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Leishmaniose e Leishmaniose e LeishmaniaLeishmania Profa: Aula adaptada da Msc Laís Flávia Nunes Lemes por profa Thais TaxonomiaTaxonomia • Reino : Protista • Sub-reino : Protozoa • Filo : Sarcomastigophora • Subfilo : Mastigophora • Classe : Zoomastigophorea • Ordem : Kinetoplastida • Subordem: Trypanosomatina • Família : Trypanosomatidae • Gênero : Leishmania LeishmaniaLeishmania • Zoonose • Ciclo heteroxênico o Hospedeiro invertebrados o Hospedeiro Vertebrado • Amplamente distribuída no território brasileiro, ocorrendo em todas as regiões do país. • É uma zoonose própria dos roedores silvestres e o homem representa apenas um hospedeiro acidental, não tendo qualquer papel na manutenção ou na disseminação dos parasitos na natureza • tem ocorrência em animais silvestres (roedores, preguiça, tamanduá, gambá, mão pelada) e peridomésticos (cão e roedores). Hospedeiros invertebrados: Fêmea Flebotomíneos Família: Psychodidae Subfamília: Phlebotominae Gêneros: Lutomyia e Phlebotomus Lutomyia – conhecidos no Brasil: birigui, mosquito-palha e tatuquira e outros MorfologiaMorfologia • Promastigota (metacíclica) infectante (Inseto) • Amastigota (Hospedeiro vertebrado) Reprodução por divisão binária em ambos os casos Reprodução por divisão binária em ambos os casos Morfologia PromastigotaMorfologia Promastigota Formas alongadas Flagelo livre e longo emergindo pela porção anterior Núcleo arredondado ou oval (Região mediana) Cinetoplasto em forma de bastão posição mediana entre a extremidade anterior e o núcleo Forma transmitida Morfologia - PromastigotaMorfologia - Promastigota Morfologia - AmastigotaMorfologia - Amastigota • Ováis ou esféricos • Núcleo grande ou arredondado • Cinetoplasto • Vacúolos • Não há fagelo livre • Microtúbulos em número variado no envoltório • Bolsa fagelar • Núcleo esférico denso ou frouxo com cariossomo central ou excêntrico • Encontrada dentro dos macrófagos MorfologiaMorfologia - - AmastigotaAmastigota Formas promastigotas metacíclicas regurgitadas por mosquitos são depositadas na derme, onde são fagocitados por macrófagos. São resistentes a lise pelo sistema complemento (LPG) • Vetores (Diptera, Phlebotomidae: Lutomiya, PPhlebotomus), no território brasileiro: Lutomiya Plongipalpis, PL. Pwellcomei Pe outros CICLO BIOLÓGICO - VERTEBRADO Promastigotas dentro do fagolisossomo se transformam em amastigotas, que se multiplicam no macrófago. A célula hospedeira é rompida liberando amastigotas que são fagocitados por outros macrófagos M CICLO BIOLÓGICO - VERTEBRADO Membrana peritrófca Após ingestão, amastigotas se transformam em promastigotas e se multiplicam dentro de uma membrana formada pelo vetor Trato digestivo CICLO BIOLÓGICO - INVERTEBRADO Promastigotas se desenvolvem para paramastigotas que aderem em pontos diferentes no trato digestivo (critério da localização: subgenênero de Leishmania), a proliferação é estimulada se a fêmea ingere sucos vegetais CICLO BIOLÓGICO - INVERTEBRADO Após 3-5 dias, promastigotas metacíclicos migram ativamente para partes anteriores do tubo digestivo Somente promastigotas metacíclicos são infecciosos para os hospedeiro vertebrado! Assim, o parasita parece interferir ativamente com a capacidade de ingestão do hospedeiro mosquito! A saliva do febotomíneo é muito importante para a infecciosidade da Leishmania CICLO BIOLÓGICO - INVERTEBRADO Leishmania sp.Leishmania sp. Ciclo de vida Formas Clínicas da Formas Clínicas da LeishmanioseLeishmaniose • Leishmaniose Cutânea • Leishmaniose Mucocutânea • Leishmaniose Cutânea Difusa • Leishmaniose Visceral ou Calazar LeishLeishmaniosemaniose CutâneaCutânea • Vetor: Flebotomídeo fêmea do gênero Lutomyia P (Birigui, mosquito-palha) • Agente: Leishmania Pbrasiliensis, PL. Pguyanensis, PL. Pamazonensis, P L. Plainsoni • Sinonímia: Úlcera-de-Bauru, ferida brava, ferida seca e bouba Leishmaniose Cutânea - Leishmaniose Cutânea - PatologiaPatologia • Úlceras únicas ou múltiplas confnadas a derme com a epiderme ulcerada • Local de preferência: Partes descobertas do corpo. • Lesões iniciais: Pápulo-vesiculoso podendo ocorrer linfagite e adenite satélite. • Lesões leishmanióticas: Ulceração crônica, indolor, de contornos regulares, com bordas salientes, pouco exudativa e com fundo granuloso. • Lesões antigas: Formas vegetantes verrucosas Forma vegetante Lesão leishmaniótica Lesão inicial Leishmaniose cutânea (“oriental sore” “botão do oriente”, “Úlcera de Bauru” Evolução da Lesão Ulcerada na Evolução da Lesão Ulcerada na LeishmanioseLeishmaniose Leishmaniose Cutânea – Leishmaniose Cutânea – Agentes Agentes • L. Pbrasiliensis o Forma mais destrutiva o Curso da infecção: Irregular e crônico. • L. guyanensis o Ülcera única (cratera de lua) o Dissemina-se pelo corpo em forma de metástase linfáticas o Forma hipodérmica nodular (nódulos subcutâneos móveis) o Forma nodular ulcerada o Linfadenite e linfadenopatia • Outros o Lesões ulcerada simples e limitadas (L.amazonensis) o Úlcera cutânea única (L. Plainsoni) • Vetor: Flebotomídeo fêmea do gênero Lutomyia P (Birigui, mosquito-palha) • Agente : Leishmania Pbrasiliensis • Sinonímia : Espúndia, nariz de tapir ou de anta Leishmaniose Leishmaniose Cutâneo-mucosaCutâneo-mucosa Leishmaniose Mucocutânea - Leishmaniose Mucocutânea - ImunopatologiaImunopatologia • Verifca-se o desenvolvimento de lesões algumas vezes desfgurantes nas cartilagens ou junções mucocutâneas da laringe, septo nasal, ânus ou vulva. • Ocorre também edema e infltração celular. • Pode ocorrer ainda hiperqueratose (espessamento da camada córnea) e acantose. • Segue-se lesão secundária nas mucosas e cartilagens. • Predomina resposta imunológica Th1 – Citocinas infamatórias • Resposta imunecelular está exacerbada • Níveis de anticorpos baixo ou discretamente aumentada Leishmaniose Cutâneo-mucosa – Leishmaniose Cutâneo-mucosa – Sintomatologia e Formas ClínicasSintomatologia e Formas Clínicas • Incubação que varia de alguns dias a mais de um ano, porém dura de 2 a 3 meses. • Local de preferência: Partes descobertas do corpo. • Lesões iniciais: Pápulo-vesiculoso podendo ocorrer linfagite e adenite satélite. • Lesões leishmanióticas: Ulceração crônica, indolor, de contornos regulares, com bordas salientes, pouco exudativa e com fundo granuloso. • Lesões antigas: aspecto purulento com formação de crostas devido a presença de infecção bacteriana. Nas formas avançadas ocorre envolvimento da mucosa com hiperemia, infltração, coriza crônica, obstrução nasal chegando a lesão ulcerativa com destruição do septo, dorso do nariz até áreas faciais vizinhas. Podem ocorrer ainda lesões orofaringianas e laríngeas produzindo perturbações de fonação, afonia e comprometimento alimentar. Muco-cutânea: - Infecção na derme (ulceras), invasão de mucosa e destruição da cartilagem - No novo mundo: L. Pbraziliensis, PL. Pguyanensis, PL. P P P P P Pmexicana P(“espundia”), no Sudão/Etiópia L. Pmajor, PL. Ptropica Leishmaniose Mucocutânea e Cutânea Leishmaniose Mucocutânea e Cutânea – Diagnóstico– Diagnóstico • Pesquisa do parasita nas biópsias ou raspado da lesão o Exame direto de esfregaços corados com derivados Romanowsky, Giemsa ou Leishman o Exame histopatológico o Cultura o Inóculo em animais • Reação de PCR o Pesquisa do DNA do parasito Leishmaniose Mucocutânea e Leishmaniose Mucocutânea e Cutânea – DiagnósticoCutânea – Diagnóstico • Reação de imunofuorescência indiretaTeste imunológico que avalia a reação a resposta humoral Sensibilidade alta, porém pode ocorrer reações cruzadas Em lesões cutâneas recentes: Títulos baixos Forma mucosa: podem estar aumentados Leishmaniose Leishmaniose Cutânea DifusaCutânea Difusa • Vetor : Flebotomídeo fêmea do gênero Lutomyia P (Birigui, mosquito-palha) Agente : Leishmania Pamazonensis P(Brasil) Leishmania Ppinafoi P(Venezuela) Leishmaniose Cutânea Difusa - PatologiaLeishmaniose Cutânea Difusa - Patologia • Lesões nodulares bizarras, que se assemelham a quelóides e contém grandes agregados de macrófagos repletos de Leishmania. • A multiplicidade das lesões é devido às metástases para outro sítio através dos vasos linfáticos ou da migração dos macrófagos. • Está associada a defciência imunológica do paciente. Disseminação por todo o corpo Cutânea difusa: - Infecção confnada na derme, formando nódulos não ulcerados. - Associado a defciência imunológica do paciente Formas Clínicas Localização Teste de Montenegro Espécie de Leishmania Leishmaniose cutânea Infecção confinada na derme com epiderme ulcerada Positivo L. amazonensis, L. brasiliensis, L. guyanensis, L. lainsoni Leishmaniose Mucocutânea Infecção na derma com úlceras. Lesões metastáticas podem ocorrer com invasão de mucosas e destruição de cartilagem Positivo (resposta exagerada) L. brasiliensis, L. guyanensis Leishmaniose cutaneodifusa Infecção confinada na derme, formando nódulos não ulcerados. Disseminação por todo o corpo Negativo (imunidade celular comprometida) L.amazonensis Características Principais das Formas Clínicas da Leishmaniose Tegumentar Americana no Brasil Leishmaniose Visceral Leishmaniose Visceral AmericanaAmericana • Vetor : Flebotomídeo fêmea do gênero Lutomyia P (L. Plongipalpis) Agente : Leishmania Pdanavani, PL. Pinfantum, PL. P chagasi Sinonímia : Calazar P Leishmaniose Visceral Americana - Leishmaniose Visceral Americana - HábitatHábitat • No vertebrado: As formas amastigotas habitam as células do sistema mononuclear fagocitário, principalmente macrófagos. o Órgãos Linfóides: Medula, baço, linfanodos o Fígado: células de Kupfer o Intestino: Placas de Peyer Leishmaniose Visceral Americana – Leishmaniose Visceral Americana – Mecanismos de TransmissãoMecanismos de Transmissão • Transmissão pelo vetor • Acidentes de trabalho • Transfusão sanguinea • Uso de drogas injetáveis • Transmissão congênita Leishmaniose Visceral Americana – Leishmaniose Visceral Americana – Patogenia/ Aspectos ClínicosPatogenia/ Aspectos Clínicos • Período de incubação variável dependente da virulência da cepa, dose do inóculo, características genéticas do hospedeiro e seu estado imunológico e nutricional. • Febre baixa, de longa duração e recorrente • Hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, anemia com leucopenia, hipergamaglobulinemia, emagrecimento, edema e estado de debilidade progressivo levando à caquexia e fnalmente, ao óbito se o paciente não for devidamente tratado. Leishmaniose Visceral Americana – Leishmaniose Visceral Americana – Formas ClínicasFormas Clínicas Leishmaniose Visceral Americana – Leishmaniose Visceral Americana – Distribuição GeográfcaDistribuição Geográfca • Zonas Rurais em regiões tropicais e subtropicais do mundo: Ásia, Oriente Médio, África, América Central e do Sul. • No Brasil: Pará ao Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso, Norte e Nordeste. Leishmaniose Visceral Americana – Leishmaniose Visceral Americana – ProflaxiaProflaxia • Controle • Tratamento dos casos humanos • Eliminação de cães infectados • Combate ao vetor Diagnóstico Leishmaniose visceral (Calazar) • Clínico: sintomas - Febre baixa recorrente, envolvimento linfohepático, esplenomegalia, caquexia e dados epidemiológicos • Laboratorial: 1. Exames Parasitológicos a) Demonstração direta do parasita Esfregaços corados com Giemsa ou Leishman de: - Material obtido por punção de medula óssea, fígado ou baço - Biopsia (menos efciente ~ 50%) - Fase aguda 80-90% de positividade - Fase sub-clínica 10% - Co-infectados com HIV recomendado exame de medula óssea - Aspirado esplênico 100 %, sangue periférica 30% b) Isolamento em cultivo in vitro Aspirado ou biopsia LIT, MEM, Schneider’s e Evans (Meio monofásico) a 26ºC Exame microscópico ( 2x semana/4 semanas) c ) Isolamento em cultivo in vivo • Inoculação em animais - Hamsters ou camundongos isogênicos (BALB/c) - Cepas dermatotrópicas: pata ou tocinho dos animais (positivo após 2 a 4 semanas) - Cepas vicerotrópicas via intraperitoneal (positivo após 6 meses) - Recomendado para o isolamento do parasita nas formas sub- clínicas • Xenodiagnóstico - Flebótomos - Usado em pacientes com AIDS portadores de Leishmaniose visceral 2. Testes Imunológicos a) Teste de Montenegro b) Testes sorológicos •Antígenos (parasitas inteiros, inativados) - Reação de aglutinação direta Cave: Reatividade cruzada com Chagas e tuberculose Visualiza títulos até de 1:51.200 Leishmaniose visceral título > 1:1.600 (sensibilidade 100%) no Brasil o título > 1:6.400 c) Detecção do antígeno rK39 na urina Br Med Bull. 2006 Jul 17;75-76:115-30 Medidas de prevenção • Identifcação de focos de Leishmania P(animais infectados em proximidade a domicílios: silvestres e domésticos: erradicação • Imunização em massa de cachorros (Leishvaccin) • Uso de repelentes, telas de proteção •Borrifação frequente de ambientes •Tratamento de sintomáticos e assintomáticos em regiões com alta incidência de febotomíneos Distribuição geográfica da leishmaníase cutânea e visceral no Brasil ATAATA • Modo de transmissão • Agentes etiológicos e diferenças clínicas • Forma infectante • ciclo biológico • Diferencie os tipos de leishmania • modo de prevenção • controle • Tratamento • Doença de notificação Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54
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