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SOLO CTC ESTRUTURA básica dos SOLOS Os íons silicato (Si+4) estão distribuídos no solo em estruturas de silicatos (SiO4) -4, constituindo um dos principais componentes do solo. ESTRUTURA básica dos SOLOS Em geral estes silicatos estão agregados à átomos de Al+3 formando os alumino-silicatos, fórmula (SiO4Al) -, esta carga (-) normalmente agrega H+ ou outros cátions metálicos, dependentes dos íons presentes na solução do solo. Exemplo das estruturas de argila Explicação das estruturas de argila As folhas tetraédricas são formadas por tetraedros de Si–O com cantos compartilhados, como mostrado no digrama esquemático da figura. Cada tetraedro compartilha três de seus cantos com três tetraedros vizinhos, resultando em uma fórmula estrutural de (Si2O5)n para a folha. Da mesma forma, as folhas octaédricas são compostas por cátions Al3+ ligados a ânions O2- e OH-, resultando em uma fórmula química efetiva de AlO(OH)2. Explicação das estruturas de argila A ligação entre as folhas cristalinas octaédricas e tetraédricas é feita quando cada tetraedro Si–O na folha tetraédrica compartilha um oxigênio com um octaedro Al– O/OH da folha octaédrica, na representação esquemática em perspectiva da estrutura cristalina da montmorilonita . As ligações químicas entre os átomos dentro de cada folha que formam as lamelas são fortes, do tipo covalente. Em contraste, as ligações entre as lamelas adjacentes são relativamente fracas, permitindo a separação das lamelas quando colocadas em excesso de água ou sob tensão mecânica. Algumas argilas do tipo 2:1, como a montmorilonita, possuem deficiência de cargas positivas em sua estrutura cristalina, causada por substituições isomórficas, resultando em um excesso de cargas negativas distribuídas pela superfície das lamelas. Estas substituições podem ser do Si4+ pelo Al3+ nos sítios tetraédricos, do Al3+ pelo Mg2+ ou do Mg2+ pelo Li+ (ou uma vacância) nos sítios octaédricos. O excesso de cargas negativas resultante é contrabalanceado por cátions interlamelares hidratados alcalinos, Na+, K+, ou alcalinos terrosos Ca2+ e Mg2+. Explicação das estruturas de argila As argilas do grupo das esmectitas, do qual a montmorilonita faz parte, exibem uma alta capacidade de troca de cátions. Isto é, os cátions dentro das lamelas cristalinas e, principalmente, os cátions interlamelares podem ser trocados por outros cátions presentes em uma solução aquosa sem que isso modifique a estrutura cristalina das argilas. A capacidade de troca catiônica é uma propriedade importante das argilas, pois pela troca de cátions pode-se modificá-las quimicamente influindo diretamente sobre suas propriedades físico-químicas e possíveis aplicações tecnológicas. Os cátions trocáveis podem ser orgânicos ou inorgânicos. Adicionalmente, a hidratação dos cátions interlamelares causa o acúmulo de moléculas de água no espaço interlamelar das argilas e seu consequente inchamento ou expansão, aumentando as distâncias interlamelares. ESTRUTURA básica dos SOLOS Os cátions mais comuns do solo são: Na+, K+, Ca+, Mg+; A concentração dos cátions no meio líquido vai determinar a adsorção destes sobre as partículas de argila e o quanto estão susceptíveis a troca ou não (CTC); Estes cátions agregados são a reserva de nutrientes para as plantas; Portanto, as partículas de argila possuem uma camada EXTERNA de cátions ligados ELETROSTATICAMENTE a uma camada interna negativa. ESTRUTURA básica dos SOLOS íons trocáveis e íons livres; diferentes energias de ligação: ligações iônicas, covalentes e eletrostáticas. Exemplo caderno. Energia de ligação entre colóides e íons adsorção química - ocorre quando há a ligação iônica ou covalente entre o colóide e o íon, sendo dificultada sua passagem da fase sólida para a líquida. Há três tipos de adsorção química: Complexação – É o tipo mais comum de adsorção química e ocorre na superfície dos colóides. O íon complexado é retido com alta energia ao colóide (ligação iônica ou covalente). Quelação – É um tipo especial de complexação que ocorre nos colóides orgânicos ou em moléculas quelantes, os quais adsorvem especificamente um íon não por apenas uma, mas por duas ou mais ligações. Precipitação – É um tipo de adsorção química onde o íon é precipitado, ou seja, forma um complexo estável e praticamente irreversível. adsorção física - ocorre quando há a ligação de baixa energia entre o íon e o colóide. Essa interação ocorre através de forças eletrostáticas como forças de Van der Waals e pontes de hidrogênio. A adsorção física não ocorre na superfície do colóide, mas sim a uma certa distância dele apenas por efeito do seu campo elétrico. São forças de pequena magnitude e permitem a troca rápida de íons entre a fase sólida e a solução do solo, compondo a parte mais ativa da CTC. Exemplos de adsorção física e química Energia de ligação entre colóides e íons Fatores que afetam a energia de ligação entre colóide e íon: Valência do íon – quanto maior a valência, maior será a energia de ligação ao colóide. O hidrogênio é uma exceção, pois se comporta como se fosse polivalente; Grupo periódico do íon – elementos de transição (das famílias “B” da tabela periódica) formam compostos de maior energia de ligação que os metais alcalinos e alcalinos terrosos; Tamanho do íon – quanto menor o íon, mais fortemente pode ser adsorvido; Hidratação do íon – quanto mais hidratado for o íon, com menor força ele será adsorvido. A hidratação é inversamente proporcional ao tamanho e valência do íon; Concentração do íon na solução – o aumento da concentração de um íon na solução provocará maior adsorção do mesmo, deslocando os demais adsorvidos que estejam em menor concentração; Seletividade do colóide – certos colóides têm maior preferência para a adsorção de certos cátions, conforme abaixo: Ilita: Al3+ > K+ > Ca2+ > Mg2+ > Na+ Caulinita: Ca2+ > Mg2+ > K+ > Al3+ > Na+ Montmorilonita: Ca2+ > Mg2+ > H+ > K+ > Na+ Matéria orgânica: Mn2+ > Ca2+ > Mg2+ > NH4 + > K+ > Na+ De maneira geral, pela integração dos fatores ligados aos íons acima listados, a energia de adsorção deles com os colóides segue a seguinte ordem: CÁTIONS: Al3+ = H+ = Fe3+ > Zn2+ = Cu2+ = Mn2+ = Fe2+ > Ca2+ > Mg2+ > NH4 + > K+ > Na+ SUBSTÂNCIAS HÚMICAS Estrutura hipotética dos ácidos fúlvicos. SUBSTÂNCIAS HÚMICAS Estrutura hipotética dos ácidos húmicos. SUBSTÂNCIAS HÚMICAS Podem ser classificadas conforme sua solubilidade: Humina: fração insolúvel e reatividade muito baixa. Ácidos Húmicos: fração escura solúvel em meio alcalino. Quimicamente muito complexo, formado por polímeros aromáticos e alifáticos de alto peso molecular. Podem precipitar na presença de cátions metálicos (humatos de Ca e Mg) ou permanecer como colóides (humatos de Na+, K+, NH4 +). Ácidos Fúlvicos: fração que se mantém solúvel em meio alcalino ou em meio ligeiramente ácido. São polissacarídeos, aminoácidos e principalmente, compostos fenólicos. Seu alto teor de carboxila (OH-) e peso molecular relativamente baixo, formam complexos estáveis com Fe, Cu, Ca e Mg. SUBSTÂNCIAS HÚMICAS SUBSTÂNCIAS HÚMICAS FIXAÇÃO DE METAIS PESADOS NO SOLO Os metais quando depositados diretamente no solo, tendem a ligar-se fortemente às argilas e outras partículas, concentrando-se e acumulando nas camadas superiores e, portanto, estando acessíveis para as raízes das plantas; O risco para a Saúde Pública ocorre se os metais forem assimilados pelas raízes das plantas ou pelos organismos presentes no solo, propagando-se ao longo da cadeia alimentar; A bioacumulação de metais pesados na cadeia alimentar é uma causa freqüente de intoxicação e envenenamento nos seres humanos. FIXAÇÃO DE METAIS PESADOS NO SOLO Os materiais húmicos têm uma grande afinidade pelos cátions de metais pesados, de maneira que os extraem da água por meio de processos de troca iônica; A fixação de cátions metálicos ocorre, em grande parte por meio da formação de complexos com os grupos –COOH das ácidos húmicos e fúlvicos; No caso dos ácidos fúlvicos, as interações mais importantes envolvem provavelmente um grupo –COOH e um grupo –OH ligados aos carbonos adjacentes de um anel benzênico da estrutura polimérica, de maneira que o metal pesado M2+ substitui dois íons H+. SUBSTÂNCIAS HÚMICAS FIXAÇÃO DE METAIS PESADOS NO SOLO Os metais são retidos no solo por três vias: Por adsorção física sobre as superfícies das partículas minerais; Por complexação das substâncias húmicas com as partículas orgânicas; Por reações de precipitação. FIXAÇÃO DE METAIS PESADOS NO SOLO Os processos de precipitação dos íons mercúrio e cádmio, POR EXEMPLO, envolvem a formação dos sulfetos insolúveis HgS e CdS quando o íon livre em solução encontra-se com um íon sulfeto, S2-; Concentrações significativas de íons sulfeto aquoso ocorrem nas regiões mais profundas dos lagos nos meses de verão, quando a água em geral contém um baixo teor de oxigênio. FIXAÇÃO DE METAIS PESADOS NO SOLO Em solos ácidos, a concentração de Cd2+ pode ser substancial, já que esse íon adsorve apenas fracamente sobre argilas e outros materiais particulados; Acima de pH 7, porém, o cádmio precipita como sulfeto, carbonato ou fosfato; Por isso, a calagem do solo a fim de aumentar o seu pH é um método efetivo para fixar o íon cádmio, impedindo assim sua absorção pelas plantas. FIXAÇÃO DE METAIS PESADOS NO SOLO O solo foi, é, e continuará a ser um dos principais receptores de metais pesados. Apesar das legislações, é no solo que são depositados ou enterrados a grande maioria dos resíduos que contém metais pesados, sejam eles de origem industrial ou municipal; Além disso existem outras fontes de contaminação como: mineração, exploração petrolífera, oleodutos, tráfego, deposição atmosférica, entre outros.
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