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DIREITO SUCESSAO LEGITIMA DOS ASCENDENTES E A CONCORRENCIA

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SUCESSÃO LEGÍTIMA DOS ASCENDENTES E A CONCORRÊNCIA COM O CÔNJUGE
CAVALCANTE, Anny Caroline Barbosa¹; SOUSA, Felipe Santos de¹; SILVA, Maísa Cantuária da¹; CUNHA, Caio Ezequiel Santos Cunha¹; DIAS, Rodrigo Dantas². 
¹Discentes da UNIMONTES; ²Docente da UNIMONTES, FUNORTE e FIPMoc. 
Introdução: No estudo da ordem de vocação hereditária da sucessão legítima, ganha destaca a concorrência da figura do cônjuge em relação aos descendentes e ascendentes, e a sua sucessão isolada. As análises sobre a forma de distribuição de herança é de grande importância para o entendimento das mudanças sofridas pelo Direito Civil em matéria sucessória, que passou a privilegiar o cônjuge, de forma diversa do que foi estabelecido pelo Código Civil de 1916. Torna-se importante também apurar efeitos da tendência moderna da multiparentalidade no âmbito dos efeitos sucessórios. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo promover uma breve análise da sucessão dos ascendentes e sua concorrência com o cônjuge do falecido, tratando ao fim, de algumas questões pertinentes à multiparentalidade. Método: vale-se de pesquisa bibliográfica e legislativa sobre o tema. Resultados: O Código Civil de 2002 (CC/2002) elenca no Capítulo de Ordem de Vocação Hereditária, os ascendentes, em segunda posição, concorrendo com o cônjuge, na sucessão legítima para divisão dos bens do falecido. Como preleciona o parágrafo primeiro do art. 1.836 do CC/02, na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas, caracterizando dessa forma as duas regras básicas da sucessão dos ascendentes: o mais próximo exclui o mais remoto e a igualdade de grau em linhas distintas. O artigo 1.836 do CC/2002 Art. 1.836 caput dispõe acerca do assunto: “Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente.”. Na sucessão entre ascendentes e a concorrência com o cônjuge, é de grande importância que se verifique o montante da herança devida às partes que sucedem o de cuju, bem como quando se dá a concorrência relativa aos graus de parentesco. Além disso, pelo Enunciado 609 do Conselho da Justiça Federal em setembro de 2015, concorrência sucessória entre o cônjuge ou companheiro com o ascendente independe do regime de bens. Ressalta-se que a multiparentalidade deve ser considerado na sucessão dos ascendentes para a partilha da herança. Além disso, há que se refletir sobre a quota a que fará jus o consorte quando concorrer com mais de quatro avós do falecido. Essa não é uma questão pacifica na jurisprudência e como pode passar de oito o número de possíveis avós, a discussão principal é a de garantir ou não a metade da herança ao cônjuge supérstite. Tartuce (2017), assim como grande parte da doutrina, entende que essa divisão deverá ser feita resguardando a quota maior ao cônjuge, sendo o restante igualitariamente divido entre os avós. Conclusão: No caso da sucessão dos ascendentes, ganha o cônjuge o privilégio de concorrer independentemente do regime de bens adotado pelo casal, e sendo beneficiado também pela não ocorrência da representação em tal escala sucessória. Destaca-se ainda a garantia que lhe é oferecida de herdar a metade dos bens, caso concorra com ascendentes de graus diversos. Visualiza-se, portanto, a promoção de uma maior igualdade entre os parentes do falecido e o cônjuge. 
Palavras-chave: Herança. Sucessão do cônjuge. Sucessão do ascendente.
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 07 de maio de 2018
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Enunciado 609 da VII Jornada de Direito Civil. Disponível em: http://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/845. Acesso em: 08 de maio de 2018.
TARTUCE, F.. Direito civil: direito das sucessões. 10. ed.Rio de Janeiro: Forense, 2017.

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