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ENG02101 CIÊNCIA DOS MATERIAIS A Prof. Dr. Vinícius Demétrio da Silva demetrio@ufrgs.br cmufrgs2017@gmail.com Senha: UFRGSmateriais 1- William D. Callister Jr., Ciência e Engenharia de Materiais, Uma Introdução, Ed. LTC, 2013. 2- James F. Shackelford, Ciência dos Materiais, Ed. Pearson, 2008. 3-Van Vlack L.H., Princípios de Ciência dos Materiais, Ed. Edgard Blücher, S.P. BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 2 Programa: Nº. de créditos: 04 Carga horária semanal: 04 hora/aula Súmula: - Introdução à ciência dos materiais; - Estrutura atômica e cristalina; - Microestrutura e propriedade de materiais. Objetivo: Apresentar um embasamento teórico para o conhecimento científico e tecnológico sobre Ciência dos Materiais. Dia não letivo: 01/05 - Dia do Trabalhador (segunda-feira). 4 Área 1 Área 2 Área 3 Aula 27/mar Aula 03/mai Aula 07/jun Aula 29/mar Aula 08/mai Aula 12/jun Aula 03/abr Aula 10/mai Aula 14/jun Aula 05/abr Aula 15/mai Aula 19/jun Aula 10/abr Aula 17/mai Aula 21/jun Aula 12/abr Aula 22/mai Aula 26/jun Aula 17/abr Aula 24/mai Aula 28/jun Aula 19/abr Aula 29/mai Aula 03/jul Aula 24/abr Aula 31/mai Aula 05/jul Prova 1 26/abr Prova 2 05/jun Prova 3 10/jul Rec. 17/jul Exame 24/jul Procedimentos Didáticos: Aulas teóricas expositivas, palestras, seminários. Método de Avaliação: A avaliação do conhecimento será feita através da realização de três (3) provas teóricas e a apresentação de seminários. A nota mínima para cada uma das provas teóricas é: 4,0 (quatro). A MÉDIA FINAL MF será a média aritmética das três (3) provas teóricas (P1, P2 e P3) mais atividades de aula (A): MF = (P1 + P2 + P3+A)/4. Os conceitos atribuídos em função da média final serão: Conceito “A” 9,0 MF 10,0 Conceito “B” 7,5 MF 9 Conceito “C” 6,0 MF 7,5 Conceito “D” 0,0 MF 6 Para ser aprovado na disciplina o aluno deverá obter no mínimo o conceito “C”. 5 1. INTRODUÇÃO 2. ESTRUTURA ATÔMICA 3. ESTRUTURA CRISTALINA 4. MICROESTRUTURA (FASES) 5. PROPRIEDADES VS. ESTRUTURA 6. DEGRADAÇÃO DOS MATERIAIS CIÊNCIA DOS MATERIAIS A 6 Materiais Enraizados na cultura humana INTRODUÇÃO Roupas Casas Comunicação TransporteIndústria de alimentos 7 Produção e uso de materiais é usado para medir o nível de desenvolvimento das civilizações antigas: Sistema de Três Idades - idade da pedra: África há mais de 2 milhões de anos; - idade do bronze (Cu+Sn): Oriente Médio em torno de 3300 a.C. - idade do ferro: Oriente Médio/Índia, a partir de 1.800-1.200 a.C. Figura do Material do Prof. C. P. Bergmann – UFRGS INTRODUÇÃO 8 MATÉRIA-PRIMA BÁSICA metal, papel, cimento, fibras, produtos químicos SUCATA ou RESÍDUOS A TERRA MATÉRIA-PRIMA BRUTA carvão, minérios, madeira, petróleo, rochas, planta, argilas MATÉRIA-PRIMA INDUSTRIAL cristais, ligas, tecidos, chapas, cerâmicos, plásticos BENS DE CONSUMO carros, pontes, relógios, equipamentos, máquinas, prédios Transformação ou Processamento Uso ou Serviço ou Desempenho Fabricação Montagem Descarte Extração ou Refino ou Processamento Prospecção ou Mineração ou Colheita Reciclagem Ciência e Engenharia do Meio Ambiente Ciência e Engenharia: Materiais aplicados na Engenharia ou A PARTIR DE: Prof. C. P. Bergmann – UFRGS CICLO GLOBAL DOS MATERIAIS 9 ENGENHARIA trabalha: –manufatura materiais –processa materiais –projeta materiais –constrói com materiais –seleciona materiais –testa e analisa materiais 10 ENGENHEIRO está preocupado em melhorar a performance do que está projetando ou manufaturando –elétrico (materiais elétricos/dielétricos) –civil (estruturas com durabilidade, estética, resistência à corrosão –automotivos (leves, resistentes e duráveis) –aeroespacial (densidade/resistência mecânica, alta temperatura) –mecânico (estruturas, componentes) –materiais (materiais com melhor desempenho, com menor custo) PARA TANTO, É NECESSÁRIO... –ampliar os conhecimentos dos materiais disponíveis –entender seu comportamento em geral e seu POTENCIAL de utilização –reconhecer os efeitos do meio e condições de serviço - LIMITAÇÕES –fornecer subsídios para compreender o comportamento de materiais em serviço POTENCIAL e LIMITAÇÕES de utilização em função das condições de serviço e do meio INTRODUÇÃO A PARTIR DE: Prof. C. P. Bergmann – UFRGS Como selecionar um material entre tantos outros: - Caracterizar quais as condições de operação que será submetido; - Levantar as propriedades requeridas para tal aplicação; - Saber como esses valores foram determinados e quais as limitações e restrições quanto ao uso dos mesmos. - Levantamento sobre o tipo de degradação que o material sofrerá em serviço. Elevadas temperaturas e ambientes corrosivos diminuem consideravelmente a resistência mecânica. - Qual o custo do produto acabado? 11 INTRODUÇÃO A PARTIR DE: Prof. Eleani M. da Costa - PUCRS Ciência de Materiais: Envolve investigação das relações entre as estruturas e as propriedades dos materiais; Engenharia de Materiais: com base na relação estrutura x propriedade, projeta uma estrutura com o objetivo de obter um conjunto de propriedades. Neste contexto pode ser útil subdividir a disciplina em: Processamento Estrutura Propriedades Desempenho Óxido de alumínio: Alumina Transparente, Translúcido e Opaco MONOCRISTAL MONOCRISTAIS + VAZIOSVÁRIOS MONOCRISTAIS Estrutura: Relacionada aos arranjo dos componentes internos; Propriedades: resposta do material a um estimulo. 12 Figura copiada do material do Prof. Sidnei Paciornik – PUC - Rio INTRODUÇÃO Ex: Alumina porosa e não porosa TranslúcidoOpaco 13 ENTENDER DIVISÕES DA ESTRUTURA NOS MATERIAIS A PARTIR DE: Prof. C. P. Bergmann – UFRGS Processamento Estrutura Propriedades Desempenho 14 ESTRUTURA • Subatômica – elétrons no interior dos átomos • Atômica – arranjo de átomos/moléculas um em relação aos outros 15 INTRODUÇÃO A PARTIR DE: Prof. Álvaro Meneguzzi – UFRGS Cristal de quartzo Micrografia óptica de uma camada cementada. Aço AISI 9310. 320X ESTRUTURA 16 INTRODUÇÃO Microscópica Macroscópica A PARTIR DE: Prof. Álvaro Meneguzzi – UFRGS INTRODUÇÃO ESTRUTURA 17 A PARTIR DE; Prof. C. P. Bergmann - UFRGS INTRODUÇÃO Processamento Estrutura Propriedades Desempenho PROPRIEDADES DOS MATERIAIS – Mecânicas • resistência à tração, compressão, flexão • resistência ao escoamento, à fluência, à fadiga • ductilidade • módulo de elasticidade • resistência ao desgaste – Físicas • propriedades elétricas • Magnéticas • Térmicas • Ópticas • Densidade – Químicas • resistência à corrosão 18 A PARTIR DE; Prof. C. P. Bergmann - UFRGS INTRODUÇÃO 19 INTRODUÇÃO Características - Materiais metálicos são geralmente uma combinação de elementos metálicos; - Resistentes e deformáveis; - Boa ductilidade; - Alta condutividade elétrica e térmica; - Não transparente sob luz visível; - Superfície brilhante. Metais A PARTIR DE: Prof. Álvaro Meneguzzi – UFRGS 20 INTRODUÇÃO Metais Ligas de Ni, resistentes a altas temperaturas e com resistência mecânica elevada. A PARTIR DE: Prof. Álvaro Meneguzzi – UFRGS 21 INTRODUÇÃO 22 INTRODUÇÃO Características - Combinação de elementos metálicos e não-metálicos; - Geralmente são óxidos, nitretos e carbetos; - Alta resistência mecânica e baixa ductilidade; - Alta estabilidade química e térmica; - Bons isolantes térmico e elétrico; - Alta dureza e baixo coeficientede expansão. Cerâmicas 23 INTRODUÇÃO 24 Minerais do grupo das argilominerais: Haloisita - Al2Si2O5(OH)4 Caulinita - Al2Si2O5(OH)4 Ilita - (K,H3O)(Al,Mg,Fe)2(Si,Al)4O10[(OH)2,(H2O)] Montmorillonita - (Na,Ca)0.33(Al,Mg)2Si4O10(OH)2·nH2O Vermiculita - (MgFe,Al)3(Al,Si)4O10(OH)2·4H2O Talco - Mg3Si4O10(OH)2 Paligorsquite - (Mg,Al)2Si4O10(OH)·4(H2O) Pirofilita - Al2Si4O10(OH)2 25 INTRODUÇÃO Características - Compostos orgânicos baseados em carbono, hidrogênio e outros elementos não-metálicos. - Macro-moléculas; - Baixa densidade e podem ser extremamente flexíveis; - Materiais poliméricos incluem plásticos e borrachas. POLÍMEROS 26 INTRODUÇÃO POLÍMEROS 27 INTRODUÇÃO 28 INTRODUÇÃO Mais de um tipo de material insolúveis entre si. Combinação das melhores características de cada material constituinte Um exemplo classico é o compósito de matriz polimérica com fibra de vidro. O material compósito apresenta a resistência da fibra de vidro associado a flexibilidade do polímero Compósitos A PARTIR DE: Prof. Álvaro Meneguzzi – UFRGS 29 INTRODUÇÃO Compósitos Glass Fiber Reinforced Polypropylene Mechanical Properties Enhancement by Adhesion Improvement Materials 2012, 5, 1084-1113; doi:10.3390/ma5061084 30 INTRODUÇÃO Semicondutores Propriedades elétricas que são intermediárias entre metais e isolantes Tornaram possível o advento do circuito integrado que revolucionou as indústrias de eletrônica e computadores Ex: Si, Ge, GaAs, InSb, GaN, CdTe. 31 Estruturas químicas de alguns dos semicondutores orgânicos moleculares mais estudados. INTRODUÇÃO Semicondutores OLED (organic light-emitting diode, diodo emissor de luz orgânico) Chemical Reviews, 2007, Vol. 107, No. 4 32 INTRODUÇÃO Biomateriais - Biomateriais são empregados em componentes para implantes de partes em seres humanos; - Esses materiais não devem produzir substâncias tóxicas e devem ser compatíveis com o tecido humano (isto é, não deve causar rejeição); - Metais, cerâmicos, compósitos e polímeros podem ser usados como biomateriais. A PARTIR DE: Prof. Eleani M. da Costa - PUCRS 33 • FUNDIÇÃO • LAMINAÇÃO • EXTRUSÃO • METALURGIA DO PÓ • PRENSAGEM • COLAGEM • OUTROS ... MATERIAIS PARA ENGENHARIA 34 A PARTIR DE; Prof. C. P. Bergmann PROCESSOS DE FABRICAÇÃO METAIS Fundição: areia, vazamento, molde permanente, cera perdida, lingotamento contínuo Conformação: forjamento, extrusão, estampagem profunda, dobramento, laminação Junção: soldagem a gás, por resistência elétrica, brasagem, a arco, a estanho, por fricção e por difusão Usinagem: torneamento, perfuração, fresa, corte Metalurgia do pó CERÂMICOS Fundição ou colagem Compactação: extrusão, prensagem e prensagem isostática Sinterização POLÍMEROS Moldagem por injeção, Moldagem por sopro, extrusão, rotomoldagem, etc. SEMI-CONDUTORES Crescimento de cristais Deposição química de vapores COMPÓSITOS Fundição, incluindo infiltração Conformação Junção: junção adesiva, ligadura por explosão, por difusão Compactação e sinterização A PARTIR DE; Prof. C. P. Bergmann PROCESSOS DE FABRICAÇÃO 35 DIFERENTES PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DIFERENTES MICROESTRUTURAS 36 A PARTIR DE; Prof. C. P. Bergmann PROCESSOS DE FABRICAÇÃO Os materiais têm seu comportamento influenciado pelo meio em que se encontram: - TEMPERATURA; - CORROSÃO; - RADIAÇÃO; - DESGASTE. 37 EFEITOS DO MEIO SOB O COMPORTAMENTO DO MATERIAL A PARTIR DE; Prof. C. P. Bergmann Temperatura Tendência: T RM troca rápida de temperatura - catastrófica 38 Aumento de temperatura diminui a resistência mecânica dos materiais A PARTIR DE; Prof. C. P. Bergmann EFEITOS DO MEIO SOB O COMPORTAMENTO DO MATERIAL Alumínio atacado por bactéria Hidrogênio dissolvido no cobre fratura frágil A PARTIR DE; Prof. C. P. Bergmann reagem com O2 e outros gases aumento de temperatura acelera a oxidação pode ocorrer corrosão por líquidos podem ser atacados por líquidosCerâmicos EFEITOS DO MEIO SOB O COMPORTAMENTO DO MATERIAL Corrosão Metais e polímeros 39 39 A PARTIR DE; Prof. C. P. Bergmann EFEITOS DO MEIO SOB O COMPORTAMENTO DO MATERIAL Ex.: pisos cerâmicos desgastados com o tráfego de pessoas. Abrasão Radiação Desgaste PRFV = plástico reforçado com fibra de vidro 40 40 41 SELEÇÃO DE MATERIAIS Material Resistência Mecânica (MPa) Densidade Resistência/peso (m2s-2103) Polietileno 7 0,83 8 Alumínio puro 45 2,7 17 Cobre puro 207 8,9 23 Aço baixo-carbono 393 7,8 50 Titânio puro 241 4,4 55 Al2O3 207 3,9 53 Nylon 76 1,11 68 Epóxi 103 1,4 74 Aço alto-carbono 614 7,8 79 Si3N4 483 3,2 151 Aço-liga tratado termicamente 1655 7,8 212 Liga de alumínio tratada termicamente 593 2,7 220 Compósito carbono-carbono 414 1,8 230 Liga de titânio tratada termicamente 1172 4,4 256 Compósito Kevlar-epóxi 448 1,4 320 Compósito carbono-epóxi 551 1,4 393 RELAÇÃO: RESISTÊNCIA/DENSIDADE 41 Máximo de 4 integrantes por cada grupo. Pesquisar sobre um material (um polímero, cerâmico ou metálico) usado na indústria ou em pesquisas, e este deve compor os seguintes itens: Histórico Classificação do material Estrutura química (molécula, tipo de ligações, etc) Propriedades físicas e químicas desse material Aplicações Mercado (o quanto é utilizado e onde) Trabalho em Grupo 42
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