, o público acabará tendo acesso não a 
obras de arte, mas a mercadorias em oferta. 
e) Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a 
alguns motoristas reagir com violência a esses abusos. 
 
Leia o texto que segue. 
 
A literatura de cordel, hoje 
 
No Brasil, literatura de cordel designa a literatura popular produzida em 
versos. A expressão se deve ao fato de que os folhetos eram comumente 
vendidos em feiras, pendurados em cordéis. Nota-se, hoje em dia, uma 
crescente visibilidade dessa literatura tradicional. Editoras e poetas trabalham 
intensamente para divulgar os folhetos, professores realizam experiências em 
sala de aula, pesquisas são realizadas no âmbito acadêmico, muitas delas são 
apresentadas como teses universitárias. Esse dinamismo pode ser ainda 
observado na publicação de antologias de folhetos por grandes editoras, ou na 
edição em livro de obras de escritores populares, e sobretudo no aparecimento 
de inúmeros poetas e poetisas em diferentes pontos do país. 
Todo esse dinamismo precisa ser analisado com cuidado. Fala-se muito na 
presença da literatura de cordel na escola, várias intervenções vêm sendo 
realizadas sobretudo em estados do Nordeste. Abrir as portas da escola para o 
conhecimento da literatura de cordel em particular, ou mesmo da literatura 
popular em geral, é uma conquista da maior importância. Porém, há que se 
pensar de que modo efetivar esse processo tendo em vista a melhor 
contribuição possível para a formação dos alunos. 
A literatura de cordel deve ter, sim, um espaço na escola, nos níveis 
fundamental e médio, levando-se sempre em conta, porém, as especificidades 
desse tipo de produção artística. Considerá-la tão somente como uma 
ferramenta ocasional, utilizada para a assimilação de conteúdos disseminados 
nas mais variadas disciplinas (história, geografia, matemática, língua 
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portuguesa) não parece uma atitude que contribua para uma significativa 
experiência da leitura dos folhetos. Há que respeitá-los e admirá-los sobretudo 
pelo que já são: testemunhos do mundo imaginário a que se dedicaram 
talentosos escritores de extração popular. 
(Adaptado de: MARINHO, Ana Cristina e PINHEIRO, Hélder. O cordel no cotidiano 
escolar. São Paulo: Cortez, 2012) 
 
02. (TJ-AP ± 2014 - Analista Judiciário - Área Judiciária e 
Administrativa ± FCC) As normas de concordância verbal acham-se 
plenamente respeitadas na construção da seguinte frase: 
a) Cabem às editoras zelar pela boa qualidade da literatura de cordel cuja 
publicação foi assumida. 
b) Não se privem os leitores de usufruir belas edições que perenizem em 
livro os grandes autores de cordel. 
c) Quanto às edições de literatura de cordel, não se tratam apenas de 
produzir bons livros, mas de saber trabalhar com eles. 
d) O fato de haverem muitos poemas de cordel não significa que a maioria 
dos brasileiros tenham dado por sua real importância. 
e) A um grande número de leitores interessam que os folhetos de cordel 
sejam dignamente publicados em livro. 
 
Leia o texto a seguir: 
 
O conceito de indústria cultural foi criado por Adorno e Horkheimer, dois 
dos principais integrantes da Escola de Frankfurt. Em seu livro de 1947, 
Dialética do esclarecimento, eles conceberam o conceito a fim de pensar a 
questão da cultura no capitalismo recente. Na época, estavam impactados pela 
experiência no país cuja indústria cultural era a mais avançada, os Estados 
Unidos, local onde os dois pensadores alemães refugiaram-se durante a 
Segunda Guerra. 
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Segundo os autores, a cultura contemporânea estaria submetida ao poder 
do capital, constituindo-se num sistema que englobaria o rádio, o cinema, as 
revistas e outros meios - como a televisão, a novidade daquele momento -, 
que tenderia a conferir a todos os produtos culturais um formato semelhante, 
padronizado, num mundo em que tudo se transformava em mercadoria 
descartável, até mesmo a arte, que assim se desqualificaria como tal. Surgiria 
uma cultura de massas que não precisaria mais se apresentar como arte, pois 
seria caracterizada como um negócio de produção em série de mercadorias 
culturais de baixa qualidade.Não que a cultura de massa fosse 
necessariamente igual para todos os estratos sociais; haveria tipos diferentes 
de produtos de massa para cada nível socioeconômico, conforme indicações de 
pesquisas de mercado. O controle sobre os consumidores seria mediado pela 
diversão, cuja repetição de fórmulas faria dela um prolongamento do trabalho 
no capitalismo tardio. 
Muito já se polemizou acerca dessa análise, que tenderia a estreitar 
demais o campo de possibilidades de mudança em sociedades compostas por 
consumidores supostamente resignados. O próprio Adorno chegou a matizá-la 
depois. Mas o conceito passou a ser muito utilizado, até mesmo por quem 
diverge de sua formulação original. Poucos hoje discordariam de que o mundo 
todo passa pelo "filtro da indústria cultural", no sentido de que se pode 
constatar a existência de uma vasta produção de mercadorias culturais por 
setores especializados da indústria. 
Feita a constatação da amplitude alcançada pela indústria cultural 
contemporânea, são várias as possibilidades de interpretá-la. Há estudos que 
enfatizam o caráter alienante das consciências imposto pela lógica capitalista 
no âmbito da cultura, a difundir padrões culturais hegemônicos. Outros frisam 
o aspecto da recepção do espectador, que poderia interpretar criativamente - e 
não de modo resignado - as mensagens que lhe seriam passadas, ademais, de 
modo não unívoco, mas com multiplicidades possíveis de sentido. 
(RIDENTI, Marcelo. Indústria cultural: da era do rádio à era da informática no 
Brasil. In: Agenda brasileira. São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 292 a 301) 
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03. (TCE/GO ± 2014 - Analista de Controle Externo - Jurídica ± 
FCC) As normas de concordância estão plenamente respeitadas em: 
a) Cada uma das expressões dos produtos da indústria cultural 
reproduzem as pessoas tais como foram estereotipadas pela indústria como 
um todo. 
b) Na atual era da informática, o uso de computadores pessoais e de 
diversos recursos interativos levanta novas questões para a indústria cultural. 
c) Com o fim de preencherem todos os sentidos dos trabalhadores de 
modo útil ao capital, a cultura teria passado ao domínio da racionalidade 
administrativa. 
d) A história da indústria cultural, nos países de industrialização recente, 
confundem-se com as da própria implantação tardia da indústria. 
e) Como sistema mundial, a indústria da cultura não se restringe ao 
centro e impõem-se também em nações periféricas. 
 
Nosso jeitinho 
 
Um amigo meu, estrangeiro, já há uns seis anos morando no Brasil, 
lembrava-me outro dia qual fora sua principal dificuldade - entre várias - de se 
DGDSWDU� DRV� QRVVRV� FRVWXPHV�� ³&HUWDPHQWH� IRL� OLGDU� FRP� R� WDO� GR� MHLWLQKR´��
explLFRX�� ³&XVWHL� D� HQWHQGHU� TXH� DTXL� QR� %UDVLO� QDGD� HVWi� SHUGLGR�� QHQKXP�
impasse é definitivo: sempre haverá como se dar um jeitinho em tudo, desde 
fazer o motor do carro velho funcionar com um pedaço de arame até conseguir 
que o primo do amigo do chefe da seção regional da Secretaria de Alimentos 
FRQYHQoD� HVWH� ~OWLPR� D� LQIOXHQFLDU� R� 'LUHWRU� QR� GHVSDFKR� GH� XP� SURFHVVR´�� 
 Meu amigo estrangeiro estava, como se vê, reconhecendo a nossa 
³LQIRUPDOLGDGH´�- que é o nome chique do tal do jeitinho. O sistema - também 
EDWL]DGR� SHORV� VRFLyORJRV� FRPR� R� GR� ³IDYRU´� - não deixa de ser simpático, 
embora esteja longe de ser justo. Os beneficiados nunca reclamam, e os que 
jamais foram morrem de inveja e mantêm esperanças. Até o poeta Drummond 
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WUDWRX�GD�TXHVWmR�QR�SRHPD�³([SOLFDomR´��HP�TXH�GL]�D�FHUWD�DOWXUD��³(�QR�ILP�
Gi� FHUWR´�� (VVD� FRQFOXVmR� DSRQWD� SDUD� XPD� HVSpFLH� GH� SURYLGHQFLDOLVPR�
místico, contrapartida divina do jeitinho: tudo se há de arranjar, porque Deus 
é brasileiro. Entre a piada e a seriedade, muita gente segue contando com 
nosso modo tão jeitoso de viver. 
É possível que os tempos modernos tenham começado a desfavorecer a 
solução do jeitinho: a informatização de tudo, a rapidez da mídia, a divulgação 
instantânea nas redes sociais, tudo se encaminha para alguma transparência, 
que é a inimiga mortal da informalidade. Tudo se documenta, se registra, se 
formaliza de algum modo - e o jeitinho passa a ser facilmente desmascarado, 
comprometido o seu anonimato e perdendo força aquela simpática 
clandestinidade que sempre o protegeu. Mas há ainda muita gente que acha 
que nós, os brasileiros, com nossa indiscutível criatividade, daremos um jeito 
de contornar esse problema. Meu amigo estrangeiro, por exemplo, não perdeu 
a esperança. 
(Abelardo Trabulsi, inédito) 
04. (TCE-RS ± 2014 - Auditor Público Externo - Engenharia Civil ± 
FCC) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a 
concordar com o termo sublinhado na frase: 
a) As soluções postas em prática pelo jeitinho brasileiro não (deixar) de 
intrigar os estrangeiros, que não entendem tamanha informalidade. 
b) Mesmo os brasileiros a quem que não (ocorrer) valer-se do jeitinho 
sabem reconhecê-lo como uma prática social até certo ponto legítima. 
c) Os avanços da tecnologia, sobretudo os da informática, (conspirar) 
contra a prática tradicional do jeitinho brasileiro. 
d) Acredita-se que a transparência dos meios de comunicação (tender) a 
se converter numa espécie de inimiga mortal da informalidade. 
e) Informalidade, sistema de favor, jeitinho, muitas são as denominações 
que se (aplicar) a um mesmo fenômeno social. 
 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo 
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Um programa a ser adotado 
 
 O PET - Programa de Educação pelo Trabalho - está fazendo dez anos, 
que serão comemorados num evento promovido pelo TRF4, que contará com 
representantes da Fase - Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio 
Grande do Sul. 
Há dez anos seria difícil imaginar um interno da Fase em cumprimento de 
medida socioeducativa saindo para trabalhar em um tribunal e, no final do dia, 
retornar à fundação. Muitos desacreditariam da iniciativa de colocar um 
adolescente infrator dentro de um gabinete de desembargador ou da 
Presidência de um tribunal. Outros poderiam discriminar esses jovens e 
desejá-los longe do ambiente de trabalho. 
Todas essas barreiras foram vencidas. Em uma década, o PET do TRF4 se 
tornou realidade, quebrou preconceitos, mudou a cultura da própria instituição 
e a vida de 154 adolescentes que já passaram pelo projeto. São atendidos 
jovens entre 16 e 21 anos, com escolaridade mínima da 4a série do ensino 
fundamental. O tribunal enfrenta o desafio de criar, desenvolver e, 
principalmente, manter um programa de reinserção social. Os resultados do 
trabalho do PET com os menores que cumprem medida socioeducativa na Fase 
são considerados muito positivos quandose fala de jovens em situação de 
vulnerabilidade social. Durante esses dez anos, 45% dos participantes foram 
inseridos no mercado de trabalho e muitos já concluíram o ensino médio; cerca 
de 70% reorganizaram suas vidas e conseguiram superar a condição de 
envolvimento em atividades ilícitas. 
Na prática, os jovens trabalham durante 4 horas nos gabinetes de 
desembargadores e nas unidades administrativas do tribunal. Recebem 
atendimento multidisciplinar, com acompanhamento jurídico, de psicólogos e 
de assistentes sociais.Por meio de parcerias com entidades, já foram 
realizados cursosde mecânica, de padaria e de garçom. Destaque a considerar 
p� R� SURMHWR� ³9LUDQGR� D� SiJLQD´�� RILFLQDV� GH� OHLWXUD� H� SURGXomR� WH[WXDO��
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coordenadas por servidores do TRF4 e professores e formandos de faculdades 
de Letras. 
(Adaptado de: wttp://www2.trf4.jus.br /trf4/controlador.php? acao= 
noticia_visualizar&id_noticia=10129) 
05. (TRF - 4ª REGIÃO ± 2014 - Analista Judiciário - Área Judiciária 
± FCC) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se, 
obrigatoriamente, em uma forma do plural para preencher de modo adequado 
a lacuna da frase: 
a) A muitos daqueles que torceram o nariz para as iniciativas do PET não 
...... (ocorrer) que tais medidas afirmativas poderiam ser tão eficazes. 
E��$�XP�SURMHWR�FRPR�R�³9LUDQGR D�SiJLQD´���������dever) emprestar todo 
o apoio os agentes envolvidos na reabilitação dos menores infratores. 
c) A situação de vulnerabilidade social que a tantos jovens ...... 
(constranger) pode ser plenamente superada por programas como o PET. 
d) Aos desafios de criar, desenvolver e sobretudo manter um programa de 
reinserção social ...... (corresponder), felizmente, um número expressivo de 
conquistas. 
e) Durante mais de dez anos só ...... (vir) a crescer a convicção de que as 
medidas adotadas pelo PET eram bastante eficazes. 
 
06. (AL-PE ± 2014 - Analista Legislativo - Direito Constitucional, 
Administrativo e Eleitoral ± FCC) Ou me engano, ou isto quis dizer que se 
lançam véus sobre certas notícias a pretexto de que, sujeitas a tantas e tão 
virulentas críticas, faz mal às pessoas. 
Tomando como parâmetro a norma-padrão escrita, comentário adequado 
sobre o acima transcrito é: O período 
a) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente mais um acento 
indicativo da crase, em "à pretexto". 
b) está correto em todos os seus aspectos. 
c) tem de receber duas correções: "quiz", em lugar de "quis", e "que se 
lança", em lugar de "que se lançam. 
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d) merece uma única correção: "fazem mal", em lugar de "faz mal". 
e) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente a alteração de "às 
pessoas" para "as pessoas". 
 
Delicadezas colhidas com mão leve 
 
 Era sábado e estávamos os dois na redação vazia da revista. Esparramado 
na cadeira, Guilherme roía o que lhe restava das unhas, levantava-se, andava 
de um lado para outro, folheava um jornal velho, suspirava. Aí me veio com 
esta: 
 - Meu texto é melhor que eu. 
A frase me fez rir, devolveu a alegria a meu amigo e poderia render uma 
discussão sobre quem era melhor, Guilherme Cunha Pinto ou o texto do 
Guilherme Cunha Pinto. Os que foram apenas leitores desse jornalista tão 
especial, morto já faz tempo, não teriam problema em escolher as matérias 
que ele assinava, que me enchiam de uma inveja benigna. 
Inveja, por exemplo, da mão leve com que ele ia buscar e punha em 
palavras as coisas mais incorpóreas e delicadas. Não era com ele, 
definitivamente, a simplificação grosseira que o jornalismo tantas vezes se 
concede, com a desculpa dos espaços e horários curtos, e que acaba fazendo 
do mundo algo chapado, previsível, sem graça. Guilherme não aceitava ser um 
mero recolhedor de aspas, nas entrevistas, nem sair à rua para ajustar os 
fatos a uma pauta. Tinha a capacidade infelizmente rara de se deixar tocar 
pelas coisas e pessoas sobre as quais ia escrever, sem ideias prontas nem pé 
atrás. Pois gostava de coisas e de pessoas, e permitia que elas o 
surpreendessem. Olhava-as com amorosa curiosidade - donde os detalhes que 
faziam o singular encanto de suas matérias. O personagem mais batido se 
desdobrava em ângulos inéditos quando o repórter era ele. Com suavidade 
descia ao fundo da alma de seus entrevistados, sem jamais pendurá-los no 
pau de arara do jornalismo inquisitorial. Deu forma a textos memoráveis e 
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produziu um título desde então citado e recitado nas redações paulistanas: 
³3LFDVVR�PRUUHX��VH�p�TXH�3LFDVVR�PRUUH´� 
(Adaptado de: WERNECK Humberto. Esse inferno vai acabar. 
Porto Alegre: Arquipélago, 2001. p.45 e 46) 
 
07. (METRÔ-SP ± 2014 - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior - 
Administração de Empresas ± FCC) Na frase Caso os leitores ...... (vir) a 
ler o jornal com maior rigor, certamente ...... (poder) perceber os 
estereótipos que ...... (predominam) nas reportagens de hoje, as 
lacunas serão corretamente preenchidas, na ordem dada, por: 
a) vierem - poderiam - predominariam 
b) virem - poderão ± predominam 
c) viessem - poderão ± predominassem 
d) vierem - podem ± predominem 
e) viessem - poderiam ± predominam 
 
 
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08. (TRT - 2ª REGIÃO (SP) ± 2014 - Analista Judiciário - Área 
Administrativa ± FCC) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se 
concordando com o elemento sublinhado na frase: 
a) As incertezas quanto ao meu próprio futuro não (dever) eximir-me de 
ser responsável por minhas decisões. 
b) Os desafios que cada um de nós hoje se (obrigar) a enfrentar 
fortalecem-nos diante do futuro. 
c) Há trabalhos que a gente (executar) sem imaginar o sentido que 
ganharão no futuro. 
d) Os minutos de que se (necessitar) viver plenamente devem trazer 
consigo uma expectativa de futuro. 
e) As privações que me (competir) enfrentar não devem desestimular 
meus empreendimentos. 
 
 Maias usavam sistema de água eficiente e sustentável 
 
Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia da 
América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água. Esse 
sistema hidráulico, aperfeiçoado por mais de mil anos, foi pesquisado por uma 
equipe norte-americana. 
As antigas civilizações têm muito a ensinar para as novas gerações. O 
caso do sistema de coleta e armazenamento de água dos maias é um exemplo 
disso. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram uma escavação 
arqueológica nasruínas da antiga cidade de Tikal, na Guatemala. 
Durante o estudo, coordenado por Vernon Scarborough, da Universidade 
de Cincinnati, em Ohio, e publicado na revista científica PNAS, foram 
descobertas a maior represa antiga da área maia, a construção de uma 
barragem ensecadeira para fazer a dragagem do maior reservatório de água 
em Tikal, a presença de uma antiga nascente ligada ao início da colonização da 
região, em torno de 600 a.C., e o uso de filtragem por areia para limpar a 
água dos reservatórios. 
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No sistema havia também uma estação que desviava a água para diversos 
reservatórios. Assim, os maias supriam a necessidade de água da população, 
estimada em 80 mil em Tikal, próximo ao ano 700, além das estimativas de 
mais cinco milhões de pessoas que viviam na região das planícies maias ao sul. 
No final do século IX a área foi abandonada e os motivos que levaram ao 
seu colapso ainda são questionados e debatidos pelos pesquisadores. Para 
6FDUERURXJK�p�PXLWR�GLItFLO�GL]HU�R�TXH�GH�IDWR�DFRQWHFHX��³0LQKD�YLVmR�SHVVRDO�
é que o colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal modo 
nessa sociedade altamente bem-VXFHGLGD� TXH� DJLUDP� FRPR� XPD� µSHUIHLWD�
WHPSHVWDGH¶��1HQKXP�IDWRU�LVRlado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão 
VHYHUDPHQWH´��GLVVH�R�SHsquisador à Folha de S. Paulo. 
Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa 
sociedade, uma vez que eles dependiam muito dos reservatórios que eram 
preenchidos pela chuva. É provável que a população tenha crescido muito além 
da capacidade do ambiente, levando em consideração as limitações 
WHFQROyJLFDV� GD� FLYLOL]DomR�� ³e� LPSRUWDQWH� OHPEUDU� TXH� RV� PDLDV� QmR� HVWmR�
mortos. A população agrícola que permitiu à civilização florescer ainda é muito 
viva na América CHQWUDO´��OHPEUD�R�SHVTXLVDGRU�� 
(Adaptado de Revista Dae, 21 de Junho de 2013, 
www.revistadae.com.br/novosite/noticias_interna.php?id=8413) 
 
09. (SABESP ± 2014 - Analista de Gestão - Administração ± FCC) Considerada 
a substituição do segmento grifado pelo que está entre parênteses ao final da 
transcrição, o verbo que deverá permanecer no singular está em: 
 
a) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisadores) 
b) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa 
sociedade... (as mudanças do clima) 
c) No sistema havia também uma estação... (várias estações) 
d) ... a civilização maia da América Central tinha um método sustentável 
de gerenciamento da água. (os povos que habitavam a América Central) 
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e) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia... 
(Estudos como o que acabou de ser publicado) 
 
10. (SABESP ± 2014 ± Técnico em Gestão ± informática ± FCC) 
Quanto à concordância verbal, a frase inteiramente correta é: 
a) Grande parte dos efeitos da urbanização no século XXI se produz nas 
cidades do chamado sul global. 
b) O hipercrescimento, dizem os especialistas, caracterizam algumas 
cidades no século XXI. 
c) Nem sempre existiu cidades tão populosas como as do século XXI. 
d) Devem haver muitos contrastes entre as pessoas que vivem nas 
cidades e aqueles que moram no campo. 
e) Os otimistas, que são a maioria, vê as cidades como arenas de 
transformação social. 
 
Menino do mato 
 
Eu queria usar palavras de ave para escrever. 
Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem nomeação. 
Ali a gente brincava de brincar com palavras 
tipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! 
A Mãe que ouvira a brincadeira falou: 
Já vem você com suas visões! 
Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis 
e nem há pedras de sacristias por aqui. 
Isso é traquinagem da sua imaginação. 
O menino tinha no olhar um silêncio de chão 
e na sua voz uma candura de Fontes. 
O Pai achava que a gente queria desver o mundo 
para encontrar nas palavras novas coisas de ver 
assim: eu via a manhã pousada sobre as margens do 
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rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão 
de uma pedra. 
Eram novidades que os meninos criavam com as suas 
palavras. 
Assim Bernardo emendou nova criação: Eu hoje vi um 
sapo com olhar de árvore. 
Então era preciso desver o mundo para sair daquele 
lugar imensamente e sem lado. 
A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas 
pela inocência. 
O que a gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias 
para a gente bem entender a voz das águas e 
dos caracóis. 
A gente gostava das palavras quando elas perturbavam 
o sentido normal das ideias. 
Porque a gente também sabia que só os absurdos 
enriquecem a poesia. 
(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa, São Paulo, Leya, 2013, p. 
417-8.) 
 
11. (TRF - 3ª REGIÃO ± 2014 - Analista Judiciário - Informática ± 
FCC) Considere as frases abaixo. 
I. No verso O que a gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias, o 
verbo destacado pode ser flexionado no plural, sem prejuízo para a correção e 
o sentido original. 
II. Em seguida ao termo voz, no verso e na sua voz uma candura de 
Fontes, pode-se acrescentar uma vírgula, sem prejuízo para a correção e o 
sentido original. 
III. Sem que nenhuma outra alteração seja feita, no verso e nem há 
pedras de sacristias por aqui, o verbo pode ser substituído por existe, 
mantendo-se a correção e o sentido original. 
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Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II e III. 
b) I e III. 
c) II. 
d) III 
e) I e II 
 
 
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12. (TRF - 3ª REGIÃO ± 2014 - Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador ± FCC) O verbo flexionado no plural que também estaria 
corretamente flexionado no singular, sem que nenhuma outra alteração fosse 
feita, encontra-se em: 
a) Não é à toa que partiram daqui várias manifestações culturais... 
b) Sempre me pareceram sem sentido as guerras... 
c) São Paulo são muitas cidades em uma. 
d) São Paulo não tem símbolos que dêem conta de... 
e) .. onde as informações diversas se misturam... 
 
 
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13. (TRT - 15ª Região ± 2013 - Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador ± FCC) Leia as frases abaixo. 
I. Os problemas advindos da exploração indiscriminada dos recursos 
naturais e das práticas predatórias em determinadas culturas; pode em muito 
pouco tempo, inviabilizar o uso de terras e a extração desses recursos 
naturais. 
II. O aquecimento global e o desequilíbrio que provocam, a aparição de 
pragas e de catástrofes climáticas passa, com toda certeza pelo desrespeito e 
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por más práticas, em relação ao meio ambiente e aos processos adotados em 
nossas lavouras e criações. 
III. O efeito estufa, potencializado pela queima de combustíveis fósseis, 
tem colaborado com o aumento da temperatura no globo terrestre nas últimas 
décadas. Pesquisas recentes indicaram que o século XX foi o mais quente dos 
últimos 500 anos. 
 
Tanto a concordância quanto a pontuação estão corretas APENAS em 
a) II. 
b) III. 
c) I e III. 
d) I e II. 
e) II e III. 
 
 "Te embalarei com uma canção sentida." 
 
Senta-te aqui ao meu lado, amiga, e te contarei uma história. Faz tempo 
que não te conto uma história na beira deste cais. A noite está cheia de 
estrelas, são homens valentes que morreram. Senta-te aqui, dá-me tua mão, 
vou te contar a história de um homem valente. Vês aquela estrela lá longe, 
mais além do navio fundeado, mais além do forte velho, da sombra das ilhas? 
Deve ser ele iluminando o céu da Bahia. [...] 
Já viste da beira do cais o vento noroeste se despenhar sobre a cidade e o 
mar, levar embarcações, desatracar navios, mudar o rumo de transatlânticos, 
transformar a cor das águas? É rápido, inquietante, belo, quase irreal. Dura 
um instante na medida do tempo. Mas, mesmo depois que o noroeste passa e 
volta a calmaria, fica a sua lembrança e é impossível esquecê-lo porque tudo 
mudou na face das coisas: é outra a fisionomia do cais e o ar que se respira é 
mais puro. Assim, negra, foi Castro Alves. Tinha a força do vento noroeste, o 
seu ímpeto, a sua violência. Tinha a sua beleza também. E deixou o ar mais 
puro, a sua lembrança imortal. 
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Tinha a precocidade desses moleques de rua a quem acaricias a cabeça e 
dos quais te contei a história. Começou muito moço e muito moço terminou. 
Foi o mais belo espetáculo de juventude e de gênio que os céus da América 
presenciaram. 
No tempo que andou nestas e noutras ruas, disse tantas e tão belas 
coisas, amiga, que sua voz ficou soando para sempre e é cada vez mais alta e 
cada vez mais a voz de centenas, de milhares, de milhões de pessoas. É a sua 
voz, negra, é a voz do cais inteiro e da cidade lá atrás também. Falou por 
todos nós como nenhum de nós falaria. É ainda hoje o maior e o mais moço de 
todos nós. 
No teatro grande lá de cima ouviste certa vez uma numerosa orquestra. 
Lembras-te da hora em que os músicos se juntaram todos num esforço 
supremo e produziram com os seus instrumentos e com sua virtuosidade uma 
nota mais alta que todas, que todas mais bela, nota que ficou soando na sala 
mesmo após a saída dos espectadores? Pois assim foi Castro Alves. Há 
momentos no mundo em que todas as forças de uma nação se conjugam e, 
como uma nota mais alta que todas, aparece, tranquilo e terrível, 
demoniacamente belo, justo e verdadeiro, um gênio. Nasce dos desejos do 
povo, das necessidades do povo. Nunca mais morre, imortal como o povo. 
Este, cuja história vou te contar, foi amado e amou muitas mulheres. 
Vieram brancas, judias e mestiças, tímidas e afoitas, para os seus braços e 
para o seu leito. Para uma, no entanto, guardou ele as melhores palavras, as 
mais doces, as mais ternas, as mais belas. Essa noiva tem um nome lindo, 
negra: liberdade. 
Vê no céu, ele brilha, é a mais poderosa das estrelas. Mas o encontrarás 
também nas ruas de qualquer cidade, no quarto de qualquer casa. Seja onde 
for que haja jovens, corações pulsando pela humanidade, em qualquer desses 
corações encontrarás Castro Alves. 
Dá-me agora tua mão direita, ouve o ABC do poeta. 
 
Obs.: Ortografia atualizada segundo as normas vigentes. 
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(Jorge Amado. ABC de Castro Alves; 14. ed. São Paulo: Martins, 1968. p. 15-17) 
 
14. (TRT - 5ª Região (BA) ± 2013 - Analista Judiciário - Serviço 
Social ± FCC) Ambos os verbos flexionados nos mesmos tempo, modo e 
pessoa estão grifados em: 
a) No teatro grande lá de cima ouviste certa vez uma numerosa 
orquestra. Lembras-te da hora em que os músicos... 
b) São homens valentes que morreram. 
c) Faz tempo que não te conto uma história na beira deste cais. 
d) Vês aquela estrela lá longe... Já viste da beira do cais o vento 
noroeste... 
e) Vê no céu... ouve o ABC do poeta. 
 
15. (TRF - 3ª REGIÃO ± 2014 - Analista Judiciário - Área Judiciária 
± FCC) As regras de concordância estão plenamente respeitadas em: 
a) O crescimento indiscriminado que se observa na cidade de São Paulo 
fazem com que alguns de seus bairros sejam modificados em poucos anos. 
b) Devem-se às múltiplas ofertas de lazer e cultura a atração que São 
Paulo exerce sobre alguns turistas. 
c) Apesar de a cidade de São Paulo exibir belas alamedas arborizadas, 
deveriam haver mais áreas verdes na cidade. 
d) O ruído dos carros, que entram pelas janelas dos apartamentos, 
perturbam boa parte dos paulistanos. 
e) Na maioria dos bairros de São Paulo, encontram-se referências 
culinárias provenientes de diversas partes do planeta. 
 
16. (TRT-11ª Região ± 2012 - Analista Judiciário ± Administrativa ± 
FCC) As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas 
em: 
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(A) A utilidade dos dicionários, mormente quando se trata de palavras 
polissêmicas, manifestam-se nas argumentações ideológicas. 
(B) Não se notam, entre os preconceituosos, qualquer disposição para 
discutir o sentido de um juízo e as consequências de sua difusão. 
(C) Não convém aos injustiçados reclamar por igualdade de tratamento 
quando esta pode levá-los a permanecer na situação de desigualdade. 
(D) Como discernimento e preconceito são duas acepções de 
discriminação, hão que se esclarecer o sentido pretendido. 
(E) Uma das maneiras maisodiosas de refutar os argumentos de alguém 
surgem na utilização de preconceitos já cristalizados. 
 
 
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17. (TRT ± 16ª REGIÃO ± 2014 ± Analista Judiciário ± FCC) Há, além 
disso, uma dificuldade relativa à ciência. Algumas das terapias disponíveis já 
têm quatro ou cinco décadas de existência. Investimentos em pesquisa 
poderiam levar a estratégias de prevenção e cura mais efetivas. Como essas 
doenças não são rentáveis, porém, os grandes laboratórios raras vezes se 
interessam por esse nicho. 
 
Considerado o trecho acima, é adequado o seguinte comentário: 
a) A supressão da vírgula após a palavra Há preserva a correção da frase. 
b) A correlação entre as formas verbais Há e poderiam levar evidencia a 
relação estabelecida entre o que efetivamente existe e a hipótese considerada 
bastante improvável. 
c) Formulação alternativa ao uso de têm está correta assim - "existe a". 
d) A expressão mais efetivas, em virtude do segmento que caracteriza, 
pode ser deslocada para depois da palavra estratégias, sem prejudicar o 
sentido original. 
e) No contexto, o emprego de já contribui para a construção da ideia de 
que certas terapias têm longevidade que comprova sua eficiência. ± ERRADA. 
 
18. (AL/RN ± 2013 ± Analista Legislativo ± FCC) O uso correto da 
concordância nominal e verbal está em: 
a) A surpresa é os prêmios e era preciso a coragem para descartar as 
grandes emoção e as lágrimas. 
b) Os falsos poetas perceberam que haviam muitas estruturas poéticas 
que ainda desconheciam. 
c) Aos poetas, foi-lhe penoso participar daquelas concentrações monstros 
na frente da academia. 
d) As artistas com seus trajes amarelo-laranja, haviam horas que 
aguardavam para se apresentarem. 
e) Eu mesma, na qualidade de defensora do meu cargo de programador, 
busco criatividade. 
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Duas sociedades 
 
Na formação histórica dos Estados Unidos, houve desde 
cedo uma presença constritora da lei, religiosa e civil, que 
plasmou os grupos e os indivíduos, delimitando os comportamentos 
graças à força punitiva do castigo exterior e do sentimento interior do pecado. 
Esse endurecimento do grupo e do indivíduo confere a ambos grande 
força de identidade e resistência, mas desumaniza as relações com os outros, 
sobretudo os indivíduos de outros grupos, que não pertençam à mesma lei e, 
portanto, podem ser manipulados ao bel-prazer. A alienação torna-se ao 
mesmo tempo marca de reprovação e castigo do réprobo; o duro modelo 
bíblico do povo eleito, justificando a sua brutalidade com os não eleitos, os 
outros, reaparece nessas comunidades de leitores cotidianos da Bíblia. Ordem 
e liberdade - isto é, policiamentos internos e externos, direito de arbítrio e de 
ação violenta sobre o estranho - são formulações desse estado de coisas. 
No Brasil, nunca os grupos ou os indivíduos encontraram efetivamente 
tais formas; nunca tiveram a obsessão da ordem senão como princípio 
abstrato, nem da liberdade senão como capricho. As formas espontâneas de 
sociabilidade atuaram com maior desafogo e por isso abrandaram os choques 
entre a norma e a conduta, tornando menos dramáticos os conflitos de 
consciência. 
As duas situações diversas se ligam ao mecanismo das respectivas 
sociedades: uma que, sob alegação de enganadora fraternidade, visava a criar 
e manter um grupo idealmente monorracial e monorreligioso; outra que 
incorpora de fato o pluralismo étnico e depois religioso à sua natureza mais 
íntima. 
Não querendo constituir um grupo homogêneo e, em consequência, não 
precisando defendê-lo asperamente, a sociedade brasileira se abriu com maior 
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largueza à penetração de grupos dominados ou estranhos. E ganhou em 
flexibilidade o que perdeu em inteireza e coerência. 
(Adaptado de Antonio Candido, Dialética da malandragem) 
 
19. (TCM/PA ± 2010 ± Técnico de Controle Externo ± FCC) As 
normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase: 
a) Vejam-se que os intentos de formação de uma sociedade monorracial 
redundam em sentimento de intolerância com a diversidade étnica. 
b) Devem-se à rigidez da formação histórica dos Estados Unidos os 
conflitos dramáticos de consciência dos indivíduos. 
c) Nos Estados Unidos, conferem-se aos grupos e aos indivíduos o 
intolerável arbítrio das discriminações sociais. 
d) Corresponde ao duro modelo bíblico do povo eleito as brutalidades com 
que são tratados os estranhos. 
e) Não se permitem juízos e comportamentos mais flexíveis quem se 
formou na mais rigorosa ordem legal e religiosa. 
 
Texto I 
 
Este caderno de Jorge de Lima bem que se poderia chamar "as 
impressões dum homem que esteve no cárcere". E são estes poemas mesmo 
um canto comovido à terra de que ele esteve segregado. E há neles qualquer 
coisa das surpresas e dos espantos que sofre um homem que tudo via em 
névoa, ao sair de uma operação de catarata. As cores como que vivem com 
outra intensidade. 
Tudo isso nos versos de Jorge de Lima está contado com muita força e 
comoção. Da boa e legítima comoção que é a que vem da simplicidade, que é 
a que sai das fontes mais preciosas do coração. [...] 
É vinda de dentro da terra, da vida sentimental do Nordeste, a maior 
parte dos poemas desse caderno. Quem os escreveu fez como um desterrado 
que a saudade conduziu ao retorno. E que voltasse com todos os sentidos 
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atacados de fome. E se encontra o Nordeste por toda a parte em seus poemas. 
[...] É ainda no caráter puramente regionalista de sua poesia que se distingue 
o Sr. Jorge de Lima. Porque o seu regionalismo não é um limite à sua emoção 
e não tem por outra parte o caráter de partido político daquele que rapazes de 
S. Paulo oferecem ao país com as insistências de anúncios de remédio. O 
regionalismo do jovem poeta nordestino é a sua emoção mais que a sua 
ideologia. O Nordeste não vem em sua poesia como um tema ou uma 
imposição doutrinária, vem como a expressão lírica de um nordestino evocar a 
sua terra. 
(Nota preliminar a Poemas escolhidos. REGO, José Lins do. in: LIMA, Jorge de. Poesias 
completas. Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1974, vol. I, p. 140-142) 
 
20. (TRT ± 19 REGIÃO ± 2014 ± Técnico Judiciário ± FCC) O 
Nordeste não vem em sua poesia como um tema ou uma imposição 
doutrinária... (Texto I, 3º parágrafo) 
Nos segmentos transcritos do Texto I, o verbo flexionado nos mesmos 
tempo e modo em que se encontra o grifadoacima está em: 
a) ... fez como um desterrado... 
b) ... "as impressões dum homem que esteve no cárcere". 
c) ... que tudo via em névoa... 
d) ... a que sai das fontes mais preciosas do coração. 
e) E que voltasse com todos os sentidos atacados de fome. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1) E 
2) B 
3) B 
4) D 
5) B 
6) D 
7) E 
8) A 
9) C 
10) A 
11) E 
12) C 
13) B 
14) E 
15) E 
16) C 
17) D 
18) E 
19) B 
20) D 
 
 
Muitos bem, alunos! Chegamos ao fim de mais uma aula! 
 
Queridos, não deixem de tirar as suas dúvidas! 
 
Contato: professorarafaelafreitas@gmail.com ou fórum de dúvidas. 
Será um prazer atendê-los! 
Até a próxima aula, 
Rafaela Freitas 
 
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