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GERADORES E MOTORES DE CORRENTE 
ALTERNADA 
ALTERNADORES 
0 s geradores de corrente alternada tambCm sZo chamados de alternadores. Praticamente 
toda a energia elbtrica consumida nas resid6ncias e inddstrias C fomecida pelos altemadores das 
usinas que produzem eletricidade. Um altemador simples 6 formado por (1) urn campo magnetic0 
forte e constante; (2) condutores que giram atraves do campo magn6tico; e (3) alguma forma 
de se manter uma ligaqzo continua dos condutores A medida que eles giram (Fig. 15-1). 0 campo 
magnetic0 6 produzido pela corrente que flui pela bobina de campo estacionkio ou estator. A 
excitagzo para a bobina de campo C fomecida por uma bateria ou qualquer outra fonte cc. A 
Reostato 
do excitador 
de campo de campo 
Campo do estatar 
(estacionkio) 
' \ _ S u d a c a Escova 
Fig. 15-1 Um alternador simples tendo um campo 
estacionirio e uma armadura rotativa 
41 2 ELETRICIDADE BASICA 
Fig. 15-2 Gera~Zo de 1 ciclo de tenszo ca corn urn alternador de uma 6nica cspira 
GERADORES E MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA 413 
armadura, ou o rotor, gira dentro do campo magne'tico. Para uma h i c a espira em volta do rotor, 
cada extremidade C ligada a ane'is coletores separados, isolados do eixo. Cada vez que o rotor gira 
se completa uma rotaqzo, processa-se um ciclo completo de corrente altemada (Fig. 15-2). Na 
prhtica, um altemador conte'm vhrias centenas de espiras enroladas nas fendas do rotor. Duas 
escovas sgo pressionadas atrave's de inolas contra os antis coletores de mod0 a manter uma ligaqgo 
continua entre a corrente alternada induzida no iotor ou na bobina da armadura e os circuitos 
externos. 
0 pequeno gerador ca geralmente tem um campo estacionirio e uma armadura girat6ria 
(Fig. 15-1). Ulna desvantagem C que os contatos entre o anel de contato e a escova estzo em 
sCrie com a carga. Se essas partes se gastarem ou ficarem sujas, o fluxo de corrente pode ser 
interrompido. Entretanto, se a excitaqgo do campo for ligada ao rotor, as espiras anteriormente 
estacionirias terzo corrente alternada induzida passando por elas (Fig. 15-3). Pode-se ligar uma 
carga atravCs dessas bobinas da armadura sem ser necessirio nenhum contato m6vel no circuito. 
A excitaqzo do campo C fornecida ao campo girat6rio atrave's dos antis de contato e das escovas. 
Ulna outra vantagem desse carnpo rotativo e do gerador de armadura estaciondria estd na grande 
facilidade de se isoiar os campos do estator, comparada com a isolaqzo de bobinas de campo 
rotativo. Como s20 freqiientemente geradas tenso'es altas, da ordem de 18.000 a 20.000 V, esta 
alta tenszo nZo precisa ser trazida at6 os anCis de contato e as escovas, mas pode ser levada direta- 
lnente para o mecanismo de chaveamento atravCs de condutores isolados da armadura estacioniria. 
Campo do estator (rotativol 
Campo do rotor \ /' 
Andis 
e escovas , 
ExcitaqTo 
do campo 
'I Saida 
J 
Fig. 15-3 Um alternador simples contendo um campo rotativo 
e uma armadura estacionkia 
A quantidade de tenszo gerada por um gerador ca depende da intensidade do campo e da 
velocidade do rotor. Coino a maioria, dos geradores funciona com velocidade constante, a quanti- 
dade de fem produzida depende da excitaggo do campo. 
414 ELETRICIDADE BASICA 
A freqiidncia da fem gerada depende do niimero dos pdlos do campo e da velocidade de 
funcionamento do gerador, ou 
onde f = freqiiencia da tens50 gerada, Hz 
P = niimero total de pdlos 
n = velocidade do rotor, rotapes por minuto (rpm) 
A regulaq50 de um gerador ca C o aumento porcentual na tensgo do terminal i medida 
que a carga vai sendo reduzida da corrente especificada para carga mixima at6 zero, mantendo-se 
a velocidade e a excita~50 constantes, ou 
tensZo sem carga - tensgo com carga mdxima Regulago de tensgo = 
tensb com carga mixima 
Exemplo 15.1 Qual a freqiisncia de um altemador de quatro pdlos funcionando a una velo- 
cidade de 1.500 rpm? 
Resp. 
Exemplo 15.2 Um altemador funciona com 120 V sem carga. Aplica-se a seguir urna carga ao 
gerador. A tens50 de saida cai (a corrente de campo permanece a mesma)para 110 V. Qual a 
sua regulaq50? 
regulaqgo - tensgo sem carga - tens50 com carga maxima 
- ( 15-2) 
de tens50 tensgo com carga mixima 
- 
- 120 - 'I0 - lo - 0,091 = 9,1% Resp 110 110 
Quando a tens50 de saida n5o C constante, haverd um pisca-pisca constante das lhpadas e a 
televisgo nno funcionard corretamente. SaTo necessdrios entgo aparelhos de regulaq5o de tensgo 
automdticos para minirnizar as quedas na tensb de saida aumentando-se a corrente de campo. 
A regulaq50 de tensgo 6 geralmente uma funq5o externa do alternador. 
GERADORES EM PARALELO 
A maioria das usinas eldtricas possui virios geradores ca funcionando em paralelo a fim de 
aumentar a pot6ncia disponivel. Antes de dois geradores serem ligados em paralelo C precis0 que 
suas tensaes nos terrninais sejam iguais, suas tensoes estejam em fase e suas freqiicncias sejam 
iguais. Quando forem atingidas estas condiqbes, os dois geradores estar50 funcionando em sincro- 
nismo. A operaqaTo de se colocar os geradores em sincronismo chama-se sincronizagZo. 
GERADORES E MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA 415 
0 s dados da plaqueta de identificaqb de um gerador ca tipico (Fig. 15-4) incluem o nome 
30 fabricante, a sCrie e o ndmero do tipo; rotaqfio (rpm), ndmero de pblos, freqzncia da saida, 
ndmero de fases e tensgo mixima fornecida; especificaqfio da capacidade em quilovoltamp~res 
t em quilowatts para um fator de potencia especifico e uma tens50 mixima de saida; corrente 
do campo e da armadura por fase; aumento miximo de temperatura. 
Westinghouse 
Gerador ca refrigerado a ar No 6750616 Tipo ATB 
3.600 RPM 
2 p6los 60 Hz 3 fases hap& em estrela para 
13.800 volts 
Especificap50 15.625 KVA 12.500 kW 0,80 FP excitador 
250 volts 
Armadura 654 amp campo 183 amp 
Garantia de que a temperatura nZo excederi 
60°C na armadura pelo detetor 
80°C no campo pela resistdncia 
Fig. 15-4 Dados da plaqueta de identificapb para um gerador ca tipico 
PERDAS E EFIC&NCIA 
As perdas de urn gerador ca s b anilogas As do gerador cc e incluem as perdas no cobre 
da arrnadura, perdas no cobre da excitaqfio de campo e perdas mecikicas. 
A eficizncia (Ef.) 6 a r azb entre a potfncia titi1 de saida e a potencia total de entrada: 
saida Ef. = 
entrada 
Exemplo 15.3 Um motor de 2 hp funcionando com a saidaespecificada age como o propulsor 
principal de um alternador que tern uma demanda de carga de 1,l kW. Qua1 a eficibncia porcentual 
do alternador? Despreze a excitaqzo do campo. 
746 - 1.492 W Potencia de entrada = 2 hp x - - 
hp 
PotSncia de safda = 1,l kW = 1.100 W 
Ef. = saida - - = 0,737 = 73,7% Resp. 
entrada 1492 
Como o propulsor inicial esti fornecendo 1.492 W mas o alternador estd liberando 1 .lo0 W 
para a carga, deve haver uma perda de 392 W no alternador. 
MOTORES DE INDUCAO POLIFASICOS 
Principio de Funcionamento 
0 motor de induqb 6 o tip0 de motor ca mais comumente usado pela sua construqxo 
simples e resistente e boas caracteristicas de funcionamento. Ele consiste em duas partes: o estator 
(parte estacioniria) e o rotor (parte rotativa). 0 estator estd ligado i fonte de alimentago ca. 0 
rotor nxo esti ligado eletricarr~ente A alimentaqtio. 0 tip0 mais importante de motor de indu~go 
polifisico 6 o motor trifisico. (As mPquinas trifgsicas possuem tres enrolamentos e fornecem 
uma saida entre os virios pares de enrolarnentos.) Quando o enrolamento do estator 6 energizado 
atraves de uma alimentapo trifhica, cria-se um carnpo magnetic0 rotativo. A medida que o campo 
varre os condutores do rotor, 6 induzida uma fem nesses condutores ocasionando o aparecimento 
de um fluxo de corrente nos condutares. 0 s condutores do rotor transportando corrente no campo 
do estator possuem um torque exercido sobre elesque fazen~ o rotor girar. 
Motor de Gaiola e Motor de Rotor Enrolado 
0 s motores de indu~go trifdsicos sZo classificados em dois tipos: em gaiola (Fig. 15-5) e com 
rotor bobinado ou enrolado (Fig. 15-6). 0 s dois motores tern o estator construido da mesma for- 
ma, mas diferem pela construqtio do rotor. 0 nficleo do estator B um pacote de llminas ou folhas 
de aqo provido de ranhuras. 0s enrolamentos s%o dispostos nas ranhuras do estator para formar os 
tres conjuntos separados de polos. 
Fig. 15-5 Vista em corte de um motor de indu- 
pi0 em forma de gaiola. 
GERADORES E MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA 41 7 
Fig. 15-6 Vista em corte de urn motor de indu- 
$So corn rotor bobinado 
0 rotor de urn motor de gaiola tem urn ndcleo de laminas de aqo corn os condutores dispostos 
paralelamente ao eixo e entranhados nas fendas em volta do perimetro do ndcleo. 0 s condutores 
do rotor nZo ss%o isolados do ndcleo. Em cada terminal do rotor, os condutores do rotor szo 
todos curto-circuitados atraves de ane'is terminais continuos. Se as lamina$Bes nZo estivessem 
presentes, os condutores do rotor e os seus ane'is terminais se pareceriam com uma gaiola giratdria 
(Fig. 15-7). 
An& terminais 
soldados. i s peqas 
terminais 
Fig. 15-7 Urn rotor de gaiola simples corn 
condutores do rotor soldados 
aos an& terminais sobre o eixo 
0 rotor de urn motor com rotor bobinado 6 envolvido por urn enrolamento isolado seme- 
lhante ao enrolamento do estator. 0 s enrolamentos de fase do rotor sZo trazidos para o exterior 
aos trds ane'is coletores montados no eixo do motor (Fig. 15-6). 0 enrolamento do rotor nZo 
418 ELETRICIDADE BASICA 
estA ligado A fonte de alimentagb. 0 s andis coletores e as escovas constituem simplesmente uma 
forma de se ligar um reostato extemo aa circuit0 do rotor. A finalidade do reostato B de controlar 
a corrente na prdtica e a velocidade do motor. 
Velocidade e Escorregamento 
A velocidade do campo magnitico rotativo 6 chamada de velocidade sincrona do motor. 
120f n = - ( 15-4) 
P 
onde n = velocidade de rotagzo do campo magnetic0 rotativo (rpm) 
f = frequencia da corrente do rotor, Hz 
p = ndmero total de p6los 
Deve-se notar que existe a mesma relaqtio entre a freqiiencia, o ndmero de p6los e a velocidade 
de sincronismo de urn motor [Eq. (15-4)] que existe entre a freqiiincia, o nlimero de p6los e 
a velocidade de rotagtio de urn gerador ca [Eq. (15-l)] . 
Um motor de indugzo nno pode. funcionar corn a velocidade de sincronismo, pois nesse 
caso o rotor estaria estacionirio com relagzo ao campo rotativo e n50 seria induzida nenhuma 
fem no rotor. A velocidade do rotor deve ser ligeiramente menor do que a velocidade de sincro- 
nismo, a fim de que seja induzida uma corrente no rotor para perrnitir a rotaqzo do-rotor. A 
diferen~a entre a velocidade do rotor e a velocidade de sincronismo B chamada de escorregamento 
e 6 expressa como uma porcentagern da velocidade de sincronismo. 
S porcentual = NS - N~ 100 ( 15-5) 
Ns 
onde S = escorregamento 
Ns = velocidade de sincronismo, rpm 
NR = velocidade do rotor, rpm 
,Exemplo 15.4 Um motor de quatro p6los, 60 Hz, em gaiola tem uma velocidade de 1.754 rpm 
com carga mdxima. Qual o escorregamento porcentual com carga i n h m a ? 
1 20f Velocidade de sincronismo Ns = - 
P 
=-- I 20('0) - 1800 rpm 
4 
Escorregamento = Ns - NR = 1,800 - 1,754 = 46 rpm 
S porcentual = Ns - Nn 
Ns 100 
CERADORES E MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA 41 9 
Freqiitncia do Rotor 
Para qualquer valor do escorregamento, a freqGncia do rotor C igual B frequhcia do estator 
vezes a porcentagem de escorregamento, ou 
onde fR = freqGncia do rotor, Hz 
S = escorregamento porcentual (escrito na forma decimal) 
fS = freqsncia do estator, Hz 
Exemplo 15.5 Para um escorregamento de 2,6 por cento do motor de induggo do Exemplo 
1 5.4, qua1 a freqEncia do rotor? 
f, = 60 Hz dado 
f~ = SfS 
= 0,026(60) = 1,56 Hz Resp. 
Torque 
0 torque de um motor de i n d u ~ b depende da intensidade da interagb dos campos do 
rotor e do estator e das rela~bes de fase entre eles. 
onde T = torque, kg m 
k = constante 
4 = fluxo do estator rotativo, linhas de fluxo 
IR = corrente do rotor, A 
cos O R = fator de pot6ncia do rotor 
Ao longo de toda a faixa normal de opera$Zo, k, 4 e cos OR sZo praticamente constantes de 
mod0 que T 6 diretameente proporcional a I R . A corrente do rotor IR por sua vez aumenta numa 
proporggo direta com o escorregamento do motor. A variagzo do torque corn o escorregamento 
(Fig. 15-8) mostra que i medida que o escorregamento aumenta de zero at6 cerca de 10 por cento, 
o torque aumenta lineannente com o esci.xregamento. A medida que a carga e o escorregamento 
aumentam alCm do torque especificado ou com carga mixima, o torque atinge um valor m b o 
de cerca de 25 por cento de escorregamento. Este valor mAximo do torque C chamado de rorque 
de 'mptura do motor. Se a carga aumentar ainda mais, alCm do ponto de ruptura, o motor iri 
420 ELETIUCIDADE BASICA 
parar rapidamente. Para os motores de gaiola tipicos, o torque de ruptura varia de 200 a 300 por 
cento do torque de carga majrima. 0 torque de partida e' o valor para 100 por cento de escorrega- 
mento (a velocidade do motor e' zero) e e' norrnahnente 150 a 200 por cento da especificaqao 
para carga mdxima. A medida que o rotor acelera, o torque aumenta ate' seu valor miximo e a 
seguir diminui at6 um valor necessirio para carregar a carga do motor a uma velocidade constante. 
E 8 roo 
0 5 
+ I(X) 
a 
I I 
8 Torque de partida 
- 
0 
o Porcentagem de escorregamento 
P. 
I rX) XI) 60 40 20 0 
Porcentagem de velocidade de sincronismo 
Fig. 15-8 VariagZo do torque corn o escorregamento 
para um motor de gaiola tipico 
MOTORES S~NCRONOS 
Como os motores de indu$o, os motores sincronos t6m enrolamentos no estator que 
produzem urn cainpo magnetic0 rotativo. Mas, ao contririo do motor de indug%o, o circuit0 
do rotor de um motor sincrono e' excitado por uma fonte cc. 0 rotor engata na mesma rotaqZo 
do campo magn6tico rotativo e o acornpanha com a mesma velocidade, como 6 dado pela Eq. 
(15-4). Se o rotor sair do sincronismo com o campo rotativo do estator, nZo se desenvolve nemlurrn 
torque e o motor pira. Como urn motor sincrono desenvolve urn torque somente quando gira 
na velocidade de sincronismo, ele nzo tern partida propria e conseqiientemente precisa de algum 
dispositivo que faqa o rotor girar na velocidade de sincronismo. 
Exemplo 15.6 Qua1 o escorregamento de um motor sincrono? 
Como a velocidade de sincronismo B igual & velocidade do rotor, Ns = NR 
Ns - NR S porcentual = 
Ns 100 
CERADORES E MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA 421 
Um rel6gio elCtrico ca utiliza um motor sincrono para manter a hora certa (desde que a freqiiEncia 
da fonte de alimentaqgo ca permaneqa constante). 
Partida de Motores Sincronos 
Pode-se dar a partida num motor sincrono fazendo-o girar com um motor cc com um eixo 
comum. Depois do motor chegar na velocidade de sincronismo, C aplicada uma corrente alternada 
aos enrolamentos do estator. 0 motor cc de partida funciona agora como um gerador cc, que 
fornece excitaqzo de campo cc para o rotor. A carga pode entgo ser acoplada ao motor. Muitas 
vezes, di-se a partida no motor sincrono atravks de um enrolamento em gaiola embutido na face 
dos pdlos do rotor. Dd-se entgo a partida no motor como se fosse um motor de induqZo e faz-se 
com que ele atinja cerca de 95 por cento da velocidade de sincronismo. No momento certo, 
aplica-se uma corrente continua e o motor entra em sincronismo. A quantidade de torque neces- 
siria para colocar o motor em sincronismo C chamada de torque de sincronismo. 
Efeito de Carga sobre Motores Sincronos 
No motor sincrono o rotor engata-se magneticamente para acompanhar o campo magnitico 
girat6rioe deve continuar a girar ern sincronismo qualquer que seia a carga. Sem carga, as linhas 
centrais de um p610 do campo magnetic0 rotativo e de um p6l0 do campo cc coincidem (Fig. 
15-9a). Quando se aplica uma carga ao motor, hd um desvio para trds do p610 do rotor relativa- 
inente ao p610 do estator (Fig. 15-9b). N%o h i variaqZo nn$ velocidade. 0 deslocamento angular 
entre os pdlos do rotor e do estator C chamado de ingulo de torque ou de potencia a. 
Rota~Zo do rotor RotqZo do rotor 
e fluxo no e fluxo no 
vZo de ar vZo de ar 
i 
I 
(a) Sem carga 
I 
(b) Com carga 
Fig. 15-9 PosiqBes relativas do p610 do estator e do p610 do campo cc 
Quando um motor sincrono funciona seln carga (o ingulo de torque C p r a t i c m t e y' . I 
forqa contra-eletromotriz V, C igual tensgo aplicada ou 5 tenszo do terminal, Vr ( 6 s ~ ~ ~ f I 
as perdas do motor) (Fig. 15-10a). Aumentando-se as cargas e os ~ g u l o s de torque. 1 5: r I 
fase de Vg varia coln relaqgo a Vt que permite um fluxo de corrente maior no e9-a: s: TL: x:+r- r 
422 ELETRICZDADE BASZCA 
a carga adicional (Fig. 15-lob). Vt e Vg nnb estZo mais em sentidos opostos. A sua tensiio resul- 
tante Vr faz com que uma corrente I flua nos enrolamentos do estator.1 segue Vr de aproximada- 
mente 90" devido A alta induthcia dos enrolamentos do estator. 8 6 o hgulo de fase entre Vt e 
I . Um aumento na carga resulta num grande hgulo de torque, que produz um aumento de Vr e I 
(Fig. 15-10c). 
Se a carga mechica for muito alta, o rotor sai de sincronismo e causa uma parada. 0 valor 
m f i o do torque que um motor pode desenvolver sem perder seu sincronismo 6 chamado de 
torque de perda de sincronismo. Se o motor sincrono tiver um enrolanento em gaiola, ele conti- 
nuarh a funcionar como um motor de indugZo. 
Forpa contraeletromotriz 
TensXo do terminal 
ou tensEo aplicada 
(a) Sem carga 
0 
(b ) Com carga 
(c) Com carga aumentada. 
Fig. 15-10 Diagramas de fasores para um motor sincrono para trEs condi~6es de carga 
diferentes e corn a mesma excita@o de campo cc 
GERADORES E MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA 423 
0 s dados da plaqueta de identificaqzo de um motor sincrono incluem os mesmos itens 
encontrados nas plaquetas de identificagzo de geradores ca sendo a especificagZo de quilovoltam- 
p&re substituida pela especificag20 de cavalo-vapor. 
A eficidncia de um motor sincrono 6 geralmente mais alta do que a dos motores de induqfio 
de mesma especificagzo de potdncia (cavalo-vapor) e velocidade. As perdas sZo as mesmas dos 
geradores sincronos. 
0 s motores sincronos siio usados em aplicaqbes, de potdncia com velocidade constante em 
tamanhos acima de 20 hp. Uma aplicagfio comum 6 em compressores a gAs ou a ar.. 
Correeo do Fator de Pottncia corn Motores Sincroilos 
Uma vantagem incrivel do motor sincrono 6 que ele funciona com um fator de pot6ncia 
fFP) igual a um. Variando-se a intensidade do campo cc, o fator de potencia total de um motor 
sincrono pode ser ajustado ao longo de uma faixa considerhel. Assim, o motor simula urna carga 
capacitiva atravis da linha. Se urn sistema elitrico estiver funcionando com um fator de potzncia 
indutivo, os motores sincronos ligados atravis da linha e ajustados para um FP capacitivo podem 
rnelhorar (i.6, aumentar) o FP do sistema. aualquer melhora no FP aumenta a capacidade de 
5omecimento para a carga, aumenta a eficidncia e, em geral, melhora as caracteristicas de funcio- 
~arnento do sistema. 
(h) FP capacitivo, campo superexcitado 
(c) FP indutivo, campo subexcitado 
Fig. 15-1 1 Diagramas de fasores de urn motor si'ncrono com uma carga constante 
mas valores diferentes de excitaqzo de campo 
424 ELETRICIDADE BASICA 
Corrente de campo, amperes cc 
Subexcitado Superexcitado -+ 
1 
Fig. 15-12 VariaqZo da conente do estator e o FP de 
urn motor sincrono corn a excitaqEo do 
campo cc variivel e para urna carga constante 
Excitago de Campo usada para alterar o Fator de Potencia do Motor 
Para uma carga mecinica constante, pode-se variar o FP de urn motor sincrono de urn 
'valor capacitivo para urn valor indutivo ajustando-se a sua excitaqlo de campo cc (Fig. 15-1 1). 
A excitaqgo de carnpo 6 ajustada de mod0 que FP = 1 (Fig. 15-1 la). Para a mesrna carga, quando 
se aumenta a excitaqgo de campo, a forqa contraeletromotriz Vg aurnenta. Isto provoca ulna 
variaqgo na fase entre a corrente I no estator e a tensgo do terminal Vt, de mod0 que o motor 
funciona corn urn FP capacitivo (Fig. 15-llb). Se a excitaqgo de carnpo for reduzida abaixo 
do valor representado (Fig. 15-1 la), o motor funciona corn urn FP indutivo (Fig. 15-1 lc). Urn 
exemplo de uma curva V para um motor sincrono, obtida de urn fabricante, mostra como a 
corrente do estator varia para uma carga constante corn a excita~zo de campo do rotor (Fig. 
15-12). 0 fator de potencia tmbe'm pode ser lido quando se varia a corrente de campo. 
GERADORES E MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA 425 
Exemylo 15.7 A carga de uma instalagio industrial C de 400 kVA para urn fator de potzncia 
de 75 por cento indutivo. Qua1 deve ser o FP da carga adicional de 100 kW de urn motor sincrono 
se ele aumentar o FP da instalaq20 toda para 100 por cento? 
Para FP = 1, a potdncia reativa efetiva da instalaq20 deve ser igual a zero. 
l o Passo Calcule a potdncia reativa inicial da instalaqifo (Fig. 15-13a, e b). 
FP = cos 0 = 0,75 dado 
0 = arccos 0,75 = 41.4" P = S cos 0 = 400(0,75) = 300 kW 
Q -' S sen 8 = 400 sen41,4" = 264,5 kVAR indutivo 
P = potdncia real, kW P 
Q = potdncia reativa 
kVAR indutivo 
(a) Triingulo de potdncia genkrico 
FP = cos 6 = 0,75 indutivo 
( b ) Triingulo de potdncia inicial da instalaqgo 
(c) Triingulo de pot8ncia do motor sfncrono 
Q, = 264,s kVAR capacitivo 
Q = 264,s kVAR indutivo 
(d ) Trihgulo de potdncia resultante da instalaqzo corn FP = 1 
Fig. 15-1 3 Rela@es do triingulo de potdncia 
426 ELETRZCIDADE BASICA 
20 Passo Calcule o FP da carga do motor sincrono (Fig. 15-13c). Para um FP efetivo igual 2 
1 , a pottncia reativa do motor deve ser igual B potdncia reativa inicial da instalago 
no sentido oposto. 0 Q da instalaG20 (10 Passo) k de 264,s kVAR indutivo. Logo, o 
QL da carga adicionada deve ser de 264,5 kVAR capacitivo. 
Or_ = arctg 2 2M = arctg 2,64 = 69,3' 100 
FP - cos OL = cos 69,3" = 0,353 = 35,395 adiantado Resp. 
0 trihgulo de pot6ncia resultante (Fig. 15-13d) mostra a carga da instalaqXo de 
400 kW (300 kW + 100 kW) para um FP igual ti unidade. 
MOTORES MONOFASICOS 
0 s motores monofisicos S o assim chamados porque os seus enrolamentos de carnpo SZO 
ligados diretamente a uma fonte monofisica. 0 s motores monofisicos szo classificados em motores 
comutadores, motores de indu~20 ou motores sincronos, conforme o mCtodo usado para lhes 
dar a partida, da seguinte forma: 
1. Motor comutador 
(a) Motor ca em skrie (ou universal sCrie) 
(b) Motor de repulszo 
2. Motor de induggo 
(a) Motores de fase dividida 
(1) Motor com capacitor de partida 
(2) Motor com capacitor 
(b) Motor de induczo com partida de repulsZo 
(c) Motor com p 8 0 sombreado 
3. Motor sincrono 
Motor Comutador 
Motor ca Sirie 
Quando um motor comum cc drie C ligado a uma fonte de alienta~zo ca, a corrente retirada 
pel0 motor 6 baixa em virtude da alta impedhcia do campo em drie. Disto resulta urn baixo 
torque de rota~iio. Para se reduzir a reatancia do campo ao mfnimo, os motores ca sCrie d o cons- 
trufdos com o menor nfimero de espiras possfvel. A reaqgo da armadura 6 superada utilizando-se 
enrolamentos compensadores nas pegas polares. 
As caracteristicas de funcionamento g o semelhantes i s dos motores drie. A velocidade 
aumenta at6 um valor alto com a dirninui~20 da carga. 0 torque 6 alto para correntes altas da 
armadura, de mod0 que o motor tenha um bom torque de partida. 0 s motoresca drie 
GERA DORES E MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA 427 
funcionam com maior eficifncia em baixas freqiiencias. Alguns deles, de maiores dimensbes, 
usados em locomotivas, funcionam em 25 Hz ou menos. Entretanto, sZo projetados modelos 
menores com potbncia de fraqZo de cavalo-vapor, para funcionar em 50 ou 60 Hz. 
Motor de repulsdo 
0 motor de repulsZo tem uma armadura e um comutador semelhante ao do motor cc. 
Entretanto, as escovas nZo estso ligadas ii fonte de alimentaqZo mas estzo curto-circuitadas (Fig. 
15-14). 0 s enrolamentos do estator produzem uma corrente nos enrolamentos do rotor por 
induqzo. Esta corrente produz p6los magntticos no rotor. A orientaqgo desses pdlos depende 
da posigZo das escovas. A interaqzo do campo do rotor com o c a p o do estator cria o torque do 
motor. 0 motor de repulszo tem um alto torque de partida e alta velocidade com cargas leves. 
Ele 6 usado onde se espera cargas pesadas de partida. 
do estator 
Escovas em Cornutador 
curto-circuito 
Fig. 15-14 Motor de repu1sZo 
Motor de Induqa'o 
0 motor de induqb monofrisico nZo tem partida pr6pria. 0 campo magnitico criado no 
estator pela fonte de alimentago ca permanece alinhado num sentido. Este campo magnitico, 
embora estacionirio, pulsa com a onda seno da tensgo. Este campo pulsante induz uma ten* 
nos enrolamentos do rotor, mas o campo do rotor s6 pode se alinhar com o campo do estator. 
Com estes dois campos em linha reta, nzo aparece nenhum torque. E necesslrio entzo fazer o 
rotor girar atravts de algum dispositivo auxiliar. Uma vez atingida a rota@o do rotor corn velo- 
cidade suficiente, a interaqgo entre os campos do rotor e do estator mantergo a rotago. 0 rotor 
continuari a aumentar a velocidade, tentando engatar na velocidade de sincronismo. Finalmente, 
ele atingiri uma velocidade de equilibria igual ii velocidade de sincronismo menos o escorrega- 
men to. 
Motor de Fase Dividida 
Se dois enrolamentos do estator de impedlncias diferentes estiverem separados de 90 graus 
elbtricos mas ligados em paralelo a uma fonte monofisica, o campo produzido parece girar. Este 
B o principio da divisZo de fase. 
No motor de fase dividida o enrolamento da partida ou auxiliar tem uma resisthcia mais alta e 
uma reatincia mais baixa do que a do enrolamento principal (Fig. 15-15a). Quando a mesma ten- 
Vt 6 aplicada aos dois enrolamentos, a corrente no enrolamento principal I,,, segue atrds da 
corrente no enrolarnento da partida I, (Fig. 15-15b). 0 Bngulo @ entre os enrolamentos principal 
e da partida constitui uma diferenqa de fase suficiente para fornecer urn campo magnetic0 rotativo 
fraco que dB para produzir o torque de partida. Quando o motor atinge uma velocidade predeter- 
minada, geralmente 70 a 80 por cento da velocidade de sincronismo, ulna chave centrifuga 
montada sobre o eixo do motor se abre, desligando assim o enrolamento da partida. 
- 
I' 
- 
Enrolamento Rotor [ O i ' Chave principal centrifuga 
a 
- I" 
Enrolamento 
de partida 
(a) Diagrama esquemitico (b) Rela~bes de fase 
Fig. 15-15 Motor de fase dividida 
Pelo fato de ter um baixo torque de partida, esse tip0 de motor 6 amplamente usado para 
cargas com partida relativamente ficil. Freqiientemente ele 6 usado em dimensaes maiores do 
que 113 hp. As aplicaqaes mais comuns incluem as miquinas de lavar e ferramentas de marcenaria. 
Motor corn Capacitor de Partida. Colocando-se um capacitor em sbrie com o enrolamento 
de partida de um motor de fase dividida (Fig. 15-15a), pode-se melhorar as caracteristicas da 
partida. Pode-se fazer a corrente do enrolamento da partida seguir adiante da tensgo (Fig. 15-16). 
Pode-se fazer $I aproximadamente go0, o que resulta num torque de partida mais alto. Este motor 
tambdm emprega uma chave centrifuga para desligar o enrolamento de partida. Portanto, o 
capacitor fica no circuit0 somente durante o periodo da partida. 
Motor corn Capacitor. 0 motor com capacitor funciona com um enrolamento auxiliar 
e urn capacitor em sbrie permanentemente ligado B linha (Fig. 15-17). A capa'citlncia em skrie 
pode ser de um valor para a partida e outro valor para a rotaqzo. A medida que o motor gira 
aproximando-se da velocidade de sincronismo, a chave centrifuga desliga uma secqIo do capacitor. 
GERADORESEMOTORESDECORRENTEALTERNADA 429 
Capacitor de Capacitor 
funcionamento de partida 
Enrolamento 
principal Rotor 0 
Chave de 
partida 
Fig. 15-16 Rela~6es de fase no mo- Fig. 15-17 Motor w m capacitor 
tor com capacitor de 
partida 
Motor de Indug50 corn Parrida por Repulsab 
Como um motor cc, o rotor do motor de induqb com partida por repulsilo possui enrola- 
mentos ligados a um comutador. As escovas da partida fazem contato com o comutador de mod0 
que o motor parte como um motor de repulszo. A medida que o motor se aproxirna da velocidade 
mixima, um dispositivo centrifugo curto-circuita todos os segmentos do comutador, de mod0 
que ele funcione como um motor de induq5lo. Este tipo de motor 6 constmido em dimens6es 
que variam de 112 a 15 hp e 6 usado em aplicac;6es que exigem um alto torque de partida. 
Motor de Pblo Sombreado ou Pblo fendido 
Produz-se um p610 sombreado atraves de uma bobina de curtocircuito enrolada em torno 
de uma parte de cada p610 do motor. A bobina 6 formada geralmente por uma h i c a cinta ou 
faixa de cobre. 0 efeito dessa bobina 6 o de produzir um pequeno movimento de varredura do 
fluxo do campo de um lado ao outro da peqa polar B medida que o campo pulsa (Fig. 15-18). 
Peca polar 
Bobina do campo 
sombreamento 
Rotor Rotor 
la) 0 p610 sombreado enfraquece o campo principal (b ) 0 p610 sombreado sufoca o campo principal 
Fig. 15-18 A q b do campo magnitico num motor de p610 sombreado 
430 ELETRICIDADE BASICA 
Esse ligeiro desvio do campo magnetic0 produz um pequeno torque de partida. Portanto, us 
motores de p610 sombreado possuem partida pr6pria. A medida que o campo aumenta na peqa 
polar 6 induzida uma corrente na bobina de sombreamento. Esta corrente produz um campo 
magnetic0 que se opi3e ao campo principal. 0 campo principal se concentra, portanto, do lado 
oposto das peqas polares (Fig. 15-18a). A medida que o campo comeqa a diminuir o campo da 
bobina de sombreamento se somari ao campo principal. Essa concentraqzo de fluxo desloca-se 
entZo para a outra borda da peqa polar (Fig. 15-18b). Este metodo de partida de motores 6 usado 
em motores muito pequenos, at6 cerca de 1/25 hp, para girar pequenos ventiladores, aparelhos 
dome'sticos pequenos e rel6gios. 
Motor Sfncrono 
Existem vlrios tipos de motores que trabalham em rel6gios elktricos, em pratos de toca- 
discos e outros dispositivos que erigem preciszo na rotaqzo. Um tip0 C chamado de motor 
sincrono de Warren. Sua partida B dada utilizando-se bobinas de sombreamento na peqa polar. 
0 motor atinge a velocidade de sincronismo a partir dos efeitos das correntes parasitas que flue~n 
no ferro do rotor e da histerese. Sua maior aplicaqzo estl nos rel6gios e outros dispositivos 
marcadores de tempo. 
Exemplo 15.8 Relacione o tip0 de excitaqzo de campo (cc ou ca) e se o carnpo 6 geralmente 
o estator ou o rotor para cada um dos seguintes motores: alternador, motor de induqzo poli- 
fisico, motor sincrono. 
A lista B apresentada na tabela abaixo. 
Exemplo 15.9 Preencha com a palavra adequada para coinpletar cada uma das seguintes 
sentenqas. 
Dispositivo 
Alternador 
Armadura rotativa 
Armadura estacionkia 
Motor de i n d u ~ 8 poliffisico 
Motor sincrono 
(a) 0 campo magnetic0 de um motor monofisico nzo parece 
(b) 0 s motores de repulsiio possuem torques de partida. 
Excita~zo de carnpo 
Campo de Entrada 
(Estator) cc 
(Rotor) cc 
Campo de Saida 
Rotor (Saida ca) 
Estator (Saida ca) 
- 
(Estator) ca 
(Rotor) ca 
(Estator) ca 
GERADORES E MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA431 
(c ) 0 s motores de induqiio sZo classificados pelos diferentes mdtodos de 
( 4 0 - precisa existir para que os campos do estator e do rotor niio 
fiquem exatamente alinhados. 
(e) 0 s motores de fase dividida possuem enrolamentos separados. 
(a) girar (um campo trifisico niio parece girar), (b) altos, (c) partida, (d) escorregamento, 
(e) dois 
PROB LEMAS RESOLVIDOS 
15.1 Um altemador possui uma curva caracteristica que mostra a porcentagem da tensiio no 
terminal e a porcentagem de amperes na saida corn carga mAxima para trds tipos de 
carga (Fig. 15-19). Calcule a porcentagem de regulagiio para os trgs tipos de carga. 
0 10 20 30 40 SO 60 70 80 90 100 
Saida em amgres com carga mixima, % 
Fig. 15-19 Efeito do fator de pothcia na saida do alternador 
Quando o alternador libera 100 por cento da corrente especificada, as tensdes de 
carga mhima (CM) sZo 85, 70, e 120 por cento dos valores sem carga (SC) para FP = 
1,O; 0,8 indutivo e 0,8 capacitivo, respectivamente (Fig. 15-19) 
SC - CM 
RegulaqZo de tensb = CM 
Quando FP = 1 : 
loo - 85 - 0,176 = 17,6% Resp. RegulagZo de tensZo = 7 - 
432 ELETRICIDADE BASICA 
FP = 0,8 indutivo: 
FP = 0,8 capacitivo: 
Regulapo de tensgo = loo - = -0,167 = - 167% Resp. 120 
A regulaqb negativa indica que a tensgo corn carga mixima 6 maior que a tensgo sem 
carga. 
15.2 Desenhe os diagramas de fasores de urn gerador ca funcionando quando FP = 1,0, 0,8 
indutivo, e 0,8 capacitivo. 
Sejam IR e IXL as quedas de tens20 devido i resistdncia e i reatgncia indutiva no 
enrolamento da arrnadura, respectivamente. 
Vg = fern gerada Vt = tensgo do terminal I = corrente na armadura 
Vg 6 o fasor soma de Vt, a queda I R que esti em fase corn I , e a queda IXL que segue 
na frente de I de 90' (Fig. 15-20). Vg nZo 6 constante mas varia corn a quantidade de 
carga e corn o FP da carga. Para o FP indutivo, Vg diminui. Quanto mais baixo o FP no 
sentido indutivo, menor o Vg. Para um FP capacitivo Vg aumenta com a carga. 
V, IR 
(referincia) 
(a) Para FP = 1,0,8 = 0' (b) Corn FP = 0,8 indutivo, 
FP = 0,s = cos 8; 
8 = arc cos 0,8 = 36,9" indutivo 
(c) Corn FP = 0,8 capacitivo, 
0 = 36,9" capacitivo 
Fig. 15-20 Diagramas de fasores de urn gerador ca funcionando 
corn trBs fatores de carga diferentes 
GERADORES E MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA 433 
15.3 Urn gerador sincrono de 60 Hz movido a diesel produz 60 Hz quando funcional em 
200 rpm. Quantos p6los ele possui? 
f = E 
120 
de onde 120(60) = 36 p61os Resp p=T=-- 200 
15.4 Para que velocidade urn gerador sincrono de dois p6los e 25 Hz produz 25 Hz7 
de onde n = - = - - 120f 120(25) - 1500 rpm R e v . P 2 
15.5 Urn motor de indu@o de quatro p6los e 60 Hz tern urn escorregamento corn carga mijxi- 
ma de 5 por cento. Qual a velocidade do rotor corn carga mixima? 
15.6 Qual a frequdncia do rotor de urn motor de gaiola de oito p6los e 60 Hz funcionando 
em 850 rpm? 
Escorregamento = Ns - NR = 900 - 850 = 50 rpm 
f~ = SfS 
= 0,056(60) = 3,33 Hz Resp. 
Isto quer dizer que urn condutor do rotor terrl uma fern induzida corn uma frequdncia 
de 3,33 Hz. 
434 ELETRICIDADE BASICA 
15.7 Qual o valor da reatincia do rotor de urn motor de gaiola no instante da partida (corn 
o rotor ainda parado) cornparado corn o seu valor quando o rotor funciona corn 4 por 
cento de escorregamento? 
Reatincia do rotor XR = 2'rrfRLR 
corn LR constante, XR = f R de mod0 que 
a reatincia do rotor B diretamente proporcional A freqiGncia do rotor. 
No instante da partida, a velocidade do motor NR = 0, portanto, o escorregamento 
= 1,OO. Durante o funcionamento do motor o escorregamento = 0,04 (dado), de rnodo 
9ue 
Como XR a fR, a reatPncia do rotor no instante da partida B 25 vezes rnaior do que a 
corn 4 por cento de escorregamento. Resp. 
15.8 A carga de uma instalaqgo industrial B de 400 kVA para urn FP de 74 por cento indutivo. 
E necesskio um motor de carga adicional de 100 kW. Calcule a nova carga em quilo- 
voltamp6re e o FP da carga, se o motor a ser adicionado for (a) urn motor de induq8o 
com urn FP de 90 por cento indutivo, e (b) urn motor sincrono corn urn FP de 80 por 
cento capacitivo. 
A soluqZo fica simplificada se desenharmos e resolvermos uma sCrie de trilngulos 
de potdncia. 
l o Passo Construa o trilngulo de potdncia para a corrente da carga industrial (CI) 
(Fig. 15-21a). 
PCI = 400 cos 0 = 400(0,75) = 300 kW 
4 1 , 4 O 
q Q c I indutivo 
QCI = 400sen 8 = 400sen4l14" = 264,5 kVAR indutivo 
400 kVA 
Dado: FP = cos 0 = 0,75 indutivo 
e = 4i,d0 
(a) Carga industrial 
Fig. 15-21a 
GERADORES E MOTORES DE CORRENTE A LTERNADA 435 
20 Passo Acrescente o motor de induqzo (MI) A carga industrial (Fig. 15-21 b). 
Q,, = 100 tg 25,8" = 48,3 kVAR indutivo 
PI, P 
QIM indutivo Q 312,8 k V A R 
indu tivo 
Dado: FP = cos 0 = 0,9 indutivo 
0 = 25,8" 
(b ) Motor de indu@o (c) Carga industrial e motor de 
indu~zo combinados 
Fig. 15-21 b, c 
0 tribgulo de potencia resultante aparece na Fig. 15-21c. 
P = P c I + P I M = 3 0 0 + 100=400kW 
Q =QCZ + QIM = 264,s + 48,3 = 312,8 kVAR indutivo 
312 8 0 = arctg = arctg = 38' P 400 
(a) FP = cos 0 = cos 38" = 0,788 = 78,8% indutivo Resp. 
P s = - - 400 - 508 kVA (mm 3 algarismos significativos) 
cos 13 cos 38" 
30 Passo Acrescente o motor sincrono (MS) A carga industrial (Fig. 15-21d). 
QSM = 100 tg 36,g0 = 75,l kVAR capacitivo 
QMS capacitivo A e$$+JQ 189,4 kVAR 
indutivo 
100 W 
Dado: FP = cos 0 = 0,80 capacitivo 
0 = 36,9" 
(d) Motor sincrono (e) Carga industrial e motor 
sincrono combinados 
Fig. 15-2ld, e 
0 trihgulo de potencia resultante aparece na Fig. 15-21 e. 
P = P C I + P M S = 300+ 100=400kW 
Q = QCI - QMs = 264,5 - 75,l = 189,4 kVAR indutivo 
FP = cos 8 = cos 25,3" = 0,904 = 90,4% indutivo Resp. 
s=-- 4W -442kVA Rep. 
cos 25,3" 
15.9 Um motor de induqgo de 220 V e 50 A consome 10 kW de potencia (Fig. 15-22a). 
Coloca-se um motor sincrono de 8 kVA em paralelo com o motor de induqzo a fm 
de ajustar o FP para a unidade. Qua1 deve ser o FP do motor sincrono? 
lo Passo Construa o trilngulo de pot6ncia para o motor de induqIo (Fig. 15-22b). 
PA 10 8 = arccos - = arccos - = 24,6" s A 1 1 
QA = SA sen 8 = 1 1 sen 24,6" = 4,58 kVAR indutivo 
20Passo Construa o triingulo de potencia para o motor sincrono (Fig. 15-22c). 
Para o FP de carga igual a 1, o ndmero efetivo de quilovolt-amp8res reativo 
deve ser 0. Portanto, a potencia reativa do motor sincrono B 
4,58 
QB = 4,58 ~ V A R capacitivo 6 = arcsen% = arcsen- = 34,90 SB 8 
FP = cos 8 = cos 34,9" = 0,820 = 850% capacitivo Resp. 
A B 
0 T 
Motor de indu~zo Motor sinmono 
v, = 220 v 
IA = 50 A S, = 8 kVA 
PA = 10 kW ~p = ? 
0 A - 
ia) Corre#o do FP para a unidade 
(b) Motor de induflo 
4 "8 kVAR capacitivo 
Fig.. 15-22 (c) Motor sinmono 
GERADORES E MOTO.RES DE CORRENTE ALTERNADA 437 
PROBLEMAS PROPOSTOS 
Um altemador de 60 Hz funciona a 900 rpm. Quantos pblos ele possui? 
(a) Com que velocidade um gerador sincrono de 6 pblos deve ser girado para produzir 
25 Hz? (b) Com que velocidade deve girar um gerador sincrono de 60 Hz com quatro 
pblos para produzir 60 Hz? 
Calcule a regulagb de um gerador ca que tem urna tensb de carga m*a de 2.600 V 
e urna tensxo sem carga de 3.310 V para um FP de 80 por cento indutivo. A porcentagem 
de regula~iTo para um FP de urna unidade seri maior, menor ou igual a um FP de 80 
por cento indutivo? 
Um altemador tem urna replaggo de tensilo de 10,O por cento. Se a tensgo sern carga 
for de 220 V, qual a t ensb com carga m-a? 
Urn motor elitrico de 10 hp carregado completarnente fornece uma saida de 120 V ca 
para um altemador que libera 6,5 kW para urn sistema de iluminaqilo distante. Se as 
perdas na linha de transmissgo forem de 300 W, quala perda aproximada no alternador? 
Qual a eficidncia do altemador? 
Calcule a velocidade de sincronismo de urn motor de 60 Hz que tern o enrolamento 
do estator com oito pblos. 
F a ~ a urna tabela mostrando as velocidades de sincronismo para motores de indu~gio de 
2,4,6,8 e 12 pblos nas frequdncias de 25,50 e 60 Hz. 
Um motor de indu~go de seis pblos e 60 Hz tem urn escorregamento com carga r n b a 
de 4 por cento. Calcule a velocidade do rotor corn carga mfixima. 
Qual a freqiidncia do rotor de urn motor de gaiola de seis pblos e 60 Hz hncionando 
a 1.130 rpm? 
0 s motores de indu~go trifisicos que giram um transportador de aeronaves tdm estatores 
que podem ser ligados a 22 ou 44 pblos. A freqGncia da alimentagio pode variar de 20 
a 65 Hz. Quais as velocidades mhcima e minima disponiveis nos motores? 
0 s motores de propulsao usados num vaso de guerra tdm especificaqgo de 5.900 hp, 
trifisicos, 2.400 V, 62,5 Hz e 139 rprn. Quantos pblos eles possuem? A velocidade 
desses motores pode ser alterada variando-se a frequdncia da alimentagZo numa faixa 
entre 16 e 62,5 Hz. Quais as velocidades m i x h a e miniha? 
Uma linha de 440 V libera 15 kVA a urna carga com um FP de 75 por cento indutivo. 
Para que FP deve ser ajustado um motor sincrono de 10 kVA a fm de aumentar o FP 
at6 urn quando ligado em paralelo? 
438 ELETRICIDADE BASICA 
15.22 Um motor de i n d u ~ b de 220 V e 20 A consome uma potencia de 3 kW. Urn motor 
sincrono de 4 kVA 6 colocado em paralelo para ajustar o FP para a unidade. Qual deve 
ser o FP do motor sincrono? 
15.23 Um motor sincrono que apresenta uma entrada de 500 kW t adicionado a um sistema 
que ji possui uma carga de 800 kW para um FP de 80 por cento indutivo. Qual sera a 
carga do novo sistema em quilowatts, em quilovolt-ampcre, e qua1 o FP se o novo motor 
estiver funcionando com um FP de (a) 85 por cento indutivo, (b) 100 por cento, e 
(c) 85 por cento capacitivo? 
15.24 Porque se usa uma chave centrifuga num motor de fase dividida? 
RESPOSTAS DOS PROBLEMAS PROPOSTOS 
15.10 Oito p6los 
15.1 1 (a) 500 rpm (b) 1,800 rpm 
15.14 660 W ; Ef. = 91,2% 
15.17 1,152 rpm 
15.18 3,s Hz 
15.19 Velocidade m*a: 345,s rpm; velocidade minima: 54,s rpm 
GERADORES E MOTORES DE CORRENTE AL TERNADA 439 
15.20 54 p6los; velocidade mixima: 139 rpm; velocidade minima: 35,6 rpm 
15.22 FP = 59,3% capacitivo 
15.23 (a) 1.300 kW; 1.590 kVA; 81,9% indutivo (b) 1.300 kW; 1.430 kVA; 90,8% indutivo 
(c) 1.300 kW; 1.320 kVA; 97,6% indutivo 
15.24 0 enrolamento da partida 6 projetado somente para auxiliar no desenvolvimento do 
torque de partida. Uma vez que o motor atingiu a velocidade de rotagio normal, o 
enrolamento de partida nzo 6 mais necessdrio. 0 s enrolamentos de partida geralmente 
sZo enrolados com fio de espessura menor que poderiam se superaquecer e se romper 
se nZo fossem desligados.

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