Buscar

TRABALHO - PAPER - ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO.

Prévia do material em texto

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO INDUSTRIAL 
LYBSON DE SOUZA FRANÇA –C172588, ACADÊMICO DO CURSO DE DIREITO DO INSTITUTO DE CIÊNCIA JURÍDICAS DA UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP, CAMPUS – MANAUS\AM
RESUMO
O estudo tecnicamente organizado e pesquisado aborda o planejamento do trabalho industrial processado na Inglaterra no início do século XIII; que ocasionou várias mudanças vertiginosas na relação do trabalho. O objetivo proposto é estudar a organização do trabalho industrial entre empregador e empregado. Contribuições impar na aquisição de saberes teóricos sobre a norma na relação do trabalho Industrial, fator crucial em nossas relações. 
PALAVRAS-CHAVE: planejamento; trabalho; industrial; contribuições.
INTRODUÇÃO
Os dados teóricos sistematizados contemplam de forma satisfatória as contribuições oriundas da Revolução Industrial que constitui-se uma nova estrutura na organização do trabalho industrial com parâmetros inovadores.
Conforme os objetivos propostos e elaborados estão inseridos nos seguintes enunciados: Verificar os diferentes contextos históricos e evolutivo da revolução industrial, fenômenos inovados no processo produtivo, que empreendeu-se em novos hábitos e comportamentos diferenciados das sociedades anteriores.
O trabalho elaborado contempla os seguintes itens; Conceito da Revolução Industrial; Contexto Histórico da Revolução Industria; Principais Avanços Tecnológicos; O Liberalismo de Adam Smith; As Consequências da Revolução Industrial; As Doutrinas Sociais e Econômicas.
 
- CONCEITO DA REVOLUÇÃO INDUTRIAL
A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX.
Ao longo do processo (que de acordo com alguns autores se registra até aos nossos dias), a era agrícola foi superada, a máquina foi suplantando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos.
Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.
- CONTEXTO HISTÓRICO
Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o termo manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da escala, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas muitas vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-prima até a comercialização do produto final. Esses trabalhos eram realizados em oficinas nas casas dos próprios artesãos e os profissionais da época dominavam muitas (se não todas) etapas do processo produtivo.
Com a Revolução Industrial os trabalhadores perderam o controle do processo produtivo, uma vez que passaram a trabalhar para um patrão (na qualidade de empregados ou operários), perdendo a posse da matéria-prima, do produto final e do lucro. Esses trabalhadores passaram a controlar máquinas que pertenciam aos donos dos meios de produção os quais passaram a receber todos os lucros. O trabalho realizado com as máquinas ficou conhecido por maquinofatura.
Esse momento de passagem marca o ponto culminante de uma evolução tecnológica, econômica e social que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média, com ênfase nos países onde a Reforma Protestante tinha conseguido destronar a influência da Igreja Católica: Inglaterra, Escócia, Países Baixos, Suécia. Nos países fiéis ao catolicismo, a Revolução Industrial eclodiu, em geral, mais tarde, e num esforço declarado de copiar aquilo que se fazia nos países mais avançados tecnologicamente: os países protestantes.
A Revolução Industrial, iniciada na Grã-Bretanha, integrou o conjunto das chamadas Revoluções Burguesas do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial. O capitalismo seria um produto da Revolução Industrial e não sua causa. (Karl Max, 1883)
Com a evolução do processo, no plano das Relações Internacionais, o século XIX foi marcado pela hegemonia mundial britânica, um período de acelerado progresso econômico-tecnológico, de expansão colonialista e das primeiras lutas e conquistas dos trabalhadores. Durante a maior parte do período, o trono britânico foi ocupado pela rainha Vitória (1837-1901), razão pela qual é denominado como Era Vitoriana. Ao final do período, a busca por novas áreas para colonizar e descarregar os produtos maciçamente produzidos pela Revolução Industrial produziu uma acirrada disputa entre as potências industrializadas, causando diversos conflitos e um crescente espírito armamentista que culminou, mais tarde, na eclosão, da Primeira Guerra Mundial (1914).
A Revolução Industrial ocorreu primeiramente na Europa devido a três fatores: 1) os comerciantes e os mercadores europeus eram vistos como os principais manufaturadores e comerciantes do mundo, detendo ainda a confiança e reciprocidade dos governantes quanto à manutenção da economia em seus estados; 2) a existência de um mercado em expansão para seus produtos, tendo a Índia, a África, a América do Norte e a América do Sul sido integradas ao esquema da expansão econômica européia; e 3) o contínuo crescimento de sua população, que oferecia um mercado sempre crescente de bens manufaturados, além de uma reserva adequada (e posteriormente excedente) de mão-de-obra.
- PRINCIPAIS AVANÇOS TECNOLÓGICOS
As primeiras máquinas criadas foram as de motor a vapor, construídas na Inglaterra durante o século XVIII. Retiravam a água acumulada nas minas de ferro e de carvão e fabricavam tecidos. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias aumentou muito. E os lucros dos burgueses donos de fábricas cresceram na mesma proporção. Por isso, os empresários ingleses começaram a investir na instalação de indústrias.
As fábricas se espalharam rapidamente pela Inglaterra e provocaram mudanças tão profundas que os historiadores atuais chamam aquele período de Revolução Industrial. O modo de vida e a mentalidade de milhões de pessoas se transformaram, numa velocidade espantosa. O mundo novo do capitalismo, da cidade, da tecnologia e da mudança incessante triunfou.
As máquinas a vapor bombeavam a água para fora das minas de carvão. Eram tão importantes quanto às máquinas que produziam tecidos.
As carruagens viajavam a 12 km/h e os cavalos, quando se cansavam, tinham de serem trocados durante o percurso. Um trem da época alcançava 45 km/h e podia seguir centenas de quilômetros. Assim, a Revolução Industrial tornou o mundo mais veloz. Como essas máquinas substituíam a força dos cavalos, convencionou-se em medir a potência desses motores em HP (do inglês horse power ou cavalo-força).
4.0 - O LIBERALISMO DE ADAM SMITH
As novidades da Revolução Industrial trouxeram muitas dúvidas. O pensador escocês Adam Smith procurou responder racionalmente às perguntas da época. Seu livro A Riqueza das Nações (1776) é considerado uma das obras fundadoras da ciência econômica. Ele dizia que o egoísmo é útil para a sociedade. Seu raciocínio era este: 
“Quando uma pessoa busca o melhor para si, toda a sociedade é beneficiada” – Adam Smith
 Exemplo: quando uma cozinheira prepara uma deliciosa carne assada, você saberia explicar quais os motivos dela? Será porque ama o seu patrão e quer vê-lo feliz ou porque está pensando, em primeiro lugar, nela mesma ou no pagamento que receberá no final do mês? De qualquer maneira, se a cozinheira pensa no salário dela, seu individualismo será benéfico para ela e para seu patrão. E por que um açougueiro vende uma carne muito boa para uma pessoa que nunca viu antes? Porque deseja que ela se alimente bem ou porque está olhando para o lucro que terá com futuras vendas? Graças ao individualismo dele o freguês podecomprar boa carne. Do mesmo jeito, os trabalhadores pensam neles mesmos. Trabalham bem para poder garantir seu salário e emprego.
Portanto, é correto afirmar que os capitalistas só pensam em seus lucros. Mas, para lucrar, têm que vender produtos bons e baratos. O que, no fim, é ótimo para a sociedade.
Então, já que o individualismo é bom para toda a sociedade, o ideal seria que as pessoas pudessem atender livremente a seus interesses individuais. E, para Adam Smith, o Estado é quem atrapalhava a liberdade dos indivíduos. Para o autor escocês, "o Estado deveria intervir o mínimo possível sobre a economia". Se as forças do mercado agissem livremente, a economia poderia crescer com vigor. Desse modo, cada empresário faria o que bem entendesse com seu capital, sem ter de obedecer a nenhum regulamento criado pelo governo. Os investimentos e o comércio seriam totalmente liberados. Sem a intervenção do Estado, o mercado funcionaria automaticamente, como se houvesse uma "mão invisível" ajeitando tudo. Ou seja, o capitalismo e a liberdade individual promoveria o progresso de forma harmoniosa.
5.0 - AS CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A partir da Revolução Industrial o volume de produção aumentou extraordinariamente: a produção de bens deixou de ser artesanal e passou a ser maquino-fatura da; as populações passaram a ter acesso a bens industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em busca de trabalho. As fábricas passaram a concentrar centenas de trabalhadores, que vendiam a sua força de trabalho em troca de um salário.
Outra das consequências da Revolução Industrial foi o rápido crescimento econômico. Antes dela, o progresso econômico era sempre lento (levavam séculos para que a renda per capita aumentasse sensivelmente), e após, a renda per capita e a população começaram a crescer de forma acelerada nunca antes vista na história. Por exemplo, entre 1500 e 1780 a população da Inglaterra aumentou de 3,5 milhões para 8,5, já entre 1780 e 1880 ela saltou para 36 milhões, devido à drástica redução da mortalidade infantil.
A Revolução Industrial alterou completamente a maneira de viver das populações dos países que se industrializaram. As cidades atraíram os camponeses e artesãos, e se tornaram cada vez maiores e mais importantes.
Na Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em um grande país, havia mais pessoas vivendo em cidades do que no campo. Nas cidades, as pessoas mais pobres se aglomeravam em subúrbios de casas velhas e desconfortáveis, se comparadas com as habitações dos países industrializados hoje em dia. Mas representavam uma grande melhoria se comparadas as condições de vida dos camponeses, que viviam em choupanas de palha. Conviviam com a falta de água encanada, com os ratos, o esgoto formando riachos nas ruas esburacadas.
O trabalho do operário era muito diferente do trabalho do camponês: tarefas monótonas e repetitivas. A vida na cidade moderna significava mudanças incessantes. A cada instante, surgiam novas máquinas, novos produtos, novos gostos, novas modas.
6.0 - AS DOUTRINAS SOCIAIS E ECONÔMICAS
Essas doutrinas coincidiam em alguns pontos fundamentais: eram contrárias ao liberalismo dos economistas do século XVIII e ao capitalismo, e favoráveis ao restabelecimento da "soberania" do trabalho. Vejamos algumas dessas doutrinas:
6.1 - Socialismo utópico
O socialismo utópico concebia a organização de uma sociedade de caráter ideal. Contudo, esperava que a realização concreta dessa sociedade se desse através de concessões dos governantes ou dos capitalistas. Seus principais representantes foram Robert Owen (1771-1858, rico industrial inglês, Saint-Simon (1760-1825) e Charles Fourier (1772-1837), ambos franceses.
6.2 - Socialismo científico
O socialismo científico tem por fundamento a interpretação econômica da História e pregava o triunfo final dos trabalhadores através da própria luta do proletariado. Seus representantes foram Karl Marx (1818-1883), advogado alemão de origem judaica, e Friedrich Engels (1820-1895), compatriota e colaborador de Marx. O socialismo científico pode também ser chamado de revolução social do marxismo.
6.3 - Socialismo cristão
A Igreja, diante dos problemas sociais, sobretudo os da classe operária, preconizou reformas em bases cristãs. Combateu a violência e a revolução social do marxismo. Entre os principais documentos que contêm os princípios da doutrina social da Igreja está a Rerum Novarum, encíclica do papa Leão XIII, promulgada em 1891. O quadragésimo ano da Rerum Novarum foi comemorado com a publicação da encíclica Quadragesimo Anno (1931) do papa Pio XI. Do papa João XXIII temos: Pacem in Terris e Mater et Magistra. O papa Paulo VI é o autor de Populorum Progressio e Humanae Vitae, esta última sobre o controle da natalidade.
6.0. CONCLUSÃO
São inegáveis as transformações realizadas pela Revolução Industrial em virtude da mão-de-obra, tendo início na Inglaterra em meados do século XVIII, expandindo-se pelo mundo a partir do século XIX. Ocasião pertinentemente vivenciada no séc. XXI. A Revolução Industrial não só evoluíram os trabalhos industriais como também sistematizou a manufatura.
O apogeu desse momento revolucionário acontece na criação do motor a vapor, que deu início a maquinofatura que era o trabalho realizado com máquinas. Com isso, a produção de bens deixou de ser artesanal e passou a ser maquino-faturada; as populações passaram a ter acesso a bens industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em busca de trabalho. As fábricas passaram a ter mais lucros e a concentrar centenas de trabalhadores, que vendiam a sua força de trabalho em troca de um salário.
Seria uma utopia imaginar que passaríamos por um momento tão excêntrico no qual estamos em relação à tecnologia se não tivéssemos obtido tal realização que foi a Revolução Industrial.
REFERÊNCIAS
HOBSBAWM, Eric J.. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo (5a. ed.). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003. ISBN 85-218-0272-2
SMITH, Adam - A Riqueza das Nações, 1776
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, 2001. ISBN 85-314-0592-0
MELANI, Maria Raquel Apolinário. Projeto Araribá - História 7ª São Paulo: Editora Moderna, 2006.
SOUZA, Osvaldo Rodrigues de. História Geral São Paulo: Editora Ática, 1990. ISBN 85-08-02735-5

Continue navegando