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Administrativo (Agente) Aula 05

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DIREITO ADMINISTRATIVO PARA AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO DO DETRAN/SP - 
PROFESSORA PATRÍCIA CARLA 
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Oi, Gente! 
E vamos ao nosso 5º encontro, hoje o assunto é Agentes Públicos. 
Vejam que o edital não faz referência ao Estatuto dos Funcionários Públicos 
Civis do Estado de São Paulo (Lei nº 10.261/68). 
O edital foi muito lacônico, ele exigiu apenas: 
“Servidores Públicos: agentes públicos. Cargo, emprego e função pública.” 
O que podemos entender disso? Que eles irão abordar na prova apenas os 
agentes públicos (conceito, classificação, por exemplo) e a diferença entre 
cargo, emprego e função pública. 
Bem, para não estudar apenas isso (conhecimento nunca é demais), nós 
iremos abordar outros pontos a respeito do assunto. 
Beijo carinhoso e bons estudos! 
Nos encontramos no fórum do Curso, não deixem de enviar as suas dúvidas 
pra lá. 
Patrícia Carla 
 
AGENTES PÚBLICOS: Espécie e classificação 
 
O gênero agentes públicos abrange todas as pessoas que, de uma forma ou 
de outra, mesmo que transitoriamente e sem remuneração, prestam algum 
tipo de serviço ao Estado. 
Entre os agentes, encontram-se três espécies principais, quais sejam, os 
agentes políticos, os agentes em delegação e os servidores públicos. 
Assim, agentes políticos são os que compõem os altos escalões do Governo, 
como Presidente da República, Governador, Prefeito, Senador, Deputado, 
Vereador e Magistrado, com características, prerrogativas e privilégios 
próprios, em geral estabelecidos pela Constituição Federal. 
Já os agentes em delegação são aqueles particulares que recebem do 
Estado a competência para executar determinada atividade pública, ou 
prestação de serviço público ou, ainda, construção de obra pública. Citem-
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se os leiloeiros, peritos, tradutores, concessionários, permissionários e 
autorizatários. 
Servidores públicos, em sentido amplo, são todos os que prestam serviços 
ao Estado, incluindo a Administração Pública Indireta, tendo vínculo 
empregatício e pagos pelos cofres públicos. São também chamados de 
agentes administrativos. Nessa classificação estão tanto os servidores 
estatutários, sujeitos ao regime legal, quanto os empregados públicos, do 
regime contratual, além dos temporários, nos termos do art. 37, IX, da 
CF/88. 
Os servidores estatutários, também chamados de funcionários públicos 
(como na CF/67), são os titulares de cargos públicos e estão sujeitos ao 
regime legal, ou estatutário, pois é lei de cada ente da federação (União, 
Estados-membros, Distrito Federal e Municípios) que estabelece as regras 
de relacionamento entre os servidores e a Administração Pública. 
Tais regras podem ser alteradas unilateralmente, mas com respeito aos 
direitos já adquiridos. Esse regime é destinado, preferencialmente, às 
funções públicas que exigem do agente poderes próprios de Estado (art. 
247, CF/88), conferindo-lhe prerrogativas especiais, como a estabilidade. 
Empregados públicos são aqueles contratados, seguindo o regime 
trabalhista, próprio da iniciativa privada. Assim, devem obedecer a 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT e Lei nº 9.962/20001), bem como 
as regras impostas pela CF/88, como acesso mediante concurso público 
(art. 37, II, CF/88), limitações de remuneração (art. 37, XI, CF/88) e 
acumulação remunerada de cargos e empregos públicos (art. 37, XVI e 
XVII, CF/88). 
Por sua vez, os empregados das empresas públicas ou sociedades de 
economia mista, ainda que exploradoras de atividade econômica (art. 173, 
CF/88), equiparam-se a servidores públicos em diversos aspectos, como 
limites à acumulação (art. 37, XVII, CF/88), teto remuneratório (art. 37, § 
 
1 Na ADI 2.135 (julgamento em 02/08/2007, DJ 14/08/2007) o STF suspendeu, 
cautelarmente e com efeito ex nunc, a alteração do caput do art. 39, CF/88, retornando sua 
redação original, onde se exige a existência de um Regime Jurídico Único (RJU) dos 
Servidores Públicos. Assim, a partir dessa decisão, tornou-se inaplicável a Lei nº 9.962/2000. 
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9º, CF/88) e à regra do concurso público, conforme revela antiga decisão do 
STF2: 
CARGOS E EMPREGOS PUBLICOS. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
DIRETA, INDIRETA E FUNDACIONAL. ACESSIBILIDADE. 
CONCURSO PÚBLICO. A acessibilidade aos cargos públicos a 
todos os brasileiros, nos termos da Lei e mediante concurso 
público é princípio constitucional explícito, desde 1934, art. 168. 
Embora cronicamente sofismado, mercê de expedientes 
destinados a iludir a regra, não só foi reafirmado pela 
Constituição, como ampliado, para alcançar os empregos 
públicos, art. 37, I e II. Pela vigente ordem constitucional, em 
regra, o acesso aos empregos públicos opera-se mediante 
concurso público, que pode não ser de igual conteúdo, mas há de 
ser público. As autarquias, empresas publicas ou sociedades de 
economia mista estão sujeitas à regra, que envolve a 
administração direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos 
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. Sociedade de economia mista destinada a explorar 
atividade econômica está igualmente sujeita a esse princípio, que 
não colide com o expresso no art. 173, § 1º. Exceções ao 
princípio, se existem, estão na própria Constituição. 
Já os temporários são aqueles contratados para atividades transitórias, 
emergenciais, submetidos a um regime jurídico especial, como, na esfera 
federal, disciplinado pela Lei no 8.745/933, com alterações posteriores, em 
 
2 STF, MS 21.322/DF, relator Ministro Paulo Brossard, publicação DJ 23/04/1993. 
3 Lei no 8.745/93, art. 2º Considera-se necessidade temporária de excepcional interesse 
público: 
I - assistência a situações de calamidade pública; 
II - combate a surtos endêmicos; 
III - realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pela 
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; 
IV - admissão de professor substituto e professor visitante; 
V - admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro; 
VI - atividades: 
a) especiais nas organizações das Forças Armadas para atender à área industrial ou a 
encargos temporários de obras e serviços de engenharia; 
b) de identificação e demarcação desenvolvidas pela FUNAI; 
c) (Revogado) 
d) finalísticas do Hospital das Forças Armadas; 
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especial pela Lei no 10.667/2003 e pelo Decreto no 4.748/2003, que a 
regulamenta. A lei que trate desse tipo de situação não pode estabelecer 
hipóteses abrangentes e genéricas de contratação temporária, sem a 
especificação da contingência fática que evidencie tal situação excepcional, 
sob pena de inconstitucionalidade4. Essa classe está prevista, como 
mencionado, no art. 37, IX, da CF/88, e também tem seus litígios 
submetidos à Justiça Federal, quando contratados por entidade dessa 
esfera: 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CONSTITUCIONAL. 
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR FEDERAL. FUNASA. CONTRATO 
TEMPORÁRIO. GUARDA DE ENDEMIAS. EXCEPCIONAL INTERESSE 
PÚBLICO. RESCISÃO. LEI 8745/93. Compete à Justiça Comum 
Federal processar e julgar pedido indenizatório relativo à 
contratação efetuada pela Fundação Nacional da Saúde para 
atendimento de necessidade temporária de excepcional interessepúblico. Conflito conhecido para declarar a competência da Justiça 
Comum Federal.5 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CONSTITUCIONAL. 
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR FEDERAL. CONTRATO 
TEMPORÁRIO. EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO. RESCISÃO. 
Compete à Justiça Comum Federal processar e julgar pedido de 
verbas indenizatórias relativas a contratação efetuada pela União 
ou suas entidades para atendimento de necessidade temporária 
 
e) de pesquisa e desenvolvimento de produtos destinados à segurança de sistemas de 
informações, sob responsabilidade do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a 
Segurança das Comunicações - CEPESC; 
f) de vigilância e inspeção, relacionadas à defesa agropecuária, no âmbito do Ministério da 
Agricultura e do Abastecimento, para atendimento de situações emergenciais ligadas ao 
comércio internacional de produtos de origem animal ou vegetal ou de iminente risco à 
saúde animal, vegetal ou humana; 
g) desenvolvidas no âmbito dos projetos do Sistema de Vigilância da Amazônia - SIVAM e do 
Sistema de Proteção da Amazônia - SIPAM. 
h) técnicas especializadas, no âmbito de projetos de cooperação com prazo determinado, 
implementados mediante acordos internacionais, desde que haja, em seu desempenho, 
subordinação do contratado ao órgão ou entidade pública. 
4 STF, ADI 3.210/PR, relator Ministro Carlos Velloso, publicação DJ 03/12/2004. Veja 
também: STF, ADI 890/DF, relator Ministro Maurício Corrêa, publicação DJ 06/02/2004. 
5 STJ, CC 40.114/RJ, relator Ministro José Delgado, publicação DJ 09/08/2004. 
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de excepcional interesse público. Conflito conhecido. Competência 
da Justiça Comum Federal.6 
Assim sendo, os comentários aqui serão fixados nos servidores públicos 
estatutários, que são o objeto do Estatuto Federal. 
Cargo x Emprego x Função 
A Constituição Federal distribui competência entre as pessoas jurídicas 
(União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios), órgãos e 
servidores públicos. Por sua vez, estes ocupam cargos, empregos ou 
exercem funções. 
Assim, cargo é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na 
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. 
É criado por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres 
públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. 
O cargo público pode ser de provimento efetivo ou em comissão, e essa 
característica quanto à possibilidade de permanência no cargo deve ser 
prevista na lei que o cria. Assim, se o preenchimento pressupõe 
continuidade e permanência no cargo, será este efetivo; de outro modo, 
temporário é o provimento do cargo em comissão, também chamado de 
cargo em confiança, pois está atrelado à confiança que determinada 
autoridade tem em seu auxiliar, como no caso dos Diretores de Secretaria 
na Justiça Federal. Este cargo não comporta maiores regalias ao seu titular 
momentâneo, não gerando direito de permanência nele, tampouco à 
aposentadoria pelo regime dos servidores públicos (artigos 37, II, V e 40, § 
13, CF/88). 
O cargo público é exclusividade do servidor estatutário. De outro lado, ao 
celetista cabe o emprego público, que também é um conjunto de 
atribuições, mas que se diferencia exclusivamente pelo vínculo que une 
seus titulares ao Estado. Assim, funcionário (estatutário) será titular de um 
cargo, empregado (celetista) será titular de um emprego. 
 
6 STJ, CC 33.491/RJ, relator Ministro Vicente Leal, publicação DJ 17/06/2002. 
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Já a função se refere a uma atribuição específica, pelo Poder Público, a um 
agente. Ou seja, é o acréscimo de algumas atribuições àquelas já 
destinadas ao agente, no que concerne à chefia, direção ou 
assessoramento. Assim, exige-se que, para exercê-la, já seja concursado. O 
agente tem suas atividades normais dentro do cargo que ocupa e adquire 
mais algumas, como, por exemplo, para ser chefe de uma seção. Em 
contrapartida, há acréscimo na remuneração. Essa possibilidade está 
prevista no art. 37, V, da CF/88, e é chamada de função de confiança. 
Maria Sylvia Zanella di Pietro7 ainda lembra outra situação quando fala em 
função, que é aquela “exercida por servidores contratados 
temporariamente com base no art. 37, IX, para as quais não se exige, 
necessariamente concurso público, porque, às vezes, a própria urgência da 
contratação é incompatível com a demora do procedimento. 
Assim, quer seja em um caso, quer seja noutro, não há necessidade de 
prévio concurso público, pois, naquele, exige-se que já seja servidor, neste, 
exige-se urgência na contratação. Bem por isso, o inciso II do art. 37 da 
CF/88 o exige somente para investidura em cargo ou emprego, silenciando 
quanto à função. 
Por fim, reproduzo o art. 37, V, da CF/88: 
As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem 
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às 
atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
Não é qualquer pessoa, no entanto, que pode assumir um cargo em 
comissão ou função gratificada. Nessa linha, editou o STF, em 21/08/2008, 
a Súmula Vinculante nº 13, com o seguinte teor: 
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até 3º grau, inclusive da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em 
cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de 
 
7 Direito Administrativo. Cit., p. 439. 
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cargo em comissão ou de confiança ou ainda de função 
gratificada da administração pública direta, indireta em qualquer 
dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal. 
Acrescento outras decisões do STF acerca da aplicação ou não da Súmula 
em análise: 
NEPOTISMO. SÚMULA VINCULANTE Nº 13. INAPLICABILIDADE AO 
CASO. CARGO DE NATUREZA POLÍTICA. AGENTE POLÍTICO. 
Impossibilidade de submissão do reclamante, Secretário Estadual 
de Transporte, agente político, às hipóteses expressamente 
elencadas na Súmula Vinculante nº 13, por se tratar de cargo de 
natureza política.8 
A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para 
coibir a prática, uma vez que decorre diretamente dos princípios 
contidos no art. 37, caput, da Constituição Federal. O cargo de 
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná reveste-
se, à primeira vista, de natureza administrativa, uma vez que 
exerce a função de auxiliar do Legislativo no controle da 
Administração Pública.9 
Atenção para não confundir: funções de confiança → servidores ocupantes 
de cargo efetivo; cargos em comissão (=cargo em confiança) → servidores 
de carreira ou não. 
 
Regime Jurídico Único: provimento, vacância, remoção, 
redistribuição e substituição 
 
 
8 STF, Rcl 6.650 MC-AgR/PR, DJ 21/11/2008, Informativos 524 e 529. Excertos do 
Informativo 524, Rcl 6.650 MC-AgR/PR:A nomeação de parentes para cargos políticos não 
implica ofensa aos princípios que regem a Administração Pública, em face de sua natureza 
eminentemente política, e que, nos termos da Súmula Vinculante 13, as nomeações para 
cargos políticos não estão compreendidas nas hipóteses nela elencadas. 
9 STF, Agr. na Med. Caut. em Rcl. 6.702/PR, Informativo 537 e 544. Veja também a Rcl 
7.952/PI, onde foi concedida liminar permitindo o afastamento de um assessor de controle 
interno do Tribunal de Contas (TC) estadual, sobrinho do esposo de uma conselheira do 
próprio TC (decisão liminar de 06/04/2009). 
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Nomeação: é a única forma de provimento originário prevista no atual 
ordenamento jurídico brasileiro; é a atribuição de um cargo a um servidor 
independentemente de qualquer relação jurídica anterior com a 
Administração. O pressuposto para a sua realização é a prévia aprovação 
em concurso público, devendo ser formalizada durante o seu prazo de 
validade e respeitada a sua ordem de classificação. 
 
Súmula nº 16, STF: “Funcionário nomeado por concurso tem direito 
à posse”. 
 
Posse: é a aceitação, pelo servidor, das atribuições do cargo, momento em 
que esse assume o compromisso de bem servir. Nesse momento forma-se a 
relação jurídica: a Administração atribui o cargo e o servidor aceita-o, 
formando-se, assim, o vínculo estatutário, o que se denomina investidura. 
Portanto, com a nomeação tem-se provimento e com a posse faz-se a 
investidura. 
 
A posse deve ser feita com a assinatura do respectivo termo, no qual 
deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os 
direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados 
unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício 
previstos em lei. Esse ato só ocorre no provimento originário e nada impede 
que seja realizado por meio de procuração específica. 
 
O servidor tem o prazo de até 30 dias, contados da publicação do ato de 
nomeação, para tomar posse, sob pena de a nomeação ficar sem efeito. 
Caso o administrador dê posse fora desse prazo, o ato é inválido e não terá 
efeito. Em caso de impedimento, esse prazo será contado do seu término. 
 
Na oportunidade da posse, o servidor deve apresentar a sua declaração de 
bens e valores. O objetivo dessa declaração é acompanhar a sua evolução 
patrimonial que, em caso de desproporcionalidade, pode caracterizar 
Improbidade Administrativa (Lei nº 8429/92). Exige-se também a 
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declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função 
pública, para evitar acumulações ilegais, além da prévia inspeção médica 
para atestar sua capacidade física e mental para o exercício do cargo. 
 
Exercício: é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da 
função de confiança. Efetivada a posse, o servidor tem o prazo de 15 dias 
pra entrar em exercício a contar daquele ato, sob pena de ser exonerado de 
ofício. 
 
Tratando-se de função de confiança, o servidor deve entrar em exercício na 
data da publicação do ato de designação, sob pena de o ato ficar sem 
efeito. Estando o servidor impedido em razão de licença ou afastamento, a 
entrada em exercício deve ocorrer no primeiro dia após o término do 
impedimento, que não pode exceder a 30 dias. 
 
Nas hipóteses em que o servidor tenha exercício em outro município em 
razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em 
exercício provisório, terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de 
prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo 
desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo 
necessário para o deslocamento para a nova sede. 
 
A jornada semanal de trabalho do servidor terá duração máxima de 40h, 
enquanto a jornada diária terá o limite mínimo de 6h e o máximo de 8h. 
Para os ocupantes de cargo em comissão, o regime é de dedicação integral 
ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da 
Administração. 
 
Remoção: é um instituto utilizado pela Administração com o intuito de 
aprimorar a prestação do serviço público, podendo ser usado, também, no 
interesse do servidor, diante da ocorrência dos casos especificados na lei. 
Trata-se de uma forma de deslocamento do servidor no âmbito do mesmo 
quadro, com ou sem mudança de sede. A lei admite três formas de 
deslocamento: realizada de ofício pela Administração para atender aos seus 
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interesses; a pedido do servidor e deferida de acordo com a conveniência e 
oportunidade da Administração; e as hipóteses em que o servidor pede e 
tem direito subjetivo ao seu deferimento, isto é, independe do interesse da 
Administração, o que ocorre nas seguintes circunstâncias: 
 
a) Quando o pedido for para acompanhar cônjuge ou companheiro, 
também servidor público civil ou militar, de qualquer dos poderes e 
de qualquer ordem política, que foi deslocado no interesse da 
Administração. Essa regra não pode ser utilizada para os servidores 
que se deslocaram a pedido e que passaram no concurso quando o 
cônjuge já era servidor em outra localidade; 
b) Por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou 
dependente, desde que viva às suas expensas e que essa informação 
conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação 
por junta médica oficial; 
c) Em virtude de processo seletivo promovido, na hipóteses em que o 
número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo 
com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que eles 
estejam lotados. 
 
Redistribuição: é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, 
ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão 
ou entidade do mesmo Poder; com prévia apreciação do órgão competente. 
Esse deslocamento é possível dede que preenchidos os seguintes requisitos: 
interesse da Administração, equivalência de vencimentos; manutenção da 
essência das atribuições do cargo; vinculação entre os graus de 
responsabilidade e complexidade das atividades; mesmo nível de 
escolaridade, especialidade ou habilitação profissional, compatibilidade 
entre as atribuições do cargo e as finalidades do órgão ou entidade. 
 
A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força 
de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de 
reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. Nessa hipótese, 
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caso o servidor não seja redistribuído, este será colocado em 
disponibilidade. 
 
Substituição: Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou 
chefia e os ocupantes de cargo de natureza especial terão substitutos 
indicados no regimento interno do respectivo órgão ou entidade. No caso de 
o regimento ser omisso, os substitutos serão previamente designados pelo 
dirigente máximo do órgão ou entidade. Essa exigência de previsão ou 
designação de substitutos aplica-se também aos titulares de unidades 
administrativas organizadas em nível de assessoria. 
 
Vacância 
 
Vacância é a terminologia técnica para descrever que o cargo público está 
vago, é um fato administrativo que indica que determinado cargo público 
não está provido, istoé, está sem titular. As hipóteses que geram a 
vacância são as seguintes: 
 
1 – Exoneração: ocorre quando a dissolução do vínculo entre o servidor e 
a administração se dá sem caráter punitivo, podendo ocorrer em duas 
situações: em cargo efetivo a pedido do servidor ou de ofício, ou de cargo 
em comissão a juízo da autoridade competente ou a pedido do próprio 
servidor; 
 
2 – Demissão: forma de penalidade disciplinar a qual seguida da 
indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário nas circunstâncias 
onde a conduta motivadora do agente importar em lesão aos cofres 
públicos, aplicação irregular de dinheiro público, corrupção ou improbidade 
administrativa; 
 
3 – Promoção: constitui também uma das formas de provimento derivado 
de cargo público, que se constitui de forma vertical, com ascensão 
funcional. No âmbito federal, caberá à lei que fixar as diretrizes do sistema 
de carreira na Administração Pública Federal, também estabelecer os 
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requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, 
mediante promoção, uma vez promovido o servidor, abre-se vaga pra o 
cargo anteriormente ocupado; 
 
4 – Readaptação: é a investidura do servidor em cargo de atribuições e 
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua 
capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. É ao mesmo 
tempo forma de investidura e vacância de cargo público. O servidor 
readaptado passará a ocupar um cargo semelhante, respeitando suas novas 
limitações, deixando o anterior vago para ser ocupado por outro servidor 
que preencha os requisitos de capacidade física ou mental; 
 
5 – Aposentadoria: dá-se quando o servidor passa para a inatividade. 
Trata-se de direito do servidor e ocorrerá de formas específicas: voluntária, 
compulsória, por invalidez permanente e especial; 
 
6 – Posse em outro cargo inacumulável: pode se dar como uma das 
hipóteses previstas em lei autorizadora da demissão do servidor. Detectada 
a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, emprego ou funções 
públicas, a autoridade competente notificará o servidor para que opte por 
um dos cargos, emprego ou função no prazo de 10 dias. Este terá até o 
último dia do prazo da defesa do processo administrativo disciplinar para 
efetivar sua escolha. Caso contrário, configurar-se-á má-fé, aplicando-lhe a 
pena de demissão. Se, porém, houver a escolha em tempo hábil do cargo, 
emprego ou função, sua conduta converterá automaticamente em pedido de 
exoneração do outro cargo. Em ambas as hipóteses haverá vacância; 
 
7 – Falecimento: como o próprio nome já sugere, é a hipótese gerada pelo 
óbito do servidor. 
 
Desinvestitura: exoneração x demissão 
 
Desinvestidura é o ato administrativo através do qual o servidor é 
destituído do cargo, representa o fim da relação jurídica funcional, gerando 
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a vacância do mesmo. As duas principais formas são: exoneração e a 
demissão. 
 
Exoneração: é o desligamento sem caráter sancionador, podendo ocorrer a 
pedido do servidor que não deseja mais trabalhar naquele cargo da 
Administração, ou por iniciativa e deliberação espontânea da Administração, 
denominada por parte da doutrina de exoneração de oficio. Assim, a 
exoneração por iniciativa da Administração pode ocorrer nas seguintes 
hipóteses: 
 
1 – Quando se tratar de cargo em comissão: essa hipótese também 
denominada exoneração ad nutum, independe de qualquer motivação. 
Tratando-se de cargo de livre nomeação e livre exoneração, em que a 
escolha e a manutenção são baseadas na confiança; 
 
2 – Quando o servidor, nomeado e empossado, não entrar em exercício no 
prazo legal, o qual, para os servidores públicos federais, é de 15 dias a 
contar da data da posse; 
 
3 – Quando, em cargo efetivo e antes da estabilidade, o servidor não for 
habilitado no estágio probatório ou não aprovado na avaliação especial de 
desempenho, prevista no art. 14, § 4º, da CF/88 e realizada por uma 
comissão instituída pra essa finalidade, com garantia do contraditório e da 
ampla defesa; 
 
4 – Quando, após a aquisição da estabilidade, o servidor é considerado 
insatisfatório na avaliação periódica de desempenho, disposição do art. 41, 
§ 1º, inciso III, da CF, que representa uma hipótese de perda da 
estabilidade com a conseqüente exoneração do servidor, garantidos sempre 
o contraditório e a ampla defesa. Essa avaliação depende de 
regulamentação através de lei complementar, que deve definir critérios e 
garantias para o procedimento, inclusive com regras especiais para os 
servidores estáveis que desenvolvem atividades exclusivas de Estado (art. 
247, CF); 
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5 – Para se adequar aos limites previstos no art. 169, CF, quanto às 
despesas com pessoal. Esses limites devem ser definidos por lei 
complementar, hoje LC nº 101/00, e os entes que estiverem fora da regra 
devem reduzir os seus gastos inclusive exonerando servidores, se 
necessário, conforme critérios definidos na própria Constituição; 
 
6 – Quando o servidor estiver de boa-fé, em acumulação proibida, o 
servidor que estiver acumulando ilegalmente tem a opção de escolher, no 
prazo de 10 dias, com qual cargo deseja continuar. Não ocorrendo a 
escolha, será instaurado o respectivo processo administrativo disciplinar 
para investigar a prática da infração funcional de acumulação ilegal. 
Durante o processo, o servidor ainda terá a chance de fazer opção até o 
prazo da defesa (5 dias), oportunidade em que se reconhece a boa-fé do 
servidor e converte a sua escolha em pedido de exoneração do cargo que 
não desejar mais. Caso a opção não ocorra, comprovadas a infração 
funcional e a má-fé do servidor, aplica-se a pena de demissão; 
 
7 – A EC 51/06, introduziu o § 6º, do art. 198, da CF, que estabeleceu mais 
uma hipótese de exoneração, disponde que o servidor que “exerça funções 
equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate 
às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos 
requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício”, requisitos esses 
hoje definidos na Lei nº 11.350/06. 
 
A segunda hipótese de desinvestidura é a demissão, que tem a natureza de 
sanção. Trata-se do desligamento do servidor do cargo que ocupa em razão 
da prática de uma infração funcional grave; é pena. 
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PARA GUARDAR! 
Agentes Públicos 
 
 
 
 
Conceito 
 
 
É todo aquele que exerce algum tipo 
de serviço para o Estado, ainda que 
transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação 
ou qualquer outra forma de 
investidura ou vínculo, mandato, 
cargo, emprego ou função. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espécies 
 
 
Agentes políticos: São os que 
compõem os altos escalões do 
Governo, como Presidente da 
República, Governador, Prefeito, 
Senador, Deputado, Vereador e 
Magistrado, com características, 
prerrogativas e privilégios próprios, 
em geral estabelecidos pela 
Constituição Federal; 
Agentes em delegação: São 
aqueles particulares que recebem do 
Estado a competência para executar 
determinada atividade pública, ou 
prestação de serviço públicoou, 
ainda, construção de obra pública. 
Citem-se os leiloeiros, peritos, 
tradutores, concessionários, 
permissionários e autorizatários. 
Servidores públicos em sentido 
amplo: são todos os que prestam 
serviços ao Estado, incluindo a 
Administração Pública Indireta, 
tendo vínculo empregatício e pagos 
pelos cofres públicos. São também 
chamados de agentes 
administrativos. Nessa classificação 
estão tanto os servidores 
estatutários, sujeitos ao regime 
legal, quanto os empregados 
públicos, do regime contratual, 
além dos temporários, nos termos 
do art. 37, IX, da CF/88. 
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Servidor estatutário 
 
 
 
São os titulares de cargos públicos e 
estão sujeitos ao regime legal, ou 
estatutário, pois é lei de cada ente 
da federação (União, Estados-
membros, Distrito Federal e 
Municípios) que estabelece as regras 
de relacionamento entre os 
servidores e a Administração 
Pública. 
 
 
 
 
 
 
 
Empregados públicos 
 
 
São aqueles contratados, seguindo o 
regime trabalhista, próprio da 
iniciativa privada. Assim, devem 
obedecer a Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), bem como as regras 
impostas pela CF/88, como acesso 
mediante concurso público (art. 37, 
II, CF/88), limitações de 
remuneração (art. 37, XI, CF/88) e 
acumulação remunerada de cargos e 
empregos públicos (art. 37, XVI e 
XVII, CF/88). 
 
 
 
 
 
 
Temporários 
 
 
 
São aqueles contratados para 
atividades transitórias, 
emergenciais, submetidos a um 
regime jurídico especial, como, na 
esfera federal, disciplinado pela Lei 
nº 8.745/93. A lei que trate desse 
tipo de situação não pode 
estabelecer hipóteses abrangentes e 
genéricas de contratação 
temporária, sem a especificação da 
contingência fática que evidencie tal 
situação excepcional, sob pena de 
inconstitucionalidade. Essa classe 
está prevista, como mencionado, no 
art. 37, IX, da CF/88, e também tem 
seus litígios submetidos à Justiça 
Federal, quando contratados por 
entidade dessa esfera 
 
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ATENÇÃO! 
1. O gênero agentes públicos abrange todas as pessoas que, de uma 
forma ou de outra, mesmo que transitoriamente e sem remuneração, 
prestam algum tipo de serviço ao Estado; 
2. Entre os agentes, encontram-se três espécies principais, quais sejam, 
os agentes políticos, os agentes em delegação e os servidores 
públicos. 
3. A estabilidade é uma garantia de ordem constitucional deferida aos 
ocupantes de cargos públicos de provimento efetivo, com o intuito de 
assegurar sua permanência no cargo, enquanto atendidos os 
requisitos legais. 
4. São quatro as possibilidades de perda do cargo do servidor 
estável: I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada 
ampla defesa; III – mediante procedimento de avaliação periódica de 
desempenho; IV – para o cumprimento dos limites com a despesa 
com pessoal ativo e inativo. 
5. Todo servidor é responsável por suas ações e omissões, envolvendo 
as esferas civil, penal e administrativa, e por elas responde quando 
do exercício irregular de suas atribuições; 
6. A responsabilidade civil decorre tanto de ato omissivo quanto 
de comissivo, seja ele doloso ou culposo, desde que resulte 
em prejuízo ao erário ou a terceiros; 
7. A responsabilidade do Estado por danos que seus agentes causarem 
a terceiros é objetiva, ou seja, independe de dolo ou culpa; 
8. A responsabilidade do servidor é subjetiva, depende de 
comprovação de culpa lato sensu para que venha a responder 
pelo prejuízo; 
9. Se falecer o servidor devedor, a obrigação de reparar o dano 
estende-se aos sucessores e, contra eles, será executados, até o 
limite do valor da herança recebida; 
10.Em havendo necessidade de deslocamento do servidor da sede, em 
caráter eventual ou transitório, para outro ponto do território 
nacional ou para o exterior, por razões do serviço, receberá 
indenização relativa a todos os custos do afastamento, ou seja, 
passagens e diárias destinadas a fazer face às parcelas de despesas 
extraordinárias com pousadas, alimentação e locomoção urbana, 
conforme se dispuser em regulamento; 
 
11.Se o servidor receber diárias e não se afastar da sede, por 
qualquer motivo, ficará obrigado a restituí-las integralmente, 
no prazo de 5 dias; 
12.Havendo deslocamento, porém retornando à sede em prazo 
menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as 
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diárias recebidas em excesso, no mesmo prazo (Lei nº 8112/90, 
art. 59); 
13.Se não houver devolução, poderá haver desconto na 
remuneração do servidor. 
 
Há duas formas de retorno do servidor aposentado à ativa por meio 
da reversão: 
 
1. A primeira refere-se ao aposentado por invalidez que deixou 
de ser inválido: neste caso, como é do interesse da Administração 
Pública, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá as suas 
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga; 
 
2. A segunda hipótese de reversão ocorre no interesse da 
Administração, desde que sejam atendidos, pelo aposentado, os 
seguintes requisitos: 
 
a) Tenha solicitado a reversão; 
b) A aposentadoria tenha sido voluntária; 
c) Estável quando na atividade; 
d) A aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à 
solicitação; 
e) Haja cargo vago. 
 
Os cinco requisitos são cumulativos, na falta de um deles, não será 
possível a reversão a pedido. 
 
No caso do inválido que sofre a reversão, não havendo cargo vago, 
exercerá as atribuições como excedente. Na segunda hipótese, não 
havendo vaga, não poderá ser deferido o pedido. 
 
Em ambas as hipóteses, a reversão far-se-á no mesmo cargo ou no 
cargo resultante de sua transformação e não poderá ser efetivada 
no caso de aposentado que já tenha completado 70 anos de idade. 
 
No que diz respeito à remuneração, o servidor que retornar à atividade 
por interesse da Administração perceberá, em substituição aos 
proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a 
exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que 
percebia anteriormente à aposentadoria, revertendo os prejuízos 
financeiros que eventualmente teve com a mesma. 
 
Lista de questões da aula (VUNESP) 
1 – (VUNESP/TJ-SP/Escrevente/2013) Com relação ao processo por 
Abandono do Cargo ou Função e por Inassiduidade, pode-se afirmar que: 
a) Será instaurado processo para apurar abandono de cargo ou função, 
mesmo se o servidor tiver pedido exoneração. 
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b) Não será extinto o processo instaurado exclusivamente para apurar a 
inassiduidade, se o indiciado pedir exoneração até a data designada para o 
interrogatório. 
c) Não será instaurado processo para apurar abandono de cargo ou função 
se o servidor tiver pedido exoneração. 
d) Não será extinto o processo instaurado exclusivamente para apurar 
abandono de cargo ou função, se o indiciado pedir exoneração até a data 
designada para o interrogatório, ou por ocasião deste. 
e) Será instaurado processo para apurar a inassiduidade, mesmo se o 
servidor tiver pedido exoneração. 
2 – (VUNESP/TJM-SP/Oficial de Justiça/2011) Relativamente ao 
direito de petição, é correto afirmar que: 
I. É assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica, independentemente de 
pagamento; 
 
II. Ao servidor éassegurado o direito de requerer ou representar, bem 
como pedir reconsideração e recorrer de decisões, no prazo de 30 (trinta) 
dias, salvo previsão legal específica; 
III. É assegurado a pessoa física, independentemente de pagamento, e a 
pessoa jurídica mediante recolhimento de taxa; 
IV. A administração somente poderá recusar, quando verificar a falta de 
fundamento que justifique o pedido. 
Está correto o contido em: 
a) I, II e III, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) I, II e IV, apenas. 
d) III e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
3 – (VUNESP/TJM-SP/Oficial de Justiça/2011) Extingue-se a 
punibilidade pela prescrição da falta sujeita à pena de: 
a) repreensão, demissão e suspensão, em 4 (quatro) anos. 
b) demissão e de cassação da aposentadoria, em 10 (dez) anos. 
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c) advertência, suspensão ou multa, em 2 (dois) anos. 
d) repreensão, expulsão ou multa, em 5 (cinco) anos. 
e) repreensão, suspensão ou multa, em 2 (dois) anos. 
4 – (VUNESP/TJ-SP/Escrevente/2011) Sobre o direito de petição, 
assinale a alternativa correta: 
a) A Administração poderá recusar-se a protocolar a petição, se esta não for 
subscrita por advogado constituído. 
b) A reclamação sobre abuso, erro, omissão ou conduta incompatível no 
serviço público deverá ser encaminhada, exclusivamente, ao Ministério 
Público. 
c) Se o agente público se recusar a encaminhar ou apreciar a petição, 
estará sujeito à pena de responsabilidade. 
d) Visa coibir ilegalidade ou abuso de poder e promover a defesa de 
direitos, desde que exista prévio processo administrativo ou judicial. 
e) É direito assegurado a qualquer pessoa física ou jurídica mediante 
pagamento de taxa. 
5 – (VUNESP/SAP-SP/Oficial/2011) De acordo com a Lei n.º 
10.261/68, ao funcionário público é permitido: 
a) tratar de interesses particulares na repartição. 
b) aceitar representação de Estado estrangeiro, com autorização do 
Presidente da República. 
c) promover manifestações de apreço ou desapreço dentro da repartição, ou 
tornar-se solidário com elas. 
d) empregar material do serviço público em serviço particular. 
e) fazer contratos de natureza comercial com o Governo, por si, ou como 
representante de outrem. 
6 – (VUNESP/TJ-SP/Escrevente/2010) A responsabilidade 
administrativa do funcionário público: 
a) exime a sua responsabilidade civil. 
b) exime a sua responsabilidade criminal. 
c) exime o pagamento de indenização por parte do funcionário. 
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d) depende da responsabilidade criminal. 
e) é independente da civil e da criminal. 
7 – (VUNESP/TJ-SP/Juiz/2011) Rivaldo Batera prestou concurso público 
e foi classificado em 1.º lugar. Foi nomeado, passou por inspeção médica, 
tomou posse e deixou decorrer in albis o prazo para entrar em exercício. 
Indique a alternativa correta. 
a) Rivaldo será demitido, sem sindicância. 
b) Rivaldo será exonerado, após o processo administrativo respectivo. 
c) Rivaldo será removido. 
d) Rivaldo será exonerado. 
e) Rivaldo será exonerado, mas receberá a partir da data da nomeação. 
8 – (VUNESP/TJ-MS/Titular de Serviços Notariais/2009) A reversão: 
a) ocorre quando o servidor estável, anteriormente demitido, tem a decisão 
administrativa ou judicial que determinou sua demissão invalidada. 
b) é o retorno do servidor posto em disponibilidade a cargo de atribuições e 
vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. 
c) é o retorno à atividade, de servidor aposentado. 
d) ocorre quando o servidor, estável ou não, havendo sofrido uma limitação 
física ou mental em suas habilidades, torna-se inapto ao exercício do cargo 
que ocupa, mas, por não ser caso de invalidez permanente pode ainda 
exercer outro cargo para o qual a limitação sofrida não o inabilita. 
e) é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em 
decorrência de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou 
reintegração do anterior ocupante. 
9 – (VUNESP/SAP-SP/Oficial/2011) Assinale a alternativa que expressa 
uma possibilidade de acumulação legal de cargos: 
a) Dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, com 
profissões regulamentadas. 
b) Um cargo de juiz e outro cargo de pesquisador em universidade pública. 
c) Um cargo de pesquisador e outro cargo de médico. 
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d) Um cargo de oficial administrativo e outro de técnico de planejamento 
em empresa de economia mista. 
e) Dois cargos de professor do Ensino Fundamental e um cargo de professor 
do Ensino Médio. 
10 – (VUNESP/TJ-MG/Juiz/2012) Analise as afirmações a seguir. 
 
I. Maria, servidora estável, reingressou no serviço público após ter sido 
colocada em disponibilidade em decorrência da extinção do cargo que 
ocupava. 
 
II. João, servidor aposentado por invalidez, retornou à ativa após ser 
constatada pela perícia médica a insubsistência dos motivos que levaram à 
sua aposentadoria. 
III. Manuel, policial militar, retornou à corporação após a Administração ter 
constatado a ilegalidade do ato que o demitiu. 
IV. Alice, reprovada no estágio probatório do cargo para o qual foi 
nomeada, voltou a ocupar cargo que antes titularizava. 
Os nomes dessas hipóteses de provimento derivado apresentadas são, 
correta e respectivamente, 
a) (I) transposição; (II) readmissão; (III) reintegração; (IV) recondução. 
b) (I) reversão; (II) aproveitamento; (III) recondução; (IV) reintegração. 
c) (I) aproveitamento; (II) reversão; (III) reintegração; (IV) recondução. 
d) (I) readmissão; (II) reversão; (III) reintegração; (IV) aproveitamento. 
Lista de questões da aula (FCC) 
1 – (FCC/MPE-CE/Promotor/2011) Dentre as formas de provimento 
derivado de cargos públicos, tradicionalmente praticadas na Administração 
brasileira, NÃO foi recepcionada pela Constituição Brasileira de 1988 a 
a) ascensão. 
b) promoção. 
c) readaptação. 
d) recondução. 
e) reintegração. 
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2 – (FCC/TRT-19/Analista/2011) Analise as seguintes assertivas 
concernentes às responsabilidades dos servidores públicos: 
I. A responsabilidade administrativa do servidor será obrigatoriamente 
afastada no caso de absolvição criminal que entenda pela inexistência de 
prova suficiente para a condenação. 
II. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante 
a Fazenda Pública, em ação regressiva. 
III. A responsabilidade civil decorre de ato apenas comissivo e doloso, do 
qual resulte em prejuízo. 
Está correto o que consta em 
a) I, II e III. 
b) I e II, apenas. 
c) II, apenas. 
d) III, apenas. 
e) I e III, apenas. 
3 – (FCC/TRE-TO/Técnico/2011) No que diz respeito ao tema cargo, 
emprego e função pública, é correto afirmar: 
a) As funções de confiança, exercidas por servidores ocupantes de cargos 
efetivos ou não, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento. 
b) A expressão emprego público designa uma unidade de atribuições e 
distingue-se do cargo público pelo tipo de vínculo que liga o servidor ao 
Estado; portanto, o ocupante de emprego público tem vínculo estatutário. 
c) A função exercida por servidores contratados temporariamente para 
atendimento de situações de excepcional interesse público exige, 
necessariamente, concurso público. 
d) As várias competências previstas na Constituiçãopara os entes 
federativos são distribuídas entre os respectivos órgãos, os quais dispõem 
de determinado número de cargos criados por lei, que lhes confere 
denominação própria, atribuições e o padrão de vencimento ou 
remuneração. 
e) Exige-se concurso público não só para a investidura em cargo ou 
emprego, como em todos os casos de função, ou seja, as exercidas 
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temporariamente para atender necessidade de excepcional interesse público 
e as ocupadas para o exercício de funções de confiança. 
4 – (FCC/TRT-19/Analista/2011) Sobre a redistribuição, é INCORRETO 
afirmar: 
a) É necessário mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação 
profissional. 
b) Exige vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das 
atividades. 
c) Deve haver manutenção da essência das atribuições do cargo. 
d) Não se faz necessário que os vencimentos sejam equivalentes. 
e) Exige compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades 
institucionais do órgão ou entidade. 
5 – (FCC/TRE-AP/Analista/2011) Clotilde, servidora pública civil 
federal, está aposentada por invalidez. Na última perícia realizada para 
avaliação das condições de sua saúde, uma junta médica oficial declarou 
insubsistentes os motivos de sua aposentadoria determinando o retorno de 
Clotilde à atividade. Neste caso, ocorreu 
a) transferência. 
b) a readaptação. 
c) a recondução. 
d) o aproveitamento. 
e) a reversão. 
6 – (FCC/TRE-AP/Técnico/2011) A Recondução que é o retorno do 
servidor estável ao cargo anteriormente ocupado decorrerá, dentre outra 
hipótese, de 
a) transferência do anterior ocupante. 
b) disponibilidade do anterior ocupante. 
c) aproveitamento do anterior ocupante. 
d) reintegração do anterior ocupante. 
e) readaptação do anterior ocupante. 
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7 – (FCC/TRT-1/Técnico/2011) João, servidor público federal, sofreu 
punição sumária sem que se tenha instaurado o necessário processo 
administrativo disciplinar com a garantia da ampla defesa e do contraditório 
a) representa irregularidade, passível de revogação do ato administrativo de 
punição. 
b) apresenta vício substancial, ligado ao mérito do processo administrativo. 
c) constitui exemplo de ato administrativo com vício de forma. 
d) apesar de viciada, não acarreta o retorno do servidor ao status quo ante. 
e) constitui exemplo de ato administrativo com vício de objeto. 
8 – (FCC/TRT-4/Analista/2011) É cabível remoção a pedido, para outra 
localidade, independentemente do interesse da Administração, em virtude 
de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de 
interessados for 
a) superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas 
pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados. 
b) inferior ao número de vagas, em conformidade com normas 
estabelecidas pelo Poder Público em que aqueles estejam designados. 
c) superior ao número de vagas, a critério da autoridade competente, desde 
que presente o interesse público, independentemente da respectiva lotação. 
d) inferior ao número de vagas, a critério da autoridade competente, 
quando necessário ao atendimento de situações emergenciais do órgão ou 
entidade. 
e) igual ao número de vagas, de acordo com normas estabelecidas pelo 
órgão público independente- mente do local da respectiva designação. 
9 – (FCC/TRT-4/Técnico/2011) NÃO é considerado preceito para o 
deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago, no âmbito 
do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, 
a) o mesmo nível de especialidade, escolaridade ou habilitação profissional. 
b) a compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades 
institucionais do órgão. 
c) o interesse do servidor público e a diferença de vencimentos. 
d) a manutenção da essência das atribuições do cargo. 
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e) a vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das 
atividades. 
10 – (FCC/TRT-4/Técnico/2011) Dentre outras proibições previstas ao 
servidor público federal, consta a de: 
a) aceitar pensão, emprego ou comissão da União Federal, seja na 
Administração direta ou indireta. 
b) utilizar recursos materiais da repartição ou pessoal no serviço público. 
c) recusar-se a atualizar os seus dados cadastrais quando solicitado por 
terceiros, que não a Administração. 
d) atuar, como procurador, junto a repartições públicas, salvo quando se 
tratar de benefícios assistenciais de parentes até segundo grau. 
e) manter sob sua chefia imediata, em função de confiança, primos. 
Gabarito 
1 D 11 C 
2 A 12 B 
3 D 13 E 
4 C 14 C 
5 A 15 B 
6 D 16 E 
7 B 17 D 
8 C 18 C 
9 C 19 A 
10 E 20 C 
 
Lista de questões comentadas VUNESP 
1 – (VUNESP/TJ-SP/Escrevente/2013) Com relação ao processo por 
Abandono do Cargo ou Função e por Inassiduidade, pode-se afirmar que: 
a) Será instaurado processo para apurar abandono de cargo ou função, 
mesmo se o servidor tiver pedido exoneração. 
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b) Não será extinto o processo instaurado exclusivamente para apurar a 
inassiduidade, se o indiciado pedir exoneração até a data designada para o 
interrogatório. 
c) Não será instaurado processo para apurar abandono de cargo ou função 
se o servidor tiver pedido exoneração. 
d) Não será extinto o processo instaurado exclusivamente para apurar 
abandono de cargo ou função, se o indiciado pedir exoneração até a data 
designada para o interrogatório, ou por ocasião deste. 
e) Será instaurado processo para apurar a inassiduidade, mesmo se o 
servidor tiver pedido exoneração. 
Gabarito: C 
Comentários: 
Lei nº 10. 261/68, artigo 309 - Não será instaurado processo para 
apurar abandono de cargo ou função, bem como inassiduidade, se o 
servidor tiver pedido exoneração. 
(Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003) 
2 – (VUNESP/TJM-SP/Oficial de Justiça/2011) Relativamente ao 
direito de petição, é correto afirmar que: 
I. É assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica, independentemente de 
pagamento; 
 
II. Ao servidor é assegurado o direito de requerer ou representar, bem 
como pedir reconsideração e recorrer de decisões, no prazo de 30 (trinta) 
dias, salvo previsão legal específica; 
III. É assegurado a pessoa física, independentemente de pagamento, e a 
pessoa jurídica mediante recolhimento de taxa; 
IV. A administração somente poderá recusar, quando verificar a falta de 
fundamento que justifique o pedido. 
Está correto o contido em: 
a) I, II e III, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) I, II e IV, apenas. 
d) III e IV, apenas. 
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e) I, II, III e IV. 
Gabarito: B 
Comentários: 
De acordo com o 5º, inciso XXXIV, da Carta Magna “são a todos 
assegurados, independentemente do pagamento de taxas: O direito de 
petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou 
abuso de poder.”. 
Já o art. art. 108, da Lei nº 8112/90, dispõe que: “O prazo para 
interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) 
dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão 
recorrida.”.3 – (VUNESP/TJM-SP/Oficial de Justiça/2011) Extingue-se a 
punibilidade pela prescrição da falta sujeita à pena de: 
a) repreensão, demissão e suspensão, em 4 (quatro) anos. 
b) demissão e de cassação da aposentadoria, em 10 (dez) anos. 
c) advertência, suspensão ou multa, em 2 (dois) anos. 
d) repreensão, expulsão ou multa, em 5 (cinco) anos. 
e) repreensão, suspensão ou multa, em 2 (dois) anos. 
Gabarito: E 
Comentários: 
A Lei nº 10.261/68, no seu art. 261 dispõe que extingue-se a punibilidade 
pela prescrição: 
I - da falta sujeita à pena de repreensão, suspensão ou multa, em 2 
(dois) anos; 
II- da falta sujeita à pena de demissão, demissão a bem do serviço 
público ou cassação da aposentadoria ou disponibilidade, em 5 
(cinco) anos; 
III- da falta prevista em lei como infração penal, no prazo a prescrição em 
abstrato da pena criminal, se for superior a 5 (cinco) anos. 
4 – (VUNESP/TJ-SP/Escrevente/2011) Sobre o direito de petição, 
assinale a alternativa correta: 
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a) A Administração poderá recusar-se a protocolar a petição, se esta não for 
subscrita por advogado constituído. 
b) A reclamação sobre abuso, erro, omissão ou conduta incompatível no 
serviço público deverá ser encaminhada, exclusivamente, ao Ministério 
Público. 
c) Se o agente público se recusar a encaminhar ou apreciar a petição, 
estará sujeito à pena de responsabilidade. 
d) Visa coibir ilegalidade ou abuso de poder e promover a defesa de 
direitos, desde que exista prévio processo administrativo ou judicial. 
e) É direito assegurado a qualquer pessoa física ou jurídica mediante 
pagamento de taxa. 
Gabarito: C 
Comentários: De acordo com a Lei Estadual nº 10.261/68, em seu art. 
239, § 2º: “Em nenhuma hipótese, a Administração poderá recusar-se a 
protocolar, encaminhar ou apreciar a petição, sob pena de responsabilidade 
do agente.”. 
5 – (VUNESP/SAP-SP/Oficial/2011) De acordo com a Lei n.º 
10.261/68, ao funcionário público é permitido: 
a) tratar de interesses particulares na repartição. 
b) aceitar representação de Estado estrangeiro, com autorização do 
Presidente da República. 
c) promover manifestações de apreço ou desapreço dentro da repartição, ou 
tornar-se solidário com elas. 
d) empregar material do serviço público em serviço particular. 
e) fazer contratos de natureza comercial com o Governo, por si, ou como 
representante de outrem. 
Gabarito: B 
Comentários: 
De acordo com a Lei nº 10.261/68, em seu art. 242 - Ao funcionário é 
proibido: 
I – Revogado; 
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II - retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto existente na repartição; 
III - entreter -se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou 
outras atividades estranhas ao serviço; 
IV - deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada; 
V - tratar de interesses particulares na repartição; 
VI - promover manifestações de apreço ou desapreço dentro da repartição, 
ou tornar-se solidário com elas; 
VII - exercer comércio entre os companheiros de serviço, promover ou 
subscrever listas de donativos dentro da repartição; 
VIII - empregar material do serviço público em serviço particular. 
 
Já o art. 243 dispõe que “É proibido ainda, ao funcionário: 
I - fazer contratos de natureza comercial e industrial com o Governo, por si, 
ou como representante de outrem; 
V - aceitar representação de Estado estrangeiro, sem autorização do 
Presidente da República.” 
Dessa forma, entende-se que “com autorização” do Presidente da República 
é possível aceitar representação de Estado Estrangeiro. Assim, correta a 
letra B. 
6 – (VUNESP/TJ-SP/Escrevente/2010) A responsabilidade 
administrativa do funcionário público: 
a) exime a sua responsabilidade civil. 
b) exime a sua responsabilidade criminal. 
c) exime o pagamento de indenização por parte do funcionário. 
d) depende da responsabilidade criminal. 
e) é independente da civil e da criminal. 
Gabarito: E 
Comentários: De acordo com o § 1º do art. 250 da Lei nº 10.261/68, “A 
responsabilidade administrativa é independente da civil e da criminal”. 
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7 – (VUNESP/TJ-SP/Juiz/2011) Rivaldo Batera prestou concurso público 
e foi classificado em 1.º lugar. Foi nomeado, passou por inspeção médica, 
tomou posse e deixou decorrer in albis o prazo para entrar em exercício. 
Indique a alternativa correta. 
a) Rivaldo será demitido, sem sindicância. 
b) Rivaldo será exonerado, após o processo administrativo respectivo. 
c) Rivaldo será removido. 
d) Rivaldo será exonerado. 
e) Rivaldo será exonerado, mas receberá a partir da data da nomeação. 
Gabarito: D 
Comentários: “in albis” quer dizer, sem nada fazer, sem se manifestar. 
O prazo de 15 dias que Rivaldo teria para entrar em exercício transcorreu 
sem sua manifestação (in albis), caracterizando, portanto, a sua exoneração 
do cargo. 
8 – (VUNESP/TJ-MS/Titular de Serviços Notariais/2009) A reversão: 
a) ocorre quando o servidor estável, anteriormente demitido, tem a decisão 
administrativa ou judicial que determinou sua demissão invalidada. 
b) é o retorno do servidor posto em disponibilidade a cargo de atribuições e 
vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. 
c) é o retorno à atividade, de servidor aposentado. 
d) ocorre quando o servidor, estável ou não, havendo sofrido uma limitação 
física ou mental em suas habilidades, torna-se inapto ao exercício do cargo 
que ocupa, mas, por não ser caso de invalidez permanente pode ainda 
exercer outro cargo para o qual a limitação sofrida não o inabilita. 
e) é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em 
decorrência de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou 
reintegração do anterior ocupante. 
Gabarito: C 
Comentários: 
a) ocorre quando o servidor estável, anteriormente demitido, tem a decisão 
administrativa ou judicial que determinou sua demissão invalidada: 
Reintegração! 
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b) é o retorno do servidor posto em disponibilidade a cargo de atribuições e 
vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado: Retorno! 
c) é o retorno à atividade, de servidor aposentado: Reversão! 
d) ocorre quando o servidor, estável ou não, havendo sofrido uma limitação 
física ou mental em suas habilidades, torna-se inapto ao exercício do cargo 
que ocupa, mas, por não ser caso de invalidez permanente pode ainda 
exercer outro cargo para o qual a limitação sofrida não o inabilita: 
Readaptação! 
e) é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em 
decorrência de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou 
reintegração do anterior ocupante: Recondução! 
9 – (VUNESP/SAP-SP/Oficial/2011) Assinale a alternativa que expressa 
uma possibilidade de acumulação legal de cargos: 
a) Dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, com 
profissões regulamentadas. 
b) Um cargo de juiz e outro cargo de pesquisador em universidade pública. 
c) Um cargo de pesquisador e outro cargo de médico. 
d) Um cargo de oficial administrativo e outro de técnico de planejamento 
em empresa de economia mista. 
e) Dois cargos de professor do Ensino Fundamental e um cargo de professor 
do Ensino Médio. 
Gabarito: A 
Comentários: O art. 37, inciso XVI, dispõe queÉ vedada a acumulação 
remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de 
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com 
profissões regulamentadas. 
10 – (VUNESP/TJ-MG/Juiz/2012) Analise as afirmações a seguir. 
 
I. Maria, servidora estável, reingressou no serviço público após ter sido 
colocada em disponibilidade em decorrência da extinção do cargo que 
ocupava. 
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II. João, servidor aposentado por invalidez, retornou à ativa após ser 
constatada pela perícia médica a insubsistência dos motivos que levaram à 
sua aposentadoria. 
III. Manuel, policial militar, retornou à corporação após a Administração ter 
constatado a ilegalidade do ato que o demitiu. 
IV. Alice, reprovada no estágio probatório do cargo para o qual foi 
nomeada, voltou a ocupar cargo que antes titularizava. 
Os nomes dessas hipóteses de provimento derivado apresentadas são, 
correta e respectivamente, 
a) (I) transposição; (II) readmissão; (III) reintegração; (IV) recondução. 
b) (I) reversão; (II) aproveitamento; (III) recondução; (IV) reintegração. 
c) (I) aproveitamento; (II) reversão; (III) reintegração; (IV) recondução. 
d) (I) readmissão; (II) reversão; (III) reintegração; (IV) aproveitamento. 
Gabarito: C 
Comentários: 
I. Maria, servidora estável, reingressou no serviço público após ter sido 
colocada em disponibilidade em decorrência da extinção do cargo que 
ocupava: Aproveitamento. 
II. João, servidor aposentado por invalidez, retornou à ativa após ser 
constatada pela perícia médica a insubsistência dos motivos que levaram à 
sua aposentadoria: Reversão. 
III. Manuel, policial militar, retornou à corporação após a Administração ter 
constatado a ilegalidade do ato que o demitiu: Reintegração. 
IV. Alice, reprovada no estágio probatório do cargo para o qual foi 
nomeada, voltou a ocupar cargo que antes titularizava: Recondução. 
Lista de questões comentadas FCC 
1 – (FCC/MPE-CE/Promotor/2011) Dentre as formas de provimento 
derivado de cargos públicos, tradicionalmente praticadas na Administração 
brasileira, NÃO foi recepcionada pela Constituição Brasileira de 1988 a 
a) ascensão. 
b) promoção. 
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c) readaptação. 
d) recondução. 
e) reintegração. 
Gabarito: A 
Comentários: 
O acesso, ou ascensão, que seria provimento sem concurso público, 
representando a passagem de uma carreira para outra, foi julgado 
inconstitucional pelo STF. Exemplo disso seria a ascensão de Analista 
Tributário da Receita Federal para o cargo de Auditor Fiscal, pela simples 
passagem do tempo, sem concurso externo em igualdade de condições com 
todos os candidatos, ou ainda, de Agente da Polícia Federal para Delegado 
nas mesmas circunstâncias. 
Já a transferência, que é a passagem de servidor de um cargo para outro, 
pertencente a quadro de pessoal diverso, sem o indispensável concurso 
público, foi também declarada inconstitucional. 
NOMEAÇÃO: Como já dito anteriormente, a nomeação é a única 
possibilidade de provimento originário de cargo público diante da atual 
Carta Política, precedida necessariamente de concurso público, exceto nos 
casos de cargos em comissão, preenchidos por pessoas de confiança da 
autoridade competente. 
PROMOÇÃO: A promoção é forma de provimento pela qual o servidor 
passa para cargo de maior grau de responsabilidade e maior complexidade 
de atribuições, dentro da carreira a que pertence. Constitui uma forma de 
ascender na carreira. Distingue-se da transposição porque, nesta, o servidor 
passa para cargo de conteúdo ocupacional diverso, ou seja, para cargo que 
não tem a mesma natureza de trabalho. A Emenda Constitucional nº 19 
trouxe uma novidade ao exigir, como requisito para promoção, a 
participação em cursos de formação e aperfeiçoamento em escolas de 
governo. 
Segundo o § 2º do art. 39 da CF/88, “a União, os Estados e o Distrito 
Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento 
dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos 
requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração 
de convênios ou contratos entre os entes federados”. 
READAPTAÇÃO: Por readaptação entende-se a investidura do servidor 
em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação 
que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em 
inspeção médica. 
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Ela se dá quando não é possível ao servidor seguir no desempenho das 
atividades do cargo, por alguma limitação que tenha sofrido, que pode ser 
tanto física quanto mental. Importante ressaltar que a limitação citada não 
o impede de seguir laborando em outro cargo, compatível com ela. Se for 
de tal gravidade que torne inviável o exercício de qualquer atividade, deve 
o servidor ser aposentado por invalidez. 
É o caso do motorista acidentado que perdeu as pernas, que pode ser 
readaptado para agente administrativo ou ascensorista. Esse provimento 
é horizontal, ou seja, não pode haver acréscimo de vencimentos 
nem responsabilidades, e deve ser precedida de decisão de junta 
médica específica para tal fim. 
Em não havendo vaga aberta, o readaptado entrará em exercício como 
excedente, até que uma desocupe, quando essa vaga temporária do 
excedente desaparecerá. 
Exercício como excedente significa que ao servidor será criado uma 
espécie de cargo virtual, de existência efêmera, enquanto não vagar 
um já existente. O cargo virtual desaparecerá no momento em que surgir 
uma vaga entre os cargos legalmente previstos. 
REVERSÃO: O aposentado tem duas formas de retorno à ativa por 
provimento derivado. A primeira é daquele aposentado por invalidez que 
deixou de ser inválido, declarada essa situação por junta médica. Neste 
caso, como é de interesse da Administração Pública, encontrando-se 
provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a 
ocorrência de vaga, da mesma forma que no caso da readaptação 
retromencionado. Então, ficando curado o servidor, deverá ele voltar à 
ativa, estando obrigado a entrar em exercício se a Administração assim 
determinar. 
Alterou-se a redação do artigo citado através de diversas Medidas 
Provisórias reeditadas ao longo do tempo, até a última edição, que levou o 
número 2.225-45, em 04/09/2001, ainda válida, e que criou uma segunda 
hipótese de reversão. Essa segunda possibilidade de ocorrência de 
reversão dá-se no interesse da Administração, desde que sejam 
atendidos, pelo aposentado, os seguintes requisitos: 
I – tenha solicitado a reversão; 
II – a aposentadoria tenha sido voluntária; 
III – estável quando na atividade; 
IV – a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à 
solicitação; 
V – haja cargo vago. 
Ressalte-se que os cinco requisitos são cumulativos, ou seja, na falta 
de qualquer deles, não será possível a reversão a pedido. Cite-se, em 
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especial, o último, que exige cargo vago. Para que se evite possível 
confusão, veja que no caso de ex-inválido que sofre reversão, não havendo 
cargo vago, exercerá as atribuições como excedente. Neste segundo caso, 
não havendo vaga, não poderá ser deferidoo pedido. 
Em ambas as hipóteses, a reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo 
resultante de sua transformação e não poderá ser efetivada no caso de 
aposentado que já tenha completado setenta anos de idade. 
O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para 
concessão da aposentadoria, podendo, como deverá ocorrer, complementar 
o tempo necessário para se aposentar com proventos integrais, se for 
servidor ingressado no serviço público antes da EC nº 41/2003. 
No que diz respeito à remuneração, o servidor que retornar à atividade por 
interesse da Administração perceberá, em substituição aos proventos da 
aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com 
as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à 
aposentadoria, revertendo os prejuízos financeiros que eventualmente teve 
com a aposentadoria. 
APROVEITAMENTO: É o retorno ao serviço público daquele que estava em 
disponibilidade. Esta, por sua vez, nada mais é que não trabalhar, mas 
estar à disposição do Estado, remunerado, por isso, proporcionalmente ao 
tempo de serviço, segundo a nova redação do § 3º, do art. 41, e do § 9º, 
do art. 40, ambos da CF/88. A disponibilidade é exclusividade de servidor 
estável. 
O aproveitamento, ou a disponibilidade no caso de não existir vaga, ocorre 
em duas situações constitucionalmente previstas: 
I – extinção de cargo ou declaração de sua desnecessidade (art. 41, § 
3º, CF/88); 
II – reingresso do servidor ilegalmente desligado de seu cargo, quando 
não seja possível reconduzir o atual ocupante ao cargo antigo ou 
aproveitá-lo em outro cargo (art. 41, § 2º, CF/88). 
O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante 
aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos 
compatíveis com o anteriormente ocupado. Estando em disponibilidade, a 
qualquer tempo, o servidor poderá ser convocado para entrar em exercício 
em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração 
Pública Federal e, não o fazendo no prazo legal, será tornado sem efeito o 
aproveitamento e cassada a disponibilidade, salvo doença comprovada por 
junta médica oficial. Trata-se de obrigação, tanto da Administração Pública 
de convocar, quanto do aproveitando de assumir novo posto que, 
preferencialmente, será no mesmo cargo. 
Prevê ainda o Estatuto que, nos casos de reorganização ou extinção de 
órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no 
órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será 
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colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento. Assim, com exceção 
do item II retro, não pode ser colocado em disponibilidade servidor estável 
sem que o respectivo cargo seja extinto ou declarado desnecessário. 
Importante ressaltar que o valor recebido pelo servidor em disponibilidade, 
como dito, é proporcional ao tempo de serviço, e não ao tempo de 
contribuição, como é o caso dos proventos de aposentadoria (art. 40, §§ 1º 
e 9º, CF/88). 
REINTEGRAÇÃO: Quando um servidor é ilegalmente desligado de seu 
cargo, deverá ser reintegrado, com o consequente ressarcimento de todos 
os prejuízos sofridos, inclusive promoções que teria direito se em exercício 
estivesse. Segundo o STJ, a reintegração é a reparação integral dos 
direitos, posto que é desfazimento de ato ilegal. 
RECONDUÇÃO: Duas são as possibilidades de provimento derivado via 
recondução: 
I – inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; 
II – reintegração do anterior ocupante. 
Suponha-se que determinada pessoa já seja estável no cargo de agente 
administrativo. Aprovada em concurso público para Analista do Tribunal de 
Contas da União, deverá ser submetida a novo estágio probatório, pois este 
visa avaliar a aptidão e capacidade para um cargo específico, ou seja, não é 
porque é estável em um cargo que não mais será necessário o estágio 
probatório em outros que venha eventualmente a assumir via concurso 
público. 
Assim, no novo cargo de analista, poderá vir a ser reprovada no estágio e 
não poderá continuar nele. Nesse caso, será reconduzida ao cargo anterior, 
onde já era estável. 
A outra possibilidade teórica de recondução ocorre no caso de reintegração 
do anterior ocupante, que já foi mencionada no item precedente, ou seja, o 
atual ocupante retornará ao cargo anteriormente ocupado, se estável neste. 
Digo teórica pois dificilmente ocorrerá, preferindo da Administração manter 
o servidor num outro cargo igual vago. 
Correta a letra A. 
2 – (FCC/TRT-19/Analista/2011) Analise as seguintes assertivas 
concernentes às responsabilidades dos servidores públicos: 
I. A responsabilidade administrativa do servidor será obrigatoriamente 
afastada no caso de absolvição criminal que entenda pela inexistência de 
prova suficiente para a condenação. 
II. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante 
a Fazenda Pública, em ação regressiva. 
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III. A responsabilidade civil decorre de ato apenas comissivo e doloso, do 
qual resulte em prejuízo. 
Está correto o que consta em 
a) I, II e III. 
b) I e II, apenas. 
c) II, apenas. 
d) III, apenas. 
e) I e III, apenas. 
Gabarito: C 
Comentários: As infrações cometidas pelo servidor público acarretam, para 
ele, conforme o caso, responsabilização nas esferas administrativa 
(penalidades disciplinares), civil (indenização por danos patrimoniais ou 
morais) e criminal (sanções penais). 
A responsabilidade civil dos agentes públicos é do tipo subjetiva, por culpa 
comum, isto é, eles só respondem por danos que causarem, por ação ou 
por omissão, se o Estado provar que houve culpa ou dolo (intenção) do 
servidor. A ação do Estado contra o agente público é denominada 
regressiva. 
A responsabilidade penal de qualquer pessoa decorre da prática de atos (ou 
decorre de omissões) definidos em lei como crimes ou contravenções. 
I. A responsabilidade administrativa do servidor será obrigatoriamente 
afastada no caso de absolvição criminal que entenda pela inexistência de 
prova suficiente para a condenação. 
A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de 
absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. 
II. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante 
a Fazenda Pública, em ação regressiva. 
III. A responsabilidade civil decorre de ato apenas comissivo e doloso, do 
qual resulte em prejuízo. 
A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou 
culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. 
Correta a letra C. 
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3 – (FCC/TRE-TO/Técnico/2011) No que diz respeito ao tema cargo, 
emprego e função pública, é correto afirmar: 
a) As funções de confiança, exercidas por servidores ocupantes de cargos 
efetivos ou não, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento. 
b) A expressão emprego público designa uma unidade de atribuições e 
distingue-se do cargo público pelo tipo de vínculo que liga o servidor ao 
Estado; portanto, o ocupante de emprego público tem vínculo estatutário. 
c) A função exercida por servidores contratados temporariamente para 
atendimento de situações de excepcional interesse público exige, 
necessariamente, concurso público. 
d) As várias competências previstas na Constituição para os entes 
federativos são distribuídas entre os respectivos órgãos, os quais dispõem 
de

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